[Evento] Conspirações...

- Noven 27 / A Central

Os presentes ali
jamais esperavam que alguém fosse lhes atacar dessa forma.
Aproximadamente às 23h30min um terrorista não identificado atirou um
aeroplano contra a central da Organização VII. Alexander Eisenheim II,
seus agentes e agentes especiais começaram a correr contra o tempo para
minimizar os estragos. Por fim, entre mortos e feridos o dano não foi
total, mas deixou a central muito arrasada e cortou suas linhas de
comunicação.
Enquanto a equipe de limpeza com a ajuda dos agentes
organizava a bagunça, Alex pediu a alguns de seus agentes rastreadores
para que fossem atrás do Chefe de Operações Lothar e da Agente Especial
07 Déborah.

- Usem a força se for preciso para trazê-los.

Logo que seus agentes saíram o velho voltou aos destroços. Removendo o
pouco peso que seu corpo cansado permitia ele teve uma surpresa ao
encontrar um corpo diferente embaixo de alguns. Ele cobriu o rosto do
indivíduo e o tirou dali.

- Noven 28 / Casa de Lothar

Já passava da meia noite quando os agentes praticamente invadiram a
residência do Chefe de Operações. Ele e sua esposa que dormiam na hora,
tomaram um susto e o homem foi tomar satisfações:

- Já ouviram falar em bater na porta?
- Ordens do Diretor. – Respondeu apenas um deles.
- Ele podia ter ligado!
- A central da VII foi atacada e as linhas dos comunicadores estão fora.
- Atacada!? – Debi demonstrou aparente preocupação enquanto entrava na sala com seu roupão rosa.
- Algum terrorista não identificado atirou um aeroplano contra a central.
- Um aeroplano! Como assim? – Lothar perguntou.
- Vocês podem saber dos detalhes com o regente em pessoa. Temos ordens para levá-los, mesmo que pelo uso da força.

O templário suspirou e olhou para a esposa:

- Vamos nós vestir, as férias acabaram.
- Que pena... – Ela respondeu com um sorriso triste, mas também cheio de preocupação.

Em poucos minutos o grupo partiu dali para central em Juno.

- Noven 28 / A Central

O casal mau chegou e já foram recebidos aos gritos pelo velho diretor.
Ele fez um sermão relativamente demorado sobre responsabilidade e como
os dois eram burros e descuidados. O chefe de operações só escutava com
um olhar de indiferença, a agente especial mantinha a postura de séria,
mas se sentia um pouco mau com isso. Quando ele finalmente acabou,
Déborah começou a trabalhar para estabelecer as linhas dos
comunicadores e Lothar ajudava com os destroços. Levou aproximadamente
uma hora até a comunicação ser re-estabelecida. Nesse meio tempo quase
todos os blocos de entulho grande já foram removidos.

- Pa...Diretor, nossos comunicadores voltaram. – A espiritualista falou.
- Ótimo, chamem os outros agora, quero uma reunião de emergência. – Respondeu Alex.

O templário estava tirando mais um pedaço do teto quando algo atraiu
sua atenção. Deixou o pedregulho cair e se afastou alguns passos.

- Ei, vocês dois, acho que deviam ver isso!

Déborah e Alexander foram até junto de Lothar e olharam o que ele
descobriu. Uma escadaria em espiral que dava para algum tipo de
passagem subterrânea.

- Eu não me lembro de ter isso aqui... – O templário comentou.
- Nem eu...
- Isso não estava na planta original d’A Central. Vá na frente, Chefe de Operações. – O velho falou.

Confirmando com a cabeça este desceu, seguido pelos dois. A escadaria
devia ter quase 100 metros até o final. Era impossível ver o chão do
topo dela, o que fez o trio andar por alguns minutos até chegar ao seu
final. A sala circular aonde eles se encontraram tinham as paredes
cobertas por estantes com os mais variados e velhos livros. Cada um
deles olhou ao redor tentando descobrir como isso havia parado aqui.
Finalmente, o diretor apontou para o centro da sala, de onde um
pedestal estava segurando um livro de capa dura com um emperium cravado
nela. Ao se aproximarem, puderam ler as seguintes inscrições: “Apenas aqueles com o conhecimento arcano podem abrir este livro.”. O idioma parecia antigo e estava assinado como Tut Radir’n Managarm.

