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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 09, 2009 1:09 pm



Última edição por Zero Dozer em Sáb Jun 18, 2011 12:43 am, editado 38 vez(es)
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 09, 2009 1:11 pm

ON



Jornada de Cal Rasen - Livro 1: O Início da Jornada

Capítulo 1 - Partida

Meados de Março de 1009. Dias após a Batalha de Morroc.

Depois que a Baralha de Morroc teve seu fim, Cal estava com algum tempo livre nas mãos. Ele havia decidido entrar numa nova jornada. Dessa vez não era para caçar Ferus, e nem pretendia deixar seu clã de lado, como fez nas últimas duas vezes.

Johan olhava o Cavaleiro fazendo suas mochilas.

-Porque vai viajar dessa vez, Cal?

-Dessa vez é um motivo diferente. Agora que a Batalha de Morroc acabou e o animal está preso na "boca de verme" a leste de Morroc, eu quero aparar umas arestas soltas.

-...Arestas? - Johan estava confuso.

-Quero saber por onde diabos realmente anda a Hanna.

Thelastris entrou na sala logo em seguida, também com uma mochila em mãos.

-Bem, preciso de férias, não aguento mais esses moleques seguidores de ondinha.

-Fala dos moleques que vieram depois dos eventos de Morroc?- Foi a primeira coisa que Cal pensou.

-Pra isso, vou tirar umas boas férias. Não gosto de ficar vendo gente querendo aparecer. Sinceramente, sinto falta de contigente decente na Ordem do Trovão.

-Entendo...

-Além do mais, você não é o único com assuntos a resolver. - Thelastris então se virou para Johan.

-Então, agora não tem mais o veneno pra te segurar. O que vai fazer, Johan?

-Meu trabalho. Quero ficar de olho no Deva, aquele cara é sinistro demais pro meu gosto.

Johan estava olhando para suas Katares, danificadas pelo combate recente.

-Beleza, era justamente o que estava pensando em fazer.- Thelastris se referia a ideia de Johan de vigiar Deva.

Cal pegou suas coisas e foi saindo da sala. Sua próxima parada era Detto, que estava olhando para o mar, do lado de fora da base da OT.

-Detto, preciso de um favor seu.

-Cal? - Detto se levantou e se virou para o líder.

-Thelastris e eu vamos sair em jornadas pra resolver umas pontas soltas. A OT não pode ficar sem um líder. Preciso que cuide do pessoal. Poderia fazer isso?

-...Sem problemas. - Detto respondeu sem hesitar. - Não se preocupe, a OT vai ficar bem enquanto você estiver fora.

-Beleza, e eu mantenho contato com o pessoal pela pedra dessa vez. Não quero mais ficar distante dos eventos.

-Certo, se cuida.

Mais tarde, havia rolado uma despedida. Cal e Thelastris estavam seguindo por direções opostas. O líder ia para Morroc primeiro, se certificar de que o demônio não sairia da Boca de Verme até o dia do Ragnarok. A Mercenária estava indo em outra direção, mas não disse o que iria fazer. Os dois pegaram caminhos separados, mas sabiam que as estradas de todos voltariam a se entrelaçar logo.


Última edição por Zero Dozer em Sex Jun 17, 2011 10:32 pm, editado 8 vez(es)
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 09, 2009 1:12 pm

Capítulo 2 - Rotas

Algum penhasco no Planalto de El Mes, 2 da tarde, 30 de Março de 1009.

Cal olhava para o penhasco à sua frente. Estava desiludido, não havia sequer uma pista de Hanna em lugar algum. Já havia desistido de procurar. Olhava para o céu, sem saber o que fazer. Um berro se seguiu a este momento.

-MAS QUE DROGA, HANNA!!!!!!!!

O grito ecoou pelo planalto. Não houve resposta, nenhum som. Cal apenas olhou, perdido, para o penhasco. Virou de costas e saiu andando. Não havia mais razão para continuar atrás de algo que não apareceria. Parou ao ver uma sombra diferente atrás de uma rocha.

-Seja quem for, apareça.

Um homem saiu de onde se escondia. Cabelo louro, usava vestes de Mercenário bem diferentes do habitual. Os dois se reconheceram.

-...Você...?




Johan e Gustave estavam conversando na Base da Ordem do Trovão. Aparentemente, Johan tinha novos planos em mente.

-Então, pretende mesmo fazer isso, Johan?

-Eu preciso fazer isso. Agora que estou livre do veneno, posso devolver em dobro o que os Escorpiões Vermelhos me fizeram. - Johan estava com uma mochila pronta. Ele queria acabar com a mesma organização que quase o matou.

-Vai precisar de ajuda. - Gustave se mostrou preocupado com o amigo. Johan respondeu em seguida:

-Por isso penso em procurar a Thelastris. Tenho muito em comum com ela. Espero poder contar com a garota.

Johan estava se preparando para sair pela porta quando parou e se virou novamente pra Gustave. - Diz aí, Gustave, você acha a Thelastris legal?

Gustave ficou surpreso pela pergunta de Johan. Este completou o comentário.

-Você que vive dizendo que eu preciso de uma garota. Se ela não fosse casada, eu até gostaria de ficar com ela.

-Agora você viajou, cara. - Gustave fez cara de quem desaprovava a ideia.

-Eu estava bricando. Amizade é o bastante. Além disso, não sei se conseguiria viver atrelado a alguma garota.

-Certo. - Gustave retomou o assunto anterior. -Ainda serei seu Spotter, que isso fique claro.

-Valeu, cara.

Johan saiu pela porta para ir atrás de seu destino: eliminar a mesma organização que quase o transformou numa besta.

OFF


Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 4:22 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 09, 2009 1:17 pm

Eu não vou parar a fic. Mas eu primeiro preciso resolver minhas contas com todos os que eram do meu clã. Já digo antes que as pessoas perguntem.
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 09, 2009 1:24 pm

Capítulo 3 - Irmãos

Cal estava surpreso ao ver o irmão ali. Merjön tinha sumido há alguns anos, alegando que iria se tornar mais forte.

-Então anda desperdiçando seus poderes de direito numa luta contra animais superdotados? - Merjon sempre teve opiniões diferentes das de Cal. E era isso que o irritava no Cavaleiro.

-E você, esqueceu que tem família? Ou melhor, tinha, pois há dois anos e meio nossos pais foram mortos por um membro da Ruína. - Foi a resposta do Cavaleiro.

Cal veio na direção de Merjon, mas demonstrava um olhar sério, como se fosse encarar o irmão. Merjon não reagiu, apenas foi conversando com o irmão.

-Sabe, você não é o "filho especial" que nossos pais viviam dizendo que você era, e isso é explicável. Que tal ouvir uma história bem velha?

Cal permaneceu mudo. Merjön então começou a contar a história.

-Há 500 anos, houve um imenso conflito entre Glast Heim e Geffenia que por pouco não varreu a humanidade do mapa. Hm, alguns otários conhecem como o "Primeiro Ragnarok", outros apenas se referem ao evento como a "Batalha dos Deuses". Engraçado pensar que isso resultou de uma mera guerra de dois reinos, não?

Cal ouvia Merjon sem dizer uma palavra. Notou que havia um ar diferente nele.

-Dentre os que lutaram para proteger os inocentes, estava um homem que foi "abençoado" com uma fração do poder do Deus do Trovão, Thor. Ele, junto com um punhado de guerreiros, evitou que milhares de mortes ocorressem no momento da Grande Invocação em Glast Heim.

Cal sabia que história era aquela. Era a história de Malachias Rasen, seu ancestral. Merjon continuou a história.

-Depois dessa luta, de onde a lenda saiu viva, ele teve filhos e sumiu. Esses filhos tiveram filhos e assim por diante. Mas os filhos daquele homem não conseguiam usar os poderes dele. Isso até que, 50 anos atrás, um homem conseguiu liberar o poder. Ele destrancou o cadeado que o impedia. Este homem, Cal, era nosso pai, Agnus Rasen!

Cal ficou parado. Ou não acreditava na história dele, ou não conseguia entender a "piada" do irmão. Continuava sem falar nada.

-Agnus conseguiu dominar os poderes do relâmpago humano, mas sabe o que ele fez com esses poderes? Ele preferiu esconder para si enquanto o mundo apanhava de gente idiota. Animais como Alexander Eisenheim, animais como Kerd Draloth, Seyren Windsor, Leafar Belmont, todos esses sangraram, fizeram O TRABALHO SUJO por ele!!

Cal começou a falar. Já não conseguia mais ficar quieto diante do discurso do irmão.

-Ele não queria exibir esse poder ao mundo numa época de paz. Acha mesmo que tanto poder era necessário?

-Mas ele tambén não exibiu esses poderes na Guerra da República, não é, maninho? E NEM NA RUÍNA DE RUNE-MIDGARD, ONDE MORREU E LEVOU JUNTO A NOSSA MÃE!

Merjon começou a demonstrar fúria em seu coração. Cal via razão no que ele dizia, mas era como se essa razão já tivesse começado a se perder naquele Mercenário.

-Sabe, Cal, eu tenho um novo poder. Um poder que, assim como o seu, foi herdado do nosso pai. Mas o meu... é maior que o seu. Muito maior...

-Estamos falando de poderes ou acha que o tamanho da sua rola precisa constar no assunto? - Debochou o Cavaleiro, já percebendo que ele não era mais um amigo.

Merjon desenfaixou o braço direito, e dele começou a sair uma grande carga elétrica. Cal instintivamente sacou sua espada, prevendo um combate contra seu prórpio irmão. No fundo, sabia o tempo todo que seu pai escondia algo, mas deixou quieto por saber que havia uma razão por trás daquilo.

Merjon, por outro lado, foi a fundo na história, e descobriu algo que mudou sua vida. Agora, os irmãos Rasen estavam cara a cara, sem saber o que aconteceria em seguida. O olhar insano de Merjon demonstrou que a conversa tinha tomado um rumo oposto.

-Eu também herdei e liberei o poder de manusear os trovões, eu também sei lutar como você! CALEDONIUS RAEL RASEN, VOU MOSTRAR O QUE UM HERDEIRO DE THOR PODE FAZER!

-E eu vou mostrar o que um "escolhido de Thor" tem a oferecer. Prepare-se!

Cal avançou. Não sabia o que iria acontecer, sabia apenas que enfrentava um oponente que tinha o mesmo poder que ele. Nem entendia o porque de Merjon o atacar, mas sabia que teria que se defender, e rápido.

OFF


Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 4:22 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 09, 2009 1:32 pm

Capítulo 4 - Confronto

O tempo começava a fechar no Planalto de El Mes. Os dois avançaram um contra o outro com todo o poder que tinham. A Claymore de Cal se chocou contra as Katares de Merjon sem a menor piedade. As faíscas elétricas saindo das lâminas indicavam que o confronto seria intenso. Em meio a troca de golpes, os dois discutiam.

-Durante minha jornada, eu procurei o melhor jeito de desenvolver esse "poder oculto" que temos, Cal, desde que encontrei um cara especial, eu me tornei o melhor de minha espécie. O melhor disso... É simplesmente não ser ninguém.

Cal não entendia o discurso de Merjon. Não era mais seu irmão quem ele estava enfrentando; alguma coisa o tornou o oposto ao que ele era em termos de coração. A feroz luta prosseguia enquanto os dois conversavam.

-...Não ser ninguém?

-Uma hora você vai entender que você não precisa de um coração para seguir seu caminho. Uma hora você verá que o que você usa não é NADA!

-Não sei do que está falando, mas acho que vou parar essa briga por aqui!

Cal imediatamente disparou sua já clássica Lâmina Trovão contra Merjon, que defendeu o golpe com uma das Katares. Cal não demonstrou supresa e imediatamente desceu um outro golpe.

-ONDA DE TROVÃO!

Dessa vez, a descarga elétrica disparada da espada acertou o ombro de Merjon e momentaneamente paralisou seu braço esquerdo. Merjon girou o corpo seguindo o movimento da espada, evitando maiores danos do ataque, e emendou um outro golpe com o braço direito:

-CHOQUE RÁPIDO!!!

Cal desviou do golpe por muito pouco. O golpe consistia em uma imensa massa de energia elétrica capaz de fazer adormercer partes do corpo que tocassem a onda elétrica desferida da Katar. Os dois se afastaram, cansados pelo combate intenso. Apesar de ter durado apenas alguns minutos, os dois se atracaram com força quase total.

-Sua vida vai se prolongar por um tempo, Cal, mas por quanto tempo, só Odin sabe a resposta.

-Espere, Merjon!

Merjon some como que por mágica. Cal ficou largado ali no planalto, sem entender a razão daquele combate. E ficou abismado com as palavras de seu irmão, afinal, o que ele queria dizer com "não ser ninguém" e "não precisar de um coração para ter poder"?

-Por onde você andou nesses anos, Merjon...?

OFF


Última edição por Zero Dozer 2 em Sex Dez 24, 2010 8:45 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 16, 2009 1:23 pm

Capítulo 5 - Uma Proposta

Juno, 3 de Abril de 1009, 12:05.

Alguns dias se passaram desde que Cal enfrentou seu irmão no Planalto de El Mes. Ele agora estava numa taverna em Juno. A princípío, não parava de pensar nas frases que seu irmão havia dito. O que ele queria dizer com "não ser ninguém" e "não precisar de um coração"?

Seus devaneios foram interrompidos quando um homem se sentou ao lado e começou a conversar com ele.

-Você é o Cal Rasen de quem as pessoas falam? - O homem parecia interessado no garoto.

-Sou eu sim, porque? - Cal ficou curioso com o homem de meia-idade e sobretudo bege.

-Me mandaram procurar por você e sua Ordem do Trovão.

O Cavaleiro virou a cabeça naquele instante. Era o clã dele que o homem estava mencionando. E aquele sobretudo não poderia significar nada de bom.

-Eu posso dar cabo disso sozinho, dependendo do assunto. - Cal não estava afim de envolver seu clã em seus assuntos naquele momento. Era algo óbvio para o homem a seu lado. O homem pegou uma pasta e a abriu, mostrando os conteúdos dela para o Cavaleiro.

-Uma estudante sumiu recentemente no Instituto Kiel Hyre, e ela é um caso... - Cal interrompeu, como se já soubesse do que se tratava.

-Esquece. Eu sei o que acontece naquele lugar. Ninguém ali é real. Acha que não sei o que a Rekenber tem abaixo daquele colégio interno? Melhor ainda, acha que eu não sei que você trabalha para eles?

O homem se mostrou levemente animado pela resposta de Cal. Isso significava que não teria que ficar contando muita história a ele. - A garota nesta foto é um caso especial, você precisa vê-la. Mas ela se perdeu no primeiro andar da fábrica. Se quiser, pode falar pessoalmente com o diretor...

Cal interrompeu novamente, falando em voz alta. - O que te faz achar que eu resgataria um Construto?

O bar inteiro olhou para Cal e o velho neste momento. Os dois imediatamente saíram do bar. Cal resolveu aceitar o pedido do homem, por via das dúvidas. Cal já estava com os dois olhos fincados no crachá dele, visível de canto no sobretudo.

-Eu vou no Instituto ver o que diabos está acontecendo. Mas, se isso for um truque, eu garanto que dessa eu vou espalhar a morte na base de Regenschrim. Entendido? Dr. Lance Armeyer, não é?

