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Mordred, biografia

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Mensagem por Skulle Yanmtahak Mor Qui Fev 09, 2012 5:12 pm

Mordred, biografia 12
Aquela sensação de que alguém está te seguindo enche o saco, né? Mesmo com oito anos, a gente percebe alguém sempre no limite de onde nossos olhos podem enxergar sem ter que virar a cabeça totalmente. Sempre tem aquele cara, que nunca olha fixo para você, sempre está lendo algum jornal, ou conversando com alguém, mas... Ele está lá, sempre está lá, fingindo fazer alguma coisa quando na verdade está te seguindo. Mas Mordred não está nem aí. Sua cabeça de criança não entende muitas coisas ainda e resolve seguir seu caminho para casa tranquilamente. Em casa ou não, era inevitável...

Capítulo I. Parte I

Seis da manhã. Já era terça-feira e o sol começava a sair detrás do horizonte. Mordred não podia contemplar aquela visão estupenda do aeroplano, pois este passara a noite chorando. Apesar de não contemplar, ele ficou parado no parapeito, olhando o safado do sol raiar. Para ele estava sempre tudo bem, né? Saía do mundo um horário à noite e voltava no mesmo horário de manhã. Sempre raiando, sorridente, lhe lembrava dos Telletucies, com aquele sol com carinha de bebê... Aquela risadinha feliz, de que o dia começou e tem trabalho a fazer, e que tudo está bem... De repente, se sentiu enojado e viu-se vomitar. Os homens o trataram bem até agora, mas ainda não entendeu por que não podia ver seus pais.
- Droga queria brincar de cavalinho ou bangue-bangue com o papai! - Embora o pessoal do aeroplano até lhe arranjasse esse passatempo, não tinha a mesma graça... Então parou de pensar e começou a contemplar a vista magnífica do Planalto de El Mes.

Parte II

Amarilla era uma mulher que, digamos, podia ter sido bonita algum dia. Nos últimos anos ela pareceu envelhecer muito mais rápido, provavelmente por causa dos recentes acontecimentos com seu filho. Há muito tempo atrás, conheceu um homem, Alfred, logo de cara se apaixonou por ele (esse, concluíram, foi o maior erro de sua vida). Ficou sabendo pouco depois de casarem que ele era rico. Pois é, devia ter percebido antes, mas ela estava tão apaixonada que não reparou nos restaurantes caros e tudo o mais.
Continuando...

Ela recebeu a notícia que estava grávida logo após a lua-de-mel. Alegria na certa! Seu nome seria Skulle e iriam juntar o sobrenome de cada pai: Skulle Yanmtahak Mor! Podia até ver ele com 18 anos assumindo os trabalhos do pai e se tornando um filho perfeito!

Ah, mas nem tudo são rosas, Amarilla.

Aquele treinamento que o papai pagou custou caro. Quem um dia diria que Skulle mataria seu próprio pai? “Esqueceste a face de teu pai?” falaria seu professor. Sabia que Alfred fazia muitas coisas errôneas, mas achava que fazia parte da política, no fundo ele era um bom homem (ou não?). Ultimamente tem ficado estressado, era isso que significava os tapas e os esbravejos, mas Skull não poderia entender né? Pegou o revólver que ganhou do professor e apertou o gatilho contra o crânio de Alfred. Talvez ela estivesse sonhando com isso, talvez fosse uma premonição, por que na hora que levantou a cabeça do travesseiro para ver o que tinha acontecido, seus olhos já estavam encharcados.

Parte III

- Mãe, mãe! – gritava desesperadamente Mordred batendo na porta pelo lado de fora – Abre a porta, mãe! A senhora está aí? Mãe!

- Calma filho, o que houve, meu anjo? – depois de poucos segundos, que pareceu a Mordred muito mais – O que foi anjo? Calma... Calma... Mamãe está aqui.

Mordred a princípio não achou nada de errado no homem, até que em uma das olhadas para checar se ainda tinha alguém o seguindo, o homem virou o rosto para ele e começou a sorrir maliciosamente, apoiou uma mão no quadril direito, que pode significar tanto “Vejo perigo nos seus olhos, se tentar alguma coisa, você leva chumbo” ou “Hahaha, estou rindo tanto que preciso me apoiar um pouco no quadril”. E ele não estava rindo.

Depois que voltou a olhar para frente, teve uma vontade louca de chorar e correr para casa, e não resistiu.
Os dois adentraram a casa, Mordred agarrado à saia da mãe. O contraste era imenso. Você saía de um ar poluidíssimo e entrava em sua casa, onde sua mãe fazia estrogonofe de frango e arroz.

Sentaram-se no sofá da sala e Mordred começou a falar.

- Tinha... tinha um cara... ele... tava... seguindo... ele tava me seguindo e... – Mordred ia recuperando sua forma, não balbuciava mais e Amarilla enxugou seu rostinho.

- Provavelmente deve ser um engano, Mordred, não tem nenhum motivo para...

TOC. TOC.

Alguém bate na porta duas vezes com os nós dos dedos.

