Prólogo - 500 Anos Atrás.

Prólogo
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(Algum lugar de Niflheim, 500 anos atrás)

Saindo da sala acompanhado de seus outros irmão com um posto oficial, Leonard deu de cara com Jolly, recostada na parede, quase imperceptível na penumbra.Parou do lado dela, ainda voltado para frente.
　
— Eu sei o que você vai fazer – sua voz sem expressão mal podia ser ouvida, e ela não desviara os olhos do chão.

Não ouve alterações na aparência dela.Leonard continuou andando.Não dera muitos passos quando a voz mortiça o alcançou novamente.

Os passos dele morreram na distancia.
　
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O jovem mestre ferreiro ja havia bebido mais do que aguentava, e isso não era pouco.Ria muito alto, e contava vantagens de suas aventuras a garota a sua frente.Ela não estava ligando muito para isso, mas ocasionalmente soltava um "Impressionante..", embora parecesse não ser o mais remotamente impressionável.

— Então gracinha, que acha de irmos..hicup(soluço)..dar uma voooolta – Enquanto alongava os "O's" volteou o copo sobre a mesa, e derramou cerveja.

Ela não respondeu, mas levantou dirigindo-se até a porta.Um sorriso torto apareceu na cara do homem, que saiu jogando zeny na mesa.Continuou seguindo a figura esguia que se mantinha um pouco a frente, ainda falando alto.Andaram por 12 minutos, mais ou menos, e sairam de Prontera, pelo lado oeste.Ja ficando impaciente, o mestre ferreiro apressou o passo e puxou a garota pelo ombra.Ela se virou totalmente e se atirou no seu peito.O sorriso dele durou somente mais alguns segundos, quando uma dor lancinante perfurou se braço.Empurando a garota com força para trás, deu um grito.Não conseguia pover o braço, e ao olhá-lo percebeu que uma área circular e profunda de seu músculo havia sido arrancada.Voltou seu rosto horrorizado para a garota, e viu escorrendo de seus lábios sangue, seu sangue.
A mão esquerda(pois o braço direito havia sido inutilizado, seu músculo havia sido lacerado) correu para o martelo na parte de trás do cinto, mas ela foi mais rápida, e ja estava novamente em cima dele, uma faca atravessando o lado de seu abdome, perfurando o estomago.O sangue subiu-lhe a boca e ele o vomitou, juntamente com a cerveja.
Esquecendo de pegar o martelo, tentou somente repelir com as mãos o peso leve da garota, mas outro corte foi desferido, atingindo e perfurando a acixa toráxica.Vomitou mais sangue, e agora não conseguia respirar.Agonizando, olhou para cima e viu o céu noturno, e o vulto se debruçando sobre ele, parecendo mastigar algo.
Ja não sentia mais dor, e assim morreu.
...
Terminando com os restos de seu jantar, Jolly focou novamente sua mente no objetivo principal: Achar seu irmão.

Continua.

　

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Os olhos vermelhos da garota pareciam de vidro, fixos a frente, enquanto ela andava rapidamente por Prontera.Havia se limpado do sangue do humano que atacara, mas o cheiro fresco impregnava-a.Não sabia ao certo onde começar a procurar pistas de Leonard, mas teria de encontrar o começo de seu rastro, e para isso precisava de informações.
A Biblioteca ficava aberta para o turno da noite, embora so fosse permitida a entrada de estudiosos registrados, fanáticos por ler e analizar idéias que lhes surgiam na cabeça enquanto dormiam, ou tirar dúvidas surgidas em suas experiências.
Não foi difícil arrombar a janela e pular para dentro, e Jolly era magra rápida, pouco se poderia ter ouvido de sua entrada, e somente a alguns passos.O silencio da biblioteca era quase total.Olhando por entre as estantes, viu o bibliotecário sentado em sua mesa, analisando alguns papéis.A exeção deles dois, estava totalmente vazia.Rápidamente se pos a procurar nas prateleiras volumes sobre a GRande Guerra, que acontecera a 500 anos.Seus dedos gélidos percorriam a borda dos volumes, lendo seus títulos.

"A Grande Guerra- Glast Hein e Geffenia. Por Metz, Historiador Real"

Seus olhos travaram no grosso livro, encadernado em couro, e com letras grandes e rebuscadas no título.Puxou-o lentamenet da prateleira.Uma voz explodiu em atrás dela, arecendo um grito no silencio quase absoluto da biblioteca.

— O que pensa que está fazendo garota?

Jolly se virou lentamente, para o bibliotecário.É óbvio que depois de anos trabalhando no absoluto silencio, seus ouvidos haviam se aguçado, e ele devia ter ouvido o som de seus dedos correndo os livros(ou ainda do vento entrando pela janela).

— Então, não vai responder?Bem, não faz mal, os guardas abriram sua boca – E enquanto dizia isso deu dois passos e tenou agarrar o livro das mãos dela.Sua cabeça foi atingida por um golpe esmagador de outro livro, tão grosso quanto o Volume de Metz.Cambaleando e praguejando em alto e bom som( esquecera com a dor que estava na biblioteca ) tentou agarrar inutilmente a garota, mas seus dedos se fecharam no vazio.Quando conseguiu olhar através do monóculo quebrado não encontrou vestígios dela, exeto um livro caido no chão, com um bom amassado na lateral, e o livro de Metz desaparecido(além da grande dor de cabeça e o enorme calombo que estava aparecendo em sua testa).Extremamente irritado, correu para chamar a Cavalaria.

1400 anos atrás, os elfos apareceram em Rune-Midgard,vindo de Alflheim.Com sua ajuda os humanos ergueram uma sociedade forte.Mas ao mesmo tempo, os homens criaram ali perto uma grande e poderosa cidade, com um povo sábio e cruel.Está parte da história nem mesmo eu pude conseguir informações, mas ao que tudo indica, Glast Hein foi dominada secretamente por um mal muito grande, que a pôs contra Geffenia."

... (Jolly vira uma página)

"Muitos Guerreiros se uniram as humanos ou aos elfos, para tentar ajudar o povo pacífico que os ajudaram, contra a horda cruel de guerreiros de Glast Hein.Os bardos haviam sumido, e parecia que a felicidade antes cantada em todo o Reino de Midgard também havia desaparecido.So que que se ouviam eram lamentos, gritos, e os momentos sem estrépito de espadas eram inquietos e cheios de tensão ao mesmo tempo.
Por fim até mesmo os bardos reapareceram e começaram a lutar, toda a felicidade que eles pareciam trazer foi tragada e a morte encheu os olhos e ouvidos de todos." ...


(Jolly pula a maioria das páginas, de relatos perdidos de velhos que ouviram a história contada por avós, e bisavós, a mais registros perdidos, e abriu nas ultimas páginas do livro)

"A Guerra se estendeu por 30 longos anos, sem qualquer sinal de rendição de nenhuma das partes.Muitos guerreiros de ambas as partes morreram.Por fim, se entregando ao desejo de destruir uma a outra, realizaram pactos malditos, que levou a Ruína de quase todo seu povo, e as duas cidades foram tragadas pelo mal."

As páginas finais eram agradecimentos a muitas pessoas que ajudaram a escrever e a pesquisar, ou que deram relatos(velhos) sobre o que sabiam.Jolly ja tinha conseguido parte da informação que queria, e sabia que Leonard não teria morrido na batalha, por não teria permanecido nela por muito tempo, ele odiava lutar.
Jogando o livro no chão, se levantou e sumiu na escuridão.
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Na cavalaria de Prontera, o bibliotecário dava informações obre a garota aos guardas, que colocaram seu nome na lista de procurados por Furto Qualificado de Material de estudos, agressão a funcionário da Coroa (Todos os bibliotecários o são) e perturbação da Ordem .

Jolly estava mais alerta que nunca, furtiva e silenciosa, como um gato. Um guarda tentara para-lá, e se, por sorte, o peco-peco não tivesse tido um acesso de medo e o derrubado no chão, ela teria sido presa.

Logo seria poupada de mais tempo naquela busca, mas isso ela não sabia.

O tempo estava se alterando, e pesadas nuvens de chuva, de um cinza escuro e sombrio, formavam uma espessa camada no céu.O vento soprou mais gelado, levantando a sujeira do chão, as folhas secas, rodopiando.Seu som entre as paredes do beco pareciam um gemido contínuo.
Deviam ser 6 da tarde, e estava escurecendo bem mais rápido. Não demorou muito para a água cair aos borbotões sobre Prontera. Não que isso importasse, Jolly dificilmente sentia frio,e não adoecia, e por isso manteve-se andando, embora não soubesse para onde ir agora.
Poucos mercadores atrasados corriam cobrindo seus carrinhos na chuva, e a garota estava quase invisível, suas roupas molhadas ficaram mais escuras, e era difícil distingui-las naquele aguaceiro, e para isso a pessoa teria que parar e prestar atenção, coisa que elas não pareciam dispostas a fazer. O vento havia cessado, mas os trovões e relâmpagos não, e ocasionalmente riscavam o céu com um ruido ensurdecedor.Foi quando ela focou seus olhos em uma figura parada do outro lado da rua.

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Zonzo com o que acabara de ouvir, Laedhros fitava a garota a sua frente, incrédulo.

— Não brinque comigo garota, eu não sou o tipo de pessoa de quem você pode achar graça.

— Brincar? – seu rosto inexpressivo levantou um pouco – , eu não brinco. – a voz neutra e soturna parecia se misturar a penumbra em volta.
E de repente o cultista percebeu o que de tão familiar, desde o começo, achara na garota.A pele absurdamente pálida, os olhos vermelhos, o cheiro de sangue..


— Você.. – sua mão foi em direção ao katar, mas a voz de Jolly chegou novamente:


— Eu não necessito respirar, eu não necessito calor, e eu ja existia quinhentos invernos antes de você respirar pela primeira vez.Eu não estou viva, Laedhros Fenrir, não pelos padrões que você considera.E sim, eu sou irmã de Leonard.É irrelevante o fato de você te-lo matado, o que me interessa é saber se permitirá que eu me una ao culto.

Cruzando os braços e voltando ao seu sorriso sarcástico, ele respondeu:

— Jure fidelidade a mim e a meu mestre.


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A luz do poente passava fracamente pelas vidraças a esquerda da catedral, lançando cores difusas no chão, em tons de roxo e vermelho.Ajoelhada no chão em frente altar, Jolly recebia das mãos de Laedhros uma taça prateada adornada.A última réstia de luz do dia refletiu nos rubis e nas obsidianas que estavam cravadas nesta.Preenchida até a borda com um líquido espesso e rubro, quente, fresco.
Ela bebeu gole por gole, até não sobrar nada na taça, que lhe foi retirada, para que o cultista mor lhe falasse.

— Agora você faz parte do Culto de Morroc, e onde quer que vá espalhará seus desejos.


A pele branca da garota parecia luzir na escuridão.Ela levantou seus olhos e disse calmamente:

— Estou com fome.

Com um sorriso maligno se abrindo na face, Laedhros ordenou:

— Tragam um prisioneiro.



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