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De Samuel

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Mensagem por Samuel Sex Fev 15, 2013 10:46 pm

É, o fórum está morto mesmo. Que se foda.


Prólogo/Início/It hasn't even begun/Começo, o significado que achar melhor.


Samuel, pobre Samuel, estava no seu lugar de costume dos últimos... Quanto tempo fazia? Não tinha a menor ideia de quanto tempo ficava por alí. Sempre na maldita torre do Tártaro. Sempre com o cajado no colo, com os pés apoiados na murada e a cadeira precariamente apoiada em duas pernas, geralmente lendo um livro ou brincando de atirador de elite eliminando aves que ousavam entrar na nevasca....

Definitivamente, não era a vida que ele queria. Suspirou, pela quatrilionésima vez talvez, e se levantou. Limpou a neve com um gesto e uma magia que tinha aprendido com os messes ali e as dores no ombro de tentar varrer a maldita torre e desceu pela escada, precária e de madeira da Torre do Tártaro.

O Tártaro não era um lugar ruim de viver. Claro, antes da maldição do Papai Noel. Agora era só um lugar gelado fedido e cheio de esqueletos e Gremlins a andar pra lá e pra cá, seja botando ovos, seja fazendo consertos ou trazendo os corpos de pobres novatos que caiam por perto do Tártaro à explorar. Ou só deixando caírem os seus preciosos equipamentos enferrujados enquanto um grupo, incauto e heroico, descobria o Tártaro por acidente e achavam que tinham descoberto um novo lugar para treinar que não estava nos mapas. Pobres ingênuos. Alguns mais fortes deixavam alguns buracos no Tártaro, mas os seus equipamentos valiam o bastante para alimentar essas pobres bocas (dos que ainda viviam)que sofriam naquele lugar gélido.

Suas pegadas eram marcadas na neve fofa enquanto ele andava. Pobre Samuel, morria de frio com aquelas roupas de arcano, mas nunca admitiria isso. Um Lorde e Senhor Absoluto e Erebusísitico do Fogo não poderia sentir frio. Pelo menos sabia como “ligar” a Máscara do Ifrit no modo esquentar. Só aí conseguia viver por mais um dia. Ou assim esperava.

Abriu a porta do Prédio 2, alcunha dada há mais de um ano, porque não conseguia pensar em nada melhor, e é claro que os seus queridos companheiros de clã não ajudavam. As vezes. Só alguns. Raramente.

Lá achou algo estranho. A comida não estava pronta. Geralmente o Willy era pontual.

Ele ainda estava no macarrão. Santa paciência, ele não via tanta incopetência desde o Rei!

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Ah, mas o pobre Samuel não esperava o que ele iria encontrar no seu quarto naquela noite. Como de costume, ele subiu carrancudamente pelas escadas do Prédio 2, rangendo a cada passo. Felizmente, ele estava acostumado a rangeção sem parar e as alguns fantasmas que apareciam lá de vez em quando. Deveria ser por causa da energia do coração de Ymir que estava escondido no prédio e deixava todos lá dentro semi-malucos e criava alguns monstros de magia. Mas só as vezes. Só mais um palpite. Até uma succubus tinha aparecido na cama dele uma vez, deitada preguiçosamente na cama cheirando algumas peças de roupas. Estranho, mas ela deu um bom par de chifres novos pro Willy usar.

Enfim, lá estava Samuel, abrindo a porta do seu quarto. Ele mesmo tinha decorado tudo com runas e mais runas, círculos e pentagramas de feitiços. Claro, com uma fonte quase ilimitada de magia há poucos metros dalí, que mago não resistiria fazer alguns rituais profanos e difíceis em meio ao tédio? O Samuel que não, é claro. Mas ele se deparou com uma visão bastante deturpada dessa vez.

-Quem morrocs é você? - perguntou Samuel, com um tom de tristeza na voz ao pensar que teria que mandar o Sherpard buscar novos lençõis e consertar o piso. Denovo.

-Ora, eu sou só mais um de seus amigos. Estou aqui para lhe oferecer uma proposta, e lhe dar uma das coisas que você sempre quis.- o estranho falou, arrumando seu monóculo para ver melhor a claridade que a cabeça do arcano emanava.

Samuel achou isso estranho. Estava acostumado com vários bichos, humanos se aventurando e monstros de magia no seu quarto... mas não com um homem de uns trinta e poucos anos, em um paletó risca-de-giz, com um monóculo, uma bengala de madeira simples e uma cartola estilosa e perfeita. Tudo muito bem lustrado, praticamente brilhando, com sapatos em couro negro, um bigode de lorde de terras e perfume. Quem usaria perfumes em tal mundo? Tinha que ser um lorde rico e estiloso. Claro.