- Deve ser seu pai – uma pausa – mas ele não costuma sair do trabalho essa hora...

Um clique ocorreu na cabeça de Amarilla antes de abrir a porta, como se algo maior tivesse impedido que ela girasse a chave.

- Posso saber quem é? – tentava não deixar transparecer seu medo.

Um silêncio de cinco segundos.

- É... Jim Carter da... Escola Particular de Lighthalzen, gostaríamos de falar com os pais de Mordred.

- O que vocês querem? – agora sem medo, mas muito desconfiada.

- Queríamos discutir sobre uma possível entrada de seu filho em nossa escola.

Parte IV

O homem só voltou a casa depois do pai de Mordred ter chegado. Ele jantou, tomou banho e logo o homem batia à porta. Aquelas duas batidas com os nós dos dedos. Ficaram conversando por cerca de uma hora. Aquele estranho estava adquirindo a confiança dos seus pais, ele percebeu. A cada momento se ouvia algumas risadas e alguns resmungos de concordância.

Pelo que pegara no ar, parecia que ele ia para Lighthalzen estudar em alguma escola para alunos bem comportados. Por que ninguém pergunta a opinião dele?

De repente se vê longe de Einbroch e não consegue se imaginar indo para Lighthalzen...








Parte V
Mordred, biografia 1231

Esta cidade suja e nojenta, mas ao mesmo tempo gigante e iluminada. Se parassem de usar o carvão como fonte de energia, a cidade seria a mais bela do planeta... Vê-la do alto é quase impossível, a não ser que você voe em baixa altitude e cruze os dedos para que o tempo esteja bom. E tinha, é claro, a Guilda dos Justiceiros, sua meta quando crescesse era se tornar um Justiceiro. Não sabia que arma escolheria, mas sem dúvida tinha certa atração pelo poder de destruição dos Lança-Granadas.

A Guilda dos Ferreiros foi transferida para Einbroch, o motivo não precisa ser citado. Realmente era muito raro ver uma casa ou construção que não fosse de metal. A cidade se encontra no meio de pedregulhos chamados de Planalto de El Mes e por isso a vegetação não é das melhores. Por estar em relevo consideravelmente alto, a cidade de Einbroch... não, não só a cidade. O Planalto de El Mes tem um clima bastante seco, sendo que a chuva não chega lá. Tem um inverno realmente frio e um verão realmente quente. Tem mais ou menos 200 anos de idade, cidade nem velha nem nova. Muito mais avançada tecnologicamente do que outras, aliás, a República de Schwartzwald é MUITO mais avançada do que qualquer outro país.

O comércio da cidade é baseado em metais. Aqui é onde você encontra a melhor qualidade e combina com o menor preço. Em contraste a isso, é muito raro você ver uma banca vendendo frutas ou legumes. E para isso, criamos a Feira Anual de Einbroch, que é organizada no começo do ano, dando a oportunidade de comprar o bastante para o ano inteiro! Como meio de transporte fácil de uma ponta para a outra, existe o teleférico, não chega a ser uma atração da cidade, mas sem dúvidas quebra um galho. Ele corta a cidade horizontalmente e verticalmente.

E como não falar da mais alta construção de Einbroch? Em meio a tantas fábricas e prédios altos, só se destaca mais que os outros a Torre de Einbroch. Um prédio com mais de cem andares e no topo oferece uma vista de tirar o fôlego. A Guilda dos Justiceiros se encontra ali, no subsolo da Torre. E ninguém sabe o que se esconde nos andares da Torre, o elevador que leva até o topo só tem dois botões: SO e TP, solo e topo respectivamente.

Parte VI

Depois de alguns minutos conversando com seu filho, Amarilla e Henry finalmente concluíram:

Filho, você vai estudar em Lighthalzen, é isso que queremos para você. Quando for mais velho entenderá isso.





Última edição por Skulle Yanmtahak Mor em Sex Mar 23, 2012 2:19 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Skulle Yanmtahak Mor Qui Fev 09, 2012 5:34 pm

CAPÍTULO 2, parte I

Mordred, apesar da idade conseguiu captar algo errado no ar. Parecia que o mal-estar ironicamente o fazia bem. Cansara-se dos homens “bonzinhos” e agora só aguardava a aterrisagem no aeroporto de Lighthalzen. Não dirigiu uma palavra a ninguém. Ele estava com um deja vu de que iriam era para um matadouro. Depois que descesse do aeroplano iria se juntar com outras dezenas de crianças e juntas iriam caminhar pela estrada do inferno como patinhos seguindo a pata mãe.

Aquele pensamento lhe trouxe calafrios e logo o afastou. Afinal, Lighthalzen não era a cidade que mais evoluiu desde a tragédia de Juperos? Era óbvio que tinha escolas de alta decência ali e se acalmou com isso. O aeroplano já descia e era possível ver a cidade inteira, uma bela vista, verde em volta, ao contrário de Einbroch, onde o único verde está em plantas carnívoras. De repente, o casco do aeroplano bateu violentamente na pista.

