Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
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Lord Victor
Lucas_palmeirense
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Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
*Desviando das Pedradas* Pois é, uma fic do Exército da Chama 8D.
Essa fic terá como foco os eventos que levaram à criação do Exército da Chama e, sobretudo, será um relato do Evento Voluspa, de uma perspectiva em ON do lorde Lucas Rodolfo. Portanto, cria-se uma coisa interessante - o próprio autor NÃO SABE como a fanfic vai terminar. Ou seja, é uma história interessante de se acompanhar, uma vez que ela vai retratar basicamente fatos reais ("Reais" dentro do jogo, você entendeu). Além disso, estarei firmando aqui com os leitores um Compromisso com a Realidade. Claro, se tratando de uma fanfic, algumas coisas serão "inventadas" mas, basicamente, eu estou traçando o compromisso de me ater aos fatos reais - Quem venceu cada adversário, por exemplo. O que significa que, mesmo o Lucas sendo o protagonista, ele pode NÃO SER o herói do dia. O futuro é incerto, nom? 8D. Vamos esperar e ver como as coisas se desenrolam.
Enfim, abaixo, farei uma lista de todos os personagens e uma descrição rápida dos mesmos. Eles serão acrescentados aqui conforme forem aparecendo.
========= Personagens ===========
Uma nova história se inicia, uma história de Heróis e Vilões, uma história de bravura e heroísmo, uma história de lutas e tragédias, uma história de pessoas que deixaram sua marca. Vamos conhecer as figuras que comporão essa fábula...
- Lucas Rodolfo - Lorde, Aventureiro e Herói, um sonhador, um guerreiro, Lucas foi o Lorde que começou o Exército da Chama. Um guerreiro que sonha ser um Herói, Lucas só se preocupa com uma coisa em sua vida, Seus Amigos.
- Joe - Joe, o PecoPeco, companheiro de Lucas, corajoso e aventureiro como o Lorde amigo. O PecoPeco está pronto para encarar o seu destino, esperando um futuro melhor para ele e seu fiel amigo...
============= Fim da Música ===================
========= Prólogo - Revelação, o Destino Incerto. ==============
Chovia em Prontera. Mas aquela chuva podia muito bem ser as lágrimas dos deuses. Pois, abaixo, misturando-se à água, havia apenas sangue e cadáveres. Homens. Mulheres. Crianças. Todos aqueles que lutaram por uma Rune Midgard melhor estavam mortos, empalados, cortados, perfurados, retalhados, destroçados, entre outros tipos de morte violenta. Os prédios e casas, estavam em ruínas.
Apenas um lutava. Metade de sua mão esquerda estava cortada, impedindo o uso de um escudo. Mas ele era um Lorde, e não iria desistir. Perfurava inimigos com uma só mão. Estava sem seu PecoPeco. Estava sem ninguém. Apenas um pensamento em sua mente: Preciso achar meus amigos.
O Lorde de cabelos loiros e curtos avançou. Parou em frente ao Castelo de Prontera e desabou de joelhos. Não havia mais como continuar ou o que fazer... estava sozinho...
- AAAAHHH!
Então, acordou.
Lucas, o Lorde, acordou assustado. Estava em Moscóvia, dormindo na cabana da Baba-Yaga. Era 28 de maio. O loiro estava suado, vestido apenas com a malha usada por baixo da armadura.
- Garoto, você está bem?
A dona da casa, a bruxa Baba-Yaga, adentrou o quarto que Lucas dormia. Lucas estava treinando em Moscóvia, e acabou encontrando esta cabana em meio às árvores. Aquela Baba-Yaga era diferente das que moravam no pântano. Ela era civilizada. Lucas e a Baba-Yaga acabaram virando... quase amigos. Mas a Bruxa o deixava dormir ali.
- Eu... eu...
- Hehe, teve uma visão, foi? – Interrompeu a Baba-Yaga.
- Como... como a senhora...?
- Moscóvia é uma terra de magia. Talvez ela tenha afetado você, devido à sua permanência, permitindo que você tivesse essas visões. Não é a primeira vez, é?
- Não... eu venho tendo elas a algum tempo já.
- Como eu imaginei.
- Eu vi Prontera destruída... eu vi gente morta...o que isso significa, Senhorita Yaga?
- Sabe, rapaz, o mundo vai passar por mudanças... e mudanças invariavelmente trazem uma crise com elas. Muitos monstros já sentiram isso. Eles tem um contato com a natureza muito maior do que os humanos tem. Muitos estão se mudando, e outros estão se fortalecendo. Por exemplo... sabia que os Orcs estão abandonando sua vila?
- Como assim?! Porque eles fariam isso?
- Pelo que eu disse. Eles sentem a energia negra que está para se abater no nosso mundo. Tempos conturbados nos esperam... Contudo, isto também pode ser algo bom. É nas dificuldades que os humanos fazem seu poder florescer. Talvez o mundo consiga tirar algo de bom disso tudo.
- Mas... eu vi...
- Garoto, visões não são futuros imutáveis. São sinais, avisos, só isso. O que você viu não vai, necessariamente, acontecer...
- Seja honesta comigo, Senhorita Yaga... – Começou o Lorde – o quão ruim o mundo vai ficar?
(Fim de Tema)
- Ruim o bastante para precisar de Heróis. – Disse ela, sorrindo para Lucas. Ele sorriu de volta e se levantou. Pegou debaixo da cama o seu equipamento. Vestiu as grevas, as braçadeiras, o peitoral. Passou o Manteau do Comandate por cima dos ombros, e em seguida a capa vermelha dos Lordes. Por fim, pegou o Elmo Fechado. Lucas o olhou com cuidado. O elmo era imponente, assim como o elmo de um Lorde deve ser. Lucas sorriu e o colocou na cabeça. Por fim, pegou a Lança de Assalto A e o Escudo Espelhado com essência de Tirfing e desceu as escadas, sumo à saída da cabana.
- Aonde você vai? – Perguntou a Baba-Yaga, sorrindo, pois já sabia a resposta.
Lucas abriu a porta da cabana, deixando a luz da manhã invadi-la. Então, respirou bem fundo, apreciando o ar puro da Floresta Encantada, e se virou, no sopé da porta, para a Baba-Yaga.
- Eu vou reunir os Heróis, oras!
[Fim do Prólogo]
Essa fic terá como foco os eventos que levaram à criação do Exército da Chama e, sobretudo, será um relato do Evento Voluspa, de uma perspectiva em ON do lorde Lucas Rodolfo. Portanto, cria-se uma coisa interessante - o próprio autor NÃO SABE como a fanfic vai terminar. Ou seja, é uma história interessante de se acompanhar, uma vez que ela vai retratar basicamente fatos reais ("Reais" dentro do jogo, você entendeu). Além disso, estarei firmando aqui com os leitores um Compromisso com a Realidade. Claro, se tratando de uma fanfic, algumas coisas serão "inventadas" mas, basicamente, eu estou traçando o compromisso de me ater aos fatos reais - Quem venceu cada adversário, por exemplo. O que significa que, mesmo o Lucas sendo o protagonista, ele pode NÃO SER o herói do dia. O futuro é incerto, nom? 8D. Vamos esperar e ver como as coisas se desenrolam.
Enfim, abaixo, farei uma lista de todos os personagens e uma descrição rápida dos mesmos. Eles serão acrescentados aqui conforme forem aparecendo.
========= Personagens ===========
Uma nova história se inicia, uma história de Heróis e Vilões, uma história de bravura e heroísmo, uma história de lutas e tragédias, uma história de pessoas que deixaram sua marca. Vamos conhecer as figuras que comporão essa fábula...
- Lucas Rodolfo - Lorde, Aventureiro e Herói, um sonhador, um guerreiro, Lucas foi o Lorde que começou o Exército da Chama. Um guerreiro que sonha ser um Herói, Lucas só se preocupa com uma coisa em sua vida, Seus Amigos.
- Joe - Joe, o PecoPeco, companheiro de Lucas, corajoso e aventureiro como o Lorde amigo. O PecoPeco está pronto para encarar o seu destino, esperando um futuro melhor para ele e seu fiel amigo...
============= Fim da Música ===================
========= Prólogo - Revelação, o Destino Incerto. ==============
Chovia em Prontera. Mas aquela chuva podia muito bem ser as lágrimas dos deuses. Pois, abaixo, misturando-se à água, havia apenas sangue e cadáveres. Homens. Mulheres. Crianças. Todos aqueles que lutaram por uma Rune Midgard melhor estavam mortos, empalados, cortados, perfurados, retalhados, destroçados, entre outros tipos de morte violenta. Os prédios e casas, estavam em ruínas.
Apenas um lutava. Metade de sua mão esquerda estava cortada, impedindo o uso de um escudo. Mas ele era um Lorde, e não iria desistir. Perfurava inimigos com uma só mão. Estava sem seu PecoPeco. Estava sem ninguém. Apenas um pensamento em sua mente: Preciso achar meus amigos.
O Lorde de cabelos loiros e curtos avançou. Parou em frente ao Castelo de Prontera e desabou de joelhos. Não havia mais como continuar ou o que fazer... estava sozinho...
- AAAAHHH!
Então, acordou.
Lucas, o Lorde, acordou assustado. Estava em Moscóvia, dormindo na cabana da Baba-Yaga. Era 28 de maio. O loiro estava suado, vestido apenas com a malha usada por baixo da armadura.
- Garoto, você está bem?
A dona da casa, a bruxa Baba-Yaga, adentrou o quarto que Lucas dormia. Lucas estava treinando em Moscóvia, e acabou encontrando esta cabana em meio às árvores. Aquela Baba-Yaga era diferente das que moravam no pântano. Ela era civilizada. Lucas e a Baba-Yaga acabaram virando... quase amigos. Mas a Bruxa o deixava dormir ali.
- Eu... eu...
- Hehe, teve uma visão, foi? – Interrompeu a Baba-Yaga.
- Como... como a senhora...?
- Moscóvia é uma terra de magia. Talvez ela tenha afetado você, devido à sua permanência, permitindo que você tivesse essas visões. Não é a primeira vez, é?
- Não... eu venho tendo elas a algum tempo já.
- Como eu imaginei.
- Eu vi Prontera destruída... eu vi gente morta...o que isso significa, Senhorita Yaga?
- Sabe, rapaz, o mundo vai passar por mudanças... e mudanças invariavelmente trazem uma crise com elas. Muitos monstros já sentiram isso. Eles tem um contato com a natureza muito maior do que os humanos tem. Muitos estão se mudando, e outros estão se fortalecendo. Por exemplo... sabia que os Orcs estão abandonando sua vila?
- Como assim?! Porque eles fariam isso?
- Pelo que eu disse. Eles sentem a energia negra que está para se abater no nosso mundo. Tempos conturbados nos esperam... Contudo, isto também pode ser algo bom. É nas dificuldades que os humanos fazem seu poder florescer. Talvez o mundo consiga tirar algo de bom disso tudo.
- Mas... eu vi...
- Garoto, visões não são futuros imutáveis. São sinais, avisos, só isso. O que você viu não vai, necessariamente, acontecer...
- Seja honesta comigo, Senhorita Yaga... – Começou o Lorde – o quão ruim o mundo vai ficar?
(Fim de Tema)
- Ruim o bastante para precisar de Heróis. – Disse ela, sorrindo para Lucas. Ele sorriu de volta e se levantou. Pegou debaixo da cama o seu equipamento. Vestiu as grevas, as braçadeiras, o peitoral. Passou o Manteau do Comandate por cima dos ombros, e em seguida a capa vermelha dos Lordes. Por fim, pegou o Elmo Fechado. Lucas o olhou com cuidado. O elmo era imponente, assim como o elmo de um Lorde deve ser. Lucas sorriu e o colocou na cabeça. Por fim, pegou a Lança de Assalto A e o Escudo Espelhado com essência de Tirfing e desceu as escadas, sumo à saída da cabana.
- Aonde você vai? – Perguntou a Baba-Yaga, sorrindo, pois já sabia a resposta.
Lucas abriu a porta da cabana, deixando a luz da manhã invadi-la. Então, respirou bem fundo, apreciando o ar puro da Floresta Encantada, e se virou, no sopé da porta, para a Baba-Yaga.
- Eu vou reunir os Heróis, oras!
[Fim do Prólogo]
Última edição por Lucas_palmeirense em Ter Dez 14, 2010 2:05 pm, editado 1 vez(es)
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Legal o prólogo, mas eu já vi algo parecido com isso em algum lugar... Bom, eu espero que vc comece logo essa fic! o/
Lord Victor- Múmia Anciã
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Ficou legal a história.
Eu comentei no mob o que achei da maioria das partes, então você já sabe. Mas para reforçar a idéia: Lucas ta traindo o Joe com a Baba-Yaga!
Eu comentei no mob o que achei da maioria das partes, então você já sabe. Mas para reforçar a idéia: Lucas ta traindo o Joe com a Baba-Yaga!
Lothar S. Mustang- Administrador
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Gostei, e Victor, acho que o que você viu parecido foi o prólogo da campanha do lucas.Legal o prólogo, mas eu já vi algo parecido com isso em algum lugar... Bom, eu espero que vc comece logo essa fic! o/
Lucas, tem um errinho aqui:
e desceu as escadas, Sumo à saída da cabana.
xXSeanXx- Isis
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
E vamo que vamo!
@Lord Victor McLaren
Bom, convenhamos, não foi o prólogo mais original do mundo XDXD. Talvez por isso tenha causado uma sensação de De-ja-vu.
@Lothar
Vlw Zy :D. E O LUCAS NÃO TÁ TRAINDO JOE, PORQUE ELE NÃO TEM UM CASO COM O JOE, NEM COM A BABA-YAGA >( *Rage*
@Sean
Era "rumo" >.>. Anyways, que bom que gostou =P
E vamos lá, Capítulo 1! Mas antes de começarmos, eu gostaria de avisar que daqui para frente, eu vou deixar o próprio link do youtube aqui, vocês clicam e ouvem em outra janela, enquanto lêem. Isso é mais pra ser prático pra mim, pois estou postando essa fic em CINCO lugares (NAWS, RT, Fórum do Exército da Chama, Fórum da LUG e Nyah! fanfictions) e o único que suporta HTML é o NAWS. É modificar o texto é um saco. Fora que acho que vai ser mais cômodo assim - é mais fácil fechar uma janela do que voltar toooodo o texto até achar o player da música.
Enfim, vamos lá /o/
===================================
[O Exército da Chama – Capítulo 1 – Investigação Orc]
https://www.youtube.com/watch?v=Y0dmXzqgkc4
O Lorde saiu de Moscóvia, retornando ao continente. Por mais confiante que estivesse, também estava preocupado. Ele não podia ficar sentado, mas tampouco sabia o que fazer. Ainda era um Lorde relativamente fraco, e sabia que não tinha força para encarar todos os desafios sozinho...
- O que fazer, amigão?
- Peco.
- Sim, eu estava pensando nisso também. Primeiro vou ver se isso é verdade... Ela disse que os Orcs estavam abandonando a vila, correto? Vamos lá checar...
Os próximos meses da vida de Lucas foram dedicados à investigação. Ele foi notando que, de fato, a Vila estava ficando cada dia mais vazia, e já chegou a pegar alguns Orcs tentando sair do Feudo de Geffen. Contudo, conversa amistosa não era uma especialidade Orc, e Lucas nunca conseguia captura-los, pois outro Aventureiro os matava quando conseguia – na Vila dos Orcs, as pessoas entravam num frenesi de matança, nunca poupavam nenhum Orc, e muitas vezes até atacavam Orcs que estavam lutando com outras pessoas. Uma prática deplorável de fato...
Finalmente, chegou o dia 12 de Setembro... um grupo de aventureiros diversos estavam no centro de Geffen. Haviam sido convocados por Lucas. O Lorde optara por uma tática diferente agora...
Enfim, o loiro chegou à Torre de Geffen, observando os presentes.
- Olá pessoal, boa tarde... Vamos sair daqui, aqui é muito lotado. Vamos pro feudo.
O grupo se reuniu no Feudo de Britoniah. Lá, o Lorde organizou uma roda. O grupo contava com vários conhecidos de Lucas: Lothar, o Templário, com capa e chapéu de mosqueteiro vermelhos, Sylphie Eatos, Algoz e namorada de Lothar, com cabelos longos e morenos, Makefast, ex-cultista de Morroc e Mercenário, Jurougumo, Mercenária da Fundação Esmero, com uma vasta cabeleira vermelha, Anne e Mitsuki, Sacerdotizas da Ordem das Valquírias, Souran, Arruaceiro do mesmo clã, Vinicius, um Cavaleiro que era ex-companheiro de Guerra do Emperium de Lucas e atual membro da Fundação Esmero, e Kwaii, Sacerdote da Ordem das Valquírias.
- Então, porque nos chamou? – Perguntou Sylphie.
- Eu... tenho recebido relatos de recentes imigrações da Vila dos Orcs. Ouvi dizer que os Orcs estão saindo da vila, e indo para algum lugar. Eu quero saber exatamente o porque disso.
- E você não poderia fazer sozinho? – Perguntou, levemente mal-humorado, Makefast.
- O que você acha que ando fazendo os últimos três meses? Mas sempre matam os Orcs antes que eu possa captura-los. A missão é simples, vamos nos espalhar pela Vila. Peguem isso... – Lucas passou um Comunicador para cada um, bastante grande, quase do tamanho de um tijolo – foi o melhor que eu pude comprar... Vamos lá.
O grupo avançou pelo Feudo e, finalmente, chegou à Vila.
https://www.youtube.com/watch?v=9MLdp5nijac&feature=related
- Ok, espalhem-se! – Ordenou o Lorde e, rapidamente, foi atendido. Os aventureiros partiram por caminhos separados. Não demorou muito para Lucas ouvir Jurougumo, Makefast e Mitsuki anunciando pelo comunicador:
- Achei uma coisa... a água daqui... é tipo um riacho, mas ele corre desigual. Primeiro passa um punhado de água, depois a terra fica seca, daí passa outro... – Disse Mitsuki.
- E eu achei um cadáver de Orc. Mas ele não está ferido. Ele parece simplesmente ter... morrido. – Anunciou Makefast.
- Eu também, achei um arbusto... metade dele ta completamente seco, a outra ta vivinha. – Disse Jurougumo.
- Hum... Ok, Vanos nos encontrar...
Minutos depois, o grupo estava novamente reunido próximo à saída Leste da Vila dos Orcs, a que ligava a vila do Leste e do Oeste.
- Hum... Acho que a situação é meio óbvia. Orcs morrendo do nada, água escassa, plantas morrendo... os Orcs estão migrando por escassez de recursos – disse Lothar.
- Tenho minhas dúvidas. Os Orcs nunca tiveram recursos em abundância e são guerreiros natos. Eles não sairiam SÓ por isso... – comentou Lucas
Então Sylphie, ao lado de Lothar, sugeriu:
- Que tal falarmos com alguém na vila do Leste?
- Pode ser uma boa idéia. Venham, conheço um Orc que é mais civilizado que o resto.
Com esse pronunciamento, o Lorde loiro os guiou pela Vila do Leste, até uma cabana onde morava um Guerreiro Orc. Com cuidado, eles entraram. O Guerreiro reage agressivamente, sacando seu machado. Em segundos, metade do grupo de Lucas estava pronto para o combate.
- Espera espera espera! – Disse Lucas, exasperado. Lothar fez o primeiro movimento: avançou devagar para o Orc, com as mãos erguidas, num claro sinal de paz.
- Calma, calma... Vamos conversar, sim? Ninguém precisa lutar. Devagar...
O Orc, desconfiado, abaixou lentamente o machado. Os agressivos do grupo de Lucas o imitaram.
- Isso, isso mesmo... Nós só queremos informações. – Sorrindo, ele estendeu a mão para o Guerreiro Orc. Este não reagiu, contudo.
- Falem logo o que querem... – disse a criatura, com um tom bestial na voz.
- Queremos saber porque os Orcs estão migrando da Vila.
- Os tempos estão difíceis, humano... o solo ficou infértil, a água ficou escassa, a chacina ficou exacerbada... Mas Orcs lidam com isso desde sempre. Humanos sempre adoraram se fortalecer matando nossos semelhantes, ao mesmo tempo que nós adoramos combate também. Sempre conseguimos manter um contingente alto de Orcs, evitando a extinção. contudo.... tem algo a mais agora. Nossos irmãos do Oeste, pela primeira vez, parecem assustados com algo...
- Mas com o que? – perguntou o Templário.
- Eu não sei. Mas sei quem sabe. O Orc Herói. Eu tentaria falar com ele se fosse vocês. Ele está almoçando...
- Eu sei onde encontra-lo – Pronunciou-se Lucas, surpreendendo os presentes – a quantidade de vezes que já vi o bastardo almoçar... seu bem onde ele está. Obrigado, Senhor Orc, temos que ir...
- Adeus, humanos...
O grupo saiu da cabana. Enquanto iam para a Vila do Oeste, Lucas os instruía...
https://www.youtube.com/watch?v=AGS_WRWe8KM
- Ele nunca vai falar conosco de boa vontade. A primeira providência vai ser partir para cima de nós. Teremos que primeiro vence-lo para, então, conseguirmos alguma coisa. Então, tomem cuidado. Eu vou distrair a guarda dele, e vocês acabam com a festa do versão. Mas não o matem!
Logo chegaram ao local correto, uma pequena clareira na parte mais ao sul da Vila dos Orcs. O Orc Herói e sua guarda estavam sentados em torno de uma fogueira. Um Grand Orc tentava tirar água de um poço próximo...
- Nada, senhor... – anunciou a criatura, tristemente.
- Tudo bem, sente-se, vamos comer...
O grupo constatou, enojado, que o almoço era o corpo de três aventureiros...
- Vamos acabar com ele... – sugeriu Makefast.
- Não, sou contra atacarmos pelas costas. Vamos fazer do jeito certo.
Tendo dito isso, Lucas se levantou.
- HEY VERDÃO!
O Orc Herói se virou, a espada já em punho, e reconheceu o Lorde.
- Ora, você de novo, Matador de Orcs?
- Pois é, mundo pequeno não? Precisamos bater um papinho contigo e...
O resto foi abafado por um rugido raivoso do Orc Herói, que avançou. Lucas passou por ele, partindo para cima dos 6 Grand Orcs que o acompanhavam. Lothar recuou – não iria tomar parte de uma luta desnecessária – mas o resto avançou.
https://www.youtube.com/watch?v=OCEdURkWH18
Sylphie avançou, disparando uma Névoa Tóxica no local, mas não foi efetiva – o Orc Herói era imune. Vinicius rapidamente ativou sua Rapidez com Duas Mãos. O Orc Herói imitou-o e, com gritos de fúria, os dois começaram a trocar dezenas de golpes. Os dois apresentavam uma perícia invejável, as espadas se chocavam no ar a uma velocidade incrível, os golpes eram precisos e o ruído de Metal batendo em metal enchia o ar. Souran arremessou uma pedra, mas o MVP mal a notou e, quando Jurougumou avançou, recebeu um golpe potente, sendo arremessada longe. Makefast contornou o conflito pela lateral e apenas observou. Enquanto isso, o trio sacerdotal da Ordem das Valquírias distribuía suas bênçãos e Curas para o grupo.
Então, o Orc abriu um corte no peito de Vinicius, ao mesmo tempo que este acertava o braço do adversário. Os dois recuaram e, então, Sylphie avançou pelo lado.
- Lâminas Retalhadoras! – Anunciou a Algoz, com fúria nos olhos.
- Perfurar em Espiral!!! – Trovejou o Orc Herói. A espada avançou, fazendo círculos no ar, e encontrou uma Sylphie indefesa no ar. O golpe a acertou em cheio e a jogou no chão. Nesse mesmo momento, Makefast avançou, seguido de Jurougumo. A mercenária anunciou:
- Lâminas Retalhadoras! – enquanto ela acertava o golpe por um lado do Orc Herói, Makefast caiu bem em cima de Sylphie, terminando de desacordar a Algoz. Ele usou o corpo da moça para pular mais alto, usando-o como “plataforma” e, no alto, acertou um golpe certeiro no elmo do Orc Herói.
O MVP cambaleou e, então, caiu sentado. Ao ver que o conflito acabara, Lucas finalizou facilmente os Grand Orcs que estivera entretendo e avançou até o Orc Herói.
https://www.youtube.com/watch?v=gOpB12ow-VM&feature=related
- Vai com calma verdão, ou vai acabar se machucando... só queremos fazer umas perguntinhas.
- Grrr...
- Porque os Orcs tão fugindo da Vila?
- Ah, isso... – comentou o Orc Herói, ficando mais sério – Sabe, humano, vocês se afastaram demais da natureza, presos em sua magia e seus avanços tecnológicos. Já nós, os Orcs, somos uma raça que está em contato direto com o mundo em que vivemos e, portanto, captamos as vibrações naturais mais facilmente que vocês humanos... sentimos algo... errado no ar. Sabe, aquela sensação que algo terrivelmente ruim está para acontecer. Muitos Orcs, pela primeira vez, sentiram medo, e começaram a migrar. O futuro é incerto, rapaz, muito incerto... e o mundo como vocês conhecem está prestes a mudar...
- Então é isso? Um futuro tenebroso é o que os Orcs estão sentido, e o porque eles estão se mudando? Então... é verdade...