- Eu vou olhar. – O velho se adiantou.
- Espera, Al... Lothar mal teve tempo de completar sua frase, pois no
momento que o diretor tocou o livro, uma corrente elétrica passou por
seu corpo e ele caiu duro para trás.
- Alex!
- Papai!

O templário e a espiritualista foram o acudir, estava com um cara de dor e ainda sofrendo do atordoamento.

- Eu estou velho demais para isso.... – Sussurrou.
- Para de dar um susto na gente! – Lothar resmungou enquanto segurava o velho.

Ao ver que o pai estava bem, Déborah se levantou e começou a andar na
direção do livro. Antes que qualquer um dos dois tivesse a chance de
ter uma reação ela já estava de pé a frente dele com as mãos prontas
para tocá-lo.

- Debi, não toque nisso! – Gritou o Chefe de Operações.

Mas já era tarde.
Delicadamente a espiritualista tocou a ponta dos seus dedos no livro e
em seguida a palma da mão. Ela não pareceu ser eletrocutada ou sofrer
qualquer tipo de dano, mas um forte brilho irradiou do grimório,
deixando a todos eles momentaneamente cegos. A agente especial não
conseguia soltar o livro e o observava com os olhos brancos e sem a
pupila, como se estivesse possuída. Durou aproximadamente um minuto a
cena, até a luz desaparecer e todos recuperarem sua visão. O velho e o
jovem viram a mulher deitada imóvel no chão, seus olhos estavam
abertos, mas continuavam brancos. Estava em estado catatônico.

- Debi!!! – Lothar gritou a pegando no colo.
- Vamos subir com ela, mandarei que isolem a área por enquanto. – O diretor já estava aos pés da escada.

Assim, ambos subiram de volta com tanta pressa que não notaram o
grimório aberto e o emperium em sua capa que havia sumido.
Quase
uma hora se passou n’A Central sem que a espiritualista desse sinal de
recuperação. Lothar não parava de andar de um lado para o outro da
sala, enquanto Alexander descrevia o que a equipe de investigação
descobriu:

- Parece que é uma fonte poderosa de poder arcano.
Não sabemos quanto tempo ela está selada, mas estimam entre 1000 anos
atrás, na guerra contra Morroc.
- Eu não estou com humor para ouvir sobre isso!
- Mais respeito moleque! Acha que agora você tem calças pra me
enfrentar? Um irresponsável que não pode fazer seu trabalho na
organização! – Ele deu o sermão.

O templário apenas se calou e voltou a observar Debi, estava cada vez mais preocupado a cada minuto que passava.
Os relatórios do velho duraram minutos que mais pareciam horas do ponto
de vista do chefe de operações. Por muito pouco ele não estourou e
mandou que o diretor pegasse os papeis e colocasse em um certo lugar.
Felizmente, Deborah acordou antes disso:

- Debi, fala comigo! Você está bem? – O templário se atirou próximo a ela e pegou sua mão.
- Onde eu estou? Cadê o livro? – Parecia um pouco atordoada.
- Você estava em estado catatônico por quase uma hora. Meus
investigadores estão tentando descobrir mais sobre o grimório. – Alex
se adiantou.
- Eu desmaiei? Eu só me lembro de tocar o livro e do clarão. Depois disso tudo ficou branco.
- E como está se sentido agora?
- Um pouco cansada e com dor de cabeça, mas bem.

A porta atrás do velho se abriu e alguns agentes acompanhando um sábio
entraram. O estudioso, portando as vestes de sua classe, carregava no
peito um broche da Academia de Juno e era calvo. Parece que todo cabelo
que perdeu em cima, lhe retornou na forma de sua longa barba.