- Ô, seu corno chifrudo! Não sabe pilotar essa porra não? – o mais gordinho dos homens gritou.

- Eu piloto isso a mais tempo do que qualquer outro ser na Terra! Não questione meus métodos! Ainda mais quando estás me usando para lev... – ele calou-se quando percebeu que o passageiro mais jovem o encarava.

“Realmente, agora ficou confuso. O que está acontecendo?”. O cérebro de Mordred conseguiu pensar.

Parte II

- Olha, ele está chegando! Só falta ele, né doutor? – perguntou um homem que acabara de sair da puberdade em um terno preto com gravata vermelha.

- Fale baixo, burro! Ele pensa que vai estudar em uma escola, assim como os pais, então CALE A BOCA, BURRO! – falou o cientista, consideravelmente mais velho e de jaleco branco na saída do aeroporto– Olhe, eles estão vindo.

O garoto guiava a tripulação para fora do aeroporto. Ele já vinha em nossa direção enquanto o pessoal do aeroplano acertava as contas com a assistente - Você é Mordred, certo? – perguntou o assistente do cientista.

- Sim.

- Ótimo, por favor, nos acompanhe até a escola. – falou o de jaleco.

Mordred não falou muito com eles. Seus olhos estavam voltados aos prédios em volta. Aquela sensação, de quando o homem de preto o estava seguindo, estava de volta. Os dois estavam conversando com ele, mesmo sem Mordred mostrar uma gota de preocupação com os mesmos. Seus ouvidos captavam algo vindo dos prédios, seus olhos viam aqueles vultos de canto de olho e seu instinto não tinha boas notícias.

O homem de jaleco branco apontou o polegar para cima e então tudo ficou escuro.

Parte III

Preto.

Preto.

Preto.

De repente, despertou e ia abrindo os olhos com dificuldade.

Branco.

Amarelo.

Branco. Luzes.

Quando despertara realmente, percebeu que estava numa espécie de laboratório de teste, como nos filmes. Conseguiu levar a cabeça para a esquerda, depois para direita. Constatou que havia outras crianças e todas pareciam estar dormindo. Não teve tempo para pensamentos mais profundos:

- Ei, ei, criança! – uma voz chamava, mas não conseguiu saber da origem – Ei, ei!

Seus lábios se moveram em tentativa falha de se comunicar com a voz misteriosa. Esperou por ela para ver de onde vinha.

- Aqui! Aqui em cima! Cuidado, seja discreto, as outras estão mortas ou estão no último fio.
Olhou para cima. Havia ali um pequeno buraco na tubulação, parecia uma daquelas bocas-de-lobo que tem nas ruas.

- Rápido, enquanto não vem ninguém! Suba na cabeceira ao lado da cama e pule que eu te dou a mão! – o dono da voz então saiu de dentro do tubo de ventilação para se esticar e estender a mão. Tinha cabelos pretos e parecia ter vinte e poucos anos.

Mordred arrancou os fios que estavam grudados nele e se pôs de pé na cabeceira.

- Agora, pule! Pule!

Ele pulou, mas não conseguia alcançar. O assassino estava a pelo menos um metro de distância da cabeceira. Nunca iria conseguir pular aquilo tudo. Mas não precisaria, pois ele já tinha descido com incrível agilidade e já se postava do seu lado sem ele perceber.

- Cuidado, vem vindo alguém! – o assassino sacou suas katares e caminhava para o final do corredor de macas.

Era um corredor que dava em três saídas. Do lado esquerdo de onde Mordred acordara, apontava para o fim do corredor, e à direita, era possível escolher entre seguir reto (aonde iria se encontrar em mais uma sala igual a essa) e ir à direita ou esquerda. Da esquerda e da direita, vieram guardas em armaduras metálicas e grandes machados em mãos.

- Fique atrás de mim, isto não vai ser nada fácil. – disse o mercenário.

O mercenário avançou correndo para os guardas e cortou a garganta dos dois ao mesmo tempo. Os dois corpos caíram sem resistência.

- Mais fácil do que pensei...vamos, temos que sair daqui o quanto antes. – disse o mercenário, agora pegando Mordred nas costas e correndo velozmente.

Parte IV

O mercenário estava ofegante e suando. Estava tão cansado que aquilo atrapalhava sua visão e sua concentração, e o peso nas costas só piorava sua situação. “De acordo com o que observei, a saída está depois daquela porta” pensou, enquanto se dirigia a ela. Quando a viu mais de perto, achou-a estranha.

Alguns símbolos malucos na madeira da porta, e na maçaneta, alguma inscrição dos tempos de sei-lá-quando. Mas nada que o fez hesitar. Abriu a porta e viu que estava em uma sala de reuniões, ou algo do tipo. As únicas paredes de tijolo eram as que mantinham a porta.

A sala tinha o formato de um semicírculo e as paredes eram de vidro, dando uma paisagem admirável para quem estivesse tratando de negócios ali. Ele não perdeu tempo contemplando-a. Sem hesitar, pegou impulso e correu em direção à janela. Alguns diriam que era uma ideia sem nenhuma consideração e de estupidez infinita. E era verdade, mas não queria dizer que não funcionaria. Usando sua agilidade e furtividade de mercenário, conseguiu arduamente derrapar o edifício sem maiores danos.