- O que é verdade? – Perguntou Jurougumo
- Ah... nada. Bom, agora que terminamos, vamos dar um pulinho no Trapesac. Nesse exato momento, ele é propriedade do Fire Emblem, poderemos descansar lá.
E lá se foi o grupo. Por fim, estavam acomodados num cômodo do castelo quando Lucas disse.
- Pessoal, eu queria praticar um Exercício com vocês...
- Outro? Já estamos cansados o bastante... – exclamou Souran, mas Lucas riu.
- Não físico, relaxa. Apenas... fechem os olhos... pensem na coisa mais importante para vocês...
Todos, inclusive Lucas, fez como pedido.
- Agora pensem isso desaparecendo...
- Não, leite, não vá embora!! – Exclamou Lothar, sentado em sua cama, tentando agarrar algo no ar.
- Ok, abram os olhos... Vejam, não é real. O mundo de vocês está bem. Está tudo no Lucas, tudo perfeito... CONTUDO, isso pode não durar para sempre. Eu preciso perguntar... vocês estariam dispostos a fazer tudo pelo que lhes é amado? A lutar pelo que lhes é precioso?
Todos confirmaram.
- Ótimo, então podem partir. Vocês terão notícias minhas ainda...
Naquele dia, mais tarde... Lucas estava deitado na cama de seu quarto no castelo Trapesac. Estava extremamente preocupado.
- Então, minhas visões eram reais...
- Peco, Peco Pe.
- Eu não consigo relaxar, Joe...
- Peco, Pecopecopeco. Peco Pe...
- É, por esse lado, você tem razão... temos que esperar, e ver o que o futuro nos guarda... Mas precisamos fazer alguma coisa cara, Precisamos...
Então, Lucas se levantou, extasiado. Sabia o que fazer.
Ia voltar à Baba-Yaga.
[Fim do Capítulo 1]
======================================
Esse capítulo deu trabalho. Eu não queria simplesmente parar a fic e esperar o Voluspa começar mas, ao mesmo tempo, tava com uma preguiça GIGANTESCA de ter que retratar toda a minha campanha aqui na fic. Tentei espremer tudo para diminuir o número de capítulos - e de esforço. Ficou uma droga. Resolvi chutar a preguiça de lado, então vai assim mesmo xD. Ou seja, o próximo capítulo também deverá retratar a campanha Mundo em Transformação, se bobear os próximos DOIS capítulos... dapi em diante, veremos o que faremos =P
Espero que gostem do capítulo ^^
@Lord Victor McLaren
Bom, convenhamos, não foi o prólogo mais original do mundo XDXD. Talvez por isso tenha causado uma sensação de De-ja-vu.
@Lothar
Vlw Zy :D. E O LUCAS NÃO TÁ TRAINDO JOE, PORQUE ELE NÃO TEM UM CASO COM O JOE, NEM COM A BABA-YAGA >( *Rage*
@Sean
Era "rumo" >.>. Anyways, que bom que gostou =P
E vamos lá, Capítulo 1! Mas antes de começarmos, eu gostaria de avisar que daqui para frente, eu vou deixar o próprio link do youtube aqui, vocês clicam e ouvem em outra janela, enquanto lêem. Isso é mais pra ser prático pra mim, pois estou postando essa fic em CINCO lugares (NAWS, RT, Fórum do Exército da Chama, Fórum da LUG e Nyah! fanfictions) e o único que suporta HTML é o NAWS. É modificar o texto é um saco. Fora que acho que vai ser mais cômodo assim - é mais fácil fechar uma janela do que voltar toooodo o texto até achar o player da música.
Enfim, vamos lá /o/
===================================
[O Exército da Chama – Capítulo 1 – Investigação Orc]
https://www.youtube.com/watch?v=Y0dmXzqgkc4
O Lorde saiu de Moscóvia, retornando ao continente. Por mais confiante que estivesse, também estava preocupado. Ele não podia ficar sentado, mas tampouco sabia o que fazer. Ainda era um Lorde relativamente fraco, e sabia que não tinha força para encarar todos os desafios sozinho...
- O que fazer, amigão?
- Peco.
- Sim, eu estava pensando nisso também. Primeiro vou ver se isso é verdade... Ela disse que os Orcs estavam abandonando a vila, correto? Vamos lá checar...
Os próximos meses da vida de Lucas foram dedicados à investigação. Ele foi notando que, de fato, a Vila estava ficando cada dia mais vazia, e já chegou a pegar alguns Orcs tentando sair do Feudo de Geffen. Contudo, conversa amistosa não era uma especialidade Orc, e Lucas nunca conseguia captura-los, pois outro Aventureiro os matava quando conseguia – na Vila dos Orcs, as pessoas entravam num frenesi de matança, nunca poupavam nenhum Orc, e muitas vezes até atacavam Orcs que estavam lutando com outras pessoas. Uma prática deplorável de fato...
Finalmente, chegou o dia 12 de Setembro... um grupo de aventureiros diversos estavam no centro de Geffen. Haviam sido convocados por Lucas. O Lorde optara por uma tática diferente agora...
Enfim, o loiro chegou à Torre de Geffen, observando os presentes.
- Olá pessoal, boa tarde... Vamos sair daqui, aqui é muito lotado. Vamos pro feudo.
O grupo se reuniu no Feudo de Britoniah. Lá, o Lorde organizou uma roda. O grupo contava com vários conhecidos de Lucas: Lothar, o Templário, com capa e chapéu de mosqueteiro vermelhos, Sylphie Eatos, Algoz e namorada de Lothar, com cabelos longos e morenos, Makefast, ex-cultista de Morroc e Mercenário, Jurougumo, Mercenária da Fundação Esmero, com uma vasta cabeleira vermelha, Anne e Mitsuki, Sacerdotizas da Ordem das Valquírias, Souran, Arruaceiro do mesmo clã, Vinicius, um Cavaleiro que era ex-companheiro de Guerra do Emperium de Lucas e atual membro da Fundação Esmero, e Kwaii, Sacerdote da Ordem das Valquírias.
- Então, porque nos chamou? – Perguntou Sylphie.
- Eu... tenho recebido relatos de recentes imigrações da Vila dos Orcs. Ouvi dizer que os Orcs estão saindo da vila, e indo para algum lugar. Eu quero saber exatamente o porque disso.
- E você não poderia fazer sozinho? – Perguntou, levemente mal-humorado, Makefast.
- O que você acha que ando fazendo os últimos três meses? Mas sempre matam os Orcs antes que eu possa captura-los. A missão é simples, vamos nos espalhar pela Vila. Peguem isso... – Lucas passou um Comunicador para cada um, bastante grande, quase do tamanho de um tijolo – foi o melhor que eu pude comprar... Vamos lá.
O grupo avançou pelo Feudo e, finalmente, chegou à Vila.
https://www.youtube.com/watch?v=9MLdp5nijac&feature=related
- Ok, espalhem-se! – Ordenou o Lorde e, rapidamente, foi atendido. Os aventureiros partiram por caminhos separados. Não demorou muito para Lucas ouvir Jurougumo, Makefast e Mitsuki anunciando pelo comunicador:
- Achei uma coisa... a água daqui... é tipo um riacho, mas ele corre desigual. Primeiro passa um punhado de água, depois a terra fica seca, daí passa outro... – Disse Mitsuki.
- E eu achei um cadáver de Orc. Mas ele não está ferido. Ele parece simplesmente ter... morrido. – Anunciou Makefast.
- Eu também, achei um arbusto... metade dele ta completamente seco, a outra ta vivinha. – Disse Jurougumo.
- Hum... Ok, Vanos nos encontrar...
Minutos depois, o grupo estava novamente reunido próximo à saída Leste da Vila dos Orcs, a que ligava a vila do Leste e do Oeste.
- Hum... Acho que a situação é meio óbvia. Orcs morrendo do nada, água escassa, plantas morrendo... os Orcs estão migrando por escassez de recursos – disse Lothar.
- Tenho minhas dúvidas. Os Orcs nunca tiveram recursos em abundância e são guerreiros natos. Eles não sairiam SÓ por isso... – comentou Lucas
Então Sylphie, ao lado de Lothar, sugeriu:
- Que tal falarmos com alguém na vila do Leste?
- Pode ser uma boa idéia. Venham, conheço um Orc que é mais civilizado que o resto.
Com esse pronunciamento, o Lorde loiro os guiou pela Vila do Leste, até uma cabana onde morava um Guerreiro Orc. Com cuidado, eles entraram. O Guerreiro reage agressivamente, sacando seu machado. Em segundos, metade do grupo de Lucas estava pronto para o combate.
- Espera espera espera! – Disse Lucas, exasperado. Lothar fez o primeiro movimento: avançou devagar para o Orc, com as mãos erguidas, num claro sinal de paz.
- Calma, calma... Vamos conversar, sim? Ninguém precisa lutar. Devagar...
O Orc, desconfiado, abaixou lentamente o machado. Os agressivos do grupo de Lucas o imitaram.
- Isso, isso mesmo... Nós só queremos informações. – Sorrindo, ele estendeu a mão para o Guerreiro Orc. Este não reagiu, contudo.
- Falem logo o que querem... – disse a criatura, com um tom bestial na voz.
- Queremos saber porque os Orcs estão migrando da Vila.
- Os tempos estão difíceis, humano... o solo ficou infértil, a água ficou escassa, a chacina ficou exacerbada... Mas Orcs lidam com isso desde sempre. Humanos sempre adoraram se fortalecer matando nossos semelhantes, ao mesmo tempo que nós adoramos combate também. Sempre conseguimos manter um contingente alto de Orcs, evitando a extinção. contudo.... tem algo a mais agora. Nossos irmãos do Oeste, pela primeira vez, parecem assustados com algo...
- Mas com o que? – perguntou o Templário.
- Eu não sei. Mas sei quem sabe. O Orc Herói. Eu tentaria falar com ele se fosse vocês. Ele está almoçando...
- Eu sei onde encontra-lo – Pronunciou-se Lucas, surpreendendo os presentes – a quantidade de vezes que já vi o bastardo almoçar... seu bem onde ele está. Obrigado, Senhor Orc, temos que ir...
- Adeus, humanos...
O grupo saiu da cabana. Enquanto iam para a Vila do Oeste, Lucas os instruía...
https://www.youtube.com/watch?v=AGS_WRWe8KM
- Ele nunca vai falar conosco de boa vontade. A primeira providência vai ser partir para cima de nós. Teremos que primeiro vence-lo para, então, conseguirmos alguma coisa. Então, tomem cuidado. Eu vou distrair a guarda dele, e vocês acabam com a festa do versão. Mas não o matem!
Logo chegaram ao local correto, uma pequena clareira na parte mais ao sul da Vila dos Orcs. O Orc Herói e sua guarda estavam sentados em torno de uma fogueira. Um Grand Orc tentava tirar água de um poço próximo...
- Nada, senhor... – anunciou a criatura, tristemente.
- Tudo bem, sente-se, vamos comer...
O grupo constatou, enojado, que o almoço era o corpo de três aventureiros...
- Vamos acabar com ele... – sugeriu Makefast.
- Não, sou contra atacarmos pelas costas. Vamos fazer do jeito certo.
Tendo dito isso, Lucas se levantou.
- HEY VERDÃO!
O Orc Herói se virou, a espada já em punho, e reconheceu o Lorde.
- Ora, você de novo, Matador de Orcs?
- Pois é, mundo pequeno não? Precisamos bater um papinho contigo e...
O resto foi abafado por um rugido raivoso do Orc Herói, que avançou. Lucas passou por ele, partindo para cima dos 6 Grand Orcs que o acompanhavam. Lothar recuou – não iria tomar parte de uma luta desnecessária – mas o resto avançou.
https://www.youtube.com/watch?v=OCEdURkWH18
Sylphie avançou, disparando uma Névoa Tóxica no local, mas não foi efetiva – o Orc Herói era imune. Vinicius rapidamente ativou sua Rapidez com Duas Mãos. O Orc Herói imitou-o e, com gritos de fúria, os dois começaram a trocar dezenas de golpes. Os dois apresentavam uma perícia invejável, as espadas se chocavam no ar a uma velocidade incrível, os golpes eram precisos e o ruído de Metal batendo em metal enchia o ar. Souran arremessou uma pedra, mas o MVP mal a notou e, quando Jurougumou avançou, recebeu um golpe potente, sendo arremessada longe. Makefast contornou o conflito pela lateral e apenas observou. Enquanto isso, o trio sacerdotal da Ordem das Valquírias distribuía suas bênçãos e Curas para o grupo.
Então, o Orc abriu um corte no peito de Vinicius, ao mesmo tempo que este acertava o braço do adversário. Os dois recuaram e, então, Sylphie avançou pelo lado.
- Lâminas Retalhadoras! – Anunciou a Algoz, com fúria nos olhos.
- Perfurar em Espiral!!! – Trovejou o Orc Herói. A espada avançou, fazendo círculos no ar, e encontrou uma Sylphie indefesa no ar. O golpe a acertou em cheio e a jogou no chão. Nesse mesmo momento, Makefast avançou, seguido de Jurougumo. A mercenária anunciou:
- Lâminas Retalhadoras! – enquanto ela acertava o golpe por um lado do Orc Herói, Makefast caiu bem em cima de Sylphie, terminando de desacordar a Algoz. Ele usou o corpo da moça para pular mais alto, usando-o como “plataforma” e, no alto, acertou um golpe certeiro no elmo do Orc Herói.
O MVP cambaleou e, então, caiu sentado. Ao ver que o conflito acabara, Lucas finalizou facilmente os Grand Orcs que estivera entretendo e avançou até o Orc Herói.
https://www.youtube.com/watch?v=gOpB12ow-VM&feature=related
- Vai com calma verdão, ou vai acabar se machucando... só queremos fazer umas perguntinhas.
- Grrr...
- Porque os Orcs tão fugindo da Vila?
- Ah, isso... – comentou o Orc Herói, ficando mais sério – Sabe, humano, vocês se afastaram demais da natureza, presos em sua magia e seus avanços tecnológicos. Já nós, os Orcs, somos uma raça que está em contato direto com o mundo em que vivemos e, portanto, captamos as vibrações naturais mais facilmente que vocês humanos... sentimos algo... errado no ar. Sabe, aquela sensação que algo terrivelmente ruim está para acontecer. Muitos Orcs, pela primeira vez, sentiram medo, e começaram a migrar. O futuro é incerto, rapaz, muito incerto... e o mundo como vocês conhecem está prestes a mudar...
- Então é isso? Um futuro tenebroso é o que os Orcs estão sentido, e o porque eles estão se mudando? Então... é verdade...
- O que é verdade? – Perguntou Jurougumo
- Ah... nada. Bom, agora que terminamos, vamos dar um pulinho no Trapesac. Nesse exato momento, ele é propriedade do Fire Emblem, poderemos descansar lá.
E lá se foi o grupo. Por fim, estavam acomodados num cômodo do castelo quando Lucas disse.
- Pessoal, eu queria praticar um Exercício com vocês...
- Outro? Já estamos cansados o bastante... – exclamou Souran, mas Lucas riu.
- Não físico, relaxa. Apenas... fechem os olhos... pensem na coisa mais importante para vocês...
Todos, inclusive Lucas, fez como pedido.
- Agora pensem isso desaparecendo...
- Não, leite, não vá embora!! – Exclamou Lothar, sentado em sua cama, tentando agarrar algo no ar.
- Ok, abram os olhos... Vejam, não é real. O mundo de vocês está bem. Está tudo no Lucas, tudo perfeito... CONTUDO, isso pode não durar para sempre. Eu preciso perguntar... vocês estariam dispostos a fazer tudo pelo que lhes é amado? A lutar pelo que lhes é precioso?
Todos confirmaram.
- Ótimo, então podem partir. Vocês terão notícias minhas ainda...
Naquele dia, mais tarde... Lucas estava deitado na cama de seu quarto no castelo Trapesac. Estava extremamente preocupado.
- Então, minhas visões eram reais...
- Peco, Peco Pe.
- Eu não consigo relaxar, Joe...
- Peco, Pecopecopeco. Peco Pe...
- É, por esse lado, você tem razão... temos que esperar, e ver o que o futuro nos guarda... Mas precisamos fazer alguma coisa cara, Precisamos...
Então, Lucas se levantou, extasiado. Sabia o que fazer.
Ia voltar à Baba-Yaga.
[Fim do Capítulo 1]
======================================
Esse capítulo deu trabalho. Eu não queria simplesmente parar a fic e esperar o Voluspa começar mas, ao mesmo tempo, tava com uma preguiça GIGANTESCA de ter que retratar toda a minha campanha aqui na fic. Tentei espremer tudo para diminuir o número de capítulos - e de esforço. Ficou uma droga. Resolvi chutar a preguiça de lado, então vai assim mesmo xD. Ou seja, o próximo capítulo também deverá retratar a campanha Mundo em Transformação, se bobear os próximos DOIS capítulos... dapi em diante, veremos o que faremos =P
Espero que gostem do capítulo ^^
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Você fez realmente esse correndo xD
Senti que as ações e descrições foram feitas na presa, o que tirou um pouco da emoção, mas está progredindo. Sugiro que nos próximos você escreva com mais calma e leia o texto antes de postar:
Não sei se esse é um erro de digitação, mas veja por você mesmo:
Orc:
E por fim, para não perder o costume:
*Baba-Yaga com um avental florido rosa, cabelos presos com grampos e o pilão na mão*
Baba-Yaga: Onde o senhor estava até essa hora?
Lucas: Eu posso explicar.... Me ajude, Joe!
Joe: Humpf! u.u Pe... Peco... (Se fode ai, traidor.)
Senti que as ações e descrições foram feitas na presa, o que tirou um pouco da emoção, mas está progredindo. Sugiro que nos próximos você escreva com mais calma e leia o texto antes de postar:
Verdão*[...]Eu vou distrair a guarda dele, e vocês acabam com a festa do versão[...]
Não sei se esse é um erro de digitação, mas veja por você mesmo:
[...]- Eu não sei. Mas sei quem sabe. O Orc Herói. Eu tentaria falar com ele se fosse vocês. Ele está almoçando...[...]
Orc:
E por fim, para não perder o costume:
Então, Lucas se levantou, extasiado. Sabia o que fazer.
Ia voltar à Baba-Yaga.
*Baba-Yaga com um avental florido rosa, cabelos presos com grampos e o pilão na mão*
Baba-Yaga: Onde o senhor estava até essa hora?
Lucas: Eu posso explicar.... Me ajude, Joe!
Joe: Humpf! u.u Pe... Peco... (Se fode ai, traidor.)
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Gostei Lucas, como o Zy disse foi meio feito as pressas mas ficou bom, continue o/
Lord Victor- Múmia Anciã
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Legal. Ficou bom. Apesar da pressa do capitulo 1.
Agora...... FAÇA O CAPITULO 2. *pega as cordas que estava usando no dozer e prende o lucas*.
WRITE FOR MEH TO READ. *senta no trono de sorvete*
Agora...... FAÇA O CAPITULO 2. *pega as cordas que estava usando no dozer e prende o lucas*.
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Samuel- Osíris
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
E vamos lá, hora de responder as dúvidas dos leitores!
@Zy: Não exatamente correndo. Todo capítulo escrevo assim. Pego para escrever e vou num embalo só. Anyways, tentei prestar mais atenção e fazer descrições melhores nesse cap. Me diga o que achou :3
@Victor
Vlw Vic, continue acompanhando /o/
@Samuel
Aye Aye @_@ *Vai escrever e volta com o texto*
Here it is. Vamos lá /o/
Aliás, queria falar antes de começarmos, eu ainda não adicionei, e não pretendo adicionar, nenhum outro personagem à seção "Personagens" da Fic, por enquanto. Eu irei adicioná-los quando chegar na hora dos capítulos retratando o Voluspá em si, pois é aí que vai surgir quem REALMENTE se destacou e ajudou no Exército da Chama. Enfim, vamos lá /o/
[O Exército da Chama – Capítulo 2 – De volta à Bruxa do Pântano]
https://www.youtube.com/watch?v=CSdNxXGUaRU
O Lorde caminhava, cada passada retinia com um som metálico conforme suas botas metálicas batiam no chão de pedra da pacífica cidade de Izlude. Ao seu lado, uma ave gigante – Joe, o PecoPeco – dava passos duas vezes mais ligeiros que os de seu companheiro. Por fim, pararam em frente a um homem que era dono de um navio. Ele costumava levar as pessoas por metade do preço até Alberta, a cidade portuária. Lucas acenou brevemente para o homem, que sorriu, expondo seus dentes sujos. Então, o Lorde se sentou no chão.
- Peco?
- Eu marquei pra daqui meia-hora, calma Joe... logo eles chegam.
O loiro apreciou a brisa vinda do oceano. Aquilo era muito refrescante – especialmente se considerarmos que Lucas veste uma quentíssima armadura completa. O Peco gentilmente lambeu o rosto do dono e se sentou ao seu lado.
- Eu espero que, hoje, nós obtenhamos as respostas necessárias... e, sobretudo, que os outros entendam a situação...
A meia-hora passou. Os relógios marcavam 14 horas. Mas nada das pessoas aparecerem. Lucas franziu a testa. Mais vinte minutos... nada...
Somente quando bateu 14:30 é que algumas pessoas começaram a chegar – como Souran e Mitsuki, da Ordem das Valquírias.
Pouco a pouco mais gente começou a se juntar ali – alguns atraídos pela curiosidade, outros porque estavam atendendo o chamado de Lucas. Por fim, do grupo original que foi à Vila dos Orcs, realmente só Mitsuki e Souran haviam aparecido – o resto eram figuras novas, como Tsukishiro Sayuki, uma Gatuna que havia sido atraída por curiosidade, Leadrrow, um Arqueiro que havia visto as mensagens que Lucas espalhou pelo reino, Riuzaki, um Lorde do clã Leviatan, um clã de Guerra do Emperium, o Justiceiro Sean, membro da Organização VII, entre outros.
- Bom, amigos, vocês sabem bem porque estamos aqui. Quero que vocês me acompanhem a uma visita à casa de uma “amiga” minha... a Baba-Yaga de Moscóvia. A maioria não estava aqui da última vez, melhor eu explicar bem... descobrimos que tinham Orcs migrando da Vila dos Orcs. Ao questionarmos o Orc Herói, ele confirmou que isso se devia aos Orcs estarem sentindo algo “estranho” no ar, como se algo ruim fosse acontecer. Quero que vocês me sigam até a Baba-Yaga pois ela pode ter respostas. Todos prontos?
O grupo fez que sim com a cabeça. Lucas se virou para o capitão que estivera escutando-os esse tempo todo, interessado.
- Viagem para Alberta, por favor...
Alguns minutos depois, os aventureiros chegavam à Alberta. A brisa do mar os acolheu como uma carícia úmida. Após inspirar longamente, feliz, o Lorde seguiu à frente, conduzindo o grupo até outro barqueiro, que os levaria à ilha de Moscóvia.
A cidade fervilhava de pessoas que conversavam excitadas. Lucas não conseguia captar muitas informações das conversas, mas notou que o assunto principal tinha a ver com peixes. Ao chegar no cais, ele notou qual era: centenas de peixes boiavam mortos no mar.
- Já começou... – murmurou para si mesmo, enquanto se aproximava da barqueira que representava o povo de Moscóvia naquela região. Era uma mulher simpática, animada em demonstrar as maravilhas de sua terra e os levou, feliz – ao preço de dez mil Zennys por cabeça – para Moscóvia em seu barco.
https://www.youtube.com/watch?v=Mu2K1kmU51U
Uma hora e pouco de navegação depois, eles estavam em Moscóvia. O grupo desceu no píer de madeira e pôs-se a observar. A ilha podia ser descrita com uma palavra: verde. Plantas fartas e exuberantes brotavam em todos os lugares que a vista alcançasse, acolhendo os estrangeiros. Havia uma trilha em meio às árvores que levava até a cidade propriamente dita mas, já no píer, havia um comércio muito intenso de mercadores, que gritavam, anunciando suas mercadorias. A balbúrdia era menor que em Alberta, mas mais sufocante por causa da falta de espaço. O clima era agradável, graças à abundância de vegetação, mas pendia bastante para o frio. Lucas estava bem aquecido, mas Leadrrow chegou a tremer levemente.
- Venham, venham... aposto que muitos de vocês nunca viram uma coisa dessas...
E, então, tirou um belo instrumento de sua mochila, que se assemelhava muito a uma harpa. Lucas começou a toca-lo e ficou óbvio na mesma hora porque ele era um Lorde e não um Bardo. De fato, a música era tão ruim que a água começou a tremer! Não, não era por causa da música. A água começou a abrir caminho para uma colossal baleia que emergiu. Ela era totalmente feita de pedra, e possuía vegetação às suas costas – inclusive umas poucas árvores e uma cabana. Não era uma baleia. Era uma ilha. A Ilha Baleia.
- Todos a bordo! – Disse Lucas, sorrindo.
Logo, haviam chegado à Ilha Floresta Encantada. O local era belo, haviam magníficas plantas para todos os lados, e Pé Grandes andavam alegremente pelo local, sem nada a perturba-los. O local exalava paz. Mas aquele não era o destino do grupo. Inabaláveis, os aventureiros seguiram até a entrada da Floresta Encantada. Aquele local era completamente diferente da paisagem paradisíaca atrás. Sim, as plantas eram até mais fartas e mais belas, e inocentes fadinhas verdes esvoaçavam pelo local, acompanhadas de velhas árvores humanóides. Seria um cenário paradisíaco – se não fosse o constante guincho de dor das fadas, os rugidos de fúria das árvores-vivas, os gritos de habilidades e magias sendo conjurados... o local era uma zona de guerra constante entre monstros e humanos, pois era um local de treino muito constante para aventureiros. Lucas conduziu seus parceiros por entre os combates barulhentos, evitando uma eventual Chuva de Meteoros ou Nevasca conjurada por bruxos.