- Eisenheim, meu bom amigo. Acho que já descobri tudo que poderia. – O arcano falou.
- Conte-me das descobertas, Grig.
- Aquele grimório é algo fascinante. Uma fonte incrível de poder arcano
antigo e o mais incrível, feita por um grande mago do passado! – Ele
parecia muito entusiasmado.
- De onde ele veio?
- Acredito que seja coisa de Epitus!
- Epitus? – O Chefe de Operações fez uma cara de interrogação.
- A antiga civilização destruída quando Morroc surgiu pela primeira vez no mundo. Os pioneiros da magia.
- Então ele deve ser mesmo bem velho.
- Enfim, parece que aquele livro na verdade era um tipo de fonte de
energia. Quem o fez deixou de presente para o primeiro que encontrasse.
- Um livro velho? – Zombou Lothar.
- Bom senhor, esse “livro velho” possuía um encantamento para que o
primeiro que o tocasse recebesse dos seus conhecimentos inestimáveis! –
O sábio respondeu um pouco aborrecido com o comentário anterior.
- Tudo que eu recebi foi uma descarga elétrica. – Alexander falou.
- Isso pode ser facilmente explicado. O livro rejeita qualquer um sem
dons arcanos, apenas aqueles que têm afinidade com essas artes recebem
de seu conhecimento. Aliás, eu notei que ele está aberto. Quem foi que
o tocou além de você, Eisenheim? – O arcano olhou do velho para o chefe
de operações e voltou para o diretor.

Os dois apenas viraram o rosto olhando para Debi. A espiritualista arregalou os olhos assustada com que acabara de ouvir.

- Ela?! – O sábio se assustou.
- Eu? – A própria também se assustou.
- Isso se tornou algo inesperado. Precisamos de uma reunião. – Alexander murmurou.
- Todos os problemas do mundo podem ser resolvidos com uma reunião pra você, né? – Debochou Lothar.

O velho só lhe respondeu com uma bengalada na cara.

- Isso é algo bem incomum... – O arcano comentou.
- Por quê? – Déborah perguntou.
- Não leve a mal, mas um sábio ou bruxo tudo bem. Mas uma espiritualista?
- O que tem de errado por eu ser uma espiritualista? – Ela levantou da cama com um salto.
- Nada, apenas é incomum...

A mulher fez bico e cruzou os braços enquanto Lothar tentava acalmá-la.

- Déborah, se sente de alguma forma diferente? Mais inteligente talvez? – O Diretor perguntou.
- Não... Excerto por essa dor de cabeça, me sinto normal.
- Os efeitos podem variar ou serem retardados, depende do talento da pessoa. – Grig falou num ar um pouco debochado.

Debi bufou, mas manteve a postura. Ambos, o chefe de operações e a
agente especial esperaram que Alexander se despedisse do sábio e ele
saísse.

- Muito arrogante esse sábio.
- Depois, parece que vamos ter mudanças por aqui. – O velho sussurrou.
- De novo!? – Lothar soltou um longo suspiro.
- Sim, mas dessa vez será uma proposta ambiciosa e arriscada.

Ambos olharam para ele sério.

- Senhores, eu proponho expandir a VII, criando uma nova VII.
- Nova VII!? – Eles exclamaram juntos.
- Passaremos a ser uma coalizão. Organização VII e Concillium VII.
- Concillium VII? Por que precisamos separar a VII em duas partes?
- Lothar, qual o maior ponto fraco da organização todos esses anos?
- Hmm... Magia? – O chefe de operações chutou.
- Exatamente. É disso que o Concillium VII tratará. Todos os assuntos
arcanos serão de responsabilidade deles, enquanto o resto de nós fica
com a politicagem e tecnologia na Organização VII.
- Tá, vamos supor que isso seja real. Quem seria o líder dessa segunda VII?
- Essa pergunta é meio óbvia, não?

O velho e o novo olharam juntos para a espiritualista que estava apenas escutando calada.

- Eu? Não posso liderar outra VII! – Ela afastou um passo.
- Seria um desperdício agora que você tem dons arcanos mais elevados.
Seria a líder perfeita em questão de confiança também.
- Mas eu não sou uma líder! Isso não vai dar certo!
- Você vai liderar a Concillium VII e isso é uma ordem! – Alex falou grosso.

Déborah novamente fez bico e cruzou os braços. Lothar tentou acalmá-la novamente:

- Debi, pelo menos tente.
- Até você? Vocês não entendem?
- Debi... – Ele segurou em sua mão. – Olhe pra mim. Eu confio em você, vou te ajudar.
- Mas!
- Shhhh! Tente tá bom. Por favor, dê uma chance a essa idéia.