Parte V

- Meu nome é John Scorch – disse o mercenário estendendo a mão para o pequeno homem – qual o seu?
- Mordred – disse sorrindo.

John admirou por um instante aquela criança. Ela acabara de escapar da morte e já estava sorrindo. O mundo precisava de mais daquelas pessoas...

- Desculpe, mas não posso ajuda-lo neste momento... – deu dois tapinhas de “camarada” e então seguiu correndo.


Última edição por Skulle Yanmtahak Mor em Sex Mar 23, 2012 2:21 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Skulle Yanmtahak Mor Qui Fev 09, 2012 5:34 pm

Capítulo 3, Parte I

Tinha conseguido viajar à Einbroch pedindo esmola e então subornando a assistente do aeroporto de Lighthalzen (aparentemente, em sua idade não podia entrar no aeroporto sem um responsável).

Porém, ao chegar lá, nenhum triunfo. Não lembrava como chegar à sua casa e sua barriga estava não roncando, mas vociferando, latindo, mordendo. Precisava comer algo nem que roubasse. E essa ideia pareceu tão genial quanto e=mc².

Na sua frente, havia uma padaria (algo muito raro em Einbroch). Já avançava para ela quando percebeu que não tinha nenhum tipo de ameaça. Hesitou um pouco, mas continuou avançando, pegaria um pão nem se tivesse que ser na cara de pau.

Havia várias pessoas circulando de um lado para o outro na rua. Era difícil não esbarrar em alguém, e ainda mais quando se tem oito anos. Conseguiu chegar à porta. Pareceu hesitante de novo e então deu o primeiro passo adentro da padaria.

O cheiro era maravilhoso (de novo, aquele contraste imenso, sai de um ambiente poluído e fumacento para um ambiente com cheiro de pão fresco) e seu estômago se revirou. Usara todo seu dinheiro subornando a assistente e só lhe restava roubar. Então pediu quatro pães pronterianos.

- É pra já, menino – disse a moça que pegava os pães e pesava. Alguns segundos – Prontinho chefinho! Serão 50 zenys, pague no caixa.

Ele assentiu. A adrenalina começou a aumentar. Já sentia seu olho com mais sangue, seus sentidos postos à prova e estava pronto para correr.

Parte II

Nem a julgamento ele tinha direito... Assim que ele resistiu à prisão, já podiam mandar para o xilindró sem mais ou menos. Foi exatamente assim que aconteceu, foi assim que foi para prisão de Einbroch por roubar um saco com quatro pães.


Última edição por Skulle Yanmtahak Mor em Sex Mar 23, 2012 2:22 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Skulle Yanmtahak Mor Qui Fev 09, 2012 5:35 pm

Capítulo 4, Parte I

Aquilo tudo era uma merda. O chão dava nojo de pisar, tinha tudo que era sujeira ali, incluindo sangue, cuspe e vômito.

- Ninguém limpa isso aqui? – perguntou Mordred ao carcereiro enquanto caminhava para conhecer sua cela.

- Cala a boca e anda pirralho – disse o carcereiro dando um empurrão em Mordred.

Ele olhou ao redor, as paredes eram de azulejo podre, velho e caído. Eles estavam na mesma condição que o chão. Continuou andando, pois logo à frente estavam as celas e estava curioso. O corredor em que andava só tinha uma via, uma hora a parede da direita acabava e começavam as celas. No mesmo ponto em que a parede da direita acabava, à da esquerda dava visão do refeitório lá embaixo. No final do corredor, havia uma escada para cima e outra para baixo.

Chegou então às celas. A primeira pertencia a um cara que aparentemente estava drogado, ele olhava para o teto com uma expressão vaga e um sorriso no rosto. A segunda pertencia a um grande e forte negro, que olhava para ele com misericórdia e abanava a cabeça para os lados como quem diz: “Não, não, não... Vocês fizeram tudo errado.”. A terceira pertencia a um velho de testa larga (dava essa impressão da testa, já que não tinha cabelo) que estava fumando um charuto e na hora que os carcereiros vieram, ele escondeu. E foi indo assim, brincando de tentar adivinhar a personalidade e o que cada um pensava de trás das celas.

Mas de repente parou. A brecada foi o suficiente para parar o carcereiro que vinha atrás, e ele furioso, acertou Mordred com o cassetete. Depois da porrada, Mordred continuou. Havia parado simplesmente por que não era de forma nenhuma engraçado descobrir a personalidade dos prisioneiros.
Agora ele era um deles. E algo o dizia que seria por um bom tempo.

Parte II

Finalmente chegou à sua fria cela, ela ficava no meio do 3º e último andar. O carcereiro conduziu Mordred violentamente até ele adentrar seus novos aposentos. O menino resmungou alguma coisa e então o carcereiro fez algum tipo de ameaça irreconhecível.