Finalmente, chegaram até a entrada do “segundo nível”, como era chamado o local, da Floresta Encantada. Uma pedra marcava a passagem entre os dois locais. A pedra apresentava os dizeres: “Os que avançarem vão se machucar, mas terão coragem”. E o grupo avançou. O novo local era bem menos bonito. A terra era enlameada, as plantas eram escuras, e o silêncio era assustador
- Fiquem atentos daqui para frente. – Disse o Lorde, sacando sua Lança de Assalto. – Criaturas agressivas moram nessa parte da Floresta. Não é tão ruim quanto o Pântano, o “Terceiro Nível”, e nós não vamos para lá, mas mesmo assim, fiquem de olhos aber...
https://www.youtube.com/watch?v=RVU9un_8RcA
Nem teve tempo de completar a frase, 3 Baba-Yagas apareceram. Eram bruxas, quase humanas, e andavam sempre em cima de uma espécie de “pote” roxo. Ficavam constantemente dentro do tal “pote”, com uma vassoura na mão para abater os desavisados.
Os monstros avançaram no grupo. Sayuki – ou apenas “Yuki” – avançou primeiro e, mostrando a agilidade de uma Gatuna, se esgueirou entre os monstros e furtou-lhes rapidamente um Pilão Yaga. Ela passou reto e se escondeu, enquanto as Baba-Yagas optaram por continuar a avançar. Mitsuki rapidamente distribuiu suas bênçãos aos mais próximos, e Riuzaki avançou. Ergueu a espada e a desceu, anunciando o poderoso golpe.
- Impacto de Tyr!!
As Baba-Yagas voaram para trás com a potência do golpe. Leadrrow atirou uma Chuva de Flechas sobre elas. Sean atirou e Souran atacou e, logo, todas estavam derrotadas sem muito esforço.
https://www.youtube.com/watch?v=Mu2K1kmU51U
Após poucos minutos de caminhada, onde não encontraram maiores problemas, o grupo finalmente chegou à cabana da Baba-Yaga. O Lorde bateu na porta com a ponta dos dedos. O local era modesto, bastante pequeno, mas tinha uma estrutura sólida. Lugar discreto e perfeito para uma pessoa viver sozinha.
O grupo não notou, mas um Justiceiro havia se aproximado e os observava, curiosos. Seu nome era Vash. Lucas o notou, e fez sinal para se aproximar.
- Prazer, meu nome é Vash...
- Prazer, Lucas.
- Acabei cruzando com vocês, fiquei curioso e resolvi segui-los. Espero que não se importe...
- Tudo bem, quando mais gente melhor, chega mais... – E explicou rapidamente a situação para o recém-chegado.
A Baba-Yaga abriu, um tanto de mal-humor.
- Crianças malditas, não sabem nem respeitar uma criatura ancestral?!
- Hey, senhorita Yaga, sou eu. – Disse Lucas, acenando levemente para a bruxa. Ao reconhecer o Lorde ela bufou, mas abriu espaço para todos entrarem. O interior da cabana era tão modesto quanto o exterior, mas tinha um belo caldeirão no centro, e muitos potes com criaturas e ingredientes diversos em prateleiras.
- Veio pra que?
Lucas pigarreou antes de respondeu
- Eu preciso da sua ajuda. Quero que você mostre a eles o que eu vi. Isso vai ajuda-los e entender a gravidade da situação. E eu gostaria de qualquer informação extra que você possa me dar a respeito.
- Pois bem, mas tem um problema. Eu não posso fazer nenhuma poção ou magia sem o meu Pilão, e eu o perdi!
- Hmm... A Gatuna pegou um Pilão Yaga no caminho para cá. – Disse Souran, olhando para Yuki.
- Ah, ótimo. Passa pra cá. – Disse a bruxa, estendendo a mão para a Gatuna de cabelos roxos, mas ela fez que não com a cabeça.
- Troca justa ou nada feito. – Disse a garota, sorrindo de maneira quase adorável – se não fosse o fato de que estava fazendo uma chantagem no momento.
O grupo olhou revoltado para a garota, mas a Baba-Yaga simplesmente pegou uma poção da prateleira.
- Odeio crianças, por isso como uma ou outra de vez em quando... Toma. – E passou o frasco para ela. A poção parecia uma poção branca, mas brilhava muito – Se acha uma poção de Alquimista potente, é porque ainda não experimentou uma dessas. Agora, o Pilão...
A gatuna passou o Pilão para a Baba-Yaga e embolsou sua poção.
A Baba-Yaga pôs-se a mecher no caldeirão. Eventualmente, pedia um frasco de seus ingredientes para algum dos membros do grupo que lhe passasse e, após uma curta espera, ela estava com uma substância de aparência estranha, uma poção cor de lodo. Tirou um frasco para cada presente e encheu os frascos com essa poção, e então, distribuiu os frascos. Como o grupo olhava para a poção desconfiados, a bruxa bebeu-a primeiro.
- Isso parece horrível... – comentou Mitsuki. Lucas respondeu:
- Não pode ser tão ruim. – E bebeu de um gole só. Teve que segurar a vontade de vomitar. Não era ruim, era horrível, tinha gosto de lodo misturado com água de esgoto. Ainda assim, o grupo fez força para tragar a poção. De repente, começaram a se sentir zonzos, então sonolentos, então desmaiaram.
https://www.youtube.com/watch?v=6miaTf1gF4g
Chovia em Prontera. Mas as gotas da chuva poderiam ser as lágrimas dos deuses, visto a incrível quantidade de sangue e cadáveres que assolava Prontera. Vários edifícios estavam destruídos ou quebrados. O grupo ficou em choque com a cena, menos Lucas é claro. A maioria conseguia reconhecer uma pessoa conhecida entre os cadáveres. Olhando melhor, eles notaram que estavam na “Praça das Mãos”, perto da Estátua da Amizade, que mostrava duas mãos se cumprimentando. Exceto pelo fato que os fragmentos das mãos estavam espalhados pelo chão. A Baba-Yaga estava ao lado deles, apenas observando tudo.
Então, outro Lucas apareceu. Ele estava suado e ensangüentado – era claro que estava lutando até o momento. Ele olhava, desolado, os cadáveres. Foi avançando e, por fim, tombou de joelhos próximo à ponte de entrada ao castelo de prontera... tinha perdido a esperança. Não havia porque lutar. Estava sozinho...
O grupo observou o Lucas “visão” com um misto de pena e atenção. De repente, sons de passos começam a ser ouvidos. O Lucas – real – estranhou. Não se lembrava disso. Era para a visão acabar ali. Os aventureiros se viraram.
Ao sul, uma vasta quantidade de pessoas marchava, rumo à Prontera. Lucas “visão” abriu um sorriso.
- Vamos voltar... – disse a Baba-Yaga. A realidade ao redor deles se desfez como um espelho quebrado. Então, lentamente, eles acordaram no mesmo lugar que estiveram dormindo. Vash esfregou os olhos, sonolento, e Souran bateu um pouco de algum líquido estranho de sua roupa.
- Eu não... acredito... isso é horrível... – Disse a sacerdotisa Mitsuki, com os olhos arregalados – Odin, porque...
- Se acalme garota. Uma visão não é um fato concreto, conforme eu já expliquei para o Lucas. É apenas um aviso. E esse aviso pode ser mudado... se algo for feito – Disse a Baba-Yaga, olhando para Lucas significativamente.
O Lorde veio pensando nisso durante os 7 dias que ligaram uma expedição e a outra. Somente uma idéia passara por tua cabeça. Era hora de por ela em prática. Ele acenou em resposta.
- Pessoal... – começou ele, agora que o grupo havia saído da Cabana – eu quero saber uma coisa. Até onde vocês estão dispostos a irem para impedir essa visão? Vocês estão dispostos a lutar até o fim?
- Sim. – Responderam, sem titubear. Lucas sorriu.
- Pois bem. Preciso mandar umas cartas. Até mais...
Mais tarde, naquele dia, Lucas estava de volta ao Trapesac, castelo que naquele momento era propriedade de seu clã, o Fire Emblem. Estava sentado em uma cadeira, debruçado sobre um pergaminho. Estava com uma carta em mãos, a primeira das várias que escreveria, direcionada a seu grande amigo e líder de clã, Garbas:
Caro Garbas
Um problema de grande gravidade chegou aos meus ouvidos. O mundo vai passar por sérias turbulências. Tempos negros estão por vir. Eu vou organizar várias pessoas em uma grande aliança de proteção. Gostaria de saber se podemos contar com a Fundação Esmero. Obrigado.
Assinado, Lucas, seu amigo.
Lucas reproduziu o conteúdo da carta, alterando-o de uma para outra. Tornava-se menos formal e mais explicativa com relação à tal “situação” dependendo de quem era o destinatário. Por fim, tinha 8 daquelas cartas em mãos. No dia seguinte iria a Geffen e pedir para despacharem as cartas, agora ele precisava dormir.
Aquela era a semente do que viria a se tornar o Exército da Chama: Uma carta para cada líder de clã que ele conhecia. Garbas da Fundação Esmero. Samuel Hopkins da Corporação Rekenber. Kemaryus da Ordem das Valquírias, Coonell dos Corsários de Aegir, Hiei da DarkScale Kerdied da Chama Prateada, Rockstar dos Guardiões de Freya e Maloro da Organização VII.
Alguns não iriam aceitar o convite, mas, mesmo assim, nascia aqui o Exército da Chama!
--------------------------------------
Esse foi um dos meus capítulos mais longos e foi bem chatinho de se escrever, e prevejo que o próximo vai ser pior (apesar de que vai ter a luta com o Amon-Rá que vai ser divertido de se escrever 8D). Enfim, melhorei as descrições, fiz o possível para ouvir os leitores. Continuem comentando, por favor =P
@Zy: Não exatamente correndo. Todo capítulo escrevo assim. Pego para escrever e vou num embalo só. Anyways, tentei prestar mais atenção e fazer descrições melhores nesse cap. Me diga o que achou :3
@Victor
Vlw Vic, continue acompanhando /o/
@Samuel
Aye Aye @_@ *Vai escrever e volta com o texto*
Here it is. Vamos lá /o/
Aliás, queria falar antes de começarmos, eu ainda não adicionei, e não pretendo adicionar, nenhum outro personagem à seção "Personagens" da Fic, por enquanto. Eu irei adicioná-los quando chegar na hora dos capítulos retratando o Voluspá em si, pois é aí que vai surgir quem REALMENTE se destacou e ajudou no Exército da Chama. Enfim, vamos lá /o/
[O Exército da Chama – Capítulo 2 – De volta à Bruxa do Pântano]
https://www.youtube.com/watch?v=CSdNxXGUaRU
O Lorde caminhava, cada passada retinia com um som metálico conforme suas botas metálicas batiam no chão de pedra da pacífica cidade de Izlude. Ao seu lado, uma ave gigante – Joe, o PecoPeco – dava passos duas vezes mais ligeiros que os de seu companheiro. Por fim, pararam em frente a um homem que era dono de um navio. Ele costumava levar as pessoas por metade do preço até Alberta, a cidade portuária. Lucas acenou brevemente para o homem, que sorriu, expondo seus dentes sujos. Então, o Lorde se sentou no chão.
- Peco?
- Eu marquei pra daqui meia-hora, calma Joe... logo eles chegam.
O loiro apreciou a brisa vinda do oceano. Aquilo era muito refrescante – especialmente se considerarmos que Lucas veste uma quentíssima armadura completa. O Peco gentilmente lambeu o rosto do dono e se sentou ao seu lado.
- Eu espero que, hoje, nós obtenhamos as respostas necessárias... e, sobretudo, que os outros entendam a situação...
A meia-hora passou. Os relógios marcavam 14 horas. Mas nada das pessoas aparecerem. Lucas franziu a testa. Mais vinte minutos... nada...
Somente quando bateu 14:30 é que algumas pessoas começaram a chegar – como Souran e Mitsuki, da Ordem das Valquírias.
Pouco a pouco mais gente começou a se juntar ali – alguns atraídos pela curiosidade, outros porque estavam atendendo o chamado de Lucas. Por fim, do grupo original que foi à Vila dos Orcs, realmente só Mitsuki e Souran haviam aparecido – o resto eram figuras novas, como Tsukishiro Sayuki, uma Gatuna que havia sido atraída por curiosidade, Leadrrow, um Arqueiro que havia visto as mensagens que Lucas espalhou pelo reino, Riuzaki, um Lorde do clã Leviatan, um clã de Guerra do Emperium, o Justiceiro Sean, membro da Organização VII, entre outros.
- Bom, amigos, vocês sabem bem porque estamos aqui. Quero que vocês me acompanhem a uma visita à casa de uma “amiga” minha... a Baba-Yaga de Moscóvia. A maioria não estava aqui da última vez, melhor eu explicar bem... descobrimos que tinham Orcs migrando da Vila dos Orcs. Ao questionarmos o Orc Herói, ele confirmou que isso se devia aos Orcs estarem sentindo algo “estranho” no ar, como se algo ruim fosse acontecer. Quero que vocês me sigam até a Baba-Yaga pois ela pode ter respostas. Todos prontos?
O grupo fez que sim com a cabeça. Lucas se virou para o capitão que estivera escutando-os esse tempo todo, interessado.
- Viagem para Alberta, por favor...
Alguns minutos depois, os aventureiros chegavam à Alberta. A brisa do mar os acolheu como uma carícia úmida. Após inspirar longamente, feliz, o Lorde seguiu à frente, conduzindo o grupo até outro barqueiro, que os levaria à ilha de Moscóvia.
A cidade fervilhava de pessoas que conversavam excitadas. Lucas não conseguia captar muitas informações das conversas, mas notou que o assunto principal tinha a ver com peixes. Ao chegar no cais, ele notou qual era: centenas de peixes boiavam mortos no mar.
- Já começou... – murmurou para si mesmo, enquanto se aproximava da barqueira que representava o povo de Moscóvia naquela região. Era uma mulher simpática, animada em demonstrar as maravilhas de sua terra e os levou, feliz – ao preço de dez mil Zennys por cabeça – para Moscóvia em seu barco.
https://www.youtube.com/watch?v=Mu2K1kmU51U
Uma hora e pouco de navegação depois, eles estavam em Moscóvia. O grupo desceu no píer de madeira e pôs-se a observar. A ilha podia ser descrita com uma palavra: verde. Plantas fartas e exuberantes brotavam em todos os lugares que a vista alcançasse, acolhendo os estrangeiros. Havia uma trilha em meio às árvores que levava até a cidade propriamente dita mas, já no píer, havia um comércio muito intenso de mercadores, que gritavam, anunciando suas mercadorias. A balbúrdia era menor que em Alberta, mas mais sufocante por causa da falta de espaço. O clima era agradável, graças à abundância de vegetação, mas pendia bastante para o frio. Lucas estava bem aquecido, mas Leadrrow chegou a tremer levemente.
- Venham, venham... aposto que muitos de vocês nunca viram uma coisa dessas...
E, então, tirou um belo instrumento de sua mochila, que se assemelhava muito a uma harpa. Lucas começou a toca-lo e ficou óbvio na mesma hora porque ele era um Lorde e não um Bardo. De fato, a música era tão ruim que a água começou a tremer! Não, não era por causa da música. A água começou a abrir caminho para uma colossal baleia que emergiu. Ela era totalmente feita de pedra, e possuía vegetação às suas costas – inclusive umas poucas árvores e uma cabana. Não era uma baleia. Era uma ilha. A Ilha Baleia.
- Todos a bordo! – Disse Lucas, sorrindo.
Logo, haviam chegado à Ilha Floresta Encantada. O local era belo, haviam magníficas plantas para todos os lados, e Pé Grandes andavam alegremente pelo local, sem nada a perturba-los. O local exalava paz. Mas aquele não era o destino do grupo. Inabaláveis, os aventureiros seguiram até a entrada da Floresta Encantada. Aquele local era completamente diferente da paisagem paradisíaca atrás. Sim, as plantas eram até mais fartas e mais belas, e inocentes fadinhas verdes esvoaçavam pelo local, acompanhadas de velhas árvores humanóides. Seria um cenário paradisíaco – se não fosse o constante guincho de dor das fadas, os rugidos de fúria das árvores-vivas, os gritos de habilidades e magias sendo conjurados... o local era uma zona de guerra constante entre monstros e humanos, pois era um local de treino muito constante para aventureiros. Lucas conduziu seus parceiros por entre os combates barulhentos, evitando uma eventual Chuva de Meteoros ou Nevasca conjurada por bruxos.
Finalmente, chegaram até a entrada do “segundo nível”, como era chamado o local, da Floresta Encantada. Uma pedra marcava a passagem entre os dois locais. A pedra apresentava os dizeres: “Os que avançarem vão se machucar, mas terão coragem”. E o grupo avançou. O novo local era bem menos bonito. A terra era enlameada, as plantas eram escuras, e o silêncio era assustador
- Fiquem atentos daqui para frente. – Disse o Lorde, sacando sua Lança de Assalto. – Criaturas agressivas moram nessa parte da Floresta. Não é tão ruim quanto o Pântano, o “Terceiro Nível”, e nós não vamos para lá, mas mesmo assim, fiquem de olhos aber...
https://www.youtube.com/watch?v=RVU9un_8RcA
Nem teve tempo de completar a frase, 3 Baba-Yagas apareceram. Eram bruxas, quase humanas, e andavam sempre em cima de uma espécie de “pote” roxo. Ficavam constantemente dentro do tal “pote”, com uma vassoura na mão para abater os desavisados.
Os monstros avançaram no grupo. Sayuki – ou apenas “Yuki” – avançou primeiro e, mostrando a agilidade de uma Gatuna, se esgueirou entre os monstros e furtou-lhes rapidamente um Pilão Yaga. Ela passou reto e se escondeu, enquanto as Baba-Yagas optaram por continuar a avançar. Mitsuki rapidamente distribuiu suas bênçãos aos mais próximos, e Riuzaki avançou. Ergueu a espada e a desceu, anunciando o poderoso golpe.
- Impacto de Tyr!!
As Baba-Yagas voaram para trás com a potência do golpe. Leadrrow atirou uma Chuva de Flechas sobre elas. Sean atirou e Souran atacou e, logo, todas estavam derrotadas sem muito esforço.
https://www.youtube.com/watch?v=Mu2K1kmU51U
Após poucos minutos de caminhada, onde não encontraram maiores problemas, o grupo finalmente chegou à cabana da Baba-Yaga. O Lorde bateu na porta com a ponta dos dedos. O local era modesto, bastante pequeno, mas tinha uma estrutura sólida. Lugar discreto e perfeito para uma pessoa viver sozinha.
O grupo não notou, mas um Justiceiro havia se aproximado e os observava, curiosos. Seu nome era Vash. Lucas o notou, e fez sinal para se aproximar.
- Prazer, meu nome é Vash...
- Prazer, Lucas.
- Acabei cruzando com vocês, fiquei curioso e resolvi segui-los. Espero que não se importe...
- Tudo bem, quando mais gente melhor, chega mais... – E explicou rapidamente a situação para o recém-chegado.
A Baba-Yaga abriu, um tanto de mal-humor.
- Crianças malditas, não sabem nem respeitar uma criatura ancestral?!
- Hey, senhorita Yaga, sou eu. – Disse Lucas, acenando levemente para a bruxa. Ao reconhecer o Lorde ela bufou, mas abriu espaço para todos entrarem. O interior da cabana era tão modesto quanto o exterior, mas tinha um belo caldeirão no centro, e muitos potes com criaturas e ingredientes diversos em prateleiras.
- Veio pra que?
Lucas pigarreou antes de respondeu
- Eu preciso da sua ajuda. Quero que você mostre a eles o que eu vi. Isso vai ajuda-los e entender a gravidade da situação. E eu gostaria de qualquer informação extra que você possa me dar a respeito.
- Pois bem, mas tem um problema. Eu não posso fazer nenhuma poção ou magia sem o meu Pilão, e eu o perdi!
- Hmm... A Gatuna pegou um Pilão Yaga no caminho para cá. – Disse Souran, olhando para Yuki.
- Ah, ótimo. Passa pra cá. – Disse a bruxa, estendendo a mão para a Gatuna de cabelos roxos, mas ela fez que não com a cabeça.
- Troca justa ou nada feito. – Disse a garota, sorrindo de maneira quase adorável – se não fosse o fato de que estava fazendo uma chantagem no momento.
O grupo olhou revoltado para a garota, mas a Baba-Yaga simplesmente pegou uma poção da prateleira.
- Odeio crianças, por isso como uma ou outra de vez em quando... Toma. – E passou o frasco para ela. A poção parecia uma poção branca, mas brilhava muito – Se acha uma poção de Alquimista potente, é porque ainda não experimentou uma dessas. Agora, o Pilão...
A gatuna passou o Pilão para a Baba-Yaga e embolsou sua poção.
A Baba-Yaga pôs-se a mecher no caldeirão. Eventualmente, pedia um frasco de seus ingredientes para algum dos membros do grupo que lhe passasse e, após uma curta espera, ela estava com uma substância de aparência estranha, uma poção cor de lodo. Tirou um frasco para cada presente e encheu os frascos com essa poção, e então, distribuiu os frascos. Como o grupo olhava para a poção desconfiados, a bruxa bebeu-a primeiro.
- Isso parece horrível... – comentou Mitsuki. Lucas respondeu:
- Não pode ser tão ruim. – E bebeu de um gole só. Teve que segurar a vontade de vomitar. Não era ruim, era horrível, tinha gosto de lodo misturado com água de esgoto. Ainda assim, o grupo fez força para tragar a poção. De repente, começaram a se sentir zonzos, então sonolentos, então desmaiaram.
https://www.youtube.com/watch?v=6miaTf1gF4g
Chovia em Prontera. Mas as gotas da chuva poderiam ser as lágrimas dos deuses, visto a incrível quantidade de sangue e cadáveres que assolava Prontera. Vários edifícios estavam destruídos ou quebrados. O grupo ficou em choque com a cena, menos Lucas é claro. A maioria conseguia reconhecer uma pessoa conhecida entre os cadáveres. Olhando melhor, eles notaram que estavam na “Praça das Mãos”, perto da Estátua da Amizade, que mostrava duas mãos se cumprimentando. Exceto pelo fato que os fragmentos das mãos estavam espalhados pelo chão. A Baba-Yaga estava ao lado deles, apenas observando tudo.
Então, outro Lucas apareceu. Ele estava suado e ensangüentado – era claro que estava lutando até o momento. Ele olhava, desolado, os cadáveres. Foi avançando e, por fim, tombou de joelhos próximo à ponte de entrada ao castelo de prontera... tinha perdido a esperança. Não havia porque lutar. Estava sozinho...
O grupo observou o Lucas “visão” com um misto de pena e atenção. De repente, sons de passos começam a ser ouvidos. O Lucas – real – estranhou. Não se lembrava disso. Era para a visão acabar ali. Os aventureiros se viraram.
Ao sul, uma vasta quantidade de pessoas marchava, rumo à Prontera. Lucas “visão” abriu um sorriso.
- Vamos voltar... – disse a Baba-Yaga. A realidade ao redor deles se desfez como um espelho quebrado. Então, lentamente, eles acordaram no mesmo lugar que estiveram dormindo. Vash esfregou os olhos, sonolento, e Souran bateu um pouco de algum líquido estranho de sua roupa.
- Eu não... acredito... isso é horrível... – Disse a sacerdotisa Mitsuki, com os olhos arregalados – Odin, porque...
- Se acalme garota. Uma visão não é um fato concreto, conforme eu já expliquei para o Lucas. É apenas um aviso. E esse aviso pode ser mudado... se algo for feito – Disse a Baba-Yaga, olhando para Lucas significativamente.
O Lorde veio pensando nisso durante os 7 dias que ligaram uma expedição e a outra. Somente uma idéia passara por tua cabeça. Era hora de por ela em prática. Ele acenou em resposta.
- Pessoal... – começou ele, agora que o grupo havia saído da Cabana – eu quero saber uma coisa. Até onde vocês estão dispostos a irem para impedir essa visão? Vocês estão dispostos a lutar até o fim?
- Sim. – Responderam, sem titubear. Lucas sorriu.
- Pois bem. Preciso mandar umas cartas. Até mais...
Mais tarde, naquele dia, Lucas estava de volta ao Trapesac, castelo que naquele momento era propriedade de seu clã, o Fire Emblem. Estava sentado em uma cadeira, debruçado sobre um pergaminho. Estava com uma carta em mãos, a primeira das várias que escreveria, direcionada a seu grande amigo e líder de clã, Garbas:
Caro Garbas
Um problema de grande gravidade chegou aos meus ouvidos. O mundo vai passar por sérias turbulências. Tempos negros estão por vir. Eu vou organizar várias pessoas em uma grande aliança de proteção. Gostaria de saber se podemos contar com a Fundação Esmero. Obrigado.
Assinado, Lucas, seu amigo.