Ela olhou para ele por um longo tempo. Mordia o lábio inferior
demonstrando um claro nervosismo. Por fim, suspirou longamente.

- Tá bom... Eu vou tentar. Mas não prometo nada! – Ela desabafou.

Apesar da sua elevada idade, o diretor ainda era rápido. Pegou seu comunicador e mandou um aviso a todos:

- Senhores, quero uma reunião com todos os agentes especiais e
superiores. E depois uma com toda a VII. Câmbio final.

Juno, 08 de Decem

-
Aqui está! - Wikleth, um Bruxo que trabalhava para o Conselho se Sábios
de Juno entrega uma caixa para Kemaryus, que parecia estar pesada e
cheia.
- Todos os dados estão aqui?
- Sim, o dossiê completo da
Organização VII, Magna Charta, Rekember, Ordem do Trovão e de alguns
membros importantes destes Clãs.- E Cabrial e o "A"?
- Ele é relativamente novo para Juno ter algo sobre ele.
- Lothar? Alexander?† Ignatyus Arkadel ? Lucario ? - Kemaryus apontou para as fichas e papéis dentro da caixa.
- Sim , sim , sim ,sim.
- Obrigado Wikleth! Será de bom uso!
Kemaryus foi saindo carregando a caixa com as duas mãos acompanhado por um Sacerdote
-
Um detalhe! - Acrescentou o Sábio. - Não saia falando por ai que faz
parte da Ordem das Valquírias entendeu? Descrição é importante nos dias
de hoje
O Bruxo consentiu com um aceno de cabeça

Juno, 03 de Jano de 2 da Segunda idade das trevas

O Sábio acabara de chegar na sua sala quando um Sacerdote entra as presas pela porta recem fechadas.

- Kema, o Agente que foi designado para a VII ainda não voltou.

- Calma! Fui avisado pela manhã, e já tomei uma ação "diplomática" ele foi capturado mas será liberto em breve.

- Certo...mas isso muda algo?

- Não! As prioridades são as mesmas. - Kemaryus pega uma pasta que estava com o símbolo da "VII" e da "Corp. Rekember".

- Sabe Kwaii, fiquei sabendo que estão fazendo boatos sobre nós, que estamos "espionando todo mundo"...

- Mas isso é verdade, não é?

- Sim, é um mal necessário, para escolhermos um lado, temos que entender todas as variáveis.

- Vai falar com a Rekember?

- Sim, mas acho que vai ser difícil...E os agentes de Kunlun?

- Já retornaram e tem boas noticias, estão preparando o dossier.

- E o Culto?

- Sem noticias!

-
Olha vamos manter a discrição e aguardar nossos Soldado voltarem das
Férias, vamos dar isso a eles eles merecem. Depois vamos começar a
executar o plano, já passou da hora da OV mostrar-se ao mundo.

Recentemente a policia de Comodo e de todo Reino de Midgard tem grandes
trabalhos pela frente já que durante a noite de sábado o Cassino de
Comodo foi roubado, segundo a policia local e a segurança do prédio foi
um roubo perfeito nas casas dos 100,000,000,000 Zenys.

Nunca
foi registrado um roubo tão perfeito e ao mesmo tempo lucrativo até
então. A policia de local com ajuda do barão Leonard Von Niflheim
acabou encontrando uma única pista, uma arma ao lado de uma rosa em uma
das mesas do cassino. Segundo os relatórios da Guilda dos Cavaleiros se
trata de um Emblema de um clã antigo de mafiosos da década de setenta
conhecido como Royal Flush que controlava o submundo da região de
Comodo, não se sabe ao certo se ainda existem, mas as evidencias aponto
algo relacionado a tal organização extinta.

O barão Leonard esta
convocando aventureiros que estão se disponibilizando para ajudar no
caso, os interessados devem comparecer ao cais de Comodo próximo a vendedora de conchas com um chapéu qualquer e óculos escuros hoje as 19:00 Horas.


-... Senhor Flush! Por favor, eu apenas queria... - Não demorava muito
até o terno caro do filho do senhor Royal adquirir uma coloração
avermelhada muito bela aos olhos dos sádicos.