A cela tinha cheiro de mijo, isso mesmo. Ele olhou para o colchão da cama e se horrorizou: era todo furado, rasgado, cortado e destroçado, e o pior, achava que o cheiro de mijo vinha dali. Desviou o olhar e passou a observar os outros objetos na sua nova casa. No canto da esquerda (lado oposto da cama), havia alguma coisa tão irreconhecível e destruída que era impossível de ter certeza que era uma pia, pois parecia uma bancada de metal amassada. Do lado dela, havia um vaso com tampa de metal fechada. Ele se surpreendeu pelas boas condições do objeto, mas logo se contraiu de nojo quando abriu a tampa:

-Alguém inscreveu o Robinho na aula de natação e esqueceu-se de buscar o coitado! – exclamou para si mesmo e deu um riso infeliz.

Parte III

- Ei, moleque, está na hora da janta. – disse um rapaz com cara de gângster usando touca vermelha.

Mordred enxugou o rosto com sua camisa e permaneceu imóvel e calado.

- Ei, ei, ei. Se você continuar chorando assim o tempo todo você nunca vai amadurecer e vai continuar um pimpolho para o resto da vida... Você não quer isso, né? Ninguém quer. – o rapaz parou no meio do fluxo de pessoas na cela de Mordred e estendia seu braço entre as grades. – Vamos, você tem que comer, eu te ajudo com o que precisar lá embaixo.

Mordred parecia aqueles prisioneiros que passavam meses na solitária e que quando viam a luz do sol mal podiam olhar para a ponta do pé. Ou então aqueles homens no mito da caverna. Ele não tinha ideia do que fazer ou que pensar e instintivamente aproximou-se lentamente do braço intruso.

- Isso, vem aqui, amiguin... – o rapaz gritou de dor e se contorceu na tentativa de amenizá-la: Mordred havia quebrado seu polegar – FILHO DA PUTA! VEM AQUI, SEU PEDAÇO DE MERDA!

O braço o agarrou violentamente e bateu sua cabeça com força na grade. Mordred ficou tonto e sentiu formigamentos, mas o braço do rapaz queria mais. Ele já estava se preparando para dar outra pancada quando...

Parte IV

Meia-noite e meia era seu apelido. Condenado à prisão por tráfico de drogas, ele estava na prisão há cinco anos e esse tempo todo se dedicou à academia. Devia ter algo entre dois metros e dois metros e cinco, negro, mais ou menos uns cento e quarenta quilos, aparentava ter quarenta anos.

De todos os mal caráteres da prisão, ele era o mais temido, nunca perdera nenhuma luta desde que chegara e também nunca poupou os perdedores de porrada extra. Não participava de nenhum grupo, seus únicos amigos lá dentro nem eram amigos verdadeiros, ele só batia um papo com eles de vez em quando enquanto fazia exercícios na academia.

Ele também não suportava covardia, muito menos com mulheres. Estupradores e agressores violentos de mulheres não sobreviviam uma semana na prisão, eles sempre se matavam. Meia-noite e meia batia neles enquanto estuprava-nos. Julgava os atos contra crianças com a mesma piedade, que é, nenhuma.

Parte V

... Meia-Noite e meia o pegou pelo pescoço e o ergueu até o limite do braço. Sua expressão era comparável a um leão jovem brigando por território. Apesar de não ser jovem, ainda era o mais forte dali, então era bom aproveitar o máximo que durasse.

- Puta que pariu Meia-noite, calma cara! Eu estava brincando com o g... GASP GASP me ddeixxx... – o rapaz se estrebuchava, tentava arranhar o braço imenso do Meia-noite, mas nada; tentava socar, nada; tentou cuspir, mas Meia-noite devolveu um cuspe com catarro e ainda levou um soco no nariz – Filho da puta... O dia que você sair daqui tá fodido, tá ligado? Vão te dar uma morte lenta e dolorosa, seu merdinha...

O rapaz tentou cuspir de novo, mas dessa vez Meia-noite desviou e quebrou o pescoço dele, jogando o corpo no refeitório lá embaixo. Os prisioneiros gritaram como se estivessem torcendo pelo Meia-noite. Ele soltou um grunhido de vitória como um leão faz quando assume o trono da selva.

- Ninguém mais vai te encher – a gigante criatura olhou para Mordred com seus grandes olhos negros inexpressivos e abriu caminho no meio da multidão para os andares inferiores – e meu nome é Meia-noite e meia.

Mordred naquela noite passou sua primeira fome de verdade, ele mal saiu do lugar onde o cara bateu a cabeça dele, só deu uns passinhos e deitou no colchão podre. Sua primeira fome de verdade, pois não era só fome que tinha, estava sozinho entre assassinos e bandidos, estava confuso, estava precisando de calor, pois fazia frio e não tinha cobertor, e aquele lençol era furado, com cheiro de mijo e fino.

Parte VI

Na tarde seguinte, Mordred já havia almoçado e reposto as suas forças e caminhava no pátio externo. Ele andava solitário, tentando achar alguém que compartilhava suas emoções que havia sentido ultimamente, mas não tinha ninguém. Então viu que havia uma galera jogando futebol em um dos cantos e decidiu ir lá.