Lucas reproduziu o conteúdo da carta, alterando-o de uma para outra. Tornava-se menos formal e mais explicativa com relação à tal “situação” dependendo de quem era o destinatário. Por fim, tinha 8 daquelas cartas em mãos. No dia seguinte iria a Geffen e pedir para despacharem as cartas, agora ele precisava dormir.
Aquela era a semente do que viria a se tornar o Exército da Chama: Uma carta para cada líder de clã que ele conhecia. Garbas da Fundação Esmero. Samuel Hopkins da Corporação Rekenber. Kemaryus da Ordem das Valquírias, Coonell dos Corsários de Aegir, Hiei da DarkScale Kerdied da Chama Prateada, Rockstar dos Guardiões de Freya e Maloro da Organização VII.
Alguns não iriam aceitar o convite, mas, mesmo assim, nascia aqui o Exército da Chama!
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Esse foi um dos meus capítulos mais longos e foi bem chatinho de se escrever, e prevejo que o próximo vai ser pior (apesar de que vai ter a luta com o Amon-Rá que vai ser divertido de se escrever 8D). Enfim, melhorei as descrições, fiz o possível para ouvir os leitores. Continuem comentando, por favor =P
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Ficha do personagem
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
[O Exército da Chama – Capítulo 3 – Combate nas Pirâmides]
https://www.youtube.com/watch?v=RQpowzUHzAM
Mais duas semanas haviam se passado. Agora, o cenário era o escaldante deserto de Sograt. Lucas estava na sombra, suando muito. Sua armadura era útil, mas era MUITO quente. Estava com o Elmo Fechado nos braços, para pelo menos sua cabeça ficar mais refrescada. Mais uma vez, aguardava um grupo de aventureiros convocados por ele para desbravarem as Pirâmides de Morroc, onde vive o Amon-Rá. O Amon-Rá é notório por ser capaz de prever o futuro e, assim, pretendia perguntar algumas coisas sobre o futuro.
Logo, pessoas começaram a chegar. Reconheceu vários rostos – Samuel Hopkins, amigo pessoal de Lucas e líder do setor de defesa da Corporação Rekenber, Roen, paladino extremamente poderoso da Ordem das Valquírias, Jurougumo e sua cabeleira vermelha, Thunder Joe, algoz da Fundação Esmero, Engabelorus, Mestre do mesmo clã, mas, em seguida, perdeu a conta e parou de tentar identificar pessoas, pois um verdadeiro esquadrão de pessoas tinha aparecido. Cerca de 30 pessoas, disso pra cima, apareceram no local e se agruparam em volta do Lorde. O queixo de Lucas caiu.
- Olha, um Lucas. – Disse Samuel.
- Err... é, oi pessoal. Fico feliz que TANTA gente tenha ouvido meu chamado. Muito obrigado mesmo. – O Lorde observou o grupo com atenção. Havia uma verdadeira PENCA de pessoas da Ordem das Valquírias, mas haviam vários representantes de vários outros clãs ali. – Bom, o grupo é bem grande. O Amon-Rá não terá chances. Acho que a maioria já sabe mas, pra quem não sabe, me permitam um minutinho de explicação... Uma grande catástrofe vai se abater sob o mundo. Hoje é o último dia. Vamos obter nossas respostas pessoal. E então, eu quero anunciar uma coisa. – E olhou significativamente para Samuel, que acenou com a cabeça.
Com um esvoaçar de capa, Lucas partiu rumo à pirâmide, o batalhão de pessoas à suas costas. Cada passada deixava uma pegada nas areias quentes do deserto. Havia um Oásis no local, mas ele não ajudava muito na temperatura do ambiente.
- É gente demais. Vamos fazer assim. Thunder, você comanda essa metade, e eu fico com essa... – disse, dividindo o grupo em dois – ok? E, pessoal, todo mundo, pegue seus melhores equipamentos e suprimentos, acreditem, vamos precisar.
O Algoz acenou positivamente com a cabeça e então, todos chegaram à Kafra. A garota ficou um tanto assustada – e histérica – ao atender tanta gente ao mesmo tempo, mas conseguiu. Todos equipados, adentraram a pirâmide.
O local tinha um forte cheiro de mofo graças ao fato de ser um lugar muito fechado. Era insuportavelmente quente lá dentro, muito pior do que no Deserto em si. A respiração era difícil e abafada, e trazia junto de si quilos e quilos de poeira. Os passos do grupo retumbavam no silêncio implacável do local.
https://www.youtube.com/watch?v=2VJ3Jc6H3Jg&feature=related
Um grupo daquele tamanho não passou desapercebido. Algumas pessoas passaram a acompanha-los apenas por curiosidade, queriam ver o porque de TANTA gente. O Lorde se irritou com isso, mas não podia expulsa-los. O esquadrão prosseguiu, destruindo qualquer monstro em seu caminho com facilidade. Minoururos e Múmias tentavam barrar seu avanço, mas eram derrubados. Nada era páreo para aquele poderoso grupo. Se perderam algumas vezes graças ao péssimo senso de direção de Lucas, que passou o bastão para Roen. Em cinco minutos, estavam na entrada do próximo andar. Ao chegarem no andar que residia o Amon-Ra, onde os corredores eram bem mais largos, Lucas apenas ergueu a mão e todos pararam imediatamente. O Lorde ficou satisfeito com o grau de coordenação. Esperava que funcionasse assim no combate também.
- Agora me escutem. Este andar é muito mais perigoso que os outros, pois possui Múmias Anciãs. Caso encontremos uma, todos devem esperar uns aos outros. Não quero ninguém indo na frente. E, principalmente, quando for a hora de lutarmos com o Amon-Rá, precisaremos de muita coordenação. Ele é um mago extremamente poderoso, capaz de matar todos nós com umas poucas magias, mas é um guerreiro honrado. Se lutarmos corpo-a-corpo, ele responderá da mesma forma e será absurdamente fácil de ser vencido. Caso seja atacado à distância ou com magias, iremos sofrer bastante, então, não quero nenhum mago ou caçador atacando. Magos irão dar suporte, sobretudo Escudo Mágico, e arqueiros ficam encarregados de impedir QUALQUER monstro que se aproxime. Entendido? – Lucas bateu o pé com a última frase, levantando uma nuvem de poeira.
- Sim! – Responderam.
O grupo seguiu. O caminho era mais árduo, pois as múmias anciãs eram muito mais poderosas, mas ainda assim, circularam a sala várias vezes – seguindo o único caminho possível – e logo estavam próximos a uma abertura na parede que os levava ao centro da sala. Era o lar do Amon-Ra.
https://www.youtube.com/watch?v=ShxVXnPIdqU
- Quando eu contar três, avançamos, e LEMBREM-SE DO COMBINADO! – Disse Lucas, com um tom de fúria na voz. Ergueu um dedo no ar. Dois... três! Com um berro, avançou, seguido de outros guerreiros corpo-a-corpo do grupo.
As Colunas de Fogo que o Amon-Rá conjurara sobre si mesmo não eram o bastante para parar os guerreiros e, em breve, o Amon-Rá estava sendo acertado por golpes precisos de certeiros de Roen, Lucas, Thunder Joe, Warrior Legend – Lorde da Ordem das Valquírias – entre outros. A batalha estava indo bem, o quarteto sacerdotal que tinha vindo – todos membros da Ordem das Valquírias – distribuíam suas bênçãos sobre o grupo e curas quando necessário. Engabelorus espalmou as mãos, entrando em estado Zen. Tudo ia de acordo com o planejado.
Então, uma bruxa que havia acompanhado o grupo – que nem sequer era parte do grupo que realmente atendeu o chamado – disparou uma Nevasca sobre o Amon-Ra.
- Não, droga!!! – gritou Lucas, mas era tarde. A Nevasca atingiu o Amon-Rá, que se enfureceu.
- É isso que você chama de luta justa? Sinta o poder de um Deus, seus vermes trapaceiros!
- Não, peraí, foi só um...
Antes de conseguir completar a frase, Lucas teve o braço agarrado por uma Múmia Anciã, vários Kalitzburgs surgiram e começaram a atacar os adversários mais próximos. Com um gesto de fúria e poder, o Amon-Rá fez chover destruição com Chuvas de Meteoros precisas em vários pontos da sala, que tomaram o local com um calor infernal. Mesmo resistente como era, Lucas foi abatido rapidamente quando um Meteoro flamejante se chocou em seu peito. A dor exacerbada o derrubou, consciente mas incapacitado de continuar lutando. Tentou se levantar, mas o peito doía demais para isso. Olhou para o lado de viu Thunder Joe desaparecendo e recuando. Roen e Warrior tombaram, assim como todo o resto que estava próximo.
A bruxa que havia disparado o golpe também havia sido abatida pelos monstros, assim como Samuel Hopkins. Um caçador e um Atirador de Elite – este último sendo da Ordem das Valquírias – atirava flechas contra as criaturas, tentando detê-las. A parte do grupo que havia sobrevivido estava tentando fugir do inferno de bloas de fogo. Thunder Joe logo se juntou a esse pequeno grupo e eles recuaram para se re-organizar.
- Humanos desgraçados... – bradou o aspirante a Deus, Amon-Rá, que estava bem próximo de Lucas, sentado em seu trono.
Os dois usuários de arco já haviam tombado também. Então, o grupo do Exército da Chama que havia sobrevivido avançou, vindo da parte norte da sala. Jurougumo e Thunder Joe ficaram invisíveis rapidamente, graças à sua técnica de Furtividade, e dispararam espinhos de terra contra o Amon-Ra – era a técnica da Tocaia. Lucas só conseguiu ver isso, então, finalmente, desmaiou.
https://www.youtube.com/watch?v=BVOg1muoAko
- Lucas... Lucas... acorda Lucas...
Lucas abriu os olhos para acolher a voz. Thunder Joe estava observando-o. Guardava alguma coisa no bolso, pelo visto tinha usado aquilo para acordar o Lorde. Confuso e zonzo, o peito ainda doendo muito e a pele toda suada devido ao calor da sala depois do festival de Chuva de Meteoros, Lucas começou:
- O que...?
- Não se preocupe. Derrotamos o Amon-Rá. Está tudo bem agora.
- Vem, me ajuda a levantar... Cadê o Joe?
Respondendo ao chamado, Joe, o PecoPeco, apareceu e junto de Thunder Joe, o Algoz, ajudou Lucas a se levantar. Uma vez de pé, o Lorde montou no seu fiel companheiro. Lucas olhou ao redor e viu os feridos sendo tratados pelos sacerdotes e membros sãos do grupo. O combate com certeza havia causado estragos. Roen sobretudo estava bastante bravo.
- É por isso que eu digo, matar MVP é simples, sai da frente e me deixa trabalhar. Cadê aquela bruxa maldita?!
- Relaxa Roen, já acabou. – Disse Jurougumo – bom, ela e um outro bom punhado de membros do nosso grupo foram salvos pela magia das Kafras. Acho que somos só... o que, treze pessoas agora?
- Nossa, de mais de 30 pra 13, sendo que metade acabou de acordar, essa luta de fato estragou a gente... – comentou Lucas, olhando ao redor. Das faltas mais notáveis, notou a ausência de Samuel, Engabelorus, entre muitos outros.
- Bom, agora que já vencemos, é hora de extrair respostas. – Disse Thunder, apontando o Amon-Rá, que estava caído no chão, fora de seu trono. Lucas se aproximou e recolocou-o no trono, sabia que agora que havia sido vencido, o monstro ia cumprir sua palavra.
- O que vocês querem saber, humanos?
- Já sabemos o que nos aguarda no futuro. – Proclamou, decidido, Lucas. Pelo canto do olho, ele notou a aproximação de outro Lorde, mas sabia muito bem quem era. Então prosseguiu – Um futuro tenebroso, uma catástrofe sem precedentes, uma provação para os humanos, como queira descrever. Eu quero saber COMO essa coisa vai acontecer. Quero saber o que você puder me informar... e, sobretudo, quero saber se...
- O que você planeja, Lorde, é bastante singular... – interrompeu o Amon-Rá, como se lesse a mente de Lucas, pois estava respondendo justamente o que o Lorde loiro ia perguntar. – A idéia é boa, mas precisa ser bem executada e isso não depende apenas de você. Se der certo, você pode ter a salvação da humanidade sob suas mãos. Do contrário... poderá ser catastrófico, e trazer a morte daqueles que são mais importantes para você.
As imagens de seus amigos mortos passaram pela cabeça do Lorde. De fato, era arriscado, mas ele não podia ficar sentado observando o mundo em perigo. Acenou positivamente com a cabeça para o auto-proclamado Imperador-Deus-Sol. Este sorriu e deu uma tabula de pedra para Lucas.
- Leia. Ela vai te dar pistas sobre o que desejas saber.
https://www.youtube.com/watch?v=VFjhnaOiV1c
O grupo se aproximou para ler sobre os ombros de Lucas. Ela estava vazia mas, segundos depois, começou a se alterar. Imagens apareceram em alto-relevo na pedra. Eram 12 no total, mas os olhos de Lucas se fixaram em uma das gravuras apenas. Era um casal, um homem e uma mulher. Vestiam uma armadura que Lucas nunca vira na vida. O homem principalmente possuía duas imensas pedras nos ombros da armadura. Além disso, a armadura era cheia de espinhos.
- O que... é isso? – Perguntou Tsukishiro Sayuki ao seu lado.
- Isso... – respondeu o Amon-Rá – É a conseqüência. Se os humanos triunfarem nessa crise, vão atingir um novo patamar de poder.
- E sobre a crise? Porque ela vai acontecer? – perguntou Lucas.
- É impossível ver, sinto muito. Esta parte do futuro é nebulosa demais...
O Lorde que havia chegado anteriormente finalmente se prostrou ao lado de Lucas. Cabelos azuis e arrepiados, era Rockstar, líder dos Guardiões de Freya.
- Certo. Obrigado Amon-Rá.
- Não me agradeça, foi um trato. Agora, saiam de meu lar.
https://www.youtube.com/watch?v=J46RY4PU8a8
Lucas apenas deu meia-volta e se retirou daquela câmara. Ele estava bastante sério, seus passos ecoavam no silencioso salão. Então, outras dezenas de passos romperam o silêncio quando o resto do grupo o seguiu. E, repentinamente, ele parou e ergue uma mão. Os aventureiros pararam.
O Lorde respirou fundo. O que estava para fazer seria importante. Todos prenderam a respiração. Era notável a tensão que se fez a seguir... Então, o loiro proferiu:
- Eu sei que já perguntei isso, sei que já disse isso, mas... preciso saber. – E se virou, para encarar a todos, sua capa esvoaçando levemente com o movimento – e pensem bem antes de responder. Não respondam levianamente. Vocês estão prontos para lutar? Estão prontos para sacrificar tudo pela proteção do nosso mundo e daqueles que vivem nele? Estão prontos para ir até as últimas conseqüências, ao limite da dor, ao reino dos mortos, tudo para proteger tanto as pessoas amadas quanto as estranhas?
O grupo parou, encarando-o. Então, cada um em ritmos diferentes dependendo de suas próprias hesitações, concordaram. Lucas sacou das costas sua arma mais nova. Era uma Pilares, extremamente pesada, com cerca de 1 metro de 30 centímetros de comprimento e quase 12 quilos. Demonstrando sua força, Lucas a girou sob a cabeça e a cravou no chão, trincando o piso de pedra e fazendo um ruído irritante percorrer todo aquele andar.
- Então... – disse, a voz firme, sem gritar, mas colocando nela toda a imponência de um Lorde – Eu declaro, sob esta pedra a fundação do Exército da Chama!!
Qualquer que fosse a reação que alguém esperasse de tal declaração, não foi atingida. A maioria apenas tombou a cabeça, em dúvida. Lucas sorriu. Sabia que ninguém ia entender.
- Rock, pode dar um passo adiante?
Rockstar, sorrindo, se adiantou e prostrou-se ao lado de Lucas, que recomeçou a falar:
- O Exército da Chama é uma grande aliança que eu estou planejando faz um tempo. Basicamente, desde que a Baba-Yaga me mostrou as primeiras visões dessa catástrofe que vai se abater sobre nós. Vamos à verdade, somos insignificantes. Pouquíssimos humanos tem a força para matar, digamos, um MVP de poder médio sozinho. Vocês se lembram da desgraça que foi quando Dhutt se rebelou contra o Rei Tristan. Nenhum de nós é páreo para aquele nível de poder. Nenhum. Contudo, se nós estivermos juntos, somos fortes! Unidos, nada poderá nos derrotar! E essa é a função do Exército da Chama. Somos a união que irá trazer paz à Rune-Midgard!!!
Alguns sorriram, outros não. Lucas prosseguiu.
- Enviei cartas à vários líderes de clãs aventureiros, forças de paz ou qualquer tipo de clã. Evitei os clãs de Guerra de Emperium. Esses não costumam se importar tanto com o mundo em que vivem... não iriam responder a um chamado desses. Pelo menos não agora. Talvez, quem sabe, possamos englobar eles também quando a coisa começar pra valer. De qualquer modo, nem todos aceitaram, mas estamos contando com uma média de 6 clãs nesse início. Me desculpem, mas é impossível ficar sentado sem fazer nada. De qualquer forma, me perdoem, mas eu não podia ficar sentado. Já que eu descobri a crise com antecedência, me senti na obrigação de me mover, de fazer algo. Espero contar com a presença de vocês...
- Eu ainda estou com a carta aqui. – disse Rockstar, tirando de algum lugar da armadura a carta e passando-a para Lucas, com um sorriso estampado no rosto – E quero anunciar de antemão que você pode contar com os Guardiões de Freya.
- Muito obrigado, Amigo... – disse Lucas, emocionado, guardando a carta. – Então, é isso. Por enquanto, ficaremos nisso. Conto com vocês quando a hora chegar. Dispensados!
Cada um tomou seu caminho...
-- FIM DA MÚSICA ---
Mais tarde, naquela noite...
Lucas estava descansando na estalagem de Geffen. Sua cabeça doía,
- Eu preciso ficar mais forte... – pensou, consigo mesmo. Então, virou-se de lado e dormiu.
https://www.youtube.com/watch?v=RQpowzUHzAM
Mais duas semanas haviam se passado. Agora, o cenário era o escaldante deserto de Sograt. Lucas estava na sombra, suando muito. Sua armadura era útil, mas era MUITO quente. Estava com o Elmo Fechado nos braços, para pelo menos sua cabeça ficar mais refrescada. Mais uma vez, aguardava um grupo de aventureiros convocados por ele para desbravarem as Pirâmides de Morroc, onde vive o Amon-Rá. O Amon-Rá é notório por ser capaz de prever o futuro e, assim, pretendia perguntar algumas coisas sobre o futuro.
Logo, pessoas começaram a chegar. Reconheceu vários rostos – Samuel Hopkins, amigo pessoal de Lucas e líder do setor de defesa da Corporação Rekenber, Roen, paladino extremamente poderoso da Ordem das Valquírias, Jurougumo e sua cabeleira vermelha, Thunder Joe, algoz da Fundação Esmero, Engabelorus, Mestre do mesmo clã, mas, em seguida, perdeu a conta e parou de tentar identificar pessoas, pois um verdadeiro esquadrão de pessoas tinha aparecido. Cerca de 30 pessoas, disso pra cima, apareceram no local e se agruparam em volta do Lorde. O queixo de Lucas caiu.
- Olha, um Lucas. – Disse Samuel.
- Err... é, oi pessoal. Fico feliz que TANTA gente tenha ouvido meu chamado. Muito obrigado mesmo. – O Lorde observou o grupo com atenção. Havia uma verdadeira PENCA de pessoas da Ordem das Valquírias, mas haviam vários representantes de vários outros clãs ali. – Bom, o grupo é bem grande. O Amon-Rá não terá chances. Acho que a maioria já sabe mas, pra quem não sabe, me permitam um minutinho de explicação... Uma grande catástrofe vai se abater sob o mundo. Hoje é o último dia. Vamos obter nossas respostas pessoal. E então, eu quero anunciar uma coisa. – E olhou significativamente para Samuel, que acenou com a cabeça.
Com um esvoaçar de capa, Lucas partiu rumo à pirâmide, o batalhão de pessoas à suas costas. Cada passada deixava uma pegada nas areias quentes do deserto. Havia um Oásis no local, mas ele não ajudava muito na temperatura do ambiente.
- É gente demais. Vamos fazer assim. Thunder, você comanda essa metade, e eu fico com essa... – disse, dividindo o grupo em dois – ok? E, pessoal, todo mundo, pegue seus melhores equipamentos e suprimentos, acreditem, vamos precisar.
O Algoz acenou positivamente com a cabeça e então, todos chegaram à Kafra. A garota ficou um tanto assustada – e histérica – ao atender tanta gente ao mesmo tempo, mas conseguiu. Todos equipados, adentraram a pirâmide.
O local tinha um forte cheiro de mofo graças ao fato de ser um lugar muito fechado. Era insuportavelmente quente lá dentro, muito pior do que no Deserto em si. A respiração era difícil e abafada, e trazia junto de si quilos e quilos de poeira. Os passos do grupo retumbavam no silêncio implacável do local.
https://www.youtube.com/watch?v=2VJ3Jc6H3Jg&feature=related
Um grupo daquele tamanho não passou desapercebido. Algumas pessoas passaram a acompanha-los apenas por curiosidade, queriam ver o porque de TANTA gente. O Lorde se irritou com isso, mas não podia expulsa-los. O esquadrão prosseguiu, destruindo qualquer monstro em seu caminho com facilidade. Minoururos e Múmias tentavam barrar seu avanço, mas eram derrubados. Nada era páreo para aquele poderoso grupo. Se perderam algumas vezes graças ao péssimo senso de direção de Lucas, que passou o bastão para Roen. Em cinco minutos, estavam na entrada do próximo andar. Ao chegarem no andar que residia o Amon-Ra, onde os corredores eram bem mais largos, Lucas apenas ergueu a mão e todos pararam imediatamente. O Lorde ficou satisfeito com o grau de coordenação. Esperava que funcionasse assim no combate também.
- Agora me escutem. Este andar é muito mais perigoso que os outros, pois possui Múmias Anciãs. Caso encontremos uma, todos devem esperar uns aos outros. Não quero ninguém indo na frente. E, principalmente, quando for a hora de lutarmos com o Amon-Rá, precisaremos de muita coordenação. Ele é um mago extremamente poderoso, capaz de matar todos nós com umas poucas magias, mas é um guerreiro honrado. Se lutarmos corpo-a-corpo, ele responderá da mesma forma e será absurdamente fácil de ser vencido. Caso seja atacado à distância ou com magias, iremos sofrer bastante, então, não quero nenhum mago ou caçador atacando. Magos irão dar suporte, sobretudo Escudo Mágico, e arqueiros ficam encarregados de impedir QUALQUER monstro que se aproxime. Entendido? – Lucas bateu o pé com a última frase, levantando uma nuvem de poeira.
- Sim! – Responderam.
O grupo seguiu. O caminho era mais árduo, pois as múmias anciãs eram muito mais poderosas, mas ainda assim, circularam a sala várias vezes – seguindo o único caminho possível – e logo estavam próximos a uma abertura na parede que os levava ao centro da sala. Era o lar do Amon-Ra.
https://www.youtube.com/watch?v=ShxVXnPIdqU
- Quando eu contar três, avançamos, e LEMBREM-SE DO COMBINADO! – Disse Lucas, com um tom de fúria na voz. Ergueu um dedo no ar. Dois... três! Com um berro, avançou, seguido de outros guerreiros corpo-a-corpo do grupo.
As Colunas de Fogo que o Amon-Rá conjurara sobre si mesmo não eram o bastante para parar os guerreiros e, em breve, o Amon-Rá estava sendo acertado por golpes precisos de certeiros de Roen, Lucas, Thunder Joe, Warrior Legend – Lorde da Ordem das Valquírias – entre outros. A batalha estava indo bem, o quarteto sacerdotal que tinha vindo – todos membros da Ordem das Valquírias – distribuíam suas bênçãos sobre o grupo e curas quando necessário. Engabelorus espalmou as mãos, entrando em estado Zen. Tudo ia de acordo com o planejado.
Então, uma bruxa que havia acompanhado o grupo – que nem sequer era parte do grupo que realmente atendeu o chamado – disparou uma Nevasca sobre o Amon-Ra.
- Não, droga!!! – gritou Lucas, mas era tarde. A Nevasca atingiu o Amon-Rá, que se enfureceu.
- É isso que você chama de luta justa? Sinta o poder de um Deus, seus vermes trapaceiros!
- Não, peraí, foi só um...
Antes de conseguir completar a frase, Lucas teve o braço agarrado por uma Múmia Anciã, vários Kalitzburgs surgiram e começaram a atacar os adversários mais próximos. Com um gesto de fúria e poder, o Amon-Rá fez chover destruição com Chuvas de Meteoros precisas em vários pontos da sala, que tomaram o local com um calor infernal. Mesmo resistente como era, Lucas foi abatido rapidamente quando um Meteoro flamejante se chocou em seu peito. A dor exacerbada o derrubou, consciente mas incapacitado de continuar lutando. Tentou se levantar, mas o peito doía demais para isso. Olhou para o lado de viu Thunder Joe desaparecendo e recuando. Roen e Warrior tombaram, assim como todo o resto que estava próximo.