- Uma bala uma
vida. - O atirador limpava sua pistola feita de prata sagrado importado
de Rachel com a palavra "Flush" gravada. - E isto sirva de lição para
qualquer idiota que prejudique os negócios da Royal Flush.

- Senhor Flush... Ele era filho do Grande Royal. - Dizia um dos subordinados do atirador agora identificado como Senhor Flush.

-
Era. - Flush dizia em um tom frio e neutro - Bom temos muito trabalho
pela frente garotas. - Ele pegava rapidamente um cigarro e acendia. -
Vamos fazer aliados. - Logo ficava parado sobre sua poltrona vendo o
corpo do garoto que agora dançava junto com a morte no Submundo.

Enquanto o mundo virava-se de cabeça para baixo, no aeroplano da Máfia Royal Flush o senhor Flush parecia iniciar seu plano...

-
Hmm... Dirija-se até Einbroch – Flush ordenava para o piloto do
“Aeroplano Às” enquanto amarrava sua bandana negra. Não demorou muito
até um de seus homens questionar a rápida mudança de direção.

-
Err... Chefe? Por que Einbroch? Pensei que iríamos até o cassino. – Um
dos seus seguranças perguntava com certo medo da resposta, Flush era um
homem perturbado e pouco poderia se esperar de tal homem – Senhor?

Não
demorou muito até o segurança levar um tiro em sua pequena testa da
arma prateada de Flush que soltava uma pequena quantidade de fumaça
pelo cano após o disparo. Um Tiro, Uma Vida e assim era a filosofia de
vida de Flush e estranhamente gritava para seus subordinados que
assustados observavam – Amigos... Para que permaneçam nesta família
vocês devem ser inteligentes, um bandido nunca rouba duas vezes no
mesmo lugar. Quero que se preparem, vamos pegar o dinheiro com uma
família local que nós deve a um bom tempo...

- Mas o Senhor Royal permitiu? – Outro subordinado perguntava com mais receio do que poderia ocorrer.

-
Mas é claro, Senhor Royal acredita que seu filho morreu nas mãos dos
nossos antigos amiguinhos de Comodo e pediu para executá-los assim
quando possível. Mas concentre-se em nosso objeto, pegar o dinheiro com
a Máfia “El Par”

Ao cair da tarde, o tempo até então limpo começava a fechar. O
menino que entregava os jornais corria para terminar suas entregas
enquanto os trovões já ecoavam, vindos do norte. Logo uma chuva fina
começaria a cair e o rapaz precisava voltar para casa.

Morre Alexander Eisenheim II

Falecido nesta Odin Daeg, a Organização VII perde seu diretor

Prontera, Sunna Daeg, Jano 11

A notícia, inesperada para todos, alastrou-se com velocidade
impressionante. Por meio de um anúncio feito na noite retrasada o rumor
de alguns dias atrás foi finalmente confirmado: vítima de um ataque
cardíaco, Alexander Eisenheim Bentham Orumov II, diretor da Organização
VII, conde e diplomata de Rune-Midgard, faleceu em seu escritório
particular no castelo real de Prontera. O conde, apesar de sua vida
atarefada, parecia gozar de boa saúde mesmo na idade avançada de 83
anos, o que só aumenta a perplexidade de todos diante de uma morte tão
súbita.

Nativo de Moscóvia e criado na em Schwaltzvald,
Eisenheim teve uma impressionante carreira militar no país do extremo
norte, integrando um dos primeiros destacamentos de justiceiros aos 22
anos, tornando-se coronel por volta dos 40 e culminando na guerra
revolucionária que transformaria o Império numa República. Mais
recentemente, no comando de sua organização paramilitar, esteve dentre
os principais atuantes durante a Guerra do Dammerüng e na Ruína de
Morroc graças à criação da Armada. Agindo sob a alcunha de "O Regente"
nesses dois eventos, apenas recentemente sua real identidade tornou-se
pública.

O enterro, que ocorrerá no Jano 12 em sua terra natal,
aparentemente será uma cerimônia discreta com apenas sua família e
conhecidos mais próximos. Somente após a cerimônia o pergaminho
contendo o testamento poderá ser aberto. Enquanto isso, Lothar Shade
Mustang, seu genro, assume de modo até então provisório a Organização
VII e há informações de que haveria sido sugerido à Rainha um decreto
de luto oficial.