- Fica lá na frente na banheira, esperando o passe – disse Meia-Noite e meia, que jogava de goleiro.

Ele, é claro, não fez nenhuma objeção. Ficou lá na frente, sempre perto do gol esperando alguém dar a bola e ele fazer gol, mas só conseguiu realmente fazer um gol na única oportunidade que teve no final do jogo. Apesar de não ter andado muito, estava um pouco cansado, desgastado talvez, e foi sentar em um banco próximo.

Ele fechou os olhos e estava prestes a chorar de novo quando percebeu que o banco subiu um pouco. Do outro lado, Meia-Noite e meia sentou e encarava Mordred.

- Não deu pra meter mais gols, né? Esses caras não sabem jogar muito bem, não... – ele se aproximou um pouco mais do garoto.

- É... – foi a única coisa que ele conseguiu falar.

E eles conversaram durante meia hora.

Parte VII

- Aí, pirralho, gostei de tu... Fica perto de mim que ninguém te machuca. – falou o grande homem, bagunçando o cabelo de Mordred – Vou te ensinar algumas coisas básicas pra sobreviver nesse lugar...

E Mordred deu um grande passo em sua evolução como homem.


Última edição por Skulle Yanmtahak Mor em Sex Mar 23, 2012 2:22 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Skulle Yanmtahak Mor Qui Fev 09, 2012 5:36 pm

Capítulo 5, Parte I

Haviam se passado nove longos anos. Mordred agora já tinha dezessete anos e contava com uma estatura e peso maior. Mudou tão radicalmente que sua mãe só o reconheceria se a contassem o nome. Apesar de ele ainda não ter barba, tinha um pequeno bigode que não era nem grande nem pequeno, e sua face já estava bastante alterada, seu nariz crescera bastante considerando o tamanho que tinha quando era criança. Um tempinho na academia com Meia-Noite e meia o deu alguns poucos músculos e ele já estava contente com isso. O cabelo, surpreendentemente não ficou seboso como todos especulavam.

Durante seu tempo na prisão tinha aprendido muitas coisas. Uma delas, pelo incrível que pareça, ele aprendeu a atirar com revólveres, mas a primeira vez que tocou em um Lança-Granadas, a adrenalina o deixou com orgasmos mesmo sem ter disparado nenhuma esfera. Depois de ter segurado as armas de fogo, ficou em êxtase e sempre que possível ele treinava sua pontaria antes que os puliça chegassem.

Mas tudo isso era uma merda, de acordo com ele. Aquela vontade de chorar que ele sentiu nos primeiros dias voltava com tamanha intensidade, que uma noite ele não resistiu e colocou o travesseiro no rosto.

- Eu quero sair daqui... – balbuciava ele – Quero ver minha mãe, meu pai, meus a... – lembrou que não tinha amigos e chorou ainda mais.

E enquanto alternava entre socos e balbucios no travesseiro, no outro canto da cidade Skulle Yanmtahak Mor, seu irmão por parte da mãe, estava trocando sopapos com um Lorde.

Parte II

No dia seguinte de manhã, como costume, John estava lá para encher o saco. O desgraçado estava visitando Mordred fazia tempo já, mas não dá para ter certeza do tempo pois ele não tinha calendário e não ligava para a data. De qualquer jeito, ele já vinha na direção do prisioneiro com aquela cara de quem chora todo dia por causa da amada mulher que morrera um século atrás...

- Olá, velho amigo... - disse John.

- Hmpf... - Mordred fez cara de desdém.

- Anda, para de reclamar que hoje temos mais coisas a tratar. - disse John sentando ao lado de Mordred e tagarelando.

John sempre falava do mesmo assunto, a Ordem... E talvez de tanto ele falar, Mordred estava mais do que interessado em ingressar nela. O cara já tinha dito quase tudo ao prisioneiro, mas mesmo assim faltava a parte prática do negócio. John sabia que isso não seria problema, visto que Mordred foi cobaia da Rekenber. Mas nada o interessaria mais do que ver o próprio em combate... Sabia que ele treinava secretamente na prisão, mas isso não era garantia de nada...

Mais tarde, no mesmo dia, Mordred conheceu seu primeiro parceiro de cela em nove anos. Ele era alto, tinha olhos de cores diferentes, parecia desgastado e carregava cicatrizes...

Parte III

“Ele é baixo... Tem a mesma cor de cabelo que eu, não parece ser forte, mas não é fraco... Ele é até parecido comigo em alguns aspectos... Deve ter no máximo 18 anos, é pivetinho ainda... Se me incomodar, vai ver só...”

Os dois se fitavam, descrevendo em suas cabeças o fenótipo de cada um, até que Skulle quebrou o silêncio:

- Olha pra lá, moleque. - ele falou enquanto abaixava as calças para mijar no vaso.

Mordred obedeceu. Algo naquela figura não exatamente o amedrontava, mas sem dúvidas o fazia hesitar.

- Meu nome é Mordred, prazer. - ele estendeu a mão esperando receber o cumprimento.

-Skulle Yanmtahak Mor. -ele disse sem se virar para o garoto. E quando se virou, viu que ele tinha os olhos cheios de lágrimas – O que foi?

- Mor... Esse era o sobrenome da minha mãe... - falou Mordred, balbuciando.

- Como assim?! Me explique! Sua mãe se chama Amarilla?! - Skull levantou Mordred pela gola e o colocou contra a parede.

- Sim... - disse Mordred, ainda no mesmo estado.

Skull o soltou imediatamente, agora com a mesma expressão que Mordred. Ficaram assim por vinte
segundos mais ou menos, então depois se abraçaram.

Parte IV

- Você... Você... É meu irmão... - falou Skull ainda abraçando Mordred.

Os dois começaram a repetir que eram irmãos por mais alguns minutos, até que Mordred sugeriu algo que os deixaria ocupados pelo resto do dia.

- Eu... Não tenho palavras pra descrever o que estou sentindo... Será que você poderia me contar um pouco da sua vida?

O pistoleiro não sabia o que fazer quando seu irmão perguntou sobre sua vida. O primeiro pensamento foi de agir violentamente, com uma resposta simples e objetiva, mas decidiu que era hora de se abrir com alguém. Se não fosse com seu irmão, com quem seria? As putas dos bordeis? Podia até ser, mas elas iriam cobrar dez vezes mais por ter que escutar a história de um homem fracassado. Este pensamento sarcástico trouxe alegria para Skull, o que o fez aceitar o pedido do irmão.

Ele contou tudo que a memória permitisse. Tentou não esconder o mínimo detalhe, até mesmo a Organização VII que prezava pelo segredo. Tentou também contar de uma forma que Mordred entendesse como ele virou o que é... Como ganhou as cicatrizes, como virou rico da noite pro dia, como ganhou um aeroplano, como escolheu os clãs que iria ingressar, em quem confiar...

O garoto ouvia atentamente, aparentemente admirado. Skull sentiu um amaço no coração, coisa muito rara em sua vida. Quando ele não entendia algo, o pistoleiro retrocedia e explicava de novo, de outra maneira... Estava realmente se esforçando, não sabia nem o por quê dele estar fazendo aquilo. Não entendeu como se deixou levar rapidamente pelos olhos do menino e se entregou tão facilmente aos mesmos. Skulle, apesar de tudo estava sentindo-se feliz por dentro.

- Nossa... - foi tudo o que Mordred conseguiu dizer após ouvir a história de Skull.

- É... Essa talvez seja a primeira vez que eu me abro assim com alguém, sem ser com meu diário... - Skull falou sorridente – Está tarde... Talvez seja melhor dormirmos.

- Ah, com certeza. Você passou bastante tempo na prisão, sabe dos macetes também... - Mordred disse no mesmo tom, sorrindo.

Parte V

Logo, ele já sabia de Scorch e de suas visitas diárias... Sabia de todos os seus amigos e inimigos na prisão. Sabia de todas os casos e descasos naquele local...

Ele realmente era um macaco velho nessa questão, tinha que respeitar. O cara chega não faz nem uma semana e já conquista o respeito de todos, assim? Mordred estava a 9 anos e nem conhecia todo mundo da prisão... Skull já mantinha um certo nível de amizade com praticamente todos da prisão. Não só isso, ele começou a agir estranho, passou do irmãozão para alguém que estava fazendo um favor...

E a justificativa foi surpreendente. O pistoleiro entrou na academia com pressa para falar com o irmão.

- Mordred, escuta. Esse tempo em que agi estranho foi porque eu tava ganhando confiança dos prisioneiros, para iniciar uma coisa. Você tem sonhado com isso há muito tempo, dá pra ver na sua cara. Todos estão comigo e todos os grupos e gangues da prisão concordaram em se unir com um único propósito... Vamos fazer uma revolução... - o pistoleiro falou o mais calmo o possível, para ser bem compreendido.

- O-Obrigado... - Mordred estava prestes a chorar de novo, mas conseguiu se segurar desta vez, abraçando seu recém-descoberto irmão – Te amo.

- Também te amo, cara... - disse Skulle.

Os dois se abraçaram por uma penúltima vez. Skull passou todas as instruções para Mordred rapidamente, e lhe deu a mais poderosa arma dentre os prisioneiros, a preciosa Inferno, uma Lança-granadas. Deixou também uma caixa com cinquenta esferas para ele, não precisaria de mais. Aquele era o dia em que Mordred havia sonhado... O dia da liberdade! O dia em que respiraria ar puro! Bem... Isso podia não ser possível em Einbroch, mas com certeza era melhor do que o ar da prisão!

Seus olhos se encheram de esperança e perseverança, sentindo que poderia derrotar o mundo se preciso. Skull olhou para ele e lembrou-se de quando era criança... E o pistoleiro chorou e foi cuidar dos outros prisioneiros.