A bruxa que havia disparado o golpe também havia sido abatida pelos monstros, assim como Samuel Hopkins. Um caçador e um Atirador de Elite – este último sendo da Ordem das Valquírias – atirava flechas contra as criaturas, tentando detê-las. A parte do grupo que havia sobrevivido estava tentando fugir do inferno de bloas de fogo. Thunder Joe logo se juntou a esse pequeno grupo e eles recuaram para se re-organizar.
- Humanos desgraçados... – bradou o aspirante a Deus, Amon-Rá, que estava bem próximo de Lucas, sentado em seu trono.
Os dois usuários de arco já haviam tombado também. Então, o grupo do Exército da Chama que havia sobrevivido avançou, vindo da parte norte da sala. Jurougumo e Thunder Joe ficaram invisíveis rapidamente, graças à sua técnica de Furtividade, e dispararam espinhos de terra contra o Amon-Ra – era a técnica da Tocaia. Lucas só conseguiu ver isso, então, finalmente, desmaiou.
https://www.youtube.com/watch?v=BVOg1muoAko
- Lucas... Lucas... acorda Lucas...
Lucas abriu os olhos para acolher a voz. Thunder Joe estava observando-o. Guardava alguma coisa no bolso, pelo visto tinha usado aquilo para acordar o Lorde. Confuso e zonzo, o peito ainda doendo muito e a pele toda suada devido ao calor da sala depois do festival de Chuva de Meteoros, Lucas começou:
- O que...?
- Não se preocupe. Derrotamos o Amon-Rá. Está tudo bem agora.
- Vem, me ajuda a levantar... Cadê o Joe?
Respondendo ao chamado, Joe, o PecoPeco, apareceu e junto de Thunder Joe, o Algoz, ajudou Lucas a se levantar. Uma vez de pé, o Lorde montou no seu fiel companheiro. Lucas olhou ao redor e viu os feridos sendo tratados pelos sacerdotes e membros sãos do grupo. O combate com certeza havia causado estragos. Roen sobretudo estava bastante bravo.
- É por isso que eu digo, matar MVP é simples, sai da frente e me deixa trabalhar. Cadê aquela bruxa maldita?!
- Relaxa Roen, já acabou. – Disse Jurougumo – bom, ela e um outro bom punhado de membros do nosso grupo foram salvos pela magia das Kafras. Acho que somos só... o que, treze pessoas agora?
- Nossa, de mais de 30 pra 13, sendo que metade acabou de acordar, essa luta de fato estragou a gente... – comentou Lucas, olhando ao redor. Das faltas mais notáveis, notou a ausência de Samuel, Engabelorus, entre muitos outros.
- Bom, agora que já vencemos, é hora de extrair respostas. – Disse Thunder, apontando o Amon-Rá, que estava caído no chão, fora de seu trono. Lucas se aproximou e recolocou-o no trono, sabia que agora que havia sido vencido, o monstro ia cumprir sua palavra.
- O que vocês querem saber, humanos?
- Já sabemos o que nos aguarda no futuro. – Proclamou, decidido, Lucas. Pelo canto do olho, ele notou a aproximação de outro Lorde, mas sabia muito bem quem era. Então prosseguiu – Um futuro tenebroso, uma catástrofe sem precedentes, uma provação para os humanos, como queira descrever. Eu quero saber COMO essa coisa vai acontecer. Quero saber o que você puder me informar... e, sobretudo, quero saber se...
- O que você planeja, Lorde, é bastante singular... – interrompeu o Amon-Rá, como se lesse a mente de Lucas, pois estava respondendo justamente o que o Lorde loiro ia perguntar. – A idéia é boa, mas precisa ser bem executada e isso não depende apenas de você. Se der certo, você pode ter a salvação da humanidade sob suas mãos. Do contrário... poderá ser catastrófico, e trazer a morte daqueles que são mais importantes para você.
As imagens de seus amigos mortos passaram pela cabeça do Lorde. De fato, era arriscado, mas ele não podia ficar sentado observando o mundo em perigo. Acenou positivamente com a cabeça para o auto-proclamado Imperador-Deus-Sol. Este sorriu e deu uma tabula de pedra para Lucas.
- Leia. Ela vai te dar pistas sobre o que desejas saber.
https://www.youtube.com/watch?v=VFjhnaOiV1c
O grupo se aproximou para ler sobre os ombros de Lucas. Ela estava vazia mas, segundos depois, começou a se alterar. Imagens apareceram em alto-relevo na pedra. Eram 12 no total, mas os olhos de Lucas se fixaram em uma das gravuras apenas. Era um casal, um homem e uma mulher. Vestiam uma armadura que Lucas nunca vira na vida. O homem principalmente possuía duas imensas pedras nos ombros da armadura. Além disso, a armadura era cheia de espinhos.
- O que... é isso? – Perguntou Tsukishiro Sayuki ao seu lado.
- Isso... – respondeu o Amon-Rá – É a conseqüência. Se os humanos triunfarem nessa crise, vão atingir um novo patamar de poder.
- E sobre a crise? Porque ela vai acontecer? – perguntou Lucas.
- É impossível ver, sinto muito. Esta parte do futuro é nebulosa demais...
O Lorde que havia chegado anteriormente finalmente se prostrou ao lado de Lucas. Cabelos azuis e arrepiados, era Rockstar, líder dos Guardiões de Freya.
- Certo. Obrigado Amon-Rá.
- Não me agradeça, foi um trato. Agora, saiam de meu lar.
https://www.youtube.com/watch?v=J46RY4PU8a8
Lucas apenas deu meia-volta e se retirou daquela câmara. Ele estava bastante sério, seus passos ecoavam no silencioso salão. Então, outras dezenas de passos romperam o silêncio quando o resto do grupo o seguiu. E, repentinamente, ele parou e ergue uma mão. Os aventureiros pararam.
O Lorde respirou fundo. O que estava para fazer seria importante. Todos prenderam a respiração. Era notável a tensão que se fez a seguir... Então, o loiro proferiu:
- Eu sei que já perguntei isso, sei que já disse isso, mas... preciso saber. – E se virou, para encarar a todos, sua capa esvoaçando levemente com o movimento – e pensem bem antes de responder. Não respondam levianamente. Vocês estão prontos para lutar? Estão prontos para sacrificar tudo pela proteção do nosso mundo e daqueles que vivem nele? Estão prontos para ir até as últimas conseqüências, ao limite da dor, ao reino dos mortos, tudo para proteger tanto as pessoas amadas quanto as estranhas?
O grupo parou, encarando-o. Então, cada um em ritmos diferentes dependendo de suas próprias hesitações, concordaram. Lucas sacou das costas sua arma mais nova. Era uma Pilares, extremamente pesada, com cerca de 1 metro de 30 centímetros de comprimento e quase 12 quilos. Demonstrando sua força, Lucas a girou sob a cabeça e a cravou no chão, trincando o piso de pedra e fazendo um ruído irritante percorrer todo aquele andar.
- Então... – disse, a voz firme, sem gritar, mas colocando nela toda a imponência de um Lorde – Eu declaro, sob esta pedra a fundação do Exército da Chama!!
Qualquer que fosse a reação que alguém esperasse de tal declaração, não foi atingida. A maioria apenas tombou a cabeça, em dúvida. Lucas sorriu. Sabia que ninguém ia entender.
- Rock, pode dar um passo adiante?
Rockstar, sorrindo, se adiantou e prostrou-se ao lado de Lucas, que recomeçou a falar:
- O Exército da Chama é uma grande aliança que eu estou planejando faz um tempo. Basicamente, desde que a Baba-Yaga me mostrou as primeiras visões dessa catástrofe que vai se abater sobre nós. Vamos à verdade, somos insignificantes. Pouquíssimos humanos tem a força para matar, digamos, um MVP de poder médio sozinho. Vocês se lembram da desgraça que foi quando Dhutt se rebelou contra o Rei Tristan. Nenhum de nós é páreo para aquele nível de poder. Nenhum. Contudo, se nós estivermos juntos, somos fortes! Unidos, nada poderá nos derrotar! E essa é a função do Exército da Chama. Somos a união que irá trazer paz à Rune-Midgard!!!
Alguns sorriram, outros não. Lucas prosseguiu.
- Enviei cartas à vários líderes de clãs aventureiros, forças de paz ou qualquer tipo de clã. Evitei os clãs de Guerra de Emperium. Esses não costumam se importar tanto com o mundo em que vivem... não iriam responder a um chamado desses. Pelo menos não agora. Talvez, quem sabe, possamos englobar eles também quando a coisa começar pra valer. De qualquer modo, nem todos aceitaram, mas estamos contando com uma média de 6 clãs nesse início. Me desculpem, mas é impossível ficar sentado sem fazer nada. De qualquer forma, me perdoem, mas eu não podia ficar sentado. Já que eu descobri a crise com antecedência, me senti na obrigação de me mover, de fazer algo. Espero contar com a presença de vocês...
- Eu ainda estou com a carta aqui. – disse Rockstar, tirando de algum lugar da armadura a carta e passando-a para Lucas, com um sorriso estampado no rosto – E quero anunciar de antemão que você pode contar com os Guardiões de Freya.
- Muito obrigado, Amigo... – disse Lucas, emocionado, guardando a carta. – Então, é isso. Por enquanto, ficaremos nisso. Conto com vocês quando a hora chegar. Dispensados!
Cada um tomou seu caminho...
-- FIM DA MÚSICA ---
Mais tarde, naquela noite...
Lucas estava descansando na estalagem de Geffen. Sua cabeça doía,
- Eu preciso ficar mais forte... – pensou, consigo mesmo. Então, virou-se de lado e dormiu.
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Well, li os dois últimos capítulos. (Sim, eu menti sobre já ter lido o 2 aquele dia! >:D)
Estão legais, musicas boas, alguns erros de gramática - principalmente pontuação - e bem. Mas embora eu tenha achado legais acho que você ainda pode melhorar mais. Achei que nos momentos das lutas sua narração corre demais. A parte em que a bruxa solta a nevasca ficou extremamente simples como uma transcrição do que ocorreu de verdade. Faltou mais emoção nesse momento, você podia ter descrito os pensamentos e sentimentos da bruxa random nesse momento ao invés de dizer que ela apenas nubou ao usar a skill.
Além disso você poderia ter gastado mais tempo e linhas narrando com detalhes as ações de cada um. Mesmo sendo muitos personagens em cena valeria a pena perder esse tempo.
E mesmo sendo relatos de RPs você pode se dar a liberdade de viajar um pouco nos acontecimentos e "exagerar" em certas ações para tornar a luta mais empolgante.
Ficam ai meus conselhos. >:3
Estão legais, musicas boas, alguns erros de gramática - principalmente pontuação - e bem. Mas embora eu tenha achado legais acho que você ainda pode melhorar mais. Achei que nos momentos das lutas sua narração corre demais. A parte em que a bruxa solta a nevasca ficou extremamente simples como uma transcrição do que ocorreu de verdade. Faltou mais emoção nesse momento, você podia ter descrito os pensamentos e sentimentos da bruxa random nesse momento ao invés de dizer que ela apenas nubou ao usar a skill.
Além disso você poderia ter gastado mais tempo e linhas narrando com detalhes as ações de cada um. Mesmo sendo muitos personagens em cena valeria a pena perder esse tempo.
E mesmo sendo relatos de RPs você pode se dar a liberdade de viajar um pouco nos acontecimentos e "exagerar" em certas ações para tornar a luta mais empolgante.
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Lothar S. Mustang- Administrador
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Pois é! O zy já disse mais faltaram muitos detalhes >.>
Anyways escreve mais ! 8D *Chicoteia*
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
@Zy: Ok, vou trabalhar mais nisso =P. Valeu por ler, continue lendo 8D
@Samuel: Escreverei. *escudo anti-chicotes*
E, bewm, aqui está o Capítulo 4! /o/. Desculpem a demora, tava com uma preguiça do cão pra escrever e pra postar... >_>. Mas tá aqui. Enjoy /o/
[Exército da Chama – Capítulo 4 – Voluspá]
Lucas acordou cedo no dia seguinte. Era hora de se fortalecer para o que estava por vir. O sol brilhava forte no céu.
https://www.youtube.com/watch?v=cf45I1ZI__w
Saiu da estalagem caminhando pelos chãos de pedra de Geffen e, então, se dirigiu à Kafra mais próxima, na saída leste da cidade. Alguns minutos depois, estava, junto de Joe, no antigo Campo de Treinamento de Espadachins, em Prontera. Cada passada levantava uma nuvem de poeira e deixava uma pegada naquele chão de terra batida. Sem a armadura, apenas com a Pilares apoiada nos ombros, Lucas entrou em posição de combate em frente à um boneco. Joe encarou um outro. Então, começaram, exatamente ao mesmo instante, a golpear seus respectivos bonecos.
E assim ficaram. O dia inteiro, Lorde e PecoPeco atacaram com ferocidade seus bonecos. Nos dias seguintes, fez sol, fez chuva, fez calor e fez frio, mas Lucas e Joe podiam ser vistos, todos os dias, todo o tempo, atacando os bonecos e – dois dias depois do início, quando não existiam mais bonecos inteiros – inimigos imaginários. A fúria e o poder da dupla era impressionante.
Dias depois, Lucas se aproximou, a passos cautelosos, na Cavalaria de Prontera. De novo, não vestia a Armadura, mas quimono de cor vermelha. Mas não foi até a Cavalaria, parou um pouco à frente, onde um tatame estava estendido no chão e 10 Cavaleiros treinavam combates corpo-a-corpo desarmado – artes marciais. Todos se calaram à aproximação dele. Aqueles 10 Cavaleiros não eram iniciantes, já estavam no curso avançado de combate, mas sabiam reconhecer um Lorde. Lucas apenas parou no meio do tatame. Apontou os 4 alunos mais fortes e o instrutor, e fez um sinal inconfundível para virem pra cima. Eles apenas se entreolharam e sorriram com a petulância do recém-chegado, e avançaram.
Lucas desviou do soco do primeiro que avançou pela sua frente. Um segundo veio pelo lado direito e tentou soca-lo também, mas Lucas segurou o punho dele com a mão esquerda, passou sua perna direita por trás das pernas do adversário e, com o braço direito, o empurrou para frente. O Cavaleiro caiu, e o Lorde prensou seu pescoço com a perna esquerda, ao mesmo tempo que aparava um chute de outro adversário com ambas as mãos. Ouviu o Cavaleiro que estava sob sua perna dar tapas no chão, indicando que desistia. Lucas se levantou e aparou com as mãos os três socos seguintes, que vieram de dois adversários ao mesmo tempo. Então, deu uma cotovelada no estômago do mais próximo e, pegando-o pelos ombros, usou-o de escudo para o soco do segundo adversário. Ao mesmo tempo que este primeiro levava um soco nas costas, Lucas encaixou seu ombro na axila do adversário e o derrubou no chão. Então, chutou, derrubando facilmente o outro.
Se virou. Sobravam um aluno e o instrutor, mas o aluno parecia muito assustado. O Instrutor avançou, socando e chutando uma velocidade impressionante. Lucas aparou os 4 golpes sem conseguir uma brecha para contra-ataque, e acabou recebendo o quinto, um chute em seu estômago. O Instrutor emendou um soco, que derrubou o Lorde. Este, contudo, apenas deu uma cambalhota para trás e se levantou.
Sem nenhuma palavra, o Instrutor avançou de novo, mas agora Lucas sabia o que fazer. O adversário tentou três socos, que Lucas desviou, e, então, um chute. Era a brecha que o Lorde precisava. Segurou o chute com ambos os braços e jogou a perna do Instrutor para cima. Ele girou uma vez no ar e caiu de costas no chão, e Lucas finalizou a luta com um soco extremamente potente no peito do adversário. Então, ajudou-o a se levantar, ofereceu uma Poção Branca para cada um dos que estavam caídos e fez uma reverência, desculpando-se por ter invadido a aula.
Dias depois, Lucas estava de volta ao Campo de Treinamento dos Espadachins em Prontera. Sem camisa, fazia flexões, com um braço e um peso de 50 quilos nas costas. Enquanto isso, Joe corria pelo campo, com vários pesos por todo o seu corpo. Da mesma forma que antes, Lucas acabou virando quase que uma “atração turística” do local, pois estava sempre ali, à mesma hora, todos os dias.
Um dia, mudou o exercício. Agora, estava socando o ar, com pesos de 10 quilos amarrados em cada braço, como se lutasse com um adversário imaginário. Joe dava bicadas no vento com 10 quilos no bico também.
Em outro dia, o Lorde pôde ser visto lutando com sua Pilares, tendo amarrado mais 10 quilos nela.
Os dias foram se passando, até completarem um mês e meio. E foi então que Lucas foi visto treinando lá pela última vez. Repetiu os exercícios em ordem, dessa vez sem nenhum peso. Flexões de dois braços, um braço, socos no ar e, por fim, apanhou a Pilares e a armadura. Vestiu-se como o Lorde que era, e sorriu – a armadura não parecia mais pesada que o quimono. Ao mesmo tempo, ele girou a Pilares com apenas uma mão, apoiou-a no ombro, então segurou o cabo da arma com as duas e atacou o ar. Girou, estocou, perfurou (inclusive, em espiral) e atacou de todas as formas os inimigos imaginários que se formavam à sua frente, maravilhado com o fato que, após um treinamento tão intenso, estava muitíssimo mais fácil manejar a arma que, antes, dava muito trabalho.
Ao seu lado – e Lucas podia sentir isso graças à sua conexão – Joe sentia um prazer igual. Conseguia correr com quase o dobro da antiga velocidade, sem se cansar, suas bicadas estavam muito mais rápidas e precisas.
- Método Demóstenes. De fato, funciona... ¹
Por fim, Lucas se dirigiu, montado em Joe – e sentido a passada cada vez mais veloz – para o norte da cidade. A Guarda Continental estava, novamente, promovendo o acesso aos “Mapas Especiais”, locais de treinamento com uma imensa quantidade de monstros e vários feitiços de proteção semelhantes aos da Guerra do Emperium, que tornavam impossível uma morte ali. Com um sorriso, Lucas se inscreveu para os mapas...
Por mais duas semanas treinou, e por várias outras descansou em sua cidade natal, Izlude. O Lorde esperava, dia após dia, temendo que o próximo dia pudesse lhe dar mais alguma pista, algum sinal, de quando tudo iria começar...
https://www.youtube.com/watch?v=J46RY4PU8a8
Finalmente, aconteceu. Um vulto passou por Prontera, inicialmente insignificante em meio à toda a balbúrdia da movimentada cidade. Tinha o corpo totalmente envolto num manto, a face escondida nas sombras de um capuz. Contudo, a cada passo que ele dava, uma parte da multidão se calava, hipnotizada pelo vulto. Ele exercia uma aura de poder sobre as pessoas. Um único olhar era o bastante para perceber que não era um humano. Pelo contrário, era muito, muito mais do que isso...
Por fim, parou na praça central da capital – já tendo atraído uma pequena multidão com ele. Rapidamente, todas as pessoas de Prontera começaram a ignorar o que faziam para se aproximarem.
E, claro, tal aparição afetou absolutamente tudo. O boato se espalhou rápido e, naquele momento, absolutamente todas as pessoas em Midgard sentiam um pressentimento que algo grande estava para começar em Prontera.
E Lucas? Se localizava naquele momento na ponte que saía de Izlude. Seu olhar vagava no infinito horizonte, na junção do mar com o céu. Sua mente flutuava, pensando livremente no que lhe agradasse. Contudo, um vento anormal soprou, um vento que carregava toda a imponência do destino. Lucas foi acordado de seus devaneios. Sabia onde ir. Sabia o que fazer. Com um único movimento, montou em Joe e ambos, Lorde e Montaria, dispararam a todo galope para Prontera.
Enquanto isso, o vulto no centro da cidade abaixou o capuz e desabotoou o manto, deixando-o cair suavemente no chão de pedra da cidade. Era um menestrel, e tinha cabelos curtos e marrons, que se espetavam rebeldemente para todos os lados. Em cima desses cabelos, usava um Chapéu de Deviruchi e, sobre os olhos, usava uma Venda, tapando-os. Ainda assim, conseguia saber perfeitamente o posicionamento de cada pessoa naquele lugar. Pois ele era um Guardião de Midgard. Ele era Seism Sunreaver, o Menestrel Guardião de Midgard.
Ele sacou seu bandolim e o som do Poema de Bragi encheu a anormalmente silenciosa cidade de Prontera. De fato, o silêncio não era em Prontera, mas em quase todos os lugares do mundo, tudo se calou. O próprio Lucas, no meio do caminho entre as duas cidades, conseguia ouvir a música, tal era seu poder de propagação, e tal era o silêncio em Rune Midgard. Acelerou o passo.
- Por favor... ouçam a minha história... – começou o Guardião. Lucas adentrava Prontera naquele momento, as passadas velozes de Joe quebrando o silêncio da cidade. – Pode ser nossa única chance...
Finalmente, o PecoPeco diminuiu o passo no que se aproximou da multidão. De cima de Joe, Lucas tinha uma visão privilegiada, então, não precisou furar a multidão para observar. Joe fechou os olhos. Não perderia aquilo de jeito nenhum, iria enxergar através dos pensamentos de Lucas...
Então, o Guardião começou a recitar, os olhos fixos no chão:
- Àquele que possa interessar, ainda há uma opção;
- Àquele que mostre interesse, há uma esperança;
- Àquele que tenha dedicação, criamos uma oportunidade para a vitória;
- Àquele que acredite, contamos uma fábula de final feliz...
O Menestrel pausou. Lucas prendeu a respiração. Era o que esperava. O primeiro indício de algo estava para começar... Seism continuou.
- Àquele que ergue a espada, existe um inimigo;
- Àquele que branda o escudo, existe alguém a ser protegido;
- Àquele que revitaliza, existe alguém a ser curado;
- Àquele que invoca o elemento, uma magia a ser aplicada;
- Àquele que posiciona e dispara a flecha, um alvo a ser atingido;
- Àquele que...
O Guardião pausou. Lucas apenas observava. Aproveitou a pausa para espiar as pessoas ao seu redor. Todas estavam como ele. Observavam Seism com curiosidade. Então, recomeçou:
- Àquele que possa interessar ou, ainda, àquele que tenha o intuito de descobrir um interesse, uma luta, um desejo, um sonho, uma ação, uma possibilidade ou, ainda, seu destino...
- E também a todos vocês, cidadãos de Midgard, existe uma mensagem dos Céus. Uma mensagem que nem mesmo este novo Guardião pode passar.
- Uma terrível era se aproxima. E, dizem as profecias, que ninguém será poupado. Mas nós, Guardiões, decidimos intervir no destino. Porque acreditamos que não existe nenhum Deus cruel o suficiente para criar os homens e dar a eles expectativas para, momentos depois, tira-las de suas mãos.
- Hoje, pedimos pela ajuda das aladas para desafiar a vontade de um antigo Deus. Um Deus cruel. Mas, é claro, somos poucos e somos fracos.
- Um novo segredo se aproxima. Uma nova era recairá sobre Midgard. Este novo momento pode ser de prosperidade ou de tristeza. Nós deixamos de lado os escritos para permitir que vocês escrevam essa história. Vocês, mais que nós, ou mais que os Deuses, são os donos de seus destinos. Foi sob o suor dos homens que todas as coisas boas – e as ruins, também – vieram a acontecer em nossa terra.
- Portanto, nada mais justo que dar a vocês o direito da escolha.
- Quando o relógio astral marcar 22 estrelas na décima primeira galáxia eu me encontrarei com vocês na cidade de Geffen. Pouco antes do pousar do sol. Mas... é claro...
- Isso é apenas uma história que pode ser uma bobeira. Um delírio de um contador de histórias; uma piada contra quem possui sua crença; ou, ainda, um desafio impossível de ser vencido. Realmente, talvez seja apenas uma bobeira...
- Uma bobeira... àquele que possa interessar...
Com essa última frase, Seism deu as costas e desapareceu, como era típico dos Guardiões. Eram ocupados demais. Mas a mensagem havia sido dada... uma era terrível se aproxima...
- 22 estrelas da Décima primeira Galáxia... – Lucas instintivamente tentou coçar a cabeça. A mão encontrou o Elmo Fechado antes, mas o coçou da mesma forma – Décima primeira galáxia... 11... 22 estrelas... 22... 22 do 11... é uma data!! Isso significa... 22 de Novembro! Temos algumas semanas...
https://www.youtube.com/watch?v=KSY4Yi2ypno
Decidiu que não iria convocar o Exército da Chama todo para isso. Pelo visto, seria só um aviso. E a maioria deles provavelmente iria comparecer de qualquer modo. Mesmo sabendo que ainda iria demorar bastante, não pôde evitar de passar os próximos dias de “tocaia” em Geffen...
Finalmente, o dia chegou. Lucas estava descansando, de olhos fechados, recostado na Torre de Geffen, esperando. Era hoje...
Então, ouviu passos. Abriu os olhos, e se deparou com dezenas de pessoas. Dezenas de amigos. Dezenas de integrantes do Exército da Chama. Sem exagero, com certeza havia unas 20 pessoas ou mais ali. Todas se sentaram ao redor do Lorde, acenando e sorrindo. Reconheceu todas as faces: Kemaryus, Ignatyus, Rockstar, Lacey – um Mestre Taekwon que alternava entre ser um valoroso companheiro de batalhas e um extremamente irritante rival -, Lothar e Sylphie, que vieram de mãos dadas, entre outras pessoas. Lucas localizou por perto também dois membros da Organização VII – Hiei Blackfrost, um Algoz, e Numb, um Atirador de Elite. Hiei se aproximou, Numb não.
- Pessoal, vamos dar uma leve organizada... Essas pessoas... – e abrangeu um determinado grupo de pessoas – ficam sob minha tutela. O resto, da do Hiei, pode ser?
O grande grupo confirmou e ficou conversando, discutindo sobre o que o Guardião Seism iria lhes apresentar. Mais gente foi chegando aos poucos e, por fim, o relógio bateu 19:30. Então, com um gracioso deslocamento de ar, o Guardião Seism simplesmente apareceu ali. Se estava invisível ali escutando a conversa invisível esse tempo todo ou se simplesmente “surgira” ali, Lucas nunca saberia. Então, a voz melodiosa do Menestrel se propagou pelo ar.
- Olá, guerreiros.
Lucas se levantou e se curvou.
- Lucas Rodolfo e o Exército da Chama se apresentando, senhor Seism.
- Sim, sim. Muito prazer. Vamos chamar os outros aventureiros que forem nos seguir...
Dito isso, Seism começou a caminhar com passos graciosos por Geffen. O Exército da Chama rapidamente o acompanhou. Um pequeno passeio foi tudo que Seism precisou para colocar uma verdadeira procissão às suas costas.
- Hoje, aventureiros, vocês verão algo de extrema importância... Infelizmente, tenho que dizer, os Guardiões de Midgard vão abandonar este mundo.
Lucas parou, em choque, mas acabou sendo arrastado pela multidão. O Guardião continuando falando.
- Chegou a hora dos homens governarem a si mesmos, que tomarem controle do mundo que é deles. Mas não vou dizer muita coisa, a Valquíria Sandra irá dar mais detalhes. É ela que vamos visitar.
O grupo, liderado por Sunreaver, saiu pelo oeste de Geffen, parando na ponte da cidade. Seism inspirou com prazer, aproveitando o ar natural do local. Tirando pela ponte e pela cidade, todo o local estava “ao natural”, o chão composto de grama verde e fofa. Fabres se arrastavam pelo chão e Porings pulavam, felizes, enquanto Creamys voavam juntas pela região – voando até que bem raso.
O turbilhão de passos retumbou quando o grupo avançou. O seu objetivo era um lugar conhecido como “Observatório de Geffen”. Era uma pequena faixa de terra, pequena e bem fina, que se estendia pelo céu até acima das nuvens, onde terminava em uma ilhota a muitos e muitos metros do chão. Lucas olhou, apreensivo. Ele nunca entendeu como uma faixa de terra tão fina se sustentava no ar, e realmente duvidava que fosse agüentar todas aquelas pessoas. Contudo, Joe avançou, e Lucas se endireitou na sela. Quando chegaram no topo, o grupo ficou realmente apertado. Várias pessoas ameaçavam cair da ilhota para a morte lá em baixo. Lucas ficou feliz em constatar que o local parecia agüentar as pessoas.
Então, Lucas percebeu alguém ali, e não foi o único: As pessoas se deram conta que, entre eles, estava Laedhros, Algoz, inimigo público número 1 do Reino, e Arauto de Morroc. Lucas fechou a cara, ao mesmo tempo que seu punho se fechou sobre o cabo da Pilares. Joe grasnou. Ao seu lado, Lucas viu que Lothar e Sylphie também olhavam sérios para o Algoz, e Lacey cochichou para alguém próximo:
- Que tal se empurrarmos ele? Vamos fazer parecer um acidente...
Apesar de tudo, Seism não se perturbou com a chegada dele.
- Laedhros por aqui, quem diria.
- Sim... vim ouvir toda essa tolice. – Replicou o Arauto.
- Isso tudo me desperta memórias... – começou o Guardião – eu lembro de cada um de vocês aqui. Lembro da época que Laedhros era menos... irritante... Lacey era menos... estrela... Lucas era menos... Lorde...
Algumas pessoas – Lucas incluso – riram. Seism podia ser um Guardião de Midgard, mas antes de tudo, era um Menestrel.
- Enfim, já vou avisando, a Valquíria é muito temperamental, então tomem cuidado.
Dito isso, o Guardião pisou um toco de madeira no chão daquela ilhota e sumiu. Um a um, os heróis que podiam fazer aquilo foram entrando no Hall da Valquíria através daquele toco. Os que não podiam acenaram para os que entravam e voltaram para Geffen.
Lucas apareceu lá dentro, em um corredor. O local flutuava acima das nuvens, com uma graça angelical. Seu chão era de pedra, e não haviam paredes. Os heróis seguiram, reto, até chegarem numa sala. Lá, em cima de um patamar mais elevado, planando graciosamente a centímetros do chão, estava a Valquíria. Lucas não conseguiu conter a si mesmo, desceu de Joe e se curvou perante tão magnífica presença. Ela era... celestial. Emitia uma aura de poder, mas ao mesmo tempo de pureza. As asas eram brancas como a neve, a reflexão da luz nas penas faziam parecer que a dama celeste brilhava. Contudo, não deveria ser confundida com uma donzela indefesa: Carregava um cetro na mão direita, e vestia uma imponente armadura por cima das roupas. Era uma visão linda. Não era novidade para Lucas, já vira Valquírias antes, mas isso não mudava o fato que era uma visão impressionante. Ao lado de Lucas, Joe imitou o companheiro, prostrando-se de joelhos perante a Enviada de Odin. Muitos outros imitaram o gesto. Seism subiu aquela elevação e se sentou ao lado da Valquíria.
- São esses os “heróis” que você convocou, Seism? Homens e mulheres fracos, e até crianças? Eles nunca vão conseguir...
- Não saberemos se não tentarmos. – Replicou o Guardião.
- Continua com a língua afiada, igualzinho à época que era Menestrel... Pois bem! Humanos, vocês foram chamados até aqui por um motivo. Vocês tem uma missão, devem fazer a palavra correr pelos quatro cantos de Midgard. Todo mercador deve contar aos seus consumidores, e todo bardo deve narrar em suas histórias, e todo Lorde deve passar aos seus súditos, e todo algoz deve deixar sua vítima ciente. Em breve, vocês receberão uma visita. Uma visita como nunca imaginaram. Quase uma dezena de tarefas divinas recairá sobre vocês, homens, e as decisões que tomarem em conjunto, isto é, como um grupo, irão repercutir na história de Rune-Midgard. Hoje, os Guardiões decidiram conceder à vocês o poder de governar o mundo. Espero que não me arrependa disso.
- Não irá – pronunciou-se Lucas, firme – eu prometo.
- A missão de vocês – disse Seism, novamente – é ingressar numa jornada para pregar uma só palavra... Voluspá.
- Hum... err... Vossa Excelência, erm.... Vossa Santidade Valquírica?... – Manifestou-se Hiei, hesitante.
- Diga, Hiei.
- A pressa é necessária?
- Depende, a presença do mundo é necessária para você? – Retrucou a dama celeste, com um sorriso irônico. Hiei abaixou a cabeça.
- Então, nossa missão é contar ao mundo as boas novas? – Perguntou Ignatyus, o arquimago da Ordem das Valquírias.
- Eu não chamaria de boas... isso são para otimistas como o Sunreaver aqui. – Seism olhou de forma cômica para a Valquíria, efeito cômico só aumentado pelo fato que ele estava vendado – eu chamaria apenas de “novas”.
- Não importa o que os Deuses joguem sobre nós... – disse Lucas novamente – eu sei muito bem que vamos supera-los.
- A confiança de vocês é muito interessante. É uma pena saber que serão derrotados por ela. – Retrucou a valquíria, olhando Lucas nos olhos. Ele sustentou o olhar. Começou a sentir raiva. Ela estava brincando com eles...
- Faltam poucos ciclos de Luz até o nosso próximo encontro... e, quando ele acontecer, todos os Guardiões estarão presentes, assim como as Damas de Odin. Por enquanto, estudem o Voluspá. Busquem seu significado e sua essência. A compreensão da magnitude da mesma é extremamente necessária para que haja esperança.
Lucas olhou ao redor. Ignatyus estava focado em profunda concentração, Hiei olhava distraído para o chão, Numb parecia estar dormindo, Garbas olhava de volta para Lucas, sério, Laedhros estava mais afastado, na entrada, com os punhos cerrados.
- Não importa o que aconteça... – repetiu o Lorde, encarando a Valquíria em desafio – Nós vamos triunfar juntos. Vocês não podem superar a nós... ao Exército da Chama!
A Valquíria apenas sorriu. Pouco a pouco, os heróis se retiraram, até se verem de volta ao mirante de Geffen. Lucas e Garbas ficaram propositadamente para traz, assim como Laedhros, que os observava. Lucas olhou para o Algoz.
- É uma pena que andemos em estradas diferentes. Mas, com sorte, um dia elas podem se unificar. – Disse o Lorde, observando-o. Laedhros fez que sim com a cabeça.
- Hmhm... quem sabe um dia... – dito isso, desapareceu. Lucas se virou para Garbas.
- É, camarada, as coisas vão complicas... mas sei que vamos conseguir. O Exército da Chama ta aí pra isso.
- Sim. Saiba que pode contar com meu apoio total, amigo.
Lucas afirmou com um aceno de cabeça e lhe deu as costas. Era hora de voltar à Geffen e contar as novidades...
E assim começa pra valer o Conto do Exército da Chama... Conseguirá Lucas, junto do Exército da Chama, formar a resistência humana e superar o desafio divino? Ou irão os homens sucumbir perante os testes impostos pelos Deuses? Somente o tempo irá dizer....
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¹ = Demóstenes foi um grego que queria ser orador (equivalente ao nosso advogado), mas que tinha uma voz fraca e era tímido. Invés de desistir, ele foi à praia, encheu a boca de pedras e começou a falar para o mar. Foi forçado a melhorar a pronúncia, pois as pedras o atrapalhavam, e a falar alto, para superar o som das ondas. Então, quando foi a vez de falar para uma platéia normal – sem pedras nem ondas – Demóstenes se saiu excepcionalmente bem, com muita facilidade. Portanto, Método Demóstenes consiste em fazer algo com uma dificuldade bastante elevada para, quando se retiram as dificuldades, a condição “normal” daquela coisa seja extremamente simples.
Esse capítulo deu um pouco de trabalho para escrever, pois eu devia fidelidade ao que aconteceu realmente. De qualquer forma, Lucas treinando ao som de Eye of The Tiger era algo que eu PRECISAVA fazer xD.
Enfim, espero que tenham gostado, dei o meu melhor. Eu diria que a parte mais foda desse capítulo foi a chegada do Seism, fiz o possível para colocar uma carga grandiosa nessa passagem, afinal, foi o primeiro sinal de que algo grandioso iria acontecer. E Scars of Time ao fundo só acentua isso tudo, hehe.
Enfim, comentem, digam o que acharam ^^
PS: Novos Capítulos podem demorar. Isso aqui encerra todos os acontecimentos pré-voluspá. Ou seja, a fic só deve continuar quando começar o Evento. Fiquem de olho o/
@Samuel: Escreverei. *escudo anti-chicotes*
E, bewm, aqui está o Capítulo 4! /o/. Desculpem a demora, tava com uma preguiça do cão pra escrever e pra postar... >_>. Mas tá aqui. Enjoy /o/
[Exército da Chama – Capítulo 4 – Voluspá]
Lucas acordou cedo no dia seguinte. Era hora de se fortalecer para o que estava por vir. O sol brilhava forte no céu.
https://www.youtube.com/watch?v=cf45I1ZI__w
Saiu da estalagem caminhando pelos chãos de pedra de Geffen e, então, se dirigiu à Kafra mais próxima, na saída leste da cidade. Alguns minutos depois, estava, junto de Joe, no antigo Campo de Treinamento de Espadachins, em Prontera. Cada passada levantava uma nuvem de poeira e deixava uma pegada naquele chão de terra batida. Sem a armadura, apenas com a Pilares apoiada nos ombros, Lucas entrou em posição de combate em frente à um boneco. Joe encarou um outro. Então, começaram, exatamente ao mesmo instante, a golpear seus respectivos bonecos.
E assim ficaram. O dia inteiro, Lorde e PecoPeco atacaram com ferocidade seus bonecos. Nos dias seguintes, fez sol, fez chuva, fez calor e fez frio, mas Lucas e Joe podiam ser vistos, todos os dias, todo o tempo, atacando os bonecos e – dois dias depois do início, quando não existiam mais bonecos inteiros – inimigos imaginários. A fúria e o poder da dupla era impressionante.
Dias depois, Lucas se aproximou, a passos cautelosos, na Cavalaria de Prontera. De novo, não vestia a Armadura, mas quimono de cor vermelha. Mas não foi até a Cavalaria, parou um pouco à frente, onde um tatame estava estendido no chão e 10 Cavaleiros treinavam combates corpo-a-corpo desarmado – artes marciais. Todos se calaram à aproximação dele. Aqueles 10 Cavaleiros não eram iniciantes, já estavam no curso avançado de combate, mas sabiam reconhecer um Lorde. Lucas apenas parou no meio do tatame. Apontou os 4 alunos mais fortes e o instrutor, e fez um sinal inconfundível para virem pra cima. Eles apenas se entreolharam e sorriram com a petulância do recém-chegado, e avançaram.
Lucas desviou do soco do primeiro que avançou pela sua frente. Um segundo veio pelo lado direito e tentou soca-lo também, mas Lucas segurou o punho dele com a mão esquerda, passou sua perna direita por trás das pernas do adversário e, com o braço direito, o empurrou para frente. O Cavaleiro caiu, e o Lorde prensou seu pescoço com a perna esquerda, ao mesmo tempo que aparava um chute de outro adversário com ambas as mãos. Ouviu o Cavaleiro que estava sob sua perna dar tapas no chão, indicando que desistia. Lucas se levantou e aparou com as mãos os três socos seguintes, que vieram de dois adversários ao mesmo tempo. Então, deu uma cotovelada no estômago do mais próximo e, pegando-o pelos ombros, usou-o de escudo para o soco do segundo adversário. Ao mesmo tempo que este primeiro levava um soco nas costas, Lucas encaixou seu ombro na axila do adversário e o derrubou no chão. Então, chutou, derrubando facilmente o outro.
Se virou. Sobravam um aluno e o instrutor, mas o aluno parecia muito assustado. O Instrutor avançou, socando e chutando uma velocidade impressionante. Lucas aparou os 4 golpes sem conseguir uma brecha para contra-ataque, e acabou recebendo o quinto, um chute em seu estômago. O Instrutor emendou um soco, que derrubou o Lorde. Este, contudo, apenas deu uma cambalhota para trás e se levantou.
Sem nenhuma palavra, o Instrutor avançou de novo, mas agora Lucas sabia o que fazer. O adversário tentou três socos, que Lucas desviou, e, então, um chute. Era a brecha que o Lorde precisava. Segurou o chute com ambos os braços e jogou a perna do Instrutor para cima. Ele girou uma vez no ar e caiu de costas no chão, e Lucas finalizou a luta com um soco extremamente potente no peito do adversário. Então, ajudou-o a se levantar, ofereceu uma Poção Branca para cada um dos que estavam caídos e fez uma reverência, desculpando-se por ter invadido a aula.
Dias depois, Lucas estava de volta ao Campo de Treinamento dos Espadachins em Prontera. Sem camisa, fazia flexões, com um braço e um peso de 50 quilos nas costas. Enquanto isso, Joe corria pelo campo, com vários pesos por todo o seu corpo. Da mesma forma que antes, Lucas acabou virando quase que uma “atração turística” do local, pois estava sempre ali, à mesma hora, todos os dias.
Um dia, mudou o exercício. Agora, estava socando o ar, com pesos de 10 quilos amarrados em cada braço, como se lutasse com um adversário imaginário. Joe dava bicadas no vento com 10 quilos no bico também.
Em outro dia, o Lorde pôde ser visto lutando com sua Pilares, tendo amarrado mais 10 quilos nela.
Os dias foram se passando, até completarem um mês e meio. E foi então que Lucas foi visto treinando lá pela última vez. Repetiu os exercícios em ordem, dessa vez sem nenhum peso. Flexões de dois braços, um braço, socos no ar e, por fim, apanhou a Pilares e a armadura. Vestiu-se como o Lorde que era, e sorriu – a armadura não parecia mais pesada que o quimono. Ao mesmo tempo, ele girou a Pilares com apenas uma mão, apoiou-a no ombro, então segurou o cabo da arma com as duas e atacou o ar. Girou, estocou, perfurou (inclusive, em espiral) e atacou de todas as formas os inimigos imaginários que se formavam à sua frente, maravilhado com o fato que, após um treinamento tão intenso, estava muitíssimo mais fácil manejar a arma que, antes, dava muito trabalho.
Ao seu lado – e Lucas podia sentir isso graças à sua conexão – Joe sentia um prazer igual. Conseguia correr com quase o dobro da antiga velocidade, sem se cansar, suas bicadas estavam muito mais rápidas e precisas.
- Método Demóstenes. De fato, funciona... ¹
Por fim, Lucas se dirigiu, montado em Joe – e sentido a passada cada vez mais veloz – para o norte da cidade. A Guarda Continental estava, novamente, promovendo o acesso aos “Mapas Especiais”, locais de treinamento com uma imensa quantidade de monstros e vários feitiços de proteção semelhantes aos da Guerra do Emperium, que tornavam impossível uma morte ali. Com um sorriso, Lucas se inscreveu para os mapas...
Por mais duas semanas treinou, e por várias outras descansou em sua cidade natal, Izlude. O Lorde esperava, dia após dia, temendo que o próximo dia pudesse lhe dar mais alguma pista, algum sinal, de quando tudo iria começar...
https://www.youtube.com/watch?v=J46RY4PU8a8
Finalmente, aconteceu. Um vulto passou por Prontera, inicialmente insignificante em meio à toda a balbúrdia da movimentada cidade. Tinha o corpo totalmente envolto num manto, a face escondida nas sombras de um capuz. Contudo, a cada passo que ele dava, uma parte da multidão se calava, hipnotizada pelo vulto. Ele exercia uma aura de poder sobre as pessoas. Um único olhar era o bastante para perceber que não era um humano. Pelo contrário, era muito, muito mais do que isso...
Por fim, parou na praça central da capital – já tendo atraído uma pequena multidão com ele. Rapidamente, todas as pessoas de Prontera começaram a ignorar o que faziam para se aproximarem.
E, claro, tal aparição afetou absolutamente tudo. O boato se espalhou rápido e, naquele momento, absolutamente todas as pessoas em Midgard sentiam um pressentimento que algo grande estava para começar em Prontera.
E Lucas? Se localizava naquele momento na ponte que saía de Izlude. Seu olhar vagava no infinito horizonte, na junção do mar com o céu. Sua mente flutuava, pensando livremente no que lhe agradasse. Contudo, um vento anormal soprou, um vento que carregava toda a imponência do destino. Lucas foi acordado de seus devaneios. Sabia onde ir. Sabia o que fazer. Com um único movimento, montou em Joe e ambos, Lorde e Montaria, dispararam a todo galope para Prontera.
Enquanto isso, o vulto no centro da cidade abaixou o capuz e desabotoou o manto, deixando-o cair suavemente no chão de pedra da cidade. Era um menestrel, e tinha cabelos curtos e marrons, que se espetavam rebeldemente para todos os lados. Em cima desses cabelos, usava um Chapéu de Deviruchi e, sobre os olhos, usava uma Venda, tapando-os. Ainda assim, conseguia saber perfeitamente o posicionamento de cada pessoa naquele lugar. Pois ele era um Guardião de Midgard. Ele era Seism Sunreaver, o Menestrel Guardião de Midgard.
Ele sacou seu bandolim e o som do Poema de Bragi encheu a anormalmente silenciosa cidade de Prontera. De fato, o silêncio não era em Prontera, mas em quase todos os lugares do mundo, tudo se calou. O próprio Lucas, no meio do caminho entre as duas cidades, conseguia ouvir a música, tal era seu poder de propagação, e tal era o silêncio em Rune Midgard. Acelerou o passo.
- Por favor... ouçam a minha história... – começou o Guardião. Lucas adentrava Prontera naquele momento, as passadas velozes de Joe quebrando o silêncio da cidade. – Pode ser nossa única chance...
Finalmente, o PecoPeco diminuiu o passo no que se aproximou da multidão. De cima de Joe, Lucas tinha uma visão privilegiada, então, não precisou furar a multidão para observar. Joe fechou os olhos. Não perderia aquilo de jeito nenhum, iria enxergar através dos pensamentos de Lucas...
Então, o Guardião começou a recitar, os olhos fixos no chão:
- Àquele que possa interessar, ainda há uma opção;
- Àquele que mostre interesse, há uma esperança;
- Àquele que tenha dedicação, criamos uma oportunidade para a vitória;
- Àquele que acredite, contamos uma fábula de final feliz...
O Menestrel pausou. Lucas prendeu a respiração. Era o que esperava. O primeiro indício de algo estava para começar... Seism continuou.
- Àquele que ergue a espada, existe um inimigo;
- Àquele que branda o escudo, existe alguém a ser protegido;
- Àquele que revitaliza, existe alguém a ser curado;
- Àquele que invoca o elemento, uma magia a ser aplicada;
- Àquele que posiciona e dispara a flecha, um alvo a ser atingido;
- Àquele que...
O Guardião pausou. Lucas apenas observava. Aproveitou a pausa para espiar as pessoas ao seu redor. Todas estavam como ele. Observavam Seism com curiosidade. Então, recomeçou:
- Àquele que possa interessar ou, ainda, àquele que tenha o intuito de descobrir um interesse, uma luta, um desejo, um sonho, uma ação, uma possibilidade ou, ainda, seu destino...
- E também a todos vocês, cidadãos de Midgard, existe uma mensagem dos Céus. Uma mensagem que nem mesmo este novo Guardião pode passar.
- Uma terrível era se aproxima. E, dizem as profecias, que ninguém será poupado. Mas nós, Guardiões, decidimos intervir no destino. Porque acreditamos que não existe nenhum Deus cruel o suficiente para criar os homens e dar a eles expectativas para, momentos depois, tira-las de suas mãos.
- Hoje, pedimos pela ajuda das aladas para desafiar a vontade de um antigo Deus. Um Deus cruel. Mas, é claro, somos poucos e somos fracos.
- Um novo segredo se aproxima. Uma nova era recairá sobre Midgard. Este novo momento pode ser de prosperidade ou de tristeza. Nós deixamos de lado os escritos para permitir que vocês escrevam essa história. Vocês, mais que nós, ou mais que os Deuses, são os donos de seus destinos. Foi sob o suor dos homens que todas as coisas boas – e as ruins, também – vieram a acontecer em nossa terra.
- Portanto, nada mais justo que dar a vocês o direito da escolha.
- Quando o relógio astral marcar 22 estrelas na décima primeira galáxia eu me encontrarei com vocês na cidade de Geffen. Pouco antes do pousar do sol. Mas... é claro...
- Isso é apenas uma história que pode ser uma bobeira. Um delírio de um contador de histórias; uma piada contra quem possui sua crença; ou, ainda, um desafio impossível de ser vencido. Realmente, talvez seja apenas uma bobeira...
- Uma bobeira... àquele que possa interessar...
Com essa última frase, Seism deu as costas e desapareceu, como era típico dos Guardiões. Eram ocupados demais. Mas a mensagem havia sido dada... uma era terrível se aproxima...
- 22 estrelas da Décima primeira Galáxia... – Lucas instintivamente tentou coçar a cabeça. A mão encontrou o Elmo Fechado antes, mas o coçou da mesma forma – Décima primeira galáxia... 11... 22 estrelas... 22... 22 do 11... é uma data!! Isso significa... 22 de Novembro! Temos algumas semanas...
https://www.youtube.com/watch?v=KSY4Yi2ypno
Decidiu que não iria convocar o Exército da Chama todo para isso. Pelo visto, seria só um aviso. E a maioria deles provavelmente iria comparecer de qualquer modo. Mesmo sabendo que ainda iria demorar bastante, não pôde evitar de passar os próximos dias de “tocaia” em Geffen...
Finalmente, o dia chegou. Lucas estava descansando, de olhos fechados, recostado na Torre de Geffen, esperando. Era hoje...
Então, ouviu passos. Abriu os olhos, e se deparou com dezenas de pessoas. Dezenas de amigos. Dezenas de integrantes do Exército da Chama. Sem exagero, com certeza havia unas 20 pessoas ou mais ali. Todas se sentaram ao redor do Lorde, acenando e sorrindo. Reconheceu todas as faces: Kemaryus, Ignatyus, Rockstar, Lacey – um Mestre Taekwon que alternava entre ser um valoroso companheiro de batalhas e um extremamente irritante rival -, Lothar e Sylphie, que vieram de mãos dadas, entre outras pessoas. Lucas localizou por perto também dois membros da Organização VII – Hiei Blackfrost, um Algoz, e Numb, um Atirador de Elite. Hiei se aproximou, Numb não.
- Pessoal, vamos dar uma leve organizada... Essas pessoas... – e abrangeu um determinado grupo de pessoas – ficam sob minha tutela. O resto, da do Hiei, pode ser?
O grande grupo confirmou e ficou conversando, discutindo sobre o que o Guardião Seism iria lhes apresentar. Mais gente foi chegando aos poucos e, por fim, o relógio bateu 19:30. Então, com um gracioso deslocamento de ar, o Guardião Seism simplesmente apareceu ali. Se estava invisível ali escutando a conversa invisível esse tempo todo ou se simplesmente “surgira” ali, Lucas nunca saberia. Então, a voz melodiosa do Menestrel se propagou pelo ar.
- Olá, guerreiros.
Lucas se levantou e se curvou.
- Lucas Rodolfo e o Exército da Chama se apresentando, senhor Seism.
- Sim, sim. Muito prazer. Vamos chamar os outros aventureiros que forem nos seguir...
Dito isso, Seism começou a caminhar com passos graciosos por Geffen. O Exército da Chama rapidamente o acompanhou. Um pequeno passeio foi tudo que Seism precisou para colocar uma verdadeira procissão às suas costas.
- Hoje, aventureiros, vocês verão algo de extrema importância... Infelizmente, tenho que dizer, os Guardiões de Midgard vão abandonar este mundo.
Lucas parou, em choque, mas acabou sendo arrastado pela multidão. O Guardião continuando falando.
- Chegou a hora dos homens governarem a si mesmos, que tomarem controle do mundo que é deles. Mas não vou dizer muita coisa, a Valquíria Sandra irá dar mais detalhes. É ela que vamos visitar.
O grupo, liderado por Sunreaver, saiu pelo oeste de Geffen, parando na ponte da cidade. Seism inspirou com prazer, aproveitando o ar natural do local. Tirando pela ponte e pela cidade, todo o local estava “ao natural”, o chão composto de grama verde e fofa. Fabres se arrastavam pelo chão e Porings pulavam, felizes, enquanto Creamys voavam juntas pela região – voando até que bem raso.
O turbilhão de passos retumbou quando o grupo avançou. O seu objetivo era um lugar conhecido como “Observatório de Geffen”. Era uma pequena faixa de terra, pequena e bem fina, que se estendia pelo céu até acima das nuvens, onde terminava em uma ilhota a muitos e muitos metros do chão. Lucas olhou, apreensivo. Ele nunca entendeu como uma faixa de terra tão fina se sustentava no ar, e realmente duvidava que fosse agüentar todas aquelas pessoas. Contudo, Joe avançou, e Lucas se endireitou na sela. Quando chegaram no topo, o grupo ficou realmente apertado. Várias pessoas ameaçavam cair da ilhota para a morte lá em baixo. Lucas ficou feliz em constatar que o local parecia agüentar as pessoas.
Então, Lucas percebeu alguém ali, e não foi o único: As pessoas se deram conta que, entre eles, estava Laedhros, Algoz, inimigo público número 1 do Reino, e Arauto de Morroc. Lucas fechou a cara, ao mesmo tempo que seu punho se fechou sobre o cabo da Pilares. Joe grasnou. Ao seu lado, Lucas viu que Lothar e Sylphie também olhavam sérios para o Algoz, e Lacey cochichou para alguém próximo:
- Que tal se empurrarmos ele? Vamos fazer parecer um acidente...
Apesar de tudo, Seism não se perturbou com a chegada dele.
- Laedhros por aqui, quem diria.
- Sim... vim ouvir toda essa tolice. – Replicou o Arauto.
- Isso tudo me desperta memórias... – começou o Guardião – eu lembro de cada um de vocês aqui. Lembro da época que Laedhros era menos... irritante... Lacey era menos... estrela... Lucas era menos... Lorde...
Algumas pessoas – Lucas incluso – riram. Seism podia ser um Guardião de Midgard, mas antes de tudo, era um Menestrel.
- Enfim, já vou avisando, a Valquíria é muito temperamental, então tomem cuidado.
Dito isso, o Guardião pisou um toco de madeira no chão daquela ilhota e sumiu. Um a um, os heróis que podiam fazer aquilo foram entrando no Hall da Valquíria através daquele toco. Os que não podiam acenaram para os que entravam e voltaram para Geffen.
Lucas apareceu lá dentro, em um corredor. O local flutuava acima das nuvens, com uma graça angelical. Seu chão era de pedra, e não haviam paredes. Os heróis seguiram, reto, até chegarem numa sala. Lá, em cima de um patamar mais elevado, planando graciosamente a centímetros do chão, estava a Valquíria. Lucas não conseguiu conter a si mesmo, desceu de Joe e se curvou perante tão magnífica presença. Ela era... celestial. Emitia uma aura de poder, mas ao mesmo tempo de pureza. As asas eram brancas como a neve, a reflexão da luz nas penas faziam parecer que a dama celeste brilhava. Contudo, não deveria ser confundida com uma donzela indefesa: Carregava um cetro na mão direita, e vestia uma imponente armadura por cima das roupas. Era uma visão linda. Não era novidade para Lucas, já vira Valquírias antes, mas isso não mudava o fato que era uma visão impressionante. Ao lado de Lucas, Joe imitou o companheiro, prostrando-se de joelhos perante a Enviada de Odin. Muitos outros imitaram o gesto. Seism subiu aquela elevação e se sentou ao lado da Valquíria.
- São esses os “heróis” que você convocou, Seism? Homens e mulheres fracos, e até crianças? Eles nunca vão conseguir...
- Não saberemos se não tentarmos. – Replicou o Guardião.
- Continua com a língua afiada, igualzinho à época que era Menestrel... Pois bem! Humanos, vocês foram chamados até aqui por um motivo. Vocês tem uma missão, devem fazer a palavra correr pelos quatro cantos de Midgard. Todo mercador deve contar aos seus consumidores, e todo bardo deve narrar em suas histórias, e todo Lorde deve passar aos seus súditos, e todo algoz deve deixar sua vítima ciente. Em breve, vocês receberão uma visita. Uma visita como nunca imaginaram. Quase uma dezena de tarefas divinas recairá sobre vocês, homens, e as decisões que tomarem em conjunto, isto é, como um grupo, irão repercutir na história de Rune-Midgard. Hoje, os Guardiões decidiram conceder à vocês o poder de governar o mundo. Espero que não me arrependa disso.
- Não irá – pronunciou-se Lucas, firme – eu prometo.
- A missão de vocês – disse Seism, novamente – é ingressar numa jornada para pregar uma só palavra... Voluspá.
- Hum... err... Vossa Excelência, erm.... Vossa Santidade Valquírica?... – Manifestou-se Hiei, hesitante.
- Diga, Hiei.
- A pressa é necessária?
- Depende, a presença do mundo é necessária para você? – Retrucou a dama celeste, com um sorriso irônico. Hiei abaixou a cabeça.
- Então, nossa missão é contar ao mundo as boas novas? – Perguntou Ignatyus, o arquimago da Ordem das Valquírias.
- Eu não chamaria de boas... isso são para otimistas como o Sunreaver aqui. – Seism olhou de forma cômica para a Valquíria, efeito cômico só aumentado pelo fato que ele estava vendado – eu chamaria apenas de “novas”.
- Não importa o que os Deuses joguem sobre nós... – disse Lucas novamente – eu sei muito bem que vamos supera-los.
- A confiança de vocês é muito interessante. É uma pena saber que serão derrotados por ela. – Retrucou a valquíria, olhando Lucas nos olhos. Ele sustentou o olhar. Começou a sentir raiva. Ela estava brincando com eles...
- Faltam poucos ciclos de Luz até o nosso próximo encontro... e, quando ele acontecer, todos os Guardiões estarão presentes, assim como as Damas de Odin. Por enquanto, estudem o Voluspá. Busquem seu significado e sua essência. A compreensão da magnitude da mesma é extremamente necessária para que haja esperança.
Lucas olhou ao redor. Ignatyus estava focado em profunda concentração, Hiei olhava distraído para o chão, Numb parecia estar dormindo, Garbas olhava de volta para Lucas, sério, Laedhros estava mais afastado, na entrada, com os punhos cerrados.
- Não importa o que aconteça... – repetiu o Lorde, encarando a Valquíria em desafio – Nós vamos triunfar juntos. Vocês não podem superar a nós... ao Exército da Chama!
A Valquíria apenas sorriu. Pouco a pouco, os heróis se retiraram, até se verem de volta ao mirante de Geffen. Lucas e Garbas ficaram propositadamente para traz, assim como Laedhros, que os observava. Lucas olhou para o Algoz.
- É uma pena que andemos em estradas diferentes. Mas, com sorte, um dia elas podem se unificar. – Disse o Lorde, observando-o. Laedhros fez que sim com a cabeça.
- Hmhm... quem sabe um dia... – dito isso, desapareceu. Lucas se virou para Garbas.
- É, camarada, as coisas vão complicas... mas sei que vamos conseguir. O Exército da Chama ta aí pra isso.
- Sim. Saiba que pode contar com meu apoio total, amigo.
Lucas afirmou com um aceno de cabeça e lhe deu as costas. Era hora de voltar à Geffen e contar as novidades...
E assim começa pra valer o Conto do Exército da Chama... Conseguirá Lucas, junto do Exército da Chama, formar a resistência humana e superar o desafio divino? Ou irão os homens sucumbir perante os testes impostos pelos Deuses? Somente o tempo irá dizer....
-------------------------------------------------------------------------------
¹ = Demóstenes foi um grego que queria ser orador (equivalente ao nosso advogado), mas que tinha uma voz fraca e era tímido. Invés de desistir, ele foi à praia, encheu a boca de pedras e começou a falar para o mar. Foi forçado a melhorar a pronúncia, pois as pedras o atrapalhavam, e a falar alto, para superar o som das ondas. Então, quando foi a vez de falar para uma platéia normal – sem pedras nem ondas – Demóstenes se saiu excepcionalmente bem, com muita facilidade. Portanto, Método Demóstenes consiste em fazer algo com uma dificuldade bastante elevada para, quando se retiram as dificuldades, a condição “normal” daquela coisa seja extremamente simples.
Esse capítulo deu um pouco de trabalho para escrever, pois eu devia fidelidade ao que aconteceu realmente. De qualquer forma, Lucas treinando ao som de Eye of The Tiger era algo que eu PRECISAVA fazer xD.
Enfim, espero que tenham gostado, dei o meu melhor. Eu diria que a parte mais foda desse capítulo foi a chegada do Seism, fiz o possível para colocar uma carga grandiosa nessa passagem, afinal, foi o primeiro sinal de que algo grandioso iria acontecer. E Scars of Time ao fundo só acentua isso tudo, hehe.
Enfim, comentem, digam o que acharam ^^
PS: Novos Capítulos podem demorar. Isso aqui encerra todos os acontecimentos pré-voluspá. Ou seja, a fic só deve continuar quando começar o Evento. Fiquem de olho o/
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Eu rí do começo com Eye of the Tiger, mas achei que você também puxou um pouco de sardinha pro seu lado com a luta contra os 5 ou 6 cavaleiros, em? xD
No mais, foi legal. Melhor que antes, isso é, continue assim.
No mais, foi legal. Melhor que antes, isso é, continue assim.
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Uia adoray. Foi bem grande gostei =D
Agora tem que continuar a fic com força, invente passagens fica muito melhor para o enriquecimento da fic 8D
Queromais! *estala chicote*
Agora tem que continuar a fic com força, invente passagens fica muito melhor para o enriquecimento da fic 8D
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Samuel- Osíris
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
@Zy: Sim, puxei 8D. Mas o Lucas sempre foi especialista em combate corpo-a-corpo desarmado (tenho isso inclusive na ficha) e pode ter certeza que ele já completou esse curso aí e muitos outros q.
Farei o possível para continuar ^^
@Samuel: Não entendi. Como assim "Passagens"? E vá chicotear a LUG para apressar o Voluspá, só assim pra eu continuar escrevendo e_e
Farei o possível para continuar ^^
@Samuel: Não entendi. Como assim "Passagens"? E vá chicotear a LUG para apressar o Voluspá, só assim pra eu continuar escrevendo e_e
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
[Exército da Chama – Capítulo 5 – O Rompimento com a Ordem das Valquírias]
https://www.youtube.com/watch?v=RlXCexeWLG8
Do anúncio de Seism até alguma coisa acontecer de fato, vários meses se passaram. Nesses meses, Lucas se preparou e fez propagandas do Exército da Chama para os transeuntes.
Finalmente, chegou o dia dos primeiros sinais. Pedras começaram a aparecer por toda Rune Midgard. Eram impossíveis de serem retiradas do local onde estavam, e apresentavam alguma coisa escrita em uma linguagem desconhecida. Alertado pelo Templário Bruno, Capitão de Rune-Midgard e amigo de Lucas, o Lorde foi até a pedra e anotou a profecia. Cada uma das pedras apresentava uma palavra daquela língua traduzida para a nossa língua. Após uma busca incessante, que contou com ajuda de muitos membros do Exército da Chama, 5 pedras foram encontradas.
Após várias semanas de estudo, Lucas convocou todos os membros para uma reunião no Cemitério de Prontera. Ele estava sentado sobre Joe, de olhos fechados, quando todos chegaram. Uma imensa quantidade de pessoas havia aparecido ali. Pelo menos umas vinte. Entre elas, estavam alguns dos líderes do Exército, como Garbas, Samuel e Rockstar.
- Muito bem. Fico feliz de vê-los aqui. Vamos para um local mais reservado. Minha casa vai servir.
De lá, partiram a pé para Izlude. A caminhada nos campos de prontera foi agradável. O sol estava ameno e a brisa era agradável, apesar de carregar toda a imponência dos acontecimentos que ocorreriam em breve.
Logo chegaram a Izlude, e Lucas os conduziu por entre as várias casas, até uma. Era uma casinha realmente pequena, uma verdadeira cabana – apesar das paredes serem de tijolo e o telhado ser de telha mesmo, a casa parecia muito pequena – o que se confirmou quando Lucas abriu a porta, mostrando uma casa de um cômodo só. Haviam duas camas ali, uma pia e uma privada ao canto, um guarda-roupas e um armário de mantimentos. E mais nada. A casa cheirava um pouco à mofo, pelo visto não era muito usada.
- Podem entrar. – Disse o loiro, sorrindo e entrando. Com dificuldade, todos se ajeitaram no local, apesar de ficarem meio espremidos. – Eu os chamei aqui hoje porque tenho algo importante para falar, e para discutir com vocês.
O Lorde deu uma pausa e respirou fundo.
- Vou começar do começo. Acredito que todos vocês já saibam que pedras começaram a aparecer por toda Midgard, correto? Elas contém uma estranha profecia em uma língua misteriosa. Os Guardiões de Freya nos ajudaram a encontra-las.
No canto, Rockstar fez um aceno positivo com a cabeça.
- Pois bem. Cada pedra trazia uma palavra traduzida. Permitam-me mostrar... esta é a profecia completa:
“Meniwe nalima Valkyria
Eir, Skuld, Sigrun, Hildr,
Brynhildr, Gunnr
Coiveria freywe coivien.
Mahrita firien.
Illie Freywe.”
Lucas novamente parou, olhando para os presentes. Eles o observavam com atenção.
- Pois bem. Descobrimos exatamente 5 pedras. Além disso, a Ex-Guardiã de Midgard Luthien Silvermoon publicou um livro que pode ser visto na Biblioteca de Juno. Mas já já eu falo melhor dele. As palavras descobertas foram: Meniwe, que significa “Preparar”, Coiveria, que significa “Acordarão”, Firien, que significa “Homens”, Illie, que significa “Muno” e, por fim, a palavra mais importante: Freywe, que significa Vida ou Morte. É uma palavra ambígua que pode significar AMBAS as coisas. Mas enfim, pesquisadores do mundo todo começaram a investigar essas pedras. E é aí que a coisa complicou....
Outra pausa. Respirou profundamente e retomou.
- Dois pesquisadores entraram em uma divergência quanto o que a Profecia queria dizer. De um modo geral, ela dizia que as Valquírias trariam ou o Vida ou a Morte ao mundo. Essa diferenciação é por causa da palavra Freywe. Esses dois pesquisadores discutiram e formaram duas organizações antagônicas. I.M.P., Instituição pró-Mitologia e Pesquisa, e a S.I.R.O.M.A., Serviço de Investigação e Recrutamento da Ordem anti-Mitológica Alada. A IMP é um grupo pró-Valquírias que acredita que elas trarão a vida para o nosso mundo, enquanto a SIROMA acredita que elas trarão a destruição. E estaria tudo bem, se fosse só isso... mas a questão é que eles começaram a recrutar aventureiros para esses fazerem rituais de Liberação ou Selamento das Valquírias. E, com isso, eles estão lentamente montando um Exército particular para cada facção. E, quando o Voluspá em si chegar, o Teste dos Deuses... um vai culpar o outro. Entendem onde quero chegar?
https://www.youtube.com/watch?v=AGS_WRWe8KM
Todos na sala ficaram em silêncio. Lucas finalizou:
- Podemos estar a caminho de uma Guerra Civil em Midgard.
- Eu duvido. – Manifestou-se José Augusto, dos Guardiões de Freya – A Cavalaria conseguiria conter a população.
- Não, José. – replicou Lucas – Não vai dar pra controlar. E existem vários aventureiros de cada “lado”. Esmagariam a Cavalaria com facilidade se fosse o caso, além que uma batalha assim seria pior ainda. E, vale lembrar, enquanto essa Guerra estaria ocorrendo, também estaria o Voluspá. Ou seja... estamos ferrados, se a situação descambar para esse lado. Contudo, há mais uma coisa que preciso mostrar-lhes... Lembram da palavra Freywe? Vida ou Morte? Pois bem... contudo, na cultura da antiga Geffenia, Vida e Morte estavam ligados a um conceito de Renovação. Entenderam onde quero chegar?
- Acho que sim... – começou Samuel, pensativo – Ambas estão erradas?
- Precisamente. – respondeu o Lorde – ambas erraram em suas profecias. Ou seja, estamos caminhando para uma guerra por nada! Não é irônico?
- Mas não podemos permitir isso! – Protestou Rockstar, preocupado. Passou a mão pelo cabelo azulado enquanto pensava – o que devemos fazer?
Nesse momento, a porta se abriu. Todos se viraram para o recém-chegado. Ele era um Professor, de cabelo branco, arrepiado, com várias “pontas”. Era Kemaryus, Reitor da Ordem das Valquírias.
- Ah, Olá, Kema. Sente-se. – Disse Lucas, sorrindo para o amigo. Este sentou-se com os demais, e Lucas retomou suas falas:
- Enfim, Rock, realmente não podemos. E eu tenho uma idéia em mente. Eu sugiro que, caso essa guerra estoure, nós fiquemos Neutros. Não apoiaremos nem a IMP nem a SIROMA, mas lutaremos contra AMBAS se for necessário. O objetivo será parar esse conflito o mais rápido possível e reunir a humanidade para encararmos o Voluspá. Todos de acordo?
A maioria confirmou, com gestos ou palavras, mas Kemaryus se levantou. Lucas olhou para ele.
- Você está sugerindo que demos as costas aos nossos irmãos IMPs e às Valquírias?
Lucas o olhou, antônito. Kemaryus parecia bastante irritado, encarava o Lorde com severidade. Todo o resto da sala parecia ter prendido a respiração.
- Não, Kemaryus. Estou apenas dizendo que a IMP está tão errada quanto a SIROMA e, se isso evoluir para um conflito direto, nós vamos intervir de ambos os lados.
- Desculpe, Lucas. Não posso aceitar isso. Isso vai contra as tradições da Ordem.
- Kemaryus, você pegou o bonde andando. Sente-se e eu lhe explicarei de novo.
- Acho que não, Lucas. Sinto muito, mas estou rompendo a Ordem das Valquírias com o Exército da Chama. – Kemaryus deu as costas e se preparou para sair da sala – Não cruze o nosso caminho. – Dito isso, ele se retirou. Muitos dos membros da Ordem das Valquírias, inseguros, resolveram segui-lo, deixando a casa mais vazia – e Lucas, boquiaberto.
Samuel sorriu e se espreguiçou.
- Oba, mais espaço!
Rockstar foi até Lucas, agachando-se ao seu lado.
- Relaxa cara, ta tudo bem. Vamos continuar.
- Sim, sim... – disse o Lorde, lentamente se recuperando. – Mas enfim, todos concordam com a neutralidade?
- Sim! – gritaram, em uníssono. Lucas sorriu. Perderam um aliado, mas o Exército da Chama continuava firme e forte...
----------------------------------------------------------
Já vou de antemão pedir desculpas aos leitores. SEI que esse capítulo ficou ruim, mas explico. Eu tava escrevendo ele, com bastante esmero, devo dizer. Mas a intenção era que ele narrasse TODA a campanha "Rumo à Catástrofe" que eu estava mestrando. Quando a LUG anunciou o Voluspá, eu deletei esse capítulo e me preparei para escrever o do Evento. Contudo, nesse RolePlay, ocorreu algo que vai ser importante mais pra frente - que foi o rompimento com a OV. Entre isso e a desilusão de ter jogado um cap fora, além de querer fazer esse de uma vez para ir nos que interessam, resolvi fazer esse assim mesmo.
Peço desculpas a todos vocês, e garanto: O próximo capítulo vai ser o melhor trabalhado dessa fanfic.
E vou fazer o possível para um ser melhor que o outro.
Obrigado aos que lerem e comentarem.
https://www.youtube.com/watch?v=RlXCexeWLG8
Do anúncio de Seism até alguma coisa acontecer de fato, vários meses se passaram. Nesses meses, Lucas se preparou e fez propagandas do Exército da Chama para os transeuntes.
Finalmente, chegou o dia dos primeiros sinais. Pedras começaram a aparecer por toda Rune Midgard. Eram impossíveis de serem retiradas do local onde estavam, e apresentavam alguma coisa escrita em uma linguagem desconhecida. Alertado pelo Templário Bruno, Capitão de Rune-Midgard e amigo de Lucas, o Lorde foi até a pedra e anotou a profecia. Cada uma das pedras apresentava uma palavra daquela língua traduzida para a nossa língua. Após uma busca incessante, que contou com ajuda de muitos membros do Exército da Chama, 5 pedras foram encontradas.
Após várias semanas de estudo, Lucas convocou todos os membros para uma reunião no Cemitério de Prontera. Ele estava sentado sobre Joe, de olhos fechados, quando todos chegaram. Uma imensa quantidade de pessoas havia aparecido ali. Pelo menos umas vinte. Entre elas, estavam alguns dos líderes do Exército, como Garbas, Samuel e Rockstar.
- Muito bem. Fico feliz de vê-los aqui. Vamos para um local mais reservado. Minha casa vai servir.
De lá, partiram a pé para Izlude. A caminhada nos campos de prontera foi agradável. O sol estava ameno e a brisa era agradável, apesar de carregar toda a imponência dos acontecimentos que ocorreriam em breve.
Logo chegaram a Izlude, e Lucas os conduziu por entre as várias casas, até uma. Era uma casinha realmente pequena, uma verdadeira cabana – apesar das paredes serem de tijolo e o telhado ser de telha mesmo, a casa parecia muito pequena – o que se confirmou quando Lucas abriu a porta, mostrando uma casa de um cômodo só. Haviam duas camas ali, uma pia e uma privada ao canto, um guarda-roupas e um armário de mantimentos. E mais nada. A casa cheirava um pouco à mofo, pelo visto não era muito usada.
- Podem entrar. – Disse o loiro, sorrindo e entrando. Com dificuldade, todos se ajeitaram no local, apesar de ficarem meio espremidos. – Eu os chamei aqui hoje porque tenho algo importante para falar, e para discutir com vocês.
O Lorde deu uma pausa e respirou fundo.
- Vou começar do começo. Acredito que todos vocês já saibam que pedras começaram a aparecer por toda Midgard, correto? Elas contém uma estranha profecia em uma língua misteriosa. Os Guardiões de Freya nos ajudaram a encontra-las.
No canto, Rockstar fez um aceno positivo com a cabeça.
- Pois bem. Cada pedra trazia uma palavra traduzida. Permitam-me mostrar... esta é a profecia completa:
“Meniwe nalima Valkyria
Eir, Skuld, Sigrun, Hildr,
Brynhildr, Gunnr
Coiveria freywe coivien.
Mahrita firien.
Illie Freywe.”
Lucas novamente parou, olhando para os presentes. Eles o observavam com atenção.
- Pois bem. Descobrimos exatamente 5 pedras. Além disso, a Ex-Guardiã de Midgard Luthien Silvermoon publicou um livro que pode ser visto na Biblioteca de Juno. Mas já já eu falo melhor dele. As palavras descobertas foram: Meniwe, que significa “Preparar”, Coiveria, que significa “Acordarão”, Firien, que significa “Homens”, Illie, que significa “Muno” e, por fim, a palavra mais importante: Freywe, que significa Vida ou Morte. É uma palavra ambígua que pode significar AMBAS as coisas. Mas enfim, pesquisadores do mundo todo começaram a investigar essas pedras. E é aí que a coisa complicou....
Outra pausa. Respirou profundamente e retomou.
- Dois pesquisadores entraram em uma divergência quanto o que a Profecia queria dizer. De um modo geral, ela dizia que as Valquírias trariam ou o Vida ou a Morte ao mundo. Essa diferenciação é por causa da palavra Freywe. Esses dois pesquisadores discutiram e formaram duas organizações antagônicas. I.M.P., Instituição pró-Mitologia e Pesquisa, e a S.I.R.O.M.A., Serviço de Investigação e Recrutamento da Ordem anti-Mitológica Alada. A IMP é um grupo pró-Valquírias que acredita que elas trarão a vida para o nosso mundo, enquanto a SIROMA acredita que elas trarão a destruição. E estaria tudo bem, se fosse só isso... mas a questão é que eles começaram a recrutar aventureiros para esses fazerem rituais de Liberação ou Selamento das Valquírias. E, com isso, eles estão lentamente montando um Exército particular para cada facção. E, quando o Voluspá em si chegar, o Teste dos Deuses... um vai culpar o outro. Entendem onde quero chegar?
https://www.youtube.com/watch?v=AGS_WRWe8KM
Todos na sala ficaram em silêncio. Lucas finalizou:
- Podemos estar a caminho de uma Guerra Civil em Midgard.