Alexander deixa sua esposa, a marquesa Neece
Sigrún e duas filhas. Seu título de nobreza foi passado para sua filha
mais velha, Déborah Slyther Eisenheim Mustang.

O garoto, gripado da chuva da última corrida, andava e cambaleava
debilmente enquanto dizia com voz rouca: "Extra. Extra. O Condor...
Edição especial..."

Uma morte engenhosa?

Assassinato em Prontera lança dúvidas sobre o falecimento do conde Eisenheim

Prontera, Odin Daeg, Jano 14

Noite de Jano 12. Uma multidão se aglomera em torno de uma das paredes
externas da Catedral de Prontera, curiosa e horrorizada. Em minutos a
guarda é acionada e corre para o local. Empalado entre as pedras da
construção com por uma longa lança, um sumo sacerdote pendia com os pés
em uma poça de sangue. Embora chocados com a morte brutal, cidadãos,
soldados e até mesmo turistas foram incapazes de deixar de focar seus
olhos na pixação logo acima, feita com o próprio líquido vital que
escorria da vítima.

Vazou a informação que o autor desta proeza seria um ninja de origem
incerta de nome Ezio que supostamente teria alguma relação com o
falecido. Ezio já era procurado pelo reino por nada menos que trinta e
oito mortes. Ainda antes de fugir dos arredores da igreja, tomou um
refém e terminou cravando-lhe uma adaga no pescoço, assim totalizando a
preocupante estatística de quarenta homicídios. A guarda aconselhou os
transeuntes a evitarem locais de pouco movimento tarde da noite ou
aglomerarem-se na cena do crime caso outro assassinato ocorra. Porém,
mesmo com todos esses dados espantosos, não foi este o assunto
principal das conversas diárias.

Exata uma semana após sua
morte e menos de um dia depois do seu enterro, já contesta-se a versão
oficial de que Alexander Eisenheim Bentham Orumov II teria sofrido um
ataque cardíaco, pouco incomum em sua idade avançada. O ataque na
Catedral de Prontera deu fôlego a todo o tipo de teorias e suspeitas,
abrangindo da simples dedução aos mais altos delírios. Seja como for, a
partir de hoje toda a Rune-Midgard se indaga: o que de fato aconteceu
com o conde?

Era
final de tarde quando os membros da Corporação Rekenber haviam destruído
a experiência conhecida como “El Verdugo” fora uma batalha árdua e
difícil, mas conseguiram derrubar a temível e poderosa criatura,
salvando assim suas próprias vidas e dos cidadãos daquela bela cidade.

Parecia
que tudo estava acabado e que aviam dado um final nos terríveis
pesadelos existentes naquelas instalações da cidade de Juno, porém os
planos sádicos de um cientista velho e já esquecido pelo tempo ainda
estavam por começar, enquanto todos se preocupavam com suas vidas ele
desaparecia furtivamente...

Alquimista Filosofal trabalha em
outra instalação menor, porém eficiente. Estava dando continuidade em
seu projeto, o cheiro pestilento daquele lugar dificultava o trabalho
do Alquimista que parecia não desistir nem mesmo para comer. Trabalhava
em cima de um pequeno teclado de computador onde digitava
freneticamente comandos, em sua frente aviam dois grandes tubos com um
líquido rosado por dentro. – A sim, A sim... – Murmurava enquanto
terminava seu trabalho. – V-001 pode ter sido destruído, mas seus
irmãos virão para terminar o que eu comecei. – E assim ele terminava de
executar a segunda parte de seu projeto.

Tempo depois a guarda
de Juno encontrou os corpos de diversas experiências nas instalações
abandonadas usadas pelo Alquimista Filosofal. Não foi possível
encontrar documentos relevantes, todos pareciam ter sido perdidos no
grande incêndio que destruiu as instalações.

Enquanto um grupo havia acabado de salvar sua pele diante dos desafios
impostos nos esgotos da Cidade de Prontera algo acontecia sobre as
sombras...