-Hmm... Certo, eu tivo um estafante dia em que não fiz absolutamente nada. Podemos pular a conversa e você pode pular em cima de mim com seus poderes sobrenaturais de heroi e nós podemos quase matar um ao outro agora. Que tal? Acaba mais rápido e evita a lengalenga.- Samuel falou, um sorriso espalhando-se pela sua cara como um vírus que está no ápice de sua reprodução, já com o cajado em mãos e apontado pro gentleman.

-Haha!- ele deu um risadinha, e se levantou cordialmente- Não, não, Senhor Samuel, eu estou aqui para escrever a sua história.- ele mecheu uma mão e um livro, que incrivelmente ou tinha aparecido alí do nada ou Samuel não tinha notado, se abriu na escrivaninha dele. Uma pena, que parecia ser de um Kassa, pois estava em chamas, estava em cima do livro, que aparentemente não queimava com o fogo dela, e estava com a ponta colorida com uma tinta preta, que Samuel rapidamente identificou como Tinta de Polvo. -O Senhor aceita? -ele finalizou com um risinho e um olhar, conspiratório e convidativo.

Samuel mal podia conter as lágrimas.

-M-mas..mas...Eu nunca fiz nada de muito extraordinário! Como você pode oferecer a melhor coisa do mundo a um homem, em que ele pode falar de sua vida inteira, de todas as suas conquistas, sonhos, depressões e pessoas mortas, além de tudo o que ele fez em sua singela em inteira vida para ser preservado por toda a eternidade em um singelo livro que singelamente irá singelar toda a singeleza da singelidade de uma pessoa em uma singela obra que preservará toda a singeleza de uma singelidade para singelizar a singeleza de uma singela pessoa singela!-ele falou em meio as lágrimas, fungando e fazendo nojentos barulhos de catarros, em uma avalanche tão rápida e disfusa de palavras que nem o autor entendeu direito.

O homem não entendeu patavinas, é claro.

-Bem, esta é uma chance em um gazilhão. Você pode responder agora e perguntar depois, ou pode desistir e nunca ser lembrado por uma...singela... alma em toda a eternidade que está por vir!- ele arrumou sua cartola e o monóculo, como qualquer senhor de classe e estilo faria, pegou a pena em chamas como se ela não estivesse em chamas, arrumou a cadeira de veludo razoavelmente confortável e começou a escrever sem Samuel parar de chorar.

-M-mas...m-mas... N-não é como se eu quisesse que alguém ouvisse minha história ou algo coisa assim, seu maldito Infernal! Certo, vou me sentar nessa cadeira aqui e te ditar tudo. Não ouse perder uma singela palavra ou interjeição, copie tudo do jeitinho que eu mandar, cada erro lhe custará um dedo e um fio de cabelo. Uma dica: o fio de cabelo dói mais.- Samuel de um olhar que adorava, o olhar que tinha visto Morroc usar em um de seus milhares de olhos antes de destruir a cidade homônoma.
Já se sentando, e tomando uma poção que tinha preparado justamente para isso, Samuel olhou para a parede do seu quarto. Tinha uma parede cheia, lotada, completamente bagunçada de coisas penduradas. Desde fotos, a gemas, runas, papéis, círculos de magia, certificados, armas dos mais variados tipos e até um par de olhos, preservado em Gelo Inderetível. Cada coisa significava uma lembraça ao pobre arcano.

O homem, simplesmente assentiu e se preparou. Escreveu o título em um piscar de olhos, em uma letra maravilhosamente horrível mas legível ao mesmo tempo. Era hora de começar.

Limpando a garganta exageradamente, já com a poção fazendo efeito e com uma bela duração, Samuel forçou sua mente para lembrar. Lembrar até mesmo do mais remoto do casos, do mais singelo dos detalhes singelos que duraria. Era hora.

-Era uma vez, um bardo seis-cordas que era membro do.... Opa, estória errada.

O homem simplesmente soltou um grunhido ao apagar as palavras que já tinha escrito. De alguma forma que Samuel nem viu como.

-Tá, sério agora vamos para a história...!

[OUT]

Um brinde a quem captar metade das referências.
Samuel
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Ficha do personagem
Nome: Samuel Hopkins
Profissão: Necromante/Pesquisador
Clã: Corporaçao Rekenber

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