NAWS
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Os Dias mais Negros

Ir para baixo

Os Dias mais Negros Empty Os Dias mais Negros

Mensagem por Rughard Qui Jul 07, 2011 3:29 pm

Bem não sei como explicar o que é essa historia, minhas principais e únicas influencias literárias são J.R.R Tolkien, Cornwell e Eduardo Spohr.
Só espero que gostem ^^


Os Dias mais Negros

O Início


Ouço gritos e sons metálicos,me levanto da cama, percebo passos em direção a porta de meu quarto, sem saber do que se trata corro e me escondo no meu armário, fecho bem a porta para que ninguém me veja, ouço um estalo, barulho de metal quebrando e caindo no chão, sobras se movimentam, percebo elas pelas frestas da porta de meu armário, uma luz se aproxima do armário e some, passos saem de meu quarto, acho que já está tudo bem.
Penso que me salvei, mas ainda é cedo, sinto um calor, vejo fumaça, tento desesperadamente abrir a porta do armário:
-SOCORRO!!ALGUÉM ALGUÉM ME AJUDE!!!!! SOCORRO!!!
Estou desesperado, gritando com todo o ar do pulmão, meu deus, será que ninguém virá me ajudar? Será que levaram todos? Ou pior, será que os mataram??Começo a chorar de tristeza e desespero, o calor está cada vez mais insuportável, a parte de baixo do armário começa a ceder pelo calor, a solá dos meus pés já ferveu, diria que a pele começou a derreter, quando a parte de baixo cede eu caio no chão onde tudo já está em chamas:
-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!
Solto um grito de dor desesperado, acho que já aceitei que vou morrer, não quero, ou não consigo mais me debater tentando espantar as chamas, que já consomem meu cabelo, minha carne... meu deus, que maldito sofrimento, piedade Odin, piedade, a dor passa, já morri, tenho certeza, vejo uma luza forte vindo até mim, uma Valquíria eu espero, vejo os cabelos dourados, a armadura com detalhes em ouro, as asas, agora já tenho certeza, deixei o mundo dos vivos... espero que a sorte lhe ajude meu filho, adeus Hagar.

Sabe, nunca imaginei que estar aqui, perdi meu pai com 14 anos, e sei que ele morreu de uma das formas mais dolorosas que se pode morrer, queimado vivo, sou Hagar Lodbrok, filho de Orlof Lodbrok, e eu dediquei e dedico cada dia mais a caçar e tratar da forma mais cruel possível, todo é qualquer Noordelijk que cruze meu caminho.
Nasci em algum dia de abril em algum ano que não me convém informar, quando criança eu vivia na fazenda com meu pai e meus 4 irmãos, minha mãe morrerá quando eu ainda tinha 2 anos, me lembro muito pouco dela, meu pai e meus 2 irmãos mais velhos, Otto e Fiona foram quem conviveram com ela realmente, eles sempre contavam sobre como ela era linda, sobre os cabelos negros dela e seus olhos azuis, seu rosto delicado e simples, contavam sobre como ela era doce e simpática... bem sei lá, espero que ela realmente fosse assim.
Vivia com Otto, e Fiona , que junto ao meu pai eram os responsáveis por cuidar de mim e dos outros 3, meu pai era alto, moreno de olhos verdes, levava uma cicatriz abaixo do olho direito, ganhou-a quando serviu de guarda em Prontera, não tinha muitos músculos, e mesmo com 5 filhos era razoavelmente jovem, Otto e Fiona eram gêmeos, Otto também moreno, olhos marrons, altura média, não tinha muitos traços característicos, era bem musculoso, servia como soldado a Prontera, e de 3 em 3 meses saia da fazenda pra prestar guarda.Fiona era linda, lembrava bastante, ao menos ao que dizia meu pai e Otto, minha mãe, diria que a unica grande diferença era a falta de humildade... isso ela compensava com um bom humor cômico e animado.
Os outros 3 eram Hans,Owin e Brinja , tanto Hans quanto Owin eram morenos, Brinja estranhamente era ruiva, acho que era por causa de minha avó, altura media, Hans era um garoto muito esfomeado, e diria eu preguiçoso, ficará acima do peso, não muito mais acima, Owin era magro e rápido, bastante astuto, já Hans era muito inteligente, porém com o pensamento mais lento, ele era do tipo que bolava um otimo plano ou historia, mas precisava pensar algumas vezes, já Owin pensava um pouco menos e agia mais. Brinja foi magra,quase esquelética durante a infância, na adolescência se desenvolveu bem de corpo, chegando ao ponto que tive de defende-la de certos engraçadinhos e abusados.
A personalidade de Brinja eu trato como um caso a parte, quando penso nela eu vejo o qual sortudo e ao mesmo tempo azarado eu fui de nascer irmão dela, sortudo pois ela era uma garota divertida, inocente, irreverente, era impulsiva e fazia o que queria e quando queria ... não sei dizer quantos adjetivos, e digo mais, outra parte da sorte é que por ter nascido irmão , e irmão mais velho, ela sempre me adorou, sempre quis estar perto de mim, agora, por que azarado? Pois eu jamais poderia pensar nela de forma diferente que irmã... as vezes paro e vejo o quão doentio isso é, mas ainda sim eu sempre amei Brinja, e é isso que realmente me importa.
Antes que eu piore a situação sem explicar bem o que eu disse, Brinja era uma pessoa maravilhosa, não que eu sofresse por nunca poder te-la como outra coisa além de irmã, mas é que quando paro e penso vejo que ela seria uma pessoa que eu amaria muito ter tido como amante, mas pode ser só impressão minha..sei la.
A fazenda de meu pai era relativamente pequena, as colheitas eram basicamente para nossa subsistência, qualquer extra na renda, como venda de leite, ovos e lã produzida eram para compra de roupas, ferramentas e extras na alimentação, não era uma vida ruim, tendo tantas pessoas ali para trabalhar se produzia o suficiente para todos, e ao menos eu, Otto e Owin trabalhavamos fora da fazenda em dias vagos, complementavamos a renda, e o que sobrava era para equipamentos,armas e acessórios.