O doutor Lance Armeyer era esperto. Sabia que se tentasse algo, mesmo uma armadilha, Cal ficaria revoltado o bastante para repetir o show ocorrido na Batalha de Morroc.

-Entendido, senhor Rasen. Vamos ao Instituto para informá-lo melhor dos detalhes.




Instituto Kiel Hyre, 4 de Abril de 1009

Cal e Lance se encontravam no escritório do diretor do colégio. Os dois trocavam olhares de estranhamento. Um era incumbido de vigiar a fábrica e falhou quando a tal garota causou uma grande brecha na segurança. O outro não parava de pensar no motivo pelo qual a Rekenber contrataria alguém que eles mesmos já capturaram um dia. E um instinto forte impelia Cal a seguir adiante com a ideia. Especialmente a sensação de que o cenário onde se encontrava não lhe parecia nem um pouco real. O diretor começou a explicar a situação ao Cavaleiro.

-Esta garota, Irma Aloisius, se perdeu há 24 horas. Há boatos entre os funcionários de que ela foi parar na Fábrica de Robôs. Gostaríamos que você descesse lá para conferir se a garota está lá, e se ela está viva...

-Só uma coisa, "diretor"... - Apesar do tom sarcástico, Cal sabia que teria problemas em entrar na fábrica. - Eu não tenho poder suficiente para segurar os monstros daquele lugar, o que sugere que eu faça, dançe conga até eles caírem? Confraternize com eles?

O diretor deu risada do comentário de Cal, mas já tinha a solução pra este problema. - Sabíamos que apenas uma pessoa não daria cabo daquele ambiente, então chamamos uma outra pessoa para ajudá-lo. Senhorita Vera, poderia vir até aqui?

Uma garota loura entrou pela porta. Uma Bruxa, usava uma capa verde e aparentava ser bem jovem. Cal não parava de olhar para ela, que por sua vez se apresentou ao Cavaleiro.

-Sou a sua parceira para essa missão.. E aí, o que me diz? Cal Rasen, não é? - Cal não parava de olhar para a garota. Disse apenas uma frase:

-Quando começamos?

Vera estava pensativa, observando a reação de Cal. Não era normal alguém ter uma queda por ela.

-"Porque ele está me olhando assim?"

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Última edição por Zero Dozer 2 em Qui Abr 07, 2011 9:02 am, editado 4 vez(es)
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 16, 2009 1:24 pm

Capítulo 6 - Irma Aloisius

Num penhasco próximo aos prédios do Instituto Kiel Hyre, duas pessoas estavam observando os acontecimentos. Eram os Irmãos Atros, Valna e Palace, que tinham recebido ordens de Eliel para acompanhar a missão de Cal e interceptar a garota antes que ele chegasse até ela. No entanto, Palace não parecia conformado com a ordem que recebeu.

Eliel era o líder da Legião, um grupo que confrontava a Ordem do Trovão e estava dedicado a apenas uma meta: purificar o planeta, varrendo a humanidade do mapa. Claro que nem todos os membros concordavam com as metas de Eliel. Entre eles estavam Vesper Maximus, um dos membros influentes do grupo, e Dimitri Markolevich, segundo em comando da Legião. A ordem mais recente de Eliel deixou Palace Atros inquieto, e isso só estava piorando desde que chegaram ao local do Instituto.

-...Isso não está certo.

-O que não está certo, Palace? - Valna se levantou, se preparando para descer o penhasco. - A gente apenas precisa capturar uma pirralha e trucidar aquele moleque elétrico. É tão difícil assim?

-Isso está certo pra você, Valna? - Palace se levantou e começou a olhar para o penhasco. - Ir atrás de uma criança? Mesmo que seja um Construto, ainda assim ela é uma pessoa!

-Um ser artificial não pode ser uma pessoa, Palace. Ela tem mais poder mágico que um Arquimago, resiste a todas as falhas dos clones do Herói Poderoso e do Fio Desencapado e ainda é uma graça pela foto que vimos. Mal posso esperar pra ter um encontro a sós com ela.

Palace não conseguia acreditar no que o irmão dizia. Valna sempre foi o exato oposto dele. Enquanto Palace é calmo e esperto, Valna era forte e grosseiro, sempre procurando briga. Valna tomou novamente a palavra.

-Vamos com isso. Quero logo acabar com isso.

Valna começou a descer o penhasco e Palace ficou pensativo. Começou a se lembrar de seu passado. Se lembrou de sua família morrendo e dele entrando para a Legião por vingança.

Mas depois que essa vingança foi realizada, o propósito deles sumiu, e eles passaram a seguir Dimitri apenas como forma de agradecimento. Mas será que isso era realmente o que eles deviam ter feito?

-Porquê ainda estou na Legião...?

Palace desceu o penhasco, seguindo seu irmão.




Cal Rasen e Vera Artemis seguiam descendo pela Fábrica de Robôs de Kiel Hyre. Ambos já tinham destruído um verdadeiro exército de robôs. Cal teve a chance de ver o incrível poder mágico de Vera, assim como ela pôde ver os poderes elétricos do Cavaleiro. Os dois começaram a conversar no meio de sua busca pela garota sumida. Cal foi o primeiro a falar.

-Então, como é a sua vida?

-...Não sei dizer... - Respondeu Vera, inquieta.

-Sabe, andei muito tempo procurando por uma coisa que só recentemente eu percebi que não vou encontrar. Sabe, chega a ser doloroso. Mas, acho que é possível seguir em frente. Sei lá...

Vera lançou um olhar triste. Começou a se soltar.

-Fui criada por uma família rica. Desde pequena sempre fui mimada, mas nunca me diverti com isso. Sempre quis poder ser como as outras crianças, mas... Meus pais não me deixavam sair muito... Cresci entediada e achando que nada era bom o bastante. Aí começei a fazer a Academia de Magia, encontrei na mágica uma forma de me expressar. Gostava de me testar conforme ficava mais forte, mas um dia... Ocorreu algo fora do controle...

-...Fora do controle? - Cal estava curioso, sem perceber o efeito que havia causado na garota.

-...Perdi um combate para uma pessoa que apostou a liberdade dela contra a minha. Desde então, eu sou obrigada a servir essa pessoa. É por conta dela que estou aqui com você agora.

Cal ficou quieto diante do discurso. Não sabia quem era essa pessoa, mas seu instinto ia ficando cada vez mais forte conforme ele seguia adiante com seu objetivo. Era como se algo o alertasse de que estava andando do lado do verdadeiro perigo. Parou de andar quando encontrou uma caneta no chão, e Vera fez o mesmo.

-Essa caneta é da garota...? - Vera estava curiosa. Cal começou a tatear e a cheirar a caneta. Então simplesmente fechou seus olhos.

-"Tomara que o que eu aprendi com a Nisha funcione... Se ela estiver certa, eu posso sentir a Mana de qualquer ser orgânico."

Cal abriu os olhos imediatamente e começou a correr. Vera o seguia sem entender nada. Cal tinha sentido a energia vital da garota. Parou numa espécie de sala de controle, onde encontrou uma garota agachada. Vestia o uniforme de Kiel Hyre, mas seus braços não demonstravam sinais de uma transformação robótica. Sem dúvida, era a garota que Cal veio procurar. Irma estava espantada por ver que Cal a acharia tão rápido.

-...É essa a garota desaparecida? - Questionou Vera.

-Essa mesma. - Cal então começou a se aproximar da garota.

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Última edição por Zero Dozer 2 em Qui Abr 07, 2011 9:09 am, editado 3 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 16, 2009 1:24 pm

Capítulo 7 - Questões

Valna e Palace adentravam o Instituto Kiel Hyre como seres imponentes. Arrebentaram o muro sul como se fosse feito de papel e agora estávam no pátio do colégio. Valna estava adorando o momento em que poderia literalmente ficar se exibindo, como um Deus, para os presentes. Palace apenas olhava para as crianças, que ficaram assustadas com o rompante. Valna foi o primeiro a falar, emanando um tom desinteressado e ao mesmo tempo ameaçador. - ...O diretor daqui. Agora.

-Isso não é necessário. - A voz veio da porta que acabava de se abrir. Kiehl apareceu diante dos Legionários. Valna tomou a palavra imediatamente.

-Queremos o acesso à fábrica. Ou então a gente conta a eles... - Valna ameaçou abrir a boca.

-Cala a boca, Valna. - Palace interrompeu seu irmão antes que ele causasse qualquer comoção. - Procuramos o diretor daqui. Uma pessoa que procuramos está nas fábricas abaixo do colégio.

-Eu sou o diretor deste colégio. E não existe nenhuma fábrica aqui. Se existisse, eu mesmo saberia. - Kiehl não sabia da existência da Fábrica de Robôs, mas então, como a pessoa que contratou Cal sabia? Palace usou um pouco a cabeça.

-"Ele não sabe da localização da Fábrica de Robôs. Mas e o cara que contratou o Cal, como ele sabia? Pensei que a Rekenber não soubesse desse local."

Outro pensamento o atacou do nada.

-"Só se a Rekenber estiver armando pra ele! Mas se eles nem sabem onde a fábrica fica, como isso seria possível?" - Imediatamente pegou seu irmão pelo braço. - Vamos, ele fala a verdade.

-Qual é? - Reagiu Valna.

-VAMOS. Sr. Kiehl, desculpe pelo incômodo. Nos passaram uma informação falsa.

-Entendo. - Kiehl adentrava novamente suas dependências, enquanto Valna e Palace pensavam em outra estratégia.

-Vamos entrar de outra forma. - Palace sabia onde ficava a fábrica, mas achava que o diretor do colégio sabia sobre a fábrica. Veio a calhar que a Rekenber contratasse Cal, afinal, a garota em si era uma arma em potencial que a empresa não queria perder.

Quando se deu por conta, já tinha chego onde queria, e Valna estava abrindo a porta da fábrica. Os pensamentos imediatamente invadiram sua cabeça. Afinal, porquê ele estava fazendo isso? Porquê ele estava ainda trabalhando para a Legião?




-NÃO SE APROXIME!

A garota estava muito assustada. Não sabia o que estava havendo, foi atacada por todo tipo de criaturas robóticas e agora vinham duas pessoas completamente estranhas. A garota se levantou, pegou um cano que estava ao lado e apontou para o Cavaleiro.

-Eu não sou um robô, calma! Eu vim te tirar daqui. - Cal tentava acalmar a garota.

-Como eu posso garantir que você não é igual a aquela monstruosidade lá embaixo? - Pelo visto, a garota tinha se encontrado com o Kiel D-01. Não era de se impressionar que ela estivesse tão assustada, especialmente por nem saber o que exatamente ela era.

-Escuta, eu não sou um robô. Tá, sou meio que um fio desencapado, soltando eletricidade, mas meu corpo é 100% orgânico, OK? - Cal usou seu senso de humor pra se descrever. Mas começou a notar no olhar da garota uma certa tristeza. - ...Você viu os robôs daqui, não foi?

-...Porquê eles vestem... - Os robôs Alicel e Aliot que infestam a fábrica eram crianças do Instituto que Kiel D-01 transformava em armas. Cal precisava tirar a garota da fábrica, e rápido.

-Vai ficar tudo bem, OK? Venha comigo e a gente resolve essa situação. - A olhar da garota mudou. Vera não entendia o que estava havendo, mas quando viu a garota desesperada abraçar Cal e começar a chorar, viu um sentimento que havia jogado fora há muito tempo.

-"Cal... Então isso é ser... humano?"

-Vamos cair fora daqui. Qual é seu nome? - A garota limpou o rosto e respondeu.

-Irma. Irma Aloisius. - Respondeu a garota, tentando manter a calma.

-Certo, Irma, precisamos sair daqui o quanto antes, OK? Vamos nessa. - Irma começou a acompanhar Cal naquele momento. Os três então começavam sua saída da Fábrica, sem saber que algo os esperava lá fora.

OFF


Última edição por Zero Dozer 2 em Qui Abr 07, 2011 10:07 am, editado 3 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 16, 2009 1:25 pm

Capítulo 8 - Desertando

Valna e Palace finalmente chegavam na fábrica de robôs de Kiel Hyre. Palace guiou seu irmão até o local, mas seus planos já eram muito diferentes da Legião. Valna ainda não tinha percebido isso.

-Chegamos. – Valna apenas observava Palace com um olhar estranho. Ficou quieto, achando apenas que era o ar daquele lugar.

Palace começou a se questionar novamente sobre sua razão de ter aceito a missão em que estava agora. Porquê ele aceitou ir atrás de uma adolescente que nem sabia o que exatamente ela era? E porquê ele sentiu uma forte vontade de avisar a Cal que cientistas da Rekenber estavam armando um truque para ele? Uma luz se fez nos pensamentos do Legionário. Palace se levantou e se virou para seu irmão, sacando sua Espada de Atlas.

-Agora já chega. Essa piada acaba aqui.

-Que foi? Pirou por acaso, Palace? – Valna se levantou sem entender o que estava havendo, mas julgando pelas atitudes vistas, uma certeza era exata: seu irmão estava pronto para desertar a Legião. Sacou sua espada, esperando pelo combate iminente.

-Porquê diabos ainda estamos na Legião, Valna? Queríamos apenas vingar a morte de nossos pais! Mas depois que conseguimos isso, tudo o que veio depois disso foram incontáveis batalhas e agora Eliel quer uma CRIANÇA para transformar em arma pessoal. Pra mim, já chega, eles podem envolver quantos humanos quiserem nisso, mas não vou permitir que uma menina acabe envolvida numa guerra de aberrações!

-Você sabia muito bem os termos do contrato, Palace. O seu problema é que seu senso de justiça é forte demais pra você entender que justiça já é uma coisa nula nesse planeta. Eu não largaria a Legião apenas porque você viu algo errado em capturar uma garotinha.

-Isso não me deixa escolha então. - Palace avançou contra seu irmão, que defendeu o ataque com sua espada. Os dois começaram a cruzar espadadas de força violenta, gerando ventos fortes dos impactos de cada golpe. Durante a briga, os dois discutiam.

-Você tem noção do que está fazendo, Palace? Você será CAÇADO, você será PEGO, você será EXECUTADO pela Legião! E EU ESTAREI NO TIME DE CAÇA DELES!

-NÃO VOU MAIS PERMITIR QUE ESSES INFELIZES ENVOLVAM MAIS GENTE NISSO! ACEITE ESSE FATO!

As espadadas foram ficando cada vez mais fortes, até que Palace começou a ativar a forma máxima. Não havia mais jeito; Palace foi atacado durante a transformação e perdeu a concentração, sendo em seguida atacado por um feroz soco na cabeça. O agora ex-Legionário caiu inconsciente, e Valna voltou à forma normal. Permaneceu encarando o irmão, inerte no chão.

-Se é assim que você quer, é assim que vai ser... “maninho”. Mas primeiro, eu tenho uma missão a cumprir...




Cal, Vera e Irma seguiam o caminho de volta da fábrica. Irma apenas assistia Cal e Vera atacando todo tipo de Alicel, Aliot, Alice ou Aliza que cruzava o caminho deles, mas Cal não deixava de aproveitar as brechas para conversar com a jovem.

-A vida lá em Kiel Hyre... Como ela é? – Cal apenas tinha ouvido falar de Kiel Hyre pelos pais. Uma vez seus pais haviam considerado enviar o Cavaleiro ao Instituto, mas Cal tinha conseguido convencer sua família a voltar atrás com a ideia.

-...Não muito interessante... Eu acho. – Irma não conseguia mais se concentrar nas memórias do colégio. Não depois do que viu na Fábrica. No dia anterior, ela viu várias Alicel e Aliot, formas robóticas das crianças daquele colégio. – Apesar que as lendas do sumiço de crianças do colégio eram...

-...Reais? – Vera interferiu, mas viu a garota se sentir incomodada. Para Irma, a início, a lenda era apenas uma história de terror das crianças do local, para Cal, aquilo estava ligado ao MVP habitante da área, Kiel D-01. Cal preferiu terminar aquela conversa depois. Algo o incomodava. Tinha a estranha sensação de que estava caminhando para uma grande armadilha.

-...Acho que essa é uma história para ser contada depois. – Cal parou a conversa naquele momento. O grupo chegou na entrada da fábrica, mas uma pessoa estava bloqueando o caminho. Cal conhecia bem aquela pessoa: um homem de longos cabelos ruivos e uma enorme espada nas costas.

-Belo Zanbatô, Valna. Agora saia do caminho antes que eu acabe com a sua cara. A propósito, cadê seu irmão? Pensei que andassem juntos. – Cal reconheceu o Legionário de primeira. Os dois já tinham se encontrado antes, em Prontera. Cal notou Palace desmaiado ao lado e estranhou a cena. A sensação de certeza imediatamente tomou o Cavaleiro. - Mas que...

Cal finalmente percebeu qual era a de Valna. - Vera, Irma, saiam daqui o mais rápido que puderem!

Irma tentou fugir, mas Vera a segurava pelo braço e ficava parada no lugar. Cal não entendia o que estava acontecendo, mas Valna se ofereceu a explicar.

-Parece que tem muito mais aqui do que seu olho enxerga... Cal.

OFF


Última edição por Zero Dozer 2 em Qui Abr 07, 2011 10:35 am, editado 4 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 23, 2009 12:24 pm

Capítulo 9 - A Emboscada da Legião

Cal estava frente a frente com Valna. Atrás dele, uma Irma surpresa e Vera, que dava a completa impressão de estar trabalhando para a Legião. A garota tentou escapar, mas Vera imediatamente acertou um soco na cabeça dela, fazendo-a cair desmaiada. Cal ficou pasmo com o que via ali.

-A Legião quer a garota. - Disse Valna.

-Pra quê? Qual é o plano de vocês? Porquê ela é tão importante? - Reagiu o Cavaleiro, nervoso e esperando o momento para entrar em combate com os dois.

-Essa garota é o mais novo projeto de construtos da Rekenber, sabia? - Vera tomou a palavra, tentando conversar com Cal. - A Rekenber descobriu que pode inserir almas de pessoas mortas e devolvê-las à vida, sem memória, como Construtos muito mais poderosos e inteligentes que os atuais.

-O Construto III já é quase uma arma de guerra, o que mais eles poderiam querer com isso, uma guerra? - Cal não entendia até onde poderia ir a ganância da corporação, nem onde a Legião entrava nisso.

-O Construto III era instável. Omni Ferus foi a maior prova disso, isso consta nos registros de Shag Linthol, que eu li quando me infiltrei mês passado em Lighthalzen. Mas quando um cientista chamado Noah Spikier mencionou, há quatro meses, sobre a ideia de usar essências de pessoas mortas para criar novos construtos, a elite da Corporação Rekenber acatou a ideia. O resultado... atende por Irma Aloisius.

Cal estava chocado com o que ouvia. Cada vez mais a Rekenber avançava em direção a uma guerra. Valna complementou a informação de Vera, usando o que tinha conseguido de seu irmão.

-A Rekenber te usou. Chamaram uns cientistas falsários pra fingir que mandavam no colégio, sendo que Kiehl nem sabe deste lugar. A verdade é que nem eles mesmos sabem desse lugar. Como conseguiram a chave, não sei, mas sei de uma coisa. Queriam a garota porque ela vale ouro. Pra nós, ela vale mais que isso. Ela daria uma legionária perfeita, uma vez que ela possui poder mágico suficiente pra eliminar todo o seu clãzinho de merda em um único ataque!

-Além disso... - Vera aproveitou para informar Valna - ...Kiel D-01 aparentemente quer a garota também. Parece que ela é a arma perfeita pra todo mundo.

-Não vou deixar vocês fazerem isso. Vão ter que passar por mim! - Cal empunhou a Claymore, olhando para Vera com certo desprezo. Valna fez com que ele se virasse novamente.

-Infelizmente, você vai ficar aqui e servir de cobaia pro D-01 junto com meu irmão desertor. - Valna apontou para seu irmão, inconsciente. - Isso é o que acontece com quem trai a Legião... ou se mete no caminho dela.

Valna avançou em Cal com a Espada de Atlas, mas teve seu ataque esquivado pelo Cavaleiro, que em seguida tentou acertar sua onda de relâmpago nele. O ataque foi esquivado e Valna aproveitou a brecha para desferir uma série de Impactos de Tyr sobre Cal, que defendeu e esquivou de alguns, mas acabou sendo acertado por outros.

Cal tentou atacar Valna com uma Lâmina Trovão, mas dessa vez, Valna acertou um Impacto Explosivo, fazendo Cal voar longe e acertar a cabeça numa parede, caindo inconsciente. Valna então parou em pé e ficou olhando para o Cavaleiro inconsciente.

-...Ele vai morrer? - Vera estava aflita com o rápido combate que havia acontecido. Aparentemente, se preocupava com a segurança de Cal.

-Porquê, pretende desertar a Legião também? - Vera não respondeu. Valna prosseguiu. - Vamos deixar esses dois lidarem com a fábrica, afinal, Kiel D-01 perdeu uma arma perfeita e estamos dando duas mega-armas em troca.

Valna deu uma risada bem-humorada e virou de costas, deixando o local. Vera pegou a garota no colo e saiu junto com Valna, enquanto Cal e Palace foram deixados inconscientes no local.

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Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 4:41 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 23, 2009 12:26 pm

Capítulo 10 - Desertor e Cavaleiro

-O que faremos com o cara?

O cientista olhava para Cal. O doutor Lance havia enganado direitinho o Cavaleiro, mas o plano foi por água abaixo no momento em que ele foi interceptado pela Legião. Os soldados, atentos a qualquer movimento, apenas olhavam apreensivos, com medo de que ele desse um choque elétrico, mesmo inconsciente. O cientista deu ordens a dois dos soldados.

-Levem-no daqui. Vocês dois, vão atrás das pessoas que levaram a garota. Não basta Kiel D-01 querer ela, agora temos mais preocupações. Pelo menos levamos Cal Rasen como prêmio.

No instante em que um dos soldados ia pegar Cal pelo braço, o mesmo abriu os olhos, praticamente reagindo ao movimento. Imediatamente carregou as pernas com sua eletricidade e chutou o primeiro homem. O segundo avançou, mas Cal aplicou uma rasteira neste enquanto se levantava. O Cavaleiro correu até sua espada e a pegou, empunhando-a contra os cinco soldados que agora o cercavam.

-Então esse era o truque da Rekenber, levava a garota e eu ia como prêmio extra.

Era possível notar o olhar de fúria em Cal. Mas antes que o primeiro soldado pudesse avançar, ele foi nocauteado por outra pessoa. Palace apareceu atrás deste soldado, empunhando sua Espada de Atlas, com o qual usou o cabo pra dar o primeiro golpe.

O primeiro soldado avançou, mas Palace fez um Impacto de Tyr em movimento giratório, primeiro ascendente e depois descendente. Logo depois veio outro por trás, o qual Palace encaixou seu movimento com um golpe para trás. O terceiro fez seu ataque, mas foi instantaneamente acertado pelo Impacto Explosivo do ex-Legionário. O ultimo, vendo tudo aquilo, se limitou a apenas uma ação: correr para longe dali.

Cal assistiu a cena sem entender muita coisa. Após a luta, ficou encarando Palace como se ainda fossem inimigos. - Porque me ajudou?

Palace ficou parado onde estava, apenas virando o rosto para o Cavaleiro.

-Eles queriam você todo esse tempo. Irma era só uma parte da parada toda. O plano era te atrair para a Fábrica de Robôs e dar cabo de você aqui mesmo, junto com Vera. Eles levariam você e Vera para os laboratórios em Lighthalzen, e sei muito bem que você já foi cobaia por lá uma vez.

Cal ouvia a explicação de Palace, mas ainda não estava muito crente na "amizade" dele. - Porquê eu deveria confiar no que você diz? Só porque traiu seu grupo não quer dizer que você seja uma boa pessoa.

Palace então virou seu corpo completamente para o Cavaleiro. Seu olhar sério foi, aos poucos, entrando em contraste com o olhar de Cal.

-Entrei na Legião para vingar a morte de meus pais. Mas Valna me fez ficar no grupo uma vez que estávamos vingados. Esse grupo não tem nenhum propósito útil pra mim. Começei a me encher quando soube que eles iriam envolver crianças nesse negócio. - Palace abaixou a cabeça e começou a pensar na garota.

-Eles vão usá-la... para inserir a essência de outro MVP. E ela tem poder mágico suficiente pra canalizar a forma perfeita de um Legionário.

-Forma... perfeita? - Cal estava tentando entender do que Palace falava. Sabia que um Legionário era capaz de alcançar a Forma Máxima através da essência do MVP presente em seu corpo, mas não sabia que era possível atingir uma Forma Perfeita.

-As formas de transformação de um Legionário não são perfeitas. Isso porquê essas pessoas não tem poder suficiente pra liberar essa forma. Mas Irma tem esse poder, seu corpo permite isso. Você precisa impedir isso, Cal. Eles estão levando a garota para a fronteira entre Schwartzvald e Arunafeltz, para realizar o ritual.

-Não haverá ritual se eu impedir. Mas primeiro... - Cal olhou para um pilar próximo. Lance estava escondido ali, e Cal o encurralou no ato.

-E aí, doutor? Vamos falar sobre seu "Construto V". - Cal apontou sua mão direita para o cientista e começou a carregar eletricidade. - A menos que queira saber como é tomar um Trovão de Júpiter à queimarroupa e sem ter pra onde ser empurrado pelo impacto.

-Certo, eu falo. - O cientista sabia que o Cavaleiro não estava brincando. - A garota é resultado de experiências sugeridas pelo cientista Noah Spikier. Ele tinha informações sobre como usar essências de pessoas mortas e homúnculos para gerar pessoas completamente novas. Fizemos o corpo, apagamos a memória dessas essências, limpamos seu hipocampo e ela nasceu como uma pessoa completamente diferente de sua encarnação anterior. Novinha em folha.

-Isso não basta. - Cal começou a fuçar o cara até encontrar um aparelho do tamanho de um celular, com uma tela e um teclado. - Bela tralhinha você tem, doutor Lance. Posso ver?

-Meu Palmtop! - Palace pegou o aparelho da mão de Cal e começou a mexer.

-Hum, você rela o dedo na tela e ela te leva onde você quer. É como clicar num computador com o mouse. - Palace foi mexendo até encontrar uma informação útil, e deu o aparelho na mão de Cal, na tela em que ele deixou. - Isso aqui é interessante.

-Maravilha. - Eram as plantas do Projeto Construto V. - Infelizmente eu sei que você tem cópias disso em LHZ. Bem, acabamos por aqui. Valeu a ajuda, Palace.

-Vou com você até Portus Luna. Tenho contas com o Valna antes de deixar oficialmente a Legião. - O ex-Legionário estava determinado a encerrar o combate que havia começado com o irmão.

-Faça como quiser. - Os dois saíam do laboratório quando o cientista chamou a atenção.

-E eu, vão me deixar aqui?

-Se conseguiu entrar, também consegue sair. - Cal respondeu da forma mais fria possível, e saiu correndo com Palace, para impedir que Irma recebesse a essência de um MVP...

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Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 5:04 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 23, 2009 12:27 pm

Capítulo 11 - Legionário Perfeito

Portus Luna, 5 de Abril de 1009, 10:45.

Valna Atros e Vera Artemis chegavam ao ponto que separava a República de Schwartzvald da República de Arunafeltz. Eles traziam a garota consigo, ainda inconsciente. Dimitri apareceu diante dos dois, estranhando que Valna dessa vez estava sem seu irmão.

-O que aconteceu na Fábrica? Brigaram outra vez? - Indagou Dimitri.

-Palace desertou o grupo, não é mais um de nós. Veio com um papo imbecil de fazer o que era certo e tentou me derrubar. Isso é, até eu mesmo dar cabo dele. - Valna falava como se Palace nem fosse mais seu irmão.

Irma acordava enquanto isso. Notava os dois falando com Dimitri, mas fingiu estar dormindo, para pegar a conversa sem ser percebida.

-Porquê essa garota é tão importante, afinal? Não deveríamos deixar ela em paz? - Vera indagava a Dimitri sobre a questão de dessa vez a Legião ter escolhido uma simples garota.

-Você já sabe, Abelha Rainha. A garota é o mais novo projeto de Construto da Rekenber. Foi criada a partir dos estudos, quem diria, de um membro da própria Ordem do Trovão. E ela, diferente do Ferus, não vai ter um taque e sair atacando desnecessariamente. Além disso, o poder mágico dela é impressionante. Imagine o que poderíamos fazer contra a Ordem do Trovão se tivéssemos ela do nosso lado.

Irma tentava ao máximo conter o choque de ouvir as palavras do Legionário. Um Construto, um ser artificial, isso era ela. E a Legião a queria como uma arma de guerra. Dimitri continuou seu discurso.

-A garota nem sabe quem um dia foi na alma que usaram pra fazer seu corpo. Teve memórias implantadas e uma vida virtual. Que razão mais você quer que eu dê pra tirá-la dessa vida e trazê-la para a Legião? ESTE é o futuro para ela. Um futuro que nós podemos garantir ao resto do planeta! - Dimitri trazia consigo toda a certeza do mundo. Sua mente entrou em devaneios. - "...E ela provavelmente será a pessoa que irá me trazer o poder SUPREMO!!"

O choque estava sendo demais para a garota. Vera notou que a garota tinha ouvido a conversa e estava em estado de choque. Começou a olhar para Dimitri como se fosse um monstro. Este, por sua vez, notou isso e se virou para a subordinada.

-Que foi? Acha que eu sou um monstro? Você era a pessoa que atacava viajantes desnecessariamente! Foi você que apostou sua liberdade contra a minha! E sabe do que mais, vadia? Você perdeu.

-Então foi isso que te colocou no caso com a Rekenber, Vera? - A voz de Cal ecoou em Portus Luna. O grupo olhou para o Cavaleiro, posicionado em cima do portão. Olhava com uma expressão extremamente séria para Vera. O Cavaleiro continuou. - Por acaso sabia que Edith e Dimitri pretendiam se livrar de você? Sabia que seria descartada assim que cumprisse sua missão?

-Valna, pensei que você tivesse cuidado dele. - Dimitri começou a olhar para Valna com certa expressão de descontentamento.

-Os robôs de Kiel Hyre deveriam ter cuidado dele! Eu tinha certeza disso! - Valna tentava explicar, mas isso apenas motivou uma repentina explosão de seu chefe.