Parte VI

Mordred se olhava em um espelho corroído que tinha na academia. Sem saber se tinha alguém por perto, começou a cantar “Bankrobber”, uma música de uma língua desconhecida. E enquanto cantava, começou a dançar com movimentos lentos, seguindo o ritmo da música. De repente então, o primeiro tiro ecoou na prisão. Muitos vieram depois dele e Mordred pegou a Inferno e marchou para o pátio.

Ficou horrorizado com o que viu, havia um mar de sangue ali. Cadáveres de prisioneiros para todos os lados, alguns ainda agonizavam e todos estavam amontoados na quadra de futebol, exatamente como uma execução. E o pior... Todos os guardas atrás do montinho olhavam para ele!

- O que o senhor deseja? - perguntou num tom irônico um deles, colocando-se a frente dos demais.

Mordred levantou a Inferno e acertou uma esfera no estômago dele. O estrago foi tão grande que dava pra ver o morro de corpos pela barriga. O guarda oscilou um pouco e depois caiu morto. O restante dos guardas ficaram atrás do morro de corpos e abriram fogo contra Mordred, que com maestria mirou para o alto e disparou três esferas, fazendo com que elas viajassem em um arco e caíssem direto na cabeça deles. Deu certo. Agora era hora de avançar, o primeiro animal foi abatido, agora restava o resto da manada.

Correu para os corredores que ligavam as celas e o refeitório, pois ainda ouvia muitos disparos lá. Pisou em várias pessoas para poder chegar lá, atrasando-se um pouco. O pátio dava acesso apenas ao segundo andar, então sem liberdade de escolha, adentrou-o. Estava ocorrendo uma luta ali na frente dele...

Conseguia ver que tinham três guardas eletrocutando alguém no chão e mais três(do outro lado da vítima) chutando-o, mas não conseguia ver quem era. Decidiu ir averiguar com sua Inferno em mãos, e o que acabou vendo foi catastrófico.

A vítima sendo eletrocutada era seu irmão, descoberto poucos dias atrás. Ele estava estrebuchando no chão com baba no seu rosto e uma cara de peixe morto... Não, não era só isso. Quando seus olhos se encontraram com o de Skull, ele viu que o pistoleiro começou a chorar!

- Mordred... - disse e então parecia que tinha sido possuído, seus olhos ficam cheios de fúria – NÃO! NÃO VOU DEIXAR ISSO ASSIM!!!

Então num ato digno de Valhalla, Skull se levanta mesmo com três pessoas o eletrocutando simultaneamente, e gritando extermina eles com a lendária habilidade Desperado. Todos caem e quem estava sorridente agora era Skull. Mordred vai correndo em direção a ele, abraçando-o e chorando.

- Não... Não... Não....... Por quê? Por quê?! Irmão... - Mordred resmungou para Skull, sem saber se ele estava ouvindo.

- Você-ê t-tem vocaçã-ão para Justiceiro... - Skull conseguiu dizer, e depois fechou os olhos

Parte VII

- Estava esperando por você.

- Cale a boca. - disse Mordred, ainda enxugando os olhos.

Scorch achou melhor não dizer nada, mas não se segurou:

- Temos que ir, temos trabalhos a fazer.

Mordred fechou os olhos com força e respirou fundo. Toda a cena se remontou na sua cabeça: Os três guardas com as armas elétricas, mais outros três chutando; O olhar de humilhação e vergonha de Skull;
e... O último ato dele... Ele deu outra inspirada funda:

- Tá... - disse hesitante.

Ele deu uma olhada para trás. O vento forte fazia com que um lado da camisa grudasse em seu corpo e seu cabelo era jogado para trás. Passara nove anos naquele lugar que agora estava em chamas... Naquele momento todas as suas memórias passavam diante de seus olhos, como se assistisse um filme no cinema.

Deu outra inspirada... Agora estava livre, mas a ficha ainda não tinha caído. Tudo o que conseguia fazer era lamentar a morte do irmão e de todos os outros amigos da prisão...

- Sim, vamos. - disse Mordred, concordando com o que dissera antes e virando-se para Scorch.

Elevou os olhos ao horizonte: Fumaça e nuvens... Era Einbroch, fazer o quê? Cocô de fábricas...Abaixou seu ângulo de visão e olhou dentro dos olhos de Scorch, ele estava apressado mas compreendia Mordred.

- Então, agora vai me ensinar o exorcismo, né? Depois temos que descobrir o que a Rekenber fez comigo... - Mordred pensou e acabou falando sem perceber.

Os dois ficaram lado a lado e caminharam para o sul, pois o aeroporto não os deixaria passar e mais confusão não era bem vinda. Entrara então, na Ordus Exorcismvs...

-----------------------------------------FIM----------------------------------------------------







Ok, fanfic acabada e.e, vou colocar a planta da prisão só pra ter uma ideiazinha:
Mordred, biografia Plantapriso
Mordred, biografia Mapapriso2


Última edição por Skulle Yanmtahak Mor em Sex Mar 23, 2012 1:54 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Skulle Yanmtahak Mor Sex Mar 23, 2012 1:54 pm

último capítulo adicionado.
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