- Ah... Ah... – Algo corria freneticamente pelos
arredores de Prontera, provavelmente tentando fugir de algo ou alguém.
Era um homem baixo, vestido de um jaleco azulado e calças marrons
aparentando ser um cientista. Seus óculos arredondados estavam quase
saltando de seu rosto enquanto ele corria freneticamente para salvar
sua pele – Consegui... Haha! Não será hoje – O homem declarava vitoria
ao conseguir escapar – Agora vamos para casa. – pensava o cientista
após se salvar. Enquanto descansava próximo ao rio alguém se aproximava
do cientista, este outro homem parecia carregar uma espada.

- Se
prepare seu verme, vai morrer. – Dizia o estranho cavaleiro que surgia
das sombras das árvores. – Ether quer o restante das pesquisas meu
camarada. – Ele estendia a mão esquerda esperando receber algo enquanto
segurava a espada na mão direita.

- Receber? Faça-me o favor. –
O Cientista sacava uma pistola e sem demorar mirava na cabeça do
cavaleiro. – Vamos agora me entregue a... – O Cientista recebia uma
bala 12mm certeira em sua cabeça que agora era transformada em uma
gelatina rosa. Rapidamente caia morto ao chão. Outro homem surgia atrás
dele com uma Espingarda olhando atenciosamente para o Cavaleiro e logo
dizia em voz baixa – Morto... – O atirador olhava para o cientista em
sinal de alivio. – Espero que tenha descoberto as coisas certas
cavaleiro. E Espero que não deixe os seus “ajudantes” espalharem o
ocorrido.

O Cavaleiro apenas confirmava com a cabeça guardando
já sua espada. Sem demorar revistavam o corpo do cientista até
encontrar uma pequena pasta. – Acha que isso vai dar certo? –
Perguntava o cavaleiro. – Sabe... Os dois países estão furiosos.

-
Furiosos vão estar quando eu acabar com eles, agora vamos soldado. – O
atirador pegava a pasta e ambos seguiam até sumir na escuridão da noite.

Na
manha seguinte as autoridades isolaram os esgotos da cidade até
segundas ordens, nas investigações encontraram algo morto, parecia um
estranho corpo avermelhado, segundo a pericia o corpo possuía partes de
um Grande Orc, Salamandra e humanas. Isso mostra sua semelhança com o
caso ocorrido em Juno e as experiências ali encontradas. As
investigações sobre o estranho caso ainda estão ocorrendo e aguardando
novas descobertas.

Representação de V-002.

- Você é meu. – Dizia o atirador que se escondia no topo de uma grande
árvore nos arredores de Geffen segundos antes de derrubar uma imensa
criatura. Ele sacava um radio e o ligava na freqüência certa. – Poring
para Condor, Poring para Condor. Aguardo respostas. – Ele guardava o
comunicador descendo do topo da árvore seguindo até a criatura. Ela era
imensa, devia ter quase 2 metros de tamanho e pesar 200 Kg, lembrava um
Atroce devido sua enorme quantidade de pelos e suas garras, sua cabeça
lembrava um homem, porém estava com um belo buraco devido à bala usada
pelo atirador.

- V-003, V-005 e agora V-006. Todos na mesma
noite. – Ele murmurava para a lua enquanto tomava um pouco de água do
rio de Geffen. Seu radio agora soava uma voz chiada – Condor para
Poring, Condor para Poring, alguém na escuta? – Dizia a estranha voz do
radio. O Atirador rapidamente sacava o radio e respondia – Diga Condor,
estou na escuta.

- Acabamos de abater o V-007 e V-004, missão
completa. – A Voz dizia esperando respostas do atirador que após
suspirar em alivio dizia – Ótimo, Condor, diga para o Drops que sinto
muito pela perna dele.

- Pode deixar Poring, alias, o chefe nos
quer ainda hoje na cidade. Disse que é urgente. – Dizia o homem
denominado Condor. Logo o atirador reconhecido como Poring respondia em
tom desanimado – E eu pensando que estaria livre essa noite...

- A Matrina vai ter que esperar meu amigo, mas ela vai entender. – Dizia Condor em tom animado.

- Espero que ela não me bote para dormir no sofá, Poring desligando transmissão.