-SEU IDIOTA! VOCÊ DEIXOU DE MATAR CAL RASEN PARA VER ELE SER TRUCIDADO POR TERCEIROS? VOCÊ POR ACASO PENSOU QUE ELE PODERIA, SEI LÁ, SAIR VIVO DESSA?

Valna ficou chocado. Sem pensar muito, usou a raiva que acumulou com Dimitri para avançar em Cal. Mas foi impedido pela espada de outra pessoa, que se chocou contra a de Valna, este que recuou e olhou para seu atacante.

-Dimitri está certo, Valna. Não deveria ter deixado ninguém vivo ali. Especialmente seu irmão! - Palace tinha sacado sua Espada de Atlas e atacado seu irmão, sem a menor hesitação. Dimitri olhava para seu ex-comandado como se quisesse arrancar sua pele.

-Palace, pare com essa besteira agora. A menos que queira virar tapete no Castelo da Legião! - Desafiava o Legionário de cabelos incandescentes.

-Agora é você quem vai parar com essa besteira, Dimitri. Cansei de ser seu pau-mandado e atacar quem não tem nada a ver com seu propósito imbecil. Valna é um retardado, por acreditar em você. E já que ele quer tanto brigar comigo, eu posso muito bem dar a ele o que ele quer! - Respondeu Palace, agora convicto de sua decisão. Valna sacou novamente sua Espada de Atlas, apontando para seu irmão.

-Dessa vez, não vai sobrar nada de você nem pra fazer estrogonofe! - Valna estava pronto para o combate iminente, e esperava apenas que seu irmão avançasse.

-Plagiar versos de fanfics anteriores não vai te ajudar contra mim, Valna. - Respondeu o ex-Legionário, que logo depois se virou para Cal.

-Cal, resgate a garota. Valna é um assunto pra eu resolver. - Foi a palavra de Palace para o Cavaleiro agir. Cal saltou na direção da garota, mas Dimitri o atacou para impedí-lo. Cal se esquivou por muito pouco, mas sabia que agora sua luta era com ele.

-Então você é o segundo em comando da Legião... E o cara que disparou o demônio que existia no Johan. - Dimitri tinha uma certa fama com Cal. O Cavaleiro estava doido por aquele combate.

-Já me conhece? Ótimo, vai poder lembrar de mim no Valhalla.

Vera apenas olhava para Cal, que devolvia com um olhar determinado. Para ele, o importante era tirar a garota daquela bagunça. Mas agora, ele teria que lidar com um dos membros mais poderosos da Legião. Palace e Valna finalmente começaram a lutar, avançando um contra o outro, enquanto Vera assistia Dimitri indo com tudo para cima do Cavaleiro, que sacou sua espada...

OFF


Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 5:16 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : "Não vai sobrar nada de você nem pra fazer estrogonofe". Foi o que o Leafar disse ao Johan quando colocou aquela bomba na perna dele, antes de resgatar o Cal verdadeiro de Regenschrim. Merecia a devida zoeira/metagame.)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Samuel Qua Dez 23, 2009 1:27 pm

Ahh eu queria participar de um RP assim em ON @-@
Muito legal dozer \o/
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Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 30, 2009 12:25 pm

Capítulo 12 - Humanos e Construtos

Irma, deitada, estava de frente para o ponto onde Cal e Dimitri se encaravam. Apenas assistia o confronto de convicções se desenrolar diante de seus olhos, sem poder reagir. Estava confusa. Não sabia mais em quem confiar ou o que fazer. Só podia ficar ali, deitada e amarrada, vendo aquele confronto acontecer.

Vera não sabia o que fazer, apenas ficava estática diante dos dois.

-Ótimo, vai poder lembrar de mim no Valhalla.

Dimitri avançou com força total na direção do Cavaleiro. Este se esquivou e atacou com um Impacto de Tyr, que foi facilmente desviado pelo Legionário. Em seguida, Cal tentou dar uma rasteira, que Dimitri imediatamente saltou por cima, emendando um forte golpe de espada na direção de Cal. Cal conseguiu saltar pra trás e se esquivar, mas o impacto do golpe faz a terra tocada pela lâmina explodir. Cal ficou surpreso, olhando para a pequena cratera que Dimitri abriu.

-"O poder dele é impressionante... Se isso não é nem metade da força dele, como eu vou deter esse cara?"

Enquanto isso, tinha início a luta entre Valna e Palace Atros, que avançam ferozmente um contra o outro. As espadas deles se chocam com uma velocidade impressionante, e os dois lutavam como se fossem relâmpagos vivos. Os dois chocaram suas espadas e começaram a forcá-las, se encarando.

-E então, Palace, o que a Ordem do Trovão tem que a gente não tem? Gente fina, mulheres, dinheiro?

Palace reagiu instantaneamente ao comentário do irmão. - Sua vida é um puteiro na cidade grande por acaso? Você realmente não entendeu qual é a parada de verdade. Eles têm uma coisa que as pessoas abdicam quando entram na Legião, Valna, essa coisa é um coração!

Os dois largaram suas posições, e Valna saltou na direção de Palace, formando uma fumaça negra na ponta de sua espada.

-GARRA DE GALLION!

Era uma Break Art, uma técnica secreta que envolvia uma carga de Mana na arma para ser usada durante o ataque. Palace saltou para trás, esquivando do violento ataque de seu irmão, que fez uma cratera no chão, e revidou o ataque, gerando uma bola de luz na ponta de sua espada, girando a mesma acima de sua cabeça e logo em seguida apontando-a para Valna.

-SEPARAR!

A bola de energia passara a dez centímetros de Valna, que se esquivou e assistiu a energia se chocar contra uma das pilastras que enfeitava o portão da fronteira, que tombou como uma árvore ao ser cortada por um lenhador.

-Então é assim que vai ser mesmo, Palace? - Valna agora deixava o olhar de escárnio e adotava outro, de desprezo, para o irmão.

-Você acha que machucar pessoas é a coisa certa a fazer. Então eu vou fazer o que eu acho certo também, mesmo que isso signifique ter que matar meu próprio irmão.

Valna sentiu o baque daquelas palavras. Começou a se transformar; pêlos começaram a surgir em seu corpo, seu rosto começou a ficar achatado como o de um cão, garras surgiram no lugar de suas unhas, seus dentes cresceram de forma monstruosa, e seu tamanho aumentou drasticamente. Palace, vendo seu irmão se transformar, fez o mesmo.

Os dois tinham se transformado em Atroces-humanos. As pessoas próximas, que estavam assistindo curiosas ao combate, começaram a fugir para longe, algumas inclusive ignorando o fato de estarem correndo na direção dos Atroces reais. Valna e Palace, ignorando a cena ao redor, apenas se encaravam.

-Vai ser uma briga de Atroce contra Atroce. - Valna sacou novamente sua espada, e Palace fez o mesmo. Os dois avançaram novamente para o combate.




Cal estava tendo dificuldades em enfrentar Dimitri. Ele se esquivava rápido dos golpes de Cal. Dimitri avançou com um Impacto de Tyr, esquivado por Cal, que saltou e tentou acertar um chute giratório na cabeça de Dimitri, este que segurou a perna de Cal e o girou no ar. Cal aparou imediatamente a queda com o braço direito e tentou mais uma rasteira em Dimitri, que saltou para se esquivar e emendar outro Golpe Fulminante, o qual foi evitado por Cal ao rolar para o lado.

Porém, Cal foi parcialmente atingido pelo golpe dessa vez, devido ao impacto do ataque. Cal se afastou e ficou parado, encarando Dimitri, avaliando seu corpo perante os ataques do Legionário. Vera, que apenas observava, não conseguia entender como Cal conseguia lutar contra alguém muito superior a ele. Irma, ainda em choque, apenas via Cal e Dimitri se encarando. Dimitri começou a questionar Cal.

-O que essa garotinha artificial tem de tão importante? Ela não tem vida, a memória dela é artificial, assim como suas emoções! O melhor que você poderia fazer é deixar ela ir com a gente! Ela estaria muito melhor servindo à Legião! Ela seria a arma mais perfeita desse mundo! - Aquilo fez Cal parar por um minuto. Ele olhou nos olhos da garota deitada ali, na terra. Voltou seu olhar para Dimitri e deu sua resposta:

-Não funciona assim, Dimitri. Ela não é uma arma. - A frase de Cal de repente começou a deflagrar um olhar diferente no Cavaleiro, não de fúria, mas de compreensão do que estava havendo ali.

-Não é por isso que ela vai vir até você. E daí se ela foi criada em laboratório? Pra mim, o que eu vi dela é suficiente pra dizer que ela é uma pessoa de verdade, não uma criatura, uma quimera, como o Ferus que você mesmo recrutou.

Dimitri apenas olhava incrédulo para o Cavaleiro. Achava todo aquele papo uma piada de péssimo gosto.

-Ela é diferente de vocês. Pessoas não são brinquedinhos que você usa e depois joga fora. Irma é uma pessoa, mesmo sendo artificial. E eu não vou sair de Portus Luna sem ela. Vou te atropelar antes se for preciso!

As palavras de Cal entraram fundo na garota. Para o Cavaleiro, pouco importava o fato de ela ser um Construto. Irma se limitou a chorar silenciosamente. Vera notou que ela estava acordada. Olhou novamente para Cal, dessa vez encarando Dimitri com um tom de indignação.

-Isso é completamente ridículo. - Dimitri respondeu e continuou. - Ela não foi criada no útero de uma pessoa. Ela foi feita de um Embrião, Suco Celular Enriquecido e a alma de uma pessoa morta! O QUE FAZ VOCÊ ENXERGAR QUE ESSA QUIMERA É UM SER HUMANO, MOLEQUE?

-Ela é uma pessoa como todos nós, por isso, a minha intenção é tirar ela da bagunça em que vocês e a Rekenber a meteram! DIMITRI MARKOLEVICH, VEJAMOS O QUE A EDITH VAI ACHAR ASSIM QUE EU SELAR SEU MELHOR SOLDADO! - A espada de Cal começou a liberar uma grande carga elétrica. O Cavaleiro avançou com uma força até então desconhecida. - Vou fazer você engolir cada uma de suas palavras! SUPER LÂMINA TROVÃO!

O ataque de Cal, porém, não acertou Dimitri. Ele segurou a espada com a mão direita e acertou um forte soco em Cal. Em seguida, deu um chute, fazendo Cal voar a dez metros de distância. Dimitri andou até ele, com um sorriso estampado no rosto. - Interessante a sua determinação, mas isso não vale nada pra mim. Hora de sumir do mapa, verme.

Cal tentava se levantar, mas não sabia como iria reagir a Dimitri. Sua mente estava em conflito sobre ficar ou fugir. - "Vamos, Cal. Não pode largar sua palavra agora! Precisa se levantar e virar a porra da mesa!"

Dimitri começou a formar uma bola de energia negra em sua mão direita, apontando para Cal, mas foi acertado por uma grande carga elétrica por trás. Vera tinha começado a defender Cal. Dimitri se virou, descrente, e olhou com certa fúria para ela. - Vai se arrepender disso, Vera Artemis.

-Do que eu vou me arrepender? De ter trocado o emprego com um bando de frouxos que quer acabar com a humanidade? Você é muito menos que um ser humano, Dimitri Markolevich! Eu vou me libertar sozinha desse contrato! - Vera reagiu fortemente às palavras do Legionário. Dimitri começou a rir ao ouvir aquilo.

-Eu mesmo faço as honras, sua puta. MORRA!

Foi rápido o bastante para que não houvesse tempo para alguma reação. Dimitri disparou a carga de energia que tinha em sua mão. Vera foi acertada em cheio, sem ter tempo de se esquivar, e caiu gravemente ferida no chão, quase inconsciente. Cal, que viu a cena, se levantou, enquanto Dimitri se vangloriava de seu poder. - Humana imbecil. Devia ter me obedecido ao invés de me atacar. Agora serei eu a ter que cuidar da menina. Hmph. Verme inútil.

Imediatamente uma imensa carga elétrica passou do lado de Dimitri por trás. Era um Trovão de Júpiter, de tamanho considerável, que havia acabado de colidir contra a rocha diante de Dimitri, demolindo-a. Dimitri se virou e notou algo diferente saindo de Cal. Havia fúria em seus olhos, e a eletricidade que passava pelo seu corpo era enorme.

-Repete a frase que disse sobre ela, palhaço. - Cal emanou um tom extremamente ameaçador naquela frase.

-Acha mesmo que essa sua eletricidade toda pode contra o poder que eu possuo, moleque? - Dimitri não se demonstrou impressionado pelo poder que Cal estava atingindo.

-Não sei como se ativa isso, mas eu vou mostrar que não veio com o kit de Thor. Ser humano envolve muito mais que ter apenas potencial. Já que isso vai se liberar agora, tenho o prazer de dizer que qualquer um pode usar isso, por mais que não saiba como, assim como eu.

Uma aura verde começou a surgir em Cal, soltando esferas pequenas de luz. Valna e Palace, que lutavam a todo vapor, pararam o combate, olhando pasmos para a energia verde que saía do Cavaleiro. Irma voltou a si quando viu a luz saindo de Cal. Era uma luz que trazia conforto, e ao mesmo tempo, poder. Cal terminou o discurso para Dimitri.

-Vou mostrar a você o valor que você dá aos outros. Agora, a luta vai ser de igual pra igual. Sabe qual é o seu verdadeiro problema, Dimitri? É megalomaníaco demais para perceber que mesmo essa garota é tão humana como qualquer outra pessoa. E eu sei que ela tem uma coisa que você jogou fora há muito tempo.

Irma começou a pensar no que Cal disse. Ele havia entrado fundo no coração da garota. - "Como qualquer outra pessoa..."

Cal imediatamente avançou contra o Legionário, com a Mana saindo furiosamente de seu corpo. - VENHA AQUI RECEBER UM POUCO DA HUMANIDADE QUE JOGOU FORA!

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Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 5:42 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 30, 2009 12:26 pm

Capítulo 13 - Aura

Valna e Palace olhavam abismados para a cena que ocorria ali. Cal havia começado a emitir uma aura verde-claro, uma energia nunca antes vista. Mas para os Irmãos Atros, aquilo não parecia incomum.

-Impressionante, será que ele conseguiu aprender a manifestar sua Mana por completo? - Palace estava curioso com o que estava acontecendo ali. O caso de Cal era obviamente algo a se observar.

-O que é aquilo? Como ele consegue emanar tamanha energia? - O Legionário não entendia como Cal tinha adquirido tal poder. Mas Palace tinha visto a cena original.

-Na Batalha de Morroc, cinco mil pessoas venceram o demônio. Como você acha que eles venceram, Valna, com suas espadinhas? Foi preciso a aura de quatro pessoas se acender pra todo o resto fazer o mesmo. Foram necessárias cinco mil auras humanas pra segurar Morroc por tempo suficiente pra eles criarem o selo onde hoje fica a Fenda Dimensional. Ou não sabia disso?

Valna ficou estarrecido com o discurso de Palace. Mas não havia mais tempo para conversa, pois Palace estava disposto a terminar aquela briga. Ao olhar para seu irmão, Valna viu uma luz branca se formando na espada de Palace e uma aura branca com feixes de eletricidade saindo dela.