- Eu duvido. – Manifestou-se José Augusto, dos Guardiões de Freya – A Cavalaria conseguiria conter a população.
- Não, José. – replicou Lucas – Não vai dar pra controlar. E existem vários aventureiros de cada “lado”. Esmagariam a Cavalaria com facilidade se fosse o caso, além que uma batalha assim seria pior ainda. E, vale lembrar, enquanto essa Guerra estaria ocorrendo, também estaria o Voluspá. Ou seja... estamos ferrados, se a situação descambar para esse lado. Contudo, há mais uma coisa que preciso mostrar-lhes... Lembram da palavra Freywe? Vida ou Morte? Pois bem... contudo, na cultura da antiga Geffenia, Vida e Morte estavam ligados a um conceito de Renovação. Entenderam onde quero chegar?
- Acho que sim... – começou Samuel, pensativo – Ambas estão erradas?
- Precisamente. – respondeu o Lorde – ambas erraram em suas profecias. Ou seja, estamos caminhando para uma guerra por nada! Não é irônico?
- Mas não podemos permitir isso! – Protestou Rockstar, preocupado. Passou a mão pelo cabelo azulado enquanto pensava – o que devemos fazer?
Nesse momento, a porta se abriu. Todos se viraram para o recém-chegado. Ele era um Professor, de cabelo branco, arrepiado, com várias “pontas”. Era Kemaryus, Reitor da Ordem das Valquírias.
- Ah, Olá, Kema. Sente-se. – Disse Lucas, sorrindo para o amigo. Este sentou-se com os demais, e Lucas retomou suas falas:
- Enfim, Rock, realmente não podemos. E eu tenho uma idéia em mente. Eu sugiro que, caso essa guerra estoure, nós fiquemos Neutros. Não apoiaremos nem a IMP nem a SIROMA, mas lutaremos contra AMBAS se for necessário. O objetivo será parar esse conflito o mais rápido possível e reunir a humanidade para encararmos o Voluspá. Todos de acordo?
A maioria confirmou, com gestos ou palavras, mas Kemaryus se levantou. Lucas olhou para ele.
- Você está sugerindo que demos as costas aos nossos irmãos IMPs e às Valquírias?
Lucas o olhou, antônito. Kemaryus parecia bastante irritado, encarava o Lorde com severidade. Todo o resto da sala parecia ter prendido a respiração.
- Não, Kemaryus. Estou apenas dizendo que a IMP está tão errada quanto a SIROMA e, se isso evoluir para um conflito direto, nós vamos intervir de ambos os lados.
- Desculpe, Lucas. Não posso aceitar isso. Isso vai contra as tradições da Ordem.
- Kemaryus, você pegou o bonde andando. Sente-se e eu lhe explicarei de novo.
- Acho que não, Lucas. Sinto muito, mas estou rompendo a Ordem das Valquírias com o Exército da Chama. – Kemaryus deu as costas e se preparou para sair da sala – Não cruze o nosso caminho. – Dito isso, ele se retirou. Muitos dos membros da Ordem das Valquírias, inseguros, resolveram segui-lo, deixando a casa mais vazia – e Lucas, boquiaberto.
Samuel sorriu e se espreguiçou.
- Oba, mais espaço!
Rockstar foi até Lucas, agachando-se ao seu lado.
- Relaxa cara, ta tudo bem. Vamos continuar.
- Sim, sim... – disse o Lorde, lentamente se recuperando. – Mas enfim, todos concordam com a neutralidade?
- Sim! – gritaram, em uníssono. Lucas sorriu. Perderam um aliado, mas o Exército da Chama continuava firme e forte...
----------------------------------------------------------
Já vou de antemão pedir desculpas aos leitores. SEI que esse capítulo ficou ruim, mas explico. Eu tava escrevendo ele, com bastante esmero, devo dizer. Mas a intenção era que ele narrasse TODA a campanha "Rumo à Catástrofe" que eu estava mestrando. Quando a LUG anunciou o Voluspá, eu deletei esse capítulo e me preparei para escrever o do Evento. Contudo, nesse RolePlay, ocorreu algo que vai ser importante mais pra frente - que foi o rompimento com a OV. Entre isso e a desilusão de ter jogado um cap fora, além de querer fazer esse de uma vez para ir nos que interessam, resolvi fazer esse assim mesmo.
Peço desculpas a todos vocês, e garanto: O próximo capítulo vai ser o melhor trabalhado dessa fanfic.
E vou fazer o possível para um ser melhor que o outro.
Obrigado aos que lerem e comentarem.
Lucas_palmeirense- Moderador de Eventos
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Apesar de que o capitulo passou algumas ideias muito erradas, como o kema surtar do nada ficou um bom resumo de tudo xD
Samuel- Osíris
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Bem. Lucas suas histórias, como são baseadas em RP, são tipicamente boas. Claro, já apontei seus erros lá na RT, não preciso dizer aqui denovo. Quanto ao assunto OV, acredito que será uma boa ver como o Lucas da fic, e o Lucas do RP, vão reagir a isso, levando em consideração que eu, no Voluspá, fui mais neutro em relação aos clãs. No mais, essa é uma história que, na medida que nós vamos entendendo, fica mais próximo de um roteiro verdadeiramente épico. Divisão de águas, mudança de planos, choque de idéias, redenção, tudo isso é um prato cheio para quem gosta de boas histórias. No mais, bom cap, como sempre ^^
Willen- Esqueleto Arqueiro
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
@Sam: Valeu XD
@Willen: Sim. Eu achei que ficou com um estilo bem épico mesmo. BEEEEM menos do que eu esperava, já que o Voluspa só teve dois Fucking dias, mas enfim... xD
Depois de uma era de caos e desordem, a fanfic RETORNA /o/
E pronta para seu ápice: O próprio Voluspá!
Vamo que vamo!
[Exército da Chama – Capítulo 6 – Aurora da Catástrofe]
https://www.youtube.com/watch?v=iwa8ssjSajU
Pouco mais de uma semana se passou desde a reunião do Exército da Chama. Finalmente, cartazes começaram a pipocar por todo o reino. Com as cores vermelha-e-laranja ou azuis da IMP e da SIROMA, os cartazes convocavam os aventureiros a irem para Juno no dia 12, pois uma coisa importante seria feita. Lucas, que passava os dias em sua casa em Izlude, foi surpreendido por um desses cartazes no mural de Izlude.
- Então, começou... – comentou o Lorde. Soltou um profundo suspiro. É verdade que tinha organizado o Exército da Chama para isso. É verdade que abdicara de todas suas atividades, à exceção de treinos diários, pensando apenas nisso.
Mas, quando chegou a hora, tudo que ele mais queria era não ter que enfrentar algo dessa magnitude. Mais do que nunca, Lucas sentiu o peso de sua armadura. As dores de todas as batalhas de sua vida começaram a latejar, como o corpo que libera tudo que foi acumulado na vida antes da batalha final. Pela primeira vez em muito tempo, Lucas sentiu medo.
Então, sentiu um mordiscar em sua mão direita. Ao olhar, descobriu que era Joe. Olhou para o PecoPeco amigo, que o olhou de volta, bem nos olhos. O Lorde sorriu.
- Obrigado amigão. Vem, vamos para casa... temos uns dias ainda. E preciso mandar cartas...
Lucas retornou à sua casa, deixando para trás o mural que começava a ficar apinhado de gente curiosa. Com os passos metálicos ecoando pela cidade, Lucas parou em frente à casa. Entrou, abriu um guarda-roupas – que continha equipamentos de batalha invés de roupas, e várias gavetas. De uma das gavetas, tirou um caderno e começou a redigir cartas, que convocavam as pessoas para o grande dia. A reunião com IMP e SIROMA seria às 18 horas, portanto, convocou-os para as 17:30 do mesmo dia, no Cemitério de Prontera.
Então, largou-se na cama. Era hora de descansar um pouco, e preparar-se para o que viria...
https://www.youtube.com/watch?v=DywkglA4fwc
Os dias se passaram anormalmente rápido, quando você caminha para algo desagradável. Finalmente, sábado, 17:30 chegou. O dia estava agradável. As nuvens tremeluziam lentamente no céu, e o sol brilhava, sem anunciar os acontecimentos que iriam ocorrer naquele dia e mudar para sempre a história do mundo. Lucas, montado em Joe, aguardava pacientemente no Cemitério de Prontera, sozinho em meio às lápides. Finalmente, pessoas começaram a surgir. Notou algumas mais notáveis, como Débora Eisenheim, Samuel Hopkins, Rockstar, Lothar Shade Mustang, Kurosaki – um Lorde que ele não conhecia muito bem, mas já tinha ouvido falar – Garbas, Cal Rasen, entre muitos outros integrantes de vários clãs de Rune Midgard, sobretudo os que tinham se juntado ao Exército da Chama. A soma ultrapassava as 30~35 pessoas no total. O Lorde sorriu. Não havia sido abandonado na hora de necessidade.
- Oi pessoal. Bom saber que posso contar com vocês.
- Claro que pode. – Disse Rockstar, sorrindo e se sentando ao lado de Lucas. Este, por sua vez, inspirou profundamente, e disse:
- Esperaremos mais cinco minutos. Então, partiremos para Juno.
Dito e Feito, Joe se levantou e começou a marchar para a Kafra Leste de Prontera, trazendo Lucas em seu lombo e puxando toda a procissão de pessoas atrás. Três teleportes seguidos e eles estavam em Juno, a magnífica cidade voadora da República.
No momento que Lucas surgiu ali com a magia das Kafras, sentiu-se sufocado. Uma quantidade absurda de gente havia se juntado ali, respondendo ao chamado dos doutores.
- Chamas, fiquem unidos! – Gritou Lucas, mas era tarde. Sua voz foi abafada pela multidão, e seus amigos já não estavam mais à vista. Com um suspiro, o Lorde começou a se mover, acotovelando-se pela multidão até chegar perto o bastante dos doutores – que, mesmo com poderosos Megafones, não conseguiam se fazer ser ouvidos.
https://www.youtube.com/watch?v=lIO1sajyx_o
- Amigos, companheiros e irmãos da IMP, por favor, façam silêncio e me escutem! – Gritava uma criadora, a Doutora Melaine. Lucas achou-a atraente até, tinha longos cabelos rosados – tão rosados quanto o rosto estava naquele momento, no esforço para tentar sobrepor-se à multidão.
- Compatriotas da SIROMA, juntem-se aqui, me deixem falar! – Gritava o outro. Era o Doutor Alvin, um criador de cabelos marrons e rebeldes.
Lentamente, conseguiram acalmar a massa de aventureiros o bastante para serem ouvidos. Lucas olhou ao redor e, lentamente, localizava membros do Exército da Chama aqui e ali. Lothar parou ao seu lado.
- Caros aventureiros, vocês foram convocados aqui para uma missão importante! – Começou a doutora Melaine – Nós, da IMP, acreditamos que as Valquírias são seres banignos que pretendem nos ajudar!
- É uma pena... – Cortou Alvin – que algumas pessoas sejam tão bonitas, mas tão ingênuas.
Melaine ficou visivelmente irritada, mas seguiu como se nada tivesse acontecido.
- Enfim, lendas sobre o “Olho de Odin”, um místico artefato, surgiram recentemente. Dizem que quem o possuir poderá realizar qualquer desejo!
- Exato, irmãos da SIROMA! E, assim que tivermos o Olho, poderemos nos livrar das Valquírias.
A declaração causou polêmica. Lucas segurou a Pilares com ambas as mãos e se preparou caso um conflito começasse mas, por sorte, ninguém se atacou. Mesmo assim, ele gritou para os membros do Exército da Chama reunirem-se. Melaine prosseguiu.
- Já descobrimos que uma das Valquírias tem o Olho de Odin, mas não sabemos qual. Elas estão adormecidas. Precisamos encontra-las e rápido! Irmãos da IMP, juntem-se!
A correria começou, foi intensa e generalizada. Os aventureiros da IMP e os da SIROMA rapidamente se dividiram, juntando-se perto de cada doutor. Lucas e o Exército da Chama ficaram exatamente no meio, temendo um conflito.
Um conflito que não ocorreu.
- O que fazemos agora? Não podemos ficar plantados aqui – Disso Lothar. Lucas acenou com a cabeça.
- Vamos com a Imp. – Proferiu o Lorde – Tem mais gente ali, mais gente inocente que pode se machucar. Nossa ÚNICA prioridade é proteger os inocentes e ver se conseguimos fazer esses bastardos entenderem a verdade da Profecia. Pode ser?
Os membros do Exército da Chama acenaram, positivamente.
- Então, Chamas, Em Frente!
O Exército se moveu até os IMPs, que pretendiam ir até Geffen, onde estava a Valquíria Skuld. Com um sinal de Lucas, o Exército pegou a Kafra direto para Geffen, indo na frente dos membros da IMP. O Lorde sabia onde estava a Valquíria – assim como muitos dos membros do Exército.
Geffen estava com um clima ameno, mas com estranhas nuvens negras no céu. Sem demora, eles marcharam, esmagando a grama fofa enquanto andavam rumo ao Feudo. Uma grande massa de pessoas já estava lá, e logo a Valquíria foi encontrada. Ela estava adormecida em um sono profundo, incapaz de ser acordada. Melaine se prostrou à frente dos Heróis.
- Eu vou começar o ritual de Liberação. Fiquem todos para trás, obrigado... – a massa obedeceu, ela fechou os olhos e começou. Seus cabelos se agitavam conforme o poder começava a ser liberado.
https://www.youtube.com/watch?v=r50bTK49Gzc
Contudo, um vento gélido soprou. Algumas pessoas tremeram, e o gelo começou a se formar e tomar forma. Logo, surgindo do nada, vários Titãs de Gelo cercavam o grupo.
- De onde eles vieram?! – Exclamou Samuel, tirando seu Cajado de meio as suas roupas.
- Não sei, mas decididamente não vieram tomar chá. – Disse Cal Rasen, um Cavaleiro companheiro de Lucas e membro da Chama Prateada.
- Cal tem razão. Chamas, EM POSIÇÃO! – Ordenou o Lorde, e surpreendeu-se consigo mesmo. O Exército da Chama não tinha um líder, mas vários, contudo, de repente, Lucas se via naquele papel. Os membros o olhavam e aguardavam o próximo comando. O peso da responsabilidade caiu sobre os ombros de Lucas. – Rock, comande os Guardiões, que são a maior força aqui. O resto, se preparem, e lembrem-se, nossa prioridade são os inocentes. NINGUÉM MORRERÁ HOJE, entendidos?
- SIM! – Gritaram em uníssono.
- Aventureiros, me protejam para que eu possa completar o ritual! – Disse Melaine, que estava presa no próprio ritual, sem poder se mexer. Com um urro, a massa de aventureiros se mecheu. Flechas e tiros voaram pelo ar, salpicando os Titãs com precisão, sem acertar os aventureiros aliados. Cavaleiros e Templários tomaram posição e encararam as bestas frente-a-frente, enquanto os Magos, protegidos por estes, fulminavam os Titãs de Gelo com suas magias. Mercenários e Arruaceiros atacavam, furtivos.
Com o canto do olho, Lucas viu Kemaryus comandando a Ordem das Valquírias ao longe. Haviam feito um cerco à Doutora Melaine, um círculo impenetrável. Lucas sorriu. Melaine era uma tola, mas não merecia morrer – e a Ordem não permitiria isso. Assim, ficava livre para concentrar-se nos inocentes.
Com um gesto de sua Vlam Beatrix, sua Pilares, o Exército da Chama avançou contra os monstros. A batalha tornou-se um caos conforme as duas massas se fundiam e aventureiros iam caindo, vítimas dos poderosíssimos punhos dos Titãs.
Lucas estava frente a frente com uma das criaturas. Aparava seu golpe com dificuldade, a Pilares tremia a cada impacto aparado. Lucas urrou de frustração – era muito lerdo. Precisaria de poucos golpes para derrubar o Titã, mas não conseguia uma abertura devida. Um golpe mais forte fez seu joelho vacilar. E, à direita, outro Titã vinha contra ele. Os Chamas ao seu redor estavam em dificuldades semelhantes.
“Droga... Não pode ser...” Pensou o Lorde, aparando mais um golpe. Não podia tombar ali...
https://www.youtube.com/watch?v=FPoZiHuWPAY&feature=related
Então, muitas coisas ocorreram ao mesmo tempo. Uma poderosa espada de Duas Mãos entrou no caminho do segundo punho, aparando-o. Ao mesmo tempo, o Titã recebeu uma poderosíssima descarga elétrica que o fez recuar. Lucas olhou.
Rockstar sorria para ele, empunhando a espada e posicionando-se ao seu lado. Mais longe, Cal preparava outra de sua técnica – a Lâmina Trovão. Contudo, teve que interromper para se esquivar de um soco do titã. Rockstar estendeu a mão a Lucas, ajudando-o a se levantar.
- Deixa esse pra nós, Cal! – Disse Lucas, avançando. Rockstar foi ao seu lado. O Titã ficou confuso, não sabia contra quem reagir. Foi sua falha. A espada e a Pilares acertaram-no, uma de cada lado. O Titã cambaleou com a dor conforme o punho direito de Rockstar e esquerdo de Lucas brilharam. Juntos, ambos desferiram um Golpe Fulminante no peito do monstro, que tombou, derretendo. Morto.
Se viraram para o segundo Titã – que já estava finalizado, com Cal à sua frente e Lothar às suas costas. Os dois se aproximaram de Lucas e ficaram prontos, conforme um terceiro Titã se aproximava para desafia-los. Pobre coitado. Nada podia parar aquele time.
Um pouco mais longe, Samuel estava cantarolando, alegre. Deu um giro, de olhos fechados, e abriu-os, apontando o cajado para uma direção qualquer. Disparou um Trovão de Júpiter, que acertou um Titã de Gelo prestes a matar uma Arruaceira indefesa. Ela suspirou aliviada, quanto Samuel girava novamente e disparava outro Trovão de Júpiter a esmo, que acertou a própria arruaceira. No terceiro giro, esquivou, sem perceber, do soco de um Titã de Gelo, e o Cajado, com o Trovão na ponta, resvalou no monstro, fritando-o.
- Ué, falhou... - Disse o Arquimago, olhando para o cajado, onde era para a magia estar. Deu de ombros e continuou a girar.
Mais recuado, um Cavaleiro havia tombado ao receber um soco muito poderoso de um Titã de Gelo. Sua espada jazia inútil ao lado,e a gélida criatura preparava um soco para esmagar seu crânio. O Cavaleiro fechou os olhos, mas o impacto nunca veio – foi aparado por um Algoz, Garbas, com as Katares cruzadas, recebera o soco mas o suportara. Com um movimento rápido, as Katares cortaram o resistente braço de gelo, fazendo a mão cair. Enquanto isso, um Mestre – Engabelorus – preparava seu punho. Garbas esquivou do contra-atraque e, subindo pelo braço do monstro, cravou sua Katar em seu pescoço, e saltou, enquanto o monstro recebia um Punho Supremo de Asura de Engabelorus, e se desfazia.
Os outros Guardiões de Freya faziam um círculo compacto, onde se defendiam dos Titãs enquanto seu líder estava lutando ao lado de Lucas. Uma das criaturas tentou passar, mas foi rechaçada por José.
Enquanto isso, Melaine continuava sua invocação. A Ordem das Valquírias estava em volta dela, em cerco. Louis Golden, o bardo, tocava, inspirando seus companheiros. Nelliw e Roen lidavam com três Titãs ao mesmo tempo, enquanto Kemaryus e Clérigo, dois professores, os fulminavam com suas magias. Os outros membros lutavam como podiam.
https://www.youtube.com/watch?v=KSY4Yi2ypno
Lentamente, o número de Titãs foi sendo reduzido. Quando Lucas esmagou o seu décimo com um poderoso Perfurar em Espiral, não veio outro para tomar seu lugar. Finalmente, os Titãs foram vencidos.
- Excelente, irmãos da IMP! Me permitam, estou quase... terminando... Pronto! A Valquíria deverá acordar agora! - Exclamou Melaine, em forte concentração.
Lentamente, a dama celestial abriu os olhos. Era uma visão esplendorosa, pensou Lucas, a pálida valquíria flutuando a alguns centímetros do chão em toda sua glória. Ela olhou ao redor, confusa e surpresa de estar cercada de tanta gente.
- Ó, amiga Valquíria! – Disse Melaine, sorrindo e se aproximando – A senhora guardaria, por um acaso, o Olho de Odin? Precisamos dele com urgência.
- Não... mas eu trago um recado importante. Ouçam com atenção, humanos.
Todos se calaram e a olharam, surpresos. E, quando a Valquíria falou, a notícia era terrível.
- Balder está morto. O Ragnarok começou.
Os olhos de Lucas saíram de foco enquanto ele absorvia essa notícia. Isso não podia estar certo, a Baba-Yaga disse que o Ragnarok não iria acontecer!!
Lucas sentiu a mão de Lothar repousar sob seu ombro, enquanto todo o Exército da Chama olhava para a Valquíria, estupefatos. Ao longe, os uivos do Hatii ecoavam, pois ele sabia que, finalmente, iria triunfar. Iria devorar o Sol e a Lua.
-----------------
Desculpem a demora milenar 8D. Tava meio se inspiração, mas com leve pressão do Sam, o cap saiu =P.
Espero que gostem ^^
E COMENTEM '-'
@Willen: Sim. Eu achei que ficou com um estilo bem épico mesmo. BEEEEM menos do que eu esperava, já que o Voluspa só teve dois Fucking dias, mas enfim... xD
Depois de uma era de caos e desordem, a fanfic RETORNA /o/
E pronta para seu ápice: O próprio Voluspá!
Vamo que vamo!
[Exército da Chama – Capítulo 6 – Aurora da Catástrofe]
https://www.youtube.com/watch?v=iwa8ssjSajU
Pouco mais de uma semana se passou desde a reunião do Exército da Chama. Finalmente, cartazes começaram a pipocar por todo o reino. Com as cores vermelha-e-laranja ou azuis da IMP e da SIROMA, os cartazes convocavam os aventureiros a irem para Juno no dia 12, pois uma coisa importante seria feita. Lucas, que passava os dias em sua casa em Izlude, foi surpreendido por um desses cartazes no mural de Izlude.
- Então, começou... – comentou o Lorde. Soltou um profundo suspiro. É verdade que tinha organizado o Exército da Chama para isso. É verdade que abdicara de todas suas atividades, à exceção de treinos diários, pensando apenas nisso.
Mas, quando chegou a hora, tudo que ele mais queria era não ter que enfrentar algo dessa magnitude. Mais do que nunca, Lucas sentiu o peso de sua armadura. As dores de todas as batalhas de sua vida começaram a latejar, como o corpo que libera tudo que foi acumulado na vida antes da batalha final. Pela primeira vez em muito tempo, Lucas sentiu medo.
Então, sentiu um mordiscar em sua mão direita. Ao olhar, descobriu que era Joe. Olhou para o PecoPeco amigo, que o olhou de volta, bem nos olhos. O Lorde sorriu.
- Obrigado amigão. Vem, vamos para casa... temos uns dias ainda. E preciso mandar cartas...
Lucas retornou à sua casa, deixando para trás o mural que começava a ficar apinhado de gente curiosa. Com os passos metálicos ecoando pela cidade, Lucas parou em frente à casa. Entrou, abriu um guarda-roupas – que continha equipamentos de batalha invés de roupas, e várias gavetas. De uma das gavetas, tirou um caderno e começou a redigir cartas, que convocavam as pessoas para o grande dia. A reunião com IMP e SIROMA seria às 18 horas, portanto, convocou-os para as 17:30 do mesmo dia, no Cemitério de Prontera.
Então, largou-se na cama. Era hora de descansar um pouco, e preparar-se para o que viria...
https://www.youtube.com/watch?v=DywkglA4fwc
Os dias se passaram anormalmente rápido, quando você caminha para algo desagradável. Finalmente, sábado, 17:30 chegou. O dia estava agradável. As nuvens tremeluziam lentamente no céu, e o sol brilhava, sem anunciar os acontecimentos que iriam ocorrer naquele dia e mudar para sempre a história do mundo. Lucas, montado em Joe, aguardava pacientemente no Cemitério de Prontera, sozinho em meio às lápides. Finalmente, pessoas começaram a surgir. Notou algumas mais notáveis, como Débora Eisenheim, Samuel Hopkins, Rockstar, Lothar Shade Mustang, Kurosaki – um Lorde que ele não conhecia muito bem, mas já tinha ouvido falar – Garbas, Cal Rasen, entre muitos outros integrantes de vários clãs de Rune Midgard, sobretudo os que tinham se juntado ao Exército da Chama. A soma ultrapassava as 30~35 pessoas no total. O Lorde sorriu. Não havia sido abandonado na hora de necessidade.
- Oi pessoal. Bom saber que posso contar com vocês.
- Claro que pode. – Disse Rockstar, sorrindo e