Quando eu completei 14 anos, minha vida estava fadada a mudar, os Noordelijk chegaram a Alberta, eram um povo estranho, todos loiros, altos e musculosos, chegaram em barcos com cabeças de Dragões esculpidas em barcos de madeiras, eram barcos de transporte de tropas, com remos, eram algo em torno de 3 andares de remos, eu sei bem pois os vi, estava passando por lá com Otto para vender um excedente da colheita.
Eles chegaram em Alberta em paz, o que parecia ser o comandante dos barcos desceu e seguiu com um pequeno séquito em direção a prefeitura de Alberta, não sei o que queriam, e só soube o que aconteceu algumas semanas depois, parti de Alberta algumas horas depois da chegada dos Noordelijk,voltamos para casa, a vida continuou, eu adorava brincar com Brinja e Hans, Owin por ser mais velho que eu e Hans, se julgava um tanto superior, e só andava com nosso pai e Fiona, nos dois dias seguintes esteve tudo em paz, mas bem, na madrugada do terceiro dia apôs os Noordelijk terem chegado, minha vida mudou naquela noite, Otto estava em Prontera acertando assuntos com um amigo,para variar eu estava conversando com Brinja, nos ficavamos horas e horas a pensar em o que seriamos no futuro, mas no meio da noite ouvimos passos e barulhos estranhos, a porta de nosso quarto estava apenas encostada, e rapidamente um homem loiro e barbudo , de uns 2.10m de altura, e com provavelmente a maior musculatura e o maior machado que eu já havia visto destrói a porta e bêbado grita e agarra Brinja, que grita muito alto, eu assustado e sem saber bem o que fazer gritei por ajuda enquanto chutava o homem,ele não pareceu sentir dor, apenas soltou o machado e me deu um soco, apenas um soco e eu apaguei.
Acordei algumas horas depois, sentia uma dor forte na cabeça, estava amarrado no celeiro da fazenda, havia um forte cheiro de queimado, não sabia bem o que era, eu estava com muito medo, parei e percebi que estava sozinho, me perguntei onde estava minha família, lembrei de Brinja, e bem naquele momento ouvi... ouvi a pior coisa que já imaginei ouvir, o choro baixo de Brinja, vinha de entre o feno, o choro baixo com gemidos de algum bárbaro bêbado filha da puta, não entendi na hora o que se tratava... só entendi depois, e não sei se seria mais feliz se não tivesse sacado:
-SEU PORCO, LARGUE MINHA IRMÃZINHA!!! VENHA AQUI QUE EU TE MATO SEU DESGRAÇADO BÊBADO!!- Não houve resposta, apenas o silencio, o choro parou, me estremeci pensando que ele tivesse a matado com raiva, a sufocado por cauda de meu grito estupido, comecei a chorar fortemente.
-Cale-se seu fedelho imundo-Falou um homem trazendo Brinja e a colocando ao meu lado.
-Seu bárbaro filha da puta, eu vou dançar sobre sua tumba- retruquei.
-Hum, é valente é?-Ele me deu um tapa que doeu bastante.
Cai com o olhar para o lado e encarei Brinja ali desacordada, ela estava caída no chão de lado, percebi muito sangue entre suas pernas, não sabia o que fazer, as cordas estavam muito bem amarradas e eu ali, vendo aquela cena que era um pesadelo...Brinja tinha apenas 12 anos, seu corpo ainda era magro...meu deus...
O homem acorrentou Brinja pelas mãos a pilastra do celeiro e chamou seus amigos, eles trouxeram Hans e Owin, fiquei muito feliz quando os vi,pensei que estivessem mortos, mas pensei também sobre onde estaria Fiona, os homens nos acorrentaram juntos, os homens rindo saíram do celeiro e nos deixaram lá acorrentados e chorando.
-O que houve com Brinja- Perguntou Hans entre as lagrimas.
-Esses malditos- Respondi chorando mas tentando parecer forte, Hans era mais novo, e naquela situação ver o irmão mais velho chorando poderia tirar qualquer esperança, ou vontade de sair dali- levaram Brinja para o feno e bem... meu deus, ela ainda é uma criança.
Parei de falar, a situação já estava ruim demais para dar esses tipos de explicações.
-Esqueça, quero saber onde está Fiona e o papai.