-Sabe, cansei de ficar lutando. Vamos acabar com isso. - Disse Palace, preparando sua espada para o próximo ataque.

-Seu desgraçado, ensinou ele a manusear a própria aura antes da Batalha? - Disse o irmão gêmeo, inquieto.

-Não precisei ensinar, Valna! Qualquer humano pode liberar Mana, desde que saiba como!

Os Atros sabiam como usar a Mana deles com tudo. Apesar de Cal não conhecer o método, a família Atros tinha esse conhecimento passado de geração em geração, razão mais que suficiente para Dimitri ter contratado os dois para a Legião.

Valna começou a exalar uma energia negra, podre, e avançou em Palace, que saltou na direção do irmão. Uma cruz de luz surgiu abaixo de Valna, e Palace imediatamente mergulhou em seu irmão, fincando a espada no chão.

-SINAL SAGRADO!

Uma imensa torrente de energia saiu da marca de cruz no chão, acertando Valna com tudo. Uma luz branca ofuscou a vista de quem estava perto por alguns instantes, mas cessou, deixando um Valna gravemente ferido e um Palace esgotado, ambos agora sem suas transformações.

Enquanto isso, Cal e Dimitri avançavam um contra o outro. Seus golpes eram muito rápidos, e Dimitri percebeu a diferença logo no primeiro soco que acertou em Cal: dessa vez, ele não recuou como no soco anterior.

-"Como? Isso é impossível, como ele pode resistir a um soco dessa força?"

-Eu disse que agora a luta seria de igual para igual. - Reagiu o Cavaleiro, que permaneceu parado, mas por pouco tempo. - Bem vindo ao admirável mundo novo, campeão.

Cal imediatamente acertou um gancho em Dimitri, que recuou com o ataque, mas absorveu e avançou em seguida, tentando acertar um golpe. Cal, por sua vez, se esquivou e acertou outro chute em Dimitri, dessa vez no estômago. A fúria e força de Cal estavam concentrados, o golpe tinha sido forte o suficiente para fazer Dimitri ficar sem ar por algum tempo. Cal esperou Dimitri recuperar o ar, e notou que agora ele estava surpreso com tal força.

-"A força dele... É anormal... Toda essa aura, será mesmo possível que os humanos em Sograt conseguiram derrotar Morroc liberando esses poderes?" - Ele saiu de seus pensamentos. - Desgraçado...

-Você é covarde, Dimitri, se aproveitando de crianças como a Irma. Vou ensinar uma coisa pra você, palhaço. Não existe a vida pros covardes, tal como não existe a morte pros heróis.

A aura de Cal se ampliou, e Dimitri resolveu avançar com força máxima. Por sorte a aura de Cal estava mais forte agora, pois os socos de Dimitri passaram a acertá-lo. Mas a briga não durou muito tempo, Cal estava em leve vantagem agora. Seus socos eram cada vez mais fortes e sua esquiva era cada vez mais precisa.

-EU VOU ESMAGAR VOCÊ POR INTEIRO, DIMITRI! - A reação furiosa de Cal estava permitindo que sua Mana superasse tudo o que Dimitri conhecia em termos de poder. Dimitri não demorou a perceber que se continuasse, não teria tempo nem de se transformar pra tentar desiquilibrar a luta. Interrompeu a luta e recuou, ofegando pelo ritmo daquele combate.

-Não sei como você... consegue, Rasen... Mas eu vou superar isso... E quando eu voltar... Essa luta resultará na MINHA vitória. MARQUE MINHAS PALAVRAS!

-Você falhou dessa... vez, Dimitri. Não vai levar... a garota com você. - Cal também tinha se esgotado com o ritmo acelerado daquele combate.

Dimitri, indignado, se limitou a recuar. Estava voltando para o QG da Legião, sem vitória, sem dois membros e sem Irma com ele. Cal, exausto e agora sem a aura, se limitou a ir até Irma e soltá-la de suas cordas.

-Você está bem? - Disse ele, com a exaustão já aparente em seu rosto. Irma ficou quieta, mas deu um sorriso pra Cal. A garota logo notou que Vera estava gemendo perto dali.

-Cal... Vera... - Foi a reação da garota ao notar Vera ferida ali. A Legionária estava em estado de agonia. Ela chamava por Cal. O Cavaleiro correu até ela, que começou a falar com ele.

-Desculpe... por tudo o que fiz... você... p-passar...

-Vera, você... - Cal notou o ferimento dela, resultado de um ataque de consciência. Ele não sabia como podia agradecer por ela ter lhe dado forças para prosseguir o combate, mas agora era ela que estava no limite entre vida e morte. Cal não sabia o que poderia fazer para salvar a vida dela.

Foi quando Vera respondeu. -Cal, eu sei... que não deveria... fazer... i-isso, mas...

Cal se aproximou como que por instinto de Vera. Quase que automaticamente, os dois se beijaram. Ao sair do beijo, Cal não entendia porque tinha feito aquilo. - Eu tinha que... fazer isso... Acho que não... verei você... no Valhalla...

-Espera, o que quer dizer com isso? Vera, nem pense... - Embora Cal quisesse fazer algo por ela, o ferimento era profundo o bastante. Vera sabia o que tinha que ser feito. Era a única saída, ante ao castigo eterno que receberia de Dimitri se voltasse.

-Cal... Você precisa me selar...

Cal ficou surpreso em ouvir aquela frase. Vera pedia para que ele selasse a essência da Abelha Rainha que existia em seu corpo. Ele ficou mudo, sem saber o que dizer. Mas aquela troca de olhares dizia tudo. Aquilo precisava realmente acontecer. Cal sacou uma pedra amarela do bolso, mas ficou olhando para Vera, apreensivo.

-Cal, você... vai encon...trar... alguém... melhor... Tinha... que ser... as...sim... - A voz de Vera estava ficando cada vez mais fraca. Cal não viu escolha, e iniciou o ritual.

-Sinto muito, Vera... Selar!

Um círculo de magia surgiu ao redor de Vera, e ao mesmo tempo em que o corpo morto de Vera de desfazia em luz, a energia da Abelha Rainha era aprisionada na pedra, que ganhava uma marca que identificava o MVP. O círculo se desfez, deixando apenas uma pedra amarela com gravuras no chão.

O Cavaleiro não sabia o que pensar naquele momento. Porque ele iria chorar por uma pessoa que só conheceu por dois dias, o traiu para levar Irma à Legião e acabou sacrificando sua vida para salvá-lo? Sua mente, porém, não iria encontrar as respostas naquele momento. Cal, que já estava exausto do combate, caiu inerte ao chão, e Irma correu para socorrê-lo. Palace, que havia terminado sua luta, apareceu e resolveu ajudar Irma a levá-lo para um hospital.

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Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 5:59 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 30, 2009 12:27 pm

Capítulo 14 - Suas Escolhas

Minutos antes de Cal derrotar Dimitri.

-SINAL SAGRADO!

E a imensa torrente de energia fazia com que Valna Atros perdesse a briga. Primeiro perdeu a aura que tinha, depois sua transformação em Atroce. A coluna de luz se desfez, deixando um Palace de pé e um Valna de joelhos.

-Impossível! Não tinha como eu perder! - Reagiu Valna à derrota daquele combate.

-Muito possível, Valna. Acabou. - Palace estava cansado, porém certo de que a luta havia encontrado seu fim. Valna olhou com desprezo para seu irmão. Agora, a relação era outra.

-Anote isso, Palace. Eu vou voltar, e quando voltar, vou te esmagar feito uma mosca. - O Legionário estava dando um outro tratamento a seu irmão.

-Pretende usar um mata-moscas pra isso? Que venha. Não é porque sou seu irmão que eu vou te poupar de uma boa surra. - Valna rosnou diante do deboche de seu irmão. Olhou para o lado e viu Dimitri ferido, recuando do combate com Cal. Não havia muita escolha. Se viu obrigado a recuar também.

-Agora, Palace, a Legião é seu maior inimigo. Que isso fique claro. - Disse enquanto corria para longe, acompanhando seu líder. Palace olhou para o céu, sem nada a dizer. Uns minutos depois, ele viu Cal desmaiando por conta do ritual de selamento que ele fez em Vera e ficou pensativo.

-"Então era isso que iria me acontecer se eu continuasse na Legião?"

Ver Cal usando aquilo mostrou a Palace que a Legião não era invencível. Palace deixou seus pensamentos e foi socorrer Cal, desmaiado pela exaustão. Irma se desesperou, achando que tinha acontecido algo a ele.

-Cal, Cal! Fala comigo! - Gritava Irma, apavorada.

-Não se preocupe. - Palace chegou por trás da garota para acalmá-la. Ela ficou assustada, mas logo notou que aquele não era o mesmo homem que estava conversando com Dimitri. - Ele está apenas exausto. Ele ainda não sabe usar a tamanha energia que tem.

Irma se acalmou um pouco. Palace estendeu a mão a ela. - Vamos. Precisamos levar você e o Cal a um hospital. Ele está machucado do combate com o Dimitri.

-...Eu posso confiar em você? - Indagou ela.

-Acho que agora somos iguais. - Disse Palace. Iguais. Aquela era a palavra capaz de acalmar a primeira amostra de uma nova geração de Construtos.

Irma ficou quieta por um minuto. Resolveu ajudar Palace a erguer Cal e guiá-lo. Os dois seguiram para um hospital em Lighthalzen.




Rachel, 9 de Abril de 1009, 9:35.

Três dias se passaram desde o combate. Cal acordou em uma cama de hospital, sem saber como foi parar lá. Olhou para o lado e viu Palace acordado, apenas olhando para ele.

-Enfim, acordou. Usou muito de sua energia naquela luta. - Disse Palace, recepcionando o Cavaleiro que havia acabado de acordar.

-O que aconteceu, eu só lembro de ter selado a Vera, depois... Irma... E a Irma, cadê ela? - Cal agora estava desesperado, tentando saber o que aconteceu com a garota que estava protegendo. Estava mais preocupado com ela do que com a própria saúde. Irma então apareceu na porta do quarto.

-Cal! - Irma correu até ele e o abraçou. Pra Cal, era uma missão cumprida, a garota estava segura. Mas agora vinha outra preocupação: mantê-la longe da Rekenber. Cal recebeu alta naquele dia. Horas depois, já estava novamente armando suas bagagens, com Palace e Irma o acompanhando.

-Então, Cal, venceu a Legião com estilo, espero que continue nesse ritmo. - Palace deu uma risada bem humorada, que Cal percebeu.

-Parece que está gostando de ter mudado de lado... De qualquer jeito... O que pretende fazer agora? - Respondeu o Cavaleiro.

-Bem, agora que sou inimigo da Legião, acho que vou me esconder em alguma lixeira por um tempo. - Palace fazia piada com sua situação, mas Cal parecia preocupado.

-Palace, você pode vir comigo se quiser. A gente dá um jeito neles juntos. - Disse o Cavaleiro.

-Nah, seria peso pra papel pra você. Mas e quanto à garota? - Respondeu Palace. Irma tomou a palavra.

-Eu conversei com o Cal há uma hora atrás e... ele deixou eu ir com ele. - Irma não confiava mais na escola em que estudava. Pra ela, era mais seguro andar com o Cavaleiro que a protegeu do que com qualquer outro ser. Cal toou a palavra, explicando sua razão a Palace:

-Não posso deixar a Irma virar um alvo ambulante pra Rekenber, pro Kiel D-01 e nem pra Legião. Ela veio me pedir justamente quando eu ia fazer o mesmo. Além disso, eu agora quero saber qual era realmente a parada da Rekenber com o Projeto Construto V. Eu estava pensando em voltar pra casa, na verdade, mas isso não ajudaria muito mais do que procurar a informação na marra. Então, é hora de pegar a estrada e desmantelar o plano daqueles malucos.

-Boa. Bem, parece que nossos caminhos vão se separar por um tempo. Se cuida, moleque. - Disse Palace, pegando sua mochila e partindo na direção de Veins.

-Pois é. Bem, se cuida você também, Palace. E se precisar, você agora tem aliados. - Cal respondeu com sinceridade, se provando agora amigo do ex-Legionário. Irma sorriu para ele também, confirmando o gesto de ambos.

-Valeu, Cal. Não seja pego pela Rekenber de novo. Seria um saco alguém ter que te tirar de Lighthalzen de novo. - Palace estava brincando com a situação da qual havia tirado Cal na confusão.

-Não deixei me pegarem nem dessa vez! - Cal riu do comentário. Os dois terminaram de se despedir e começaram a seguir caminhos separados.

Cal agora tinha uma companheira de viagem, e Palace deixou de ser um vilão. Para ambos, foi um avanço e tanto. Cal apenas fitava Irma, sua nova companheira de viagem. E começou a sentir algo que estava ausente nele mesmo desde a morte de seus pais.

-"Não se preocupe. Eu não vou deixar que façam mal a você. Não vou mais permitir que as pessoas de quem gosto morram diante de mim. Irma, eu protegerei você com a minha alma, se for preciso."




Um estranho Cavaleiro olhava Cal e Irma partirem pela planície. Cabelos brancos, olhos azuis. A armadura, com cristais encrustados nas ombreiras, um visual espinhoso espalhado pelo traje metálico e uma beca que formava uma espécie de capa-colete compunham seu visual. Ele fitava o Cavaleiro com certa seriedade. Uma maga chegou por trás e falou com ele.

-É este o garoto que salvou Draloth? - Disse a maga, trajando um sobretudo com ombreiras que lembravam cristais.

-O próprio. E ele nem sabe que capacidade tem. Pensar que ele tem poder pra mudar uma profecia... - Disse o Cavaleiro, com um olhar aparentemente determinado.

-Interessante. Os outros não quiseram vir com você, porquê? - Indagou a maga, pensando em eventos ocorridos.

-Nem conheço eles direito. Mas achei bom ter vindo comigo. Draloth me colocou naquele inferno, sabia? Minha família inteira morreu por conta dele. Não vou parar até matar ele. E Cal Rasen vai ser minha porta da frente. Não importa qual método eu use.

-Estou com você por um motivo similar. - A maga não tinha muito a dizer a ele. O Cavaleiro mantinha seus olhos fixos em Cal. Era como se tivesse planos especiais para ele.

-Espere por mim, Draloth. Vou usar seu amigo como a minha chance de fazer você pagar.

-Faça como quiser, Seyren... - Disse a maga, antes de pegar sua própria rota.

OFF

Fim do Primeiro Livro.


Última edição por Zero Dozer 2 em Seg Abr 04, 2011 6:22 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 30, 2009 12:57 pm



Jornada de Cal Rasen - Livro 2: Seis Grandes

Capítulo 15: A Conta-Gotas

Alberta, noite de 18 de Abril de 1009, 23:08.

Dois homens se enfrentavam naquele cais escuro. O silêncio era constantemente rompido pelo choque de duas armas metálicas. Um Mercenário loiro enfrentava um estranho homem de longos cabelos azuis e uma roupa semelhante a de um Algoz, porém aparentando ser uma armadura roxa. Haviam laminas nos pés e braços daquela armadura, que dava a impressão de que o próprio anjo da morte estava naquele local. Os dois homens se encaravam, tentando entender um ao outro.

-Esqueça, Merjön. Seja lá o que você quer, não vai conseguir. Renda-se e poupe o trabalho da Guilda. - Disse o homem de armadura roxa. Ele então avançou na direção do Mercenário. Aquela luta havia começado há dez minutos, mas era o suficiente para chamar a atenção de quem passava por perto. O loiro resolveu parar aquela briga por ali e afastou o estranho, disparando uma Tocaia carregada de eletricidade. Mais uma vez, os dois se encaravam.

-Seus poderes são interessantes, mas acho que isso já está enchendo o saco. - Disse o homem, aborrecido.

-Vai ter razão de sobra pra ficar de saco cheio, amigo. Quando eu acabar, este mundo será o mais puro VÁCUO! Espere por notícias minhas. - Merjön usou uma Asa de Borboleta e sumiu antes que o estranho conseguisse atingir um golpe de suas Unhas de Loki.

-Droga. - Ele conteve sua frustração, resultante de ter deixado Merjön fugir. - De qualquer jeito... Merjön... Esse nome me parece familiar.

-Ele é o irmão de Cal Rasen, caso não lembre do arquivo que leu semana passada. - A voz que vinha do telhado da casa próxima era de Johan, que tinha chego no final da briga. O estranho se virou para o Mercenário, querendo algumas respostas.

-O que mais sabe sobre Merjon? - Disse o homem na armadura roxa.

-Então... Eremes. Eu respondo suas perguntas se você responder as minhas. Pra começar, como conseguiu "reviver"? - Reagiu Johan.

O homem ali era nada menos que Eremes Guile, o mais lendário Algoz que a Guilda dos Mercenários já conheceu. Ele ajudara Johan e Thelastris em um evento passado, mas Johan ficou com diversas dúvidas quanto ao Algoz, a começar por praticamente não ser mais um Algoz. Sua armadura roxa já entregava isso. Isso sem mencionar o estranho fato de ele estar vivo, sendo que o mais próximo que alguém encontraria de Eremes seria o espectro dele em Lighthalzen. Eremes resolveu responder a pergunta.

-Um mago especialista em rituais fez o serviço comigo.

-E com os outros cinco também? - Johan se referia a ter visto Seyren quando saía com Ferus do laboratório no ano anterior.

-Também. - Eremes dizia sem expressar emoção alguma.

-Passou dez meses se escondendo de todo mundo, Eremes. Já começei a ter uma noção quando o Cal disse ter visto um cara de armadura roxa na Caverna de Magma. Se os Seis Grandes estão vivos de novo, só quero saber como os espectros ainda estão lá.

-Aquele mago não quer que sejamos notados. Na verdade, ele queria que trabalhássemos para ele. Todos recusamos a proposta e abrimos caminho para fora de Lighthalzen por conta própria. Mais algo que queira saber?

Johan finalmente entendia que aquele Seyren visto no ano passado era o real. Mas uma coisa o incomodava ao extremo. Trabalhar para o mago. Embora ele estivesse com essa pergunta em sua cabeça, uma pergunta mais urgente se fazia necessária:

-O que Seyren quer? Estou falando de um surto de energia vital vindo dele, que ocorreu ontem.

-Então, ele foi atrás do Kerd mesmo... - Eremes compreendia a pergunta de Johan perfeitamente. Era uma situação única para o ex-Algoz. - E se eu dissesse que o líder da Chama Prateada está com a cabeça a prêmio?

-Como assim? - Agora Johan estava curioso. Ele queria saber o que Seyren poderia ver de tão especial em Kerd Draloth. Tinha inclusive se esquecido da pergunta que havia feito antes.

-Seyren têm grandes contas com Kerd Draloth. E se eu estiver certo, ele vai na direção de quem ele achar que pode levá-lo até ele.

Johan pensou por um momento e tornou a olhar para Eremes, que agora se encontrava acima de um guindaste no pier.

-Sugiro que façamos um jogo de "Siga a Presa". Eu vou soltar algumas historinhas e você vai seguindo minhas pistas. Então, Johanne Garamus, você consegue acompanhar meu ritmo? Sou apenas um Sicário e você, um Mercenário, afinal de contas.

Eremes saltou do guindaste e desapareceu pela cidade. Johan olhava fixamente para a direção na qual o agora referido como Sicário foi.

-"Seguir a presa... Interessante."

Seus pensamentos se voltaram para as palavras de Eremes. As informações sobre usar quem pudesse estar mais perto agora batiam com apenas uma pessoa.

-"...Droga, o Seyren está atrás do Cal!!!"

Johan avançou na direção norte. Agora ele precisava encontrar Cal a todo custo. A única coisa que ele sabia era que Cal agora viajava com Irma pelo continente. Johan sabia que se não chegasse a Cal antes de Seyren, os problemas começariam a acontecer.

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Última edição por Zero Dozer em Sex Jun 17, 2011 10:33 pm, editado 4 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 30, 2009 12:58 pm

Capítulo 16 - Revelação

Manhã de 19 de Abril de 1009, Prontera.

Cal e Irma andavam pela cidade em meio à imensa multidão que se aglomerava nas ruas. Vendedores de todo tipo mantinham seus mercadinhos em funcionamento, vendendo todo tipo de coisa. Cal e Irma estavam sentados na mesa de uma lanchonete, aproveitando a calma paisagem. Cal olhava fixamente para o nada quando Irma o interrompeu.

-Você está bem, Cal?

-Só pensando nos eventos desse mês. - Cal passou a olhar para Irma. - Me diz uma coisa, você adora essa roupa, não? - Ele se referia ao fato da garota ainda não ter se desfeito do uniforme do instituto.

-Qual é o problema, Cal? - Irma estranhou a pergunta de Cal. O que havia de errado com sua roupa?

-Os caras da Rekenber estão procurando uma garota com o uniforme de Kiel Hyre e um Cavaleiro literalmente elétrico vestindo camiseta de manga comprida e um jeans surrado. Não seria melhor comprarmos roupas novas? - O Cavaleiro estava dando a sugestão se baseando no que sabia. Claro que mudar de vestuário não iria resolver o problema, mas pelo menos iria dificultar um pouco para eles detectarem os dois.

-Hmm, você acha? Se precisamos vestir roupas diferentes, então tá bom. - Irma não gostou muito do comentário do Cal, mas como toda garota, gostou da chance de poder comprar roupas novas.

Horas mais tarde, os dois se encontravam numa loja de roupas em Prontera. Irma experimentava roupas, enquanto Cal, agora com uma jaqueta jeans, uma camiseta azul-piscina e uma calça com desenhos que lembravam a camuflagem usada no Exército de Schwartzvald, olhava para um espelho ao lado.

-Será que eu uso tintura pra mudar a cor do cabelo? Nah....

Cal é surpreendido por Irma, que aparece vestindo roupas parecidas com o uniforme que vestia antes, mas com cores diferentes, mais puxadas para o rosa.

-Então, Cal, o que achou? - Perguntou a garota, animada.

-É, eu acho que tá legal. - Cal achava que ela não desistiria de se vestir daquele jeito, mas gostava do jeito dela.

O Cavaleiro se via imerso em seus pensamentos em relação à garota que acabara de assumir como protegida. Irma era a pessoa que ele deveria proteger. Para Cal, Irma era a irmã mais nova que ele jamais sonhou em ter. O Cavaleiro via nela a chance de ter novamente uma família. Aquela era a razão que ele tinha para proteger a garota.

Os dois deixaram a loja de roupas e foram olhar os mercados. Ao passarem perto de uma tenda com algumas poções, notaram um Mercenário loiro, olhando as katares elementais de um outro mercador. O Mercenário se aproximou, revelando ser Johan.

-Essa é Irma Aloisius, suponho. - Johan notou a garota que acompanhava Cal. - Prazer, sou Johanne Garamus, amigo do Cal. Mas todo mundo me chama de Johan.

-Está tudo bem, Irma. - Cal notou que a garota o estranhava. Irma foi comprimentá-lo.

-Prazer, senhor Johan. - Disse a Construto, sem jeito.

-Nossa, senhor... Isso faz eu parecer muito mais velho do que meus 23... - Johan também havia ficado sem jeito ao ouvir aquilo. Não gostava de ser tratado como um velho. Mal havia saído da adolescência, em sua visão.

Os dois foram a um lugar mais calmo para conversar. Estavam na Praça das Mãos, num banquinho, onde as pessoas apareciam com menor frequencia. Irma estava sentada, ouvindo os dois conversar, como se nada mais existisse no mundo além deles. Johan foi direto ao ponto:

-Cal, vim aqui porque preciso te avisar.

-É sobre o grande surto de energia que o Gustave detectou semana passada? - Na semana anterior, Gustave havia detectado uma enrome massa de energia em Juno, com dados semelhantes aos de Omni Ferus, porém sem traços da energia de Cal neles. Gustave logo presumiu que Seyren estava vivo. Pensando nisso, Cal foi direto ao assunto. - Então é verdade? Seyren está realmente vivo?

-Não apenas Seyren. Você já sabe por mim e pela Thelastris que o Eremes Guile está vivo. E pelo jeito, todos os outros também. - Johan não tinha medo de soltar tudo o que sabia. Toda a informação que Cal pudesse obter sobre qualquer ideia que Seyren Windsor pudesse ter a respeito dele era bem-vinda para Johan.

-Como assim, todos os outros? TODOS os Seis Grandes estão vivos? - Disse o Cavaleiro, surpreso.

-Não consegui informações decentes ainda, mas sim, estão. Mas é no Seyren que você tem que se focar agora. Ele é o nome de um problema. - Disse Johan, sem demonstrar emoções.

-Lembro pelas memórias do Ferus que o Seyren foi visto em Lighthalzen. - Cal ainda tinha as memórias que compartilhou com Ferus antes de despertar no tubo de ensaio. - Mas não entendo o que ele poderia querer comigo.

-Não com você, mas com Kerd Draloth. - Disse o Mercenário, fitando o povo que se movimentava enquanto os dois conversavam.

-Kerd, o líder da Chama Prateada? - Foi Irma quem interferiu, depois de ouvir aquele nome. - Ouvi que Cal salvou a vida dele uma vez...

-É por isso que Seyren quer o Cal, ele conhece o Kerd. - Johan completou de maneira direta.

-Espera, está me dizendo que o Seyren está vivo e está me procurando pra chegar no Kerd, mas pra que? - Cal tinha digerido tudo o que foi dito, mas faltava uma peça. De repente pessoas começam a correr da praça ao sul. Johan, Cal e Irma se levantam.

-Eu acho que saberemos agora. - Johan sentia uma energia estrondosa vindo do local, mas não aparentava estar atacando alguém.

-Vamos lá então. - Disse Cal, avisando a Irma que haveria uma situação iminente. Johan também se preparou para um possível combate.

-Certo! - Irma se levantou e os três se dirigiram ao local de onde vinha o tumulto. Ao chegar, notaram um homem de armadura garbosa e cabelos brancos. Ao se virar, Cal não teve dúvidas: era Seyren Windsor, o maior Lorde da história.

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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Dez 30, 2009 1:00 pm

Capítulo 17 - Proposta

O homem se aproximava de um dos mercadinhos em Prontera, calmo e quieto. Olhava para os equipamentos sem dizer nada que incomodasse os mercadores. Um Espadachim sem querer esbarrou no homem, pediu desculpas e saiu.

Segundos depois, o mesmo Espadachim voltou e olhou fixamente para o homem, de cabelo branco, olhos castanhos e uma estranha armadura com jóias nos ombros e no peitoral. Ao olhar o rosto dele, o garoto entrou em pânico.

-S-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s...

-"Droga." - O pensamento do homem saiu no mesmo instante em que o Espadachim disparou o grito.

-SEYREN WINDSOR!

As pessoas ao redor também notaram o homem, que realmente era o agora Cavaleiro Rúnico Seyren Windsor. As pessoas, que achavam que era um espectro solto na cidade de Prontera, entraram em pânico e ocomeçaram a correr pra longe. Seyren, olhando ao redor, fazia cara de poucos amigos devido à situação.

-Grande moleque, conseguiu assustar a cidade toda. - Disse ele, irritado em meio a berros e pessoas correndo, chorando e gritando para serem salvas.

Em meio à confusão, Seyren notou que três pessoas estavam paradas, próximas a ele. Seyren se virou para eles, mostrando seu rosto. Eram Cal, Irma e Johan, que viram o tumulto na praça e foram até o local. Cal se mantinha quieto, quase em estado de choque.

Era Seyren Windsor ali. O mesmo homem que havia lutado na Guerra Civil da Democratização de Schwarzvald, oito anos antes. Sumiu logo ao final da Guerra, em 1003 DG, quando caçava cientistas da Corporação Rekenber. E junto com ele, outros cinco guerreiros de classes diferentes: Eremes Guile, Margaretha Sorin, Kathryne Keyron, Howard Alt-Eisen e Cecil Damon. E agora, por algum motivo, ele estava vivo, diante de Cal, Johan e Irma.

Seyren reconheceu o Cavaleiro e ficou surpreso. Cal era quase uma celebridade a seus olhos. Especialmente depois que o mesmo Cal conduziu um dos exércitos que haviam barrado Morroc no Deserto de Sograt no mês anterior.

-Então você é o Cavaleiro Cal Rasen. O homem que colaborou na derrota de Morroc. - Disse Seyren, sem demonstrar sua surpresa.

-...Seyren Windsor... - Cal ainda tentava acreditar no que via. Seyren era seu ídolo desde que ele era menor. Mas Cal sabia que aquela lenda, agora viva novamente, não tinha vindo aqui pra dar alguma frase insipadora ou coisa do tipo. - Então você está realmente vivo...

-Você conhece uma pessoa que eu quero encontrar. Ele precisa pagar pelo que me causou anos atrás. - Seyren assumiu o assunto de forma direta. Não tinha tempo a perder.

-Quer Kerd Draloth, não é, Seyren? - Johan interrompeu o discurso de Seyren, fazendo suas questões. Irma apenas olhava, apreensiva, sem entender muito o que estava havendo ali. Seyren continuou.

-Você, Cal, já salvou a vida de Draloth uma vez, mas não vai poder salvá-lo agora. Não de mim. Eu estou aqui para buscar a alma dele. - Disse o Cavaleiro Rúnico, com um tom frio em sua voz.

-O que quer do Draloth, Seyren? - Cal agora estava totalmente de volta a si, e resolveu contestar o Cavaleiro Rúnico.

-Eu já disse. Devo uma dolorosa temporada em Lighthalzen a ele. Me diga onde ele se encontra. Eu devo muito a ele. Muito mesmo.

Cal e Johan ficaram em silêncio. Por um instante, era quase possível sentir as energias se colidindo ali. Era como se Seyren pudesse engolir Cal e Johan num golpe só, se quisesse.

-Eu darei um dia para você decidir se me leva até Draloth ou não. Caso decida não ajudar, eu vou arrancar a informação de você à força se for preciso. - Seyren sabia que não iria conseguir a resposta de Cal logo de cara, e resolveu pressionar o Cavaleiro para tentar obter algum resultado.

-Sabe mesmo com quem está lidando, Seyren? - Cal se mostrava levemente confiante, apesar de saber que Seyren era muito superior a ele.

-Não me interessa se seus poderes são grandes ou não. Não vai querer me desafiar. A sorte está lançada. Se quiser saber o que está havendo, porque não consulta seu "amiguinho"? Eu estou indo. Amanhã, na Praça das Mãos, eu saberei o que você vai fazer. - Seyren então se virou e foi embora sem dizer mais uma palavra. Cal olhava fixamente para aquele homem, notando que ele já não agia como o herói que ele via quando tinha onze anos.

-O que vai fazer, Cal? Não pode deixar ele chegar no Kerd pra matá-lo sem mais nem menos! - Irma entendia um pouco da situação e já estava ligada nas intenções de Seyren.

-Vou primeiro ver o Kerd. Quero saber em detalhes a história dele com o Seyren. - Cal estava curioso para saber porque diabos o maior Cavaleiro da história queria tanto matar Draloth. Era uma boa chance para ir a Izlude e arrancar a verdade dele.

-E eu vou seguir o Eremes pra ver o que ele tem a me dizer sobre toda essa farra. - Johan pensava na sua conversa com Eremes na noite anterior. - Eremes me sugeriu um joguinho. Vou jogar com ele e ver o que ganho com isso.

-Cuidado, Johan. Não estou gostando muito dessa história. - Disse Cal.

Era fato que agora os Seis Grandes, os heróis de guerra, poderiam estar vivos de novo, mas como ele poderiam estar vivos? Era realmente uma ressureição possível? E o que realmente aconteceu no laboratório de Regenschrim?

-Ele não vai me matar, pois se quisesse, já teria feito há duas semanas. - Respondeu Johan. O Mercenário foi na direção sul enquanto Cal e Irma se preparavam para ir até Izlude, onde se localizava a base da Chama Prateada, para procurar por Kerd.

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Última edição por Zero Dozer 2 em Sáb Abr 09, 2011 11:42 am, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Samuel Qua Dez 30, 2009 5:19 pm

Dorey @-@
Ahh queria apareçer =/
T-T
Muito bom Cal o/
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Jan 06, 2010 12:44 pm

Capítulo 18 - Kerd Draloth

Meia hora depois, Cal e Irma se encontravam na cidade de Izlude. Lá, além da base da Chama Prateada, havia também a base que Cal tinha conseguido há alguns meses para a Ordem do Trovão: um apartamento que ele estava tentando adaptar, comprado do cara que rodava uma loja de utilidades no prédio.

Mas primeiro, resolveu passar no Barracão da Chama, afim de encontrar Kerd e esclarecer toda a história sobre Seyren. Se havia alguém no mundo que pudesse contar a Cal sobre Seyren, essa pessoa só poderia ser o Templário. Diante da porta do Barracão, Cal encontrou com um Bruxo, que estava na porta do Barracão.

-Cal, quanto tempo, hein? - Disse o Bruxo, que Cal reconheceu de primeira.

-E aí, Fizban, faz eras. - Os dois se conheciam dos eventos em que Kerd havia sido possuído pela Talefing, no ano anterior. Izlude havia sido derrubada e Cal acabou se oferecendo para resolver o problema, depois de atravessar o continente procurando pela Chama Prateada. A última vez que Cal e Fizban Drake haviam se encontrado, havia sido durante a Batalha de Morroc, ocorrida no mês anterior.

-É, desde a Batalha de Morroc. Como tem andado?

Irma apenas assistia os dois conversando, demonstrando certa timidez. Não estava acostumada a presenciar momentos como aquele que estava ocorrendo na porta do Barracão. Cal percebeu e não demorou a introduzir a garota.

-Bem. Essa é Irma, ela passou a andar comigo no final do mês passado.

-Prazer, Irma, sou Fizban Drake. - Disse o Bruxo, sem se incomodar com a timidez da jovem. Irma se limitou a comprimemtar Fizban.

-Prazer... - Disse Irma, de forma tímida.

Cal notou que a situação não era tão agradável pra ela e foi direto ao assunto. - Fizban, preciso encontrar o Kerd. Sabe onde ele anda?

-Tá aqui no Barracão, pode entrar.

-Valeu, cara. - Disse o Cavaleiro, agradecido.

Cal e Irma adentraram o Barracão, que parecia bem mudado desde sua visita no ano passado. Ainda assim, Cal chegou na sala de estar e encontrou com o Templário moreno, vestindo uma camiseta e uma calça jeans. Era Kerd, o líder da Chama Prateada. O Templário reconheceu Cal, e os dois imediatamente se comprimentaram. - Kerd, já faz meio que eras.

-É, rolou muita coisa. O que andou fazendo nas ultimas semanas? Ouvi histórias estranhas de você desde a Batalha de Morroc. - Kerd também queria botar o papo em dia com Cal. Era uma chance rara, já que os dois não se esbarravam muito.

-Bem, era disso que eu ia falar. - Cal e Kerd começaram a conversar. Cal contou sobre suas empreitadas com a Rekenber e sobre como Irma passou a andar com ele. Logo depois, foi ao ponto que interessava. Contou sobre os Seis Grandes e sobre seu encontro com Seyren.

-...Johan primeiro veio me avisar que Seyren Windsor estava vivo, mas a gente encontrou o próprio na mesma hora em Prontera. Ele não me parece muito feliz, e pelo que sei, ele tá ligando toda essa fúria a você. O cara quer a sua cabeça, mas eu não estou disposto a entregar você pra ele. Só me resta uma coisa a saber: porquê ele está te caçando?

Um silêncio se abateu sobre a sala por alguns instantes. Para Kerd, era algo pessoal. Mas agora não havia como evitar; Seyren finalmente havia envolvido Cal nessa algazarra. Não havia outra escolha senão contar o que sabia.

-Espero que você não se surpreenda com o que eu vou te dizer. Tem muita coisa sobre mim que você não sabe. - O tom de voz de Kerd era sério. Cal sabia que vinha bomba pela frente.

-Acho que vai ser interessante ouvir isso. Pode começar. - O Cavaleiro apenas esperou que o Templário contasse sua história.

-Seyren foi uma das pessoas que me treinou durante a Guerra Civil Democrática de Schwartzwald. É graças a ele que eu sei usar uma espada hoje em dia. Houve outros mestres também, afinal, aprendi apenas o básico com ele. - Kerd não gostava de incluir seu treinamento com Seyren no currículo. Não queria a fama de ser o discípulo do maior Cavaleiro da história. No entanto, sabia que o Cavaleiro não teria um pitaco ao ouvir aquilo.

-Essa eu não sabia. Sei que sua habilidade com espadas é grande, mas não sabia que tinha aprendido parte disso diretamente com o melhor. - Apesar de Cal não estar muito impressionado com aquilo, para ele era estranho que Kerd tivesse treinado com Seyren. Especialmente quando Seyren tinha a fama de atuar sozinho em combate.

-É, aprendi um pouco com o melhor, mas não lutei muito do lado dele. - Kerd respondeu.

-Como assim, vocês não eram amigos? - Irma estranhou a ultima frase do Kerd, que respondeu.

-Aconteceu muita coisa estranha depois da Guerra. Eu tinha me tornado um mercenário para a Corporação Rekenber. Seyren caçava todo mundo que estava envolvido em uma operação ocorrida durante a Guerra, realizada pela Rekenber. Um cientista planejou e executou a captura de Seyren, usando a mesma equipe de mercenários em que eu trabalhava.

-Então esteve mesmo envolvido na morte de Seyren? - Cal tinha ficado surpreso com o que tinha acabado de ouvir. Mas Kerd ainda não tinha terminado a história.

-Eu não participei daquilo. Tinha pulado fora da corporação pouco tempo antes. O máximo que sei é que uma Atiradora de Elite fez a outra parte da operação, que envolvia a captura da família de Seyren. Mas tenho certeza que, se Seyren está vivo, ele vai achar que eu tomei parte naquilo.

Cal estava pensativo agora. Sabia mais do que nunca que não poderia entregar Kerd a Seyren. Mas será que ele seria capaz de enfrentar aquele que era conhecido como o Lorde mais poderoso da história? Cal saiu de seus pensamentos e voltou os olhos para Kerd, que resolveu dar um conselho.

-Cal, não tente enfrentar Seyren por mim. Eu posso resolver esse problema. - Cal percebeu o olhar preocupado de seu amigo, mas já tinha a resposta na ponta da língua:

-Não dá mais pra ficar de fora, Kerd. Seyren me procurou porque sabia que eu te conhecia.

-O Kerd tá certo, Cal, Seyren é poderoso demais! - Irma notou que a intenção de Cal era enfrentar Seyren, mesmo que sua derrota fosse iminente. Ainda assim, Cal parecia saber muito bem o que iria fazer. E uma garota preocupada não iria impedir o Cavaleiro de ter uma luta recheada de adrenalina.

-Seyren tem poder, sim, só tem um detalhe: o que rolou na Batalha de Morroc mês passado e em Portus Luna há duas semanas pode me ajudar muito com ele. - O olhar confiante de Cal confundiu Kerd e Irma.

-Como assim? - Kerd não tinha entendido a frase de Cal, mas tinha uma pista. - Tá falando de ativar a aura?

-Por aí, se possível. Mas vejamos se posso lidar com ele apenas com o poder que tenho... Bem, o que eu quero fazer primeiro é fazer Seyren entender que você não teve nada a ver com essa coisa toda.

Naquele momento: Kerd interveio:

-Eu não aprovo isso. Você pode se dar muito mal. Mas ainda assim... Bem, tem uma coisa que pode te ajudar. - Kerd foi até uma estante e pegou uma espada de lâmina cristalina e incolor, colocando-a nas mãos de Cal. - É uma espada estranha, mas parece boa pra você. Essa espada possui um poder imenso nas mãos certas.

-Tem certeza disso? - Cal estranhava o presente de Kerd; aquela lâmina cristalina não parecia ter vindo de nenhum canto conhecido em Midgard.

-Só me faça uma coisa: não tente repetir o feito da Batalha de Morroc. Uma coisa é cinco mil pessoas ativarem suas auras por determinação, outra é você achar que pode ativar a sua aura quando quer. Quanto à espada, eu devia um agradecimento pelo que fez por mim no ano passado.

-Certo. - Cal aceitou a espada de Kerd e logo os dois se despediram. Cal e Irma se dirigiram para a base da Ordem do Trovão, logo ao lado. Para Cal, era a chance de aproveitar a parada e ver como as coisas iam na ausência dele. Cal entrou na loja e abriu a porta do apartamento que se encontrava atrás dela. Logo, foi recebido por uma pessoa conhecida.

-Demorou pra visitar a casa, hein? - Disse o loiro, que estava diante dele.

-Foi mal, Gustave, passei na base da Chama antes. - Respondeu Cal.

-Ah, pensei que você já não lembrasse mais que tem clã. - Uma voz feminina adentrava o cômodo. Uma garota de pele e cabelo escuros apareceu diante da dupla. Thelastris apareceu diante de Cal e Gustave e notou que Irma estava junto. - Então essa é a garota, Cal?

-Sim, é ela mesma.

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Última edição por Zero Dozer em Sex Abr 15, 2011 8:12 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Jan 06, 2010 12:45 pm

Capítulo 19 - Ordem do Trovão

Irma ainda se mostrava altamente tímida diante dos amigos de Cal. Ainda assim, se apresentou aos presentes. Thelastris e Cal começaram a conversar, enquanto Irma começou a conversar com a Pupa, uma das Noviças do grupo. Cal contou a Thelastris sobre os eventos dos meses anteriores.

-Cal, você não pode enfrentar Seyren sozinho, é sério. - Thelastris comentava sobre a ultima coisa que Cal disse. - O mais provavel a acontecer é ele te transformar em espeto de churrasco... Ou um tapete na sala de estar.

-Não posso deixar o cara matar o Kerd sem ele nem saber direito o que está acontecendo.

-Mas você não está pensando em convidar ele pra tomar chá, e com certeza ele não vai querer saber de conversar quando você se recusar a informar ele.

Cal sabia que não poderia igualar os poderes dele aos de Seyren. Mas sabia também que não poderia deixá-lo matar seu amigo.

-Cal, duas coisas: primeiro, se vai enfrentar ele, não fique esperando que ele venha te abraçar no final da luta, especialmente porque isso é completamente contra sua orientação sexual. Segundo, tem certeza que quer fazer isso mesmo? Sei lá, aprende a tricotar, qualquer coisa que não envolva enfrentar um cara que vai te matar em menos de dez segundos...

-Isso é o que eu chamo de reforço positivo... Pedir pra desistir é dose. - O Cavaleiro notava que praticamente ninguém estava a favor daquele combate. Kerd não queria que aquele combate acontecesse, e agora era a vez de Thelastris dar o sermão nele.

-Olha, eu não posso te impedir de ir trocar seus tapas com seu ídolo. Só não estou a fim de enterrar você depois que a coisa toda acabar.

-Relaxa, não vai rolar, Thelastris. Não sou idiota o bastante pra morrer num trocinho desses.

Repentinamente a janela se abre. Espantados os dois olham para ela, quando uma voz a atravessa.

-Há quanto tempo, Caledonius Rasen.

-Quem é? - O Cavaleiro fica em guarda.

-Pode abaixar essa espada, Cal. Sai dai seu obeso! - Thelastris fala.

-Assim você estraga minha entrada, Thel! - Zy fala enquanto pula pela janela.

-Thelastris, depois podemos ver como eu posso fazer pra resistir ao tranco daquele cara caso resolva me peitar?

-Por mim tá legal, acho que posso te dar chances de sobreviver a ele.

Thelastris deixou Zy e Cal conversando no quarto. Viu Irma e Pupa se entendendo muito bem e ficou apenas olhando enquanto o Cavaleiro conversava com o Templário.

-Zy! Há quanto tempo! Firmeza?

-Não tão rápido, Rasen! - O Templário se afastou um passo e pegou sua espada com uma mão e o escudo com outra. - Me mostre o que aprendeu nesses meses! "Show me your moves"!

-Tem certeza disso? - Cal se preparou pra sacar sua espada.

-Vamos lá fora, onde tem mais espaço.

-Thelastris, vou treinar com o Zy lá fora. - Cal falava com a Mercenária, que aguardava os dois lá fora.

-Acho bom mesmo que eu limpei essa porcaria desse chão ontem!

Os dois foram para o lado de fora do local. Cal e Zy estavam posicionados cara a cara. Thelastris não estava tão certa do resultado do combate.

-Caras, eu não sei se isso vai dar certo.

-Porquê, Thel? O que o contador diz sobre o poder dele? - Zy questionava o poder de Cal.

-Desde a Batalha de Morroc, os dados do Gustave apontam poder acima de 5.300 no Cal... Contra seus 5.800.- Thelastris costumava ver os dados de Gustave após cada batalha. - Ele está no nível 87, e já usou aquela mega-aura algumas vezes... Bem, claro que as bugigangas do Gustave só servem pra confundir...

-5800? Isso é verdade? - Cal estava surpreso por saber que o GZ de Gustave mostrava que o poder de Zy era maior que o dele.

-Bem, vamos lutar ou não? - Zy já estava ficando impaciente. - Quero ver o que aprender nesse ultimo mês!

-Certo, então. - Cal sacou sua espada e Thelastris foi assistir a luta. - Vamos ver se você é mesmo melhor que eu.

Cal e Zy avançaram um contra o outro. Cal tentou um Impacto de Tyr, que foi defendido por Zy, que revidou com um golpe próprio, que ele chamou de Zorro. Zy fez um corte horizontal, que Cal evitou saltando para trás. Em seguida, o Templário usou um ataque diagonal tentando acertá-lo, mas Cal defendeu com a espada. Não foi a tempo de evitar o terceiro golpe, que o acertou, fazendo Cal dar alguns passos para trás. Cal olhava para Zy e notava a estranha espada de Trevas que ele carregava.

-Espadinha curiosa a sua. Deu nome pra ela?

-A Lorelei? Que nada, sua espada também me é interessante. - Zy notou a espada feita aparentemente de cristal na mão de Cal.

-Putz, e eu ainda nem dei um nome a ela.

-Bem, ainda temos que continuar o combate. - Zy e Cal novamente pularam um contra o outro e continuaram a se atacar, e Thelastris apenas observava, imaginando quem sairia vitorioso...

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Última edição por Zero Dozer 2 em Sáb Jan 08, 2011 12:30 am, editado 1 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Jan 06, 2010 12:45 pm

Capítulo 20 - Decisões

A luta de Cal e Zy seguia com força total. Os dois não paravam direito nem para respirar. Cal percebeu que não ia conseguir segurar o ritmo inicial por muito tempo e resolveu avançar um nível. Logo, carregou sua espada e disparou uma Lâmina Trovão, acertando Zy. O templário recuou, mas mostrou-se resistente ao ataque de Cal, para a surpresa do Cavaleiro.

-Que ótimo, o cara resiste a eletricidade... - Cal se mostrou surpreso com o que via.

-Você é do elemento Trovão, certo? Eu também sou.

-Maraivilhoso... - Cal percebeu que suas técnicas elétricas não iriam adiantar dessa vez. Ou eram suas técnicas de Cavaleiro ou nada.

Os dois novamente entraram em embate, com Cal desferindo uma sequencia de Golpes Fulminantes. Zy se desviava de alguns e era acertado por outros, mas ele atacava Cal com a mesma estratégia: a ideia dos dois era acertar um Golpe Fatal. Para a sorte de Cal, ele consegue acertar o golpe primeiro, e Zy fica momentaneamente atordoado. Mas a luta é interrompida quando Destrel chega no recinto.

-Você por aqui, Cal? - Destrel estava surpreso por ver o Cavaleiro em casa. Zy agradeceu mentalmente por não ter sido atingido pelo Impacto de Tyr que Cal preparava.

-Zy, acho que a gente vai terminar a luta depois, pode ser?

-Certo, já serve pra eu me preparar melhor quanto a você. Apesar que eu não precise muito... - Zy mostrava confiança nas suas palavras. Cal entendia muito bem que logo teria que terminar aquela luta. O Cavaleiro se dirigiu a Destrel, enquanto Thelastris entrava na casa.

-Então, você continua por aqui. Estou surpreso.

-E você, Cal? Ainda irritado por eu não querer lutar com Morroc?

O silêncio foi curto, mas o suficiente pra se notar que os dois estavam prestes a se desentender. Cal tomou a palavra.

-Destrel, você fugiu daquela luta.

-Não fugi de nada. Você esperava mesmo que eu fosse lá lutar com Morroc, com todo meu instinto assassino? Seria mais fácil eu matar todos os cinco mil dali em um dia só. Não quero me arriscar com o troço dentro de mim, Cal.

-Você está fugindo da capacidade que tem. Uma coisa é ter medo, outra é não querer nem encarar o problema.

-Cara, eu não tenho essa capacidade, essa parada de "poder de Thanatos" não existe! Será que você não consegue se tocar disso? - Reagiu Destrel, diante do discurso do outro Cavaleiro.

Cal deu um olhar sério para Destrel e entrou na casa novamente. Irma podia ver Cal na janela durante a conversa, notou que os dois tinham uma pequena história por ali. Ainda assim, preferiu guardar para si, sabendo que hora mais ou hora menos, seu "irmão mais velho" iria soltar os fatos.

À noite, Cal estava no telhado da casa, quieto. Via claramente a cidade de Prontera dali, e ficava quieto, observando o movimento quase invisível a aquela distância. Johan apareceu do lado, querendo conversa.

-Cal, você vai mesmo enfrentar Seyren, então.

-Não é algo que possa ser mudado. Não posso deixar o Kerd se matar tentando se acertar com ele.

-Cal, se perceber que não vai conseguir segurar ele, caia fora. Seyren é um dos Seis Grandes, e pela energia dele, tem cara de já ter ultrapassado a classe de Lorde. Entendeu?

-Verei o que posso fazer... - Cal parecia nervoso com o que estava prestes a acontecer. Apenas uma coisa o mantinha em pé para desafiar Seyren: saber que um amigo corria perigo. Para ele, era o bastante para lutar.




No dia seguinte, Cal e Irma estavam prontos para seguir para Prontera. Cal estava se despedindo de seu pessoal.

-Então, Thelastris, essa panfletagem toda é pra arranjar aquele casarão em Payon?

-Isso aí. Sei que queria que fosse aqui, mas Izlude é apertada demais. Pelo menos o apê mequetrefe que você escolheu é apertado demais pra vinte pessoas...

O Cavaleiro não reagiu, mas assentiu com a cabeça, pra concordar com o que ela dizia.

-Se conseguirmos, sabe onde ficará a nova base? - Perguntou Thelastris.

-Vou ver, é ao lado da casa onde fazem suco, não é?

-Bom menino. - Thelastris planejou usar o dinheiro das panfletagens que a Ordem do Trovão estava fazendo para comprar uma casa melhor para servir de base para o clã. Cal não viu nada contra, uma vez que ela tinha razão.

Cal e Irma se despediram e seguiram para Prontera. Era a hora de dar a resposta a Seyren. Mas ele não poderia prever o que iria acontecer depois do não...

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Última edição por Zero Dozer em Qui Abr 28, 2011 10:22 pm, editado 2 vez(es)
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A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado Empty Re: A Jornada de Cal Rasen - Livro 9: Fantasmas do Passado

Mensagem por Zero Dozer Qua Jan 06, 2010 12:46 pm

Capítulo 21 - Seyren Windsor, Cavaleiro Rúnico

A caminho de Izlude, Cal não sabia o que pensar direito. Pensava no que poderia fazer caso a situação realmente aumentasse. Olhou para Irma e começou a falar com ela.

-Irma, se algo der errado... - Cal pegou uma Asa de Borboleta Gigante do bolso e deu para a garota. - ...Use isso pra nos tirar de Prontera e nos levar de volta a Izlude.

-Cal, você vai mesmo... lutar com ele? Se o que ouvi for verdade, ele vai te matar! - Irma estava extremamente preocupada com o que estava por vir. Sabia que nada de bom poderia vir daquele não que Cal iria dizer. Seu rosto esbanjava temor e preocupação. Afinal, como ela iria se virar se seu protetor morresse em combate?

-Olha, Irma, eu tenho que fazer isso. Eu tenho certeza que Seyren vai acabar me enfrentando, então, se você ver que eu não vou conseguir vencer, você usa a Asa de Borboleta e nos teleporta pra Izlude, OK?

-Certo... - Isso não diminuia a preocupação da garota. Cal era a única proteção que ela tinha agora.




Prontera, 20 de Abril de 1009, meio dia.

Seyren observava calmamente o movimento de Prontera em um telhado. Viu Cal e Irma chegando na Praça das Mãos, esperando pelo Lorde. Os dois viram Seyren aparecer diante deles. A tensão era inevitável.

-O que decidiu, Cal? - Seyren falou de forma fria, fitando os dois como um iceberg no caminho deles.

-Esquece. Não vai caçar o Kerd. - A surpresa nos olhos de Seyren era evidente. A tensão aumentava ainda mais conforme Cal continuava o discurso. - Não sei o que rolou entre vocês dois, mas matar o cara não é a resposta. Ele nem esteve envolvido no que quer que tenha ocorrido com você em Lighthalzen. Não vou caçar um cara que não teve culpa nenhuma no seu caso.

O silêncio de Seyren já demonstrava que Cal o tinha desagradado completamente. - Não entende o que eu passei ali.

-Não tenho que entender nada neste exato momento. Kerd é amigo meu, não posso deixar você matar ele sem nenhuma razão util. - O silêncio se abateu por mais alguns segundos até Cal disparar o gatilho dos eventos que se seguiriam. Sacou sua Claymore, segurando-a com a mão direita, e encarou Seyren. - Vai ter que passar por mim antes.

-Assim seja. - Seyren sacou sua espada antes mesmo que Cal visse. Apesar de Cal ter defendido o primeiro ataque, Seyren tentou um Impacto de Tyr e acertou em cheio. Cal se afastou um pouco e notou Irma, muito assustada com a cena.

-Irma, precisa se afastar. - Cal tentava se recobrar do ataque que havia acabado de defender. Seyren não estava para brincadeiras, e isso poderia representar sério risco para Irma.

-Cal, você precisa...

-Não. - Cal interrompeu a garota, sabendo que ela iria pedir pra ele recuar. - Não vou recuar de uma briga dessas.

Cal avançou e tentou disparar sua Lâmina Trovão contra Seyren, que preparava uma estranha pedra. Ele orbitou a pedra flutuante com suas mãos e citou uma palavra. - Berkana.

Seyren esmagou a pedra e de repente cinco barreiras se formaram ao redor dele, repelindo o ataque de Cal. O Cavaleiro estava surpreso ao ver que Seyren tinha formado um escudo mágico ao redor dele.

-Vou lhe dar uma aula de uma coisa muito superior ao seu "sonho" de ser Lorde. Este é o Escudo Milenar, formado pela runa de Berkana. Esta runa forma cinco escudos de energia capazes de suportar qualquer dano, mesmo excedendo seu limite. Você precisa de mais um a três ataques se quiser romper minhas barreiras. - Mesmo surpreso com o que via, Cal resolveu insistir em atacar.

A palma de sua mão começou a carregar uma esfera de eletricidade. Cal não hesitou. - Então deixe que eu te dou doze ataques! TROVÃO DE JÚPITER!

Cal formou uma bola de eletricidade nas mãos e disparou o famoso ataque dos Bruxos, enquanto Seyren, que observava, fez mais uma vez a posição de mãos com uma outra pedra e a esmagou, citando outro nome:

-Hagalaz.

O ataque atravessou os quatro escudos e acertou Seyren, mas este nem se mexeu.

-"O que??? Eu não consigo fazer estrago nenhum nele, nem com meus ataques mais poderosos!" - Cal estava surpreso por ver que Seyren nem se mexia direito diante dos ataques de Cal.

-A runa Hagalaz ativa a técnica Escamas Rochosas. Minha defesa é aumentada consideravelmente em troca de uma quantia da minha vitalidade. Agora permita-me mostrar uma técnica de ataque. - Seyren fez mais uma vez a posição de mãos e esmagou outra pedra. - Wyrd.

A runa desta vez havia liberado um violento ataque, que jogou Cal para longe. O Cavaleiro não chegou a sentir a imensa rajada de energia que o atingiu, mas sentiu seu corpo colidindo com tudo contra um prédio. Irma ficava desesperada, à medida que Cal apanhava e Seyren não sofria um único arranhão. Seyren continuava seu discurso.

-Explosão Rúnica. Uma técnica que afasta inimigos num raio de sete metros. Magia pura. Funciona com qualquer coisa, e humanos como você estão inclusos. Não vai conseguir me vencer, Cal. Não vai conseguir me impedir de fazer Kerd Draloth pagar por todo o sofrimento que passei no Laboratório de Regenschrim.

-Continua... insistindo nessa besteira? - Cal se levantava com dificuldade, olhando para Seyren. - Kerd não teve nada a ver com o que você passou lá. Não me interessa se você é superior a um Lorde. Você está fazendo a coisa errada, e eu vou te impedir, não importa como!

Cal começou a concentrar uma grande quantidade de energia na espada e se lançou contra Seyren. - SUPER LÂMINA TROVÃO!

Apesar disso, Seyren não se impressionou e contra-atacou, fazendo mais uma vez seu gesto de mãos e esmagando mais uma pedra. - Raido.

Cal não desistiu de seu ataque e avançou mesmo assim. Seyren teve tempo de comentar uma coisa antes de acertar Cal.

-Seu poder não é nada. Não me interessa se seu antepassado se chama Malachias Rasen ou se seu futuro é mudar alguma profecia. Eu vou chegar a Kerd Draloth, NEM QUE EU TENHA QUE ATROPELAR VOCÊ ANTES! GOLPE TITÂNICO!

O ataque que vinha daquela Zweihander foi forte demais para Cal. Sua Claymore se partiu em duas quando Seyren acertou o ataque contra a espada. Em seguida, foi a vez de Cal, que com a tremenda força da arma inquebrável, teve sua Cota de Malha estilhaçada e foi lançado contra uma parede com força total, atravessando-a, e em seguida saindo pelo outro lado da casa. Parou apenas quando derrapou por dez metros de calçada, diante do povo assustado.

Cal se encontrava completamente sem forças, com seu corpo completamente dolorido e incapaz de se mover. Seyren se aproximava lentamente, à medida que Irma corria desesperadamente até o Cavaleiro.

-Minha família inteira foi trucidada naqueles laboratórios. Mulher, filhos, tudo o que eu tinha se foi junto com minha sanidade. Você realmente espera que eu deixe Kerd viver com o agradecimento que ele me deu pelo treinamento dele? - E então, ele estava parado diante da apavorada Irma e de um praticamente inerte Cal.

-Chega de conversa, Cal Rasen. Vou acabar com isso em um único golpe. - Seyren estava diante de Cal, caído, e de Irma, que tentava protegê-lo ficando na frente dele, completamente em pânico, tremendo e incapaz até mesmo de sacar a Asa de Borboleta que transportaria os dois de volta a Izlude.

Seyren levantou sua espada e se preparava para tirar Irma do caminho, mas quando foi dar o chute, levou uma rasteira por trás. Ao se levantar, ele e Irma estavam diante de um homem estranho.

-Quem é você? - Indagou o Cavaleiro Rúnico, completamente surpreso com a pessoa que surgiu ali. Era quase uma cópia de Cal, só que mais velho e caolho.

-Alguém que vai impedir você de acabar a luta do jeito que está escrito. - O homem, com um tapa-olho, vestindo um sobretudo aberto e uma espada de cristal trincado, fitava Seyren. Irma estava pasma. No olhar daquele homem, havia algo extremamente familiar.

-Seyren, sinto muito, mas darei ao Cal o direito a uma revanche. - Disse o misterioso homem, sem dar explicações. Ele avançou contra Seyren, usando sua espada.

Irma estava atordoada pela tempestade de eventos que passava em sua cabeça. O turbilhão de cenas que viu deixou de fazer sentido em meio ao pânico de Cal estar quase morto ao lado dela. Só ouviu o som das espadas chocando e um Seyren completamente indignado, se retirando. E quando deu por si, estava em Izlude, diante de um Cal completamente inconsciente, e de Thelastris, que olhava para o Cavaleiro inerte com um forte tom de reprovação.

OFF


Última edição por Zero Dozer em Qui Abr 28, 2011 10:41 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Relembrando a aula de Seyren sobre os Cavaleiros Rúnicos. Acreditem, Cal ainda lembra dessa aula. Nota: Detalhes que faltavam no cap foram adicionados.)
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