-Fiona foi estuprada, e depois sufocada, e o papai morreu queimado em um armário quando atearam fogo a casa- Owin falo friamente, eu diria que estava fora de si, não que não fosse assim ,mas ele sabia bem quando ser mais "panos quentes", mais delicado.
-Meu Deus... precisamos dar um jeito de fugir, alguma ideia?
-Está vendo aquela pedra ali- Owin apontou para uma pedra caída perto de Hans.
Hans chorando se dobrou e a pegou.
-Dê para mim, você está muito mal para conseguir quebrar essas correntes.
-Você acha que isso vai dar certo Owin?- Eu estava esperançoso que a resposta fosse sim
-Vai funcionar, tem de funcionar, essas correntes são muito vagabundas.
Owin com a pedra nas duas mãos acertou minhas correntes e as quebrou.
-Vá lá atrás, perto do feno e pegue um martelo na caixa de ferramentas.
Me levantei e fui lá atrás, quando estava passando pelo feno percebi que ele estava todo ensanguentado, derrubei tantas lagrimas... continuei olhando e percebi que havia um machado de um dos bárbaros ali caído, peguei ele e o martelo.
-Acho que isso aqui pode ser útil- Mostrei o Machado.
-Quebre aqui minhas algemas com o martelo.
Realmente as correntes e as algemas eram bem vagabundas,se quebraram bem rápido.
-Agora me de o machado- Ordenou Owin, sem entender bem oque passava entreguei o machado a ele- Livre Brinja e Hans das correntes e me espere aqui.
-Onde você vai?
-Matar esses filhos da puta que estupraram minha irmanzinha- Nunca tinha visto Owin alterado por qualquer coisa que envolvesse Brinja, cheguei a pensar que ele não a amasse.
-Okay, não vou tentar te impedir... eu faria o mesmo, mas alguém precisa tira Brinja e Hans daqui.
Owin apenas sorriu e se retirou do celeiro com seu corpo magro, eu nunca mais o vi...
-Vamos vamos- tirei as algemas de Brinja e Hans, a peguei no colo- Você se lembra da passagem do celeiro Hans?
-A passagem que escavamos para nso esconder do papai?
-Essa mesmo, vamos sair por lá, dá para chegarmos perto do murinho e ai estaremos a 2 dias de Prontera.
-Bem, vamos tentar-Hans estava um pouco mais animado.
-Vamos ter de correr, Owin vai acabar chamando a atenção deles, vão perceber que fugimos.
Nos seguimos ao esconderijo, ficava em baixo de uma quantidade de feno, tirei com a ajuda de Hans e abri o alçapão , Hans entrou, eu o passei Brinja que ainda estava desacordada, entrei e fechei o alçapão, ouvi um grito de Owin, era um grito de guerra, depois do grito ouvi um silencio, depois metal batendo em metal, e depois algumas falas em uma língua que não conheço.
-Vamos, já sabem que fugimos- Apontei para Hans correr.
Corremos bastante, Hans ficou cansado e me passou Brinja para carregar, corri e corri desesperado, chegamos a saída, coloquei a cabeça para fora e vi dois homens armados com espadas e lanças, ali parados em guarda.
-Hans vamos ter de correr muito- Cochichei para Hans.
-Ai, são quantos homens lá em cima?
-Dois
-Hum bem, eu vou- Fomos interrompidos por um grito vindo do túnel, vinha um bárbaro correndo em nossa direção.
-Merda, vamos ter de sair.
-Deixe eu sair primeiro- Hans falou, estava um pouco diferente.
-Okay vai lá.
Ele saiu do túnel e correu chamando a atenção dos guardas, correu em direção ao celeiro fazendo eles saírem de seus postos, não podia botar a vida de Brinja em risco, entendi bem o que Hans estava fazendo, pulei para fora do buraco com Brinja nas costas, e sai correndo em direção a floresta, eu estava a dois dias de Prontera, e a meio dia de Payon, por alegria, ou sorte, tanto faz, eu estava com um vale teleporte, fui correndo pela floresta, ainda chorando, naquela noite eu havia perdido Fiona,Owin,Hans,meu pai... e principalmente, minha irmãzinha.
Rughard
Rughard
Esqueleto
Esqueleto

Número de Mensagens : 22
Idade : 34
Localização : Rio de Janeiro Capital
Pontos : 4754
Reputação : 0
Data de inscrição : 30/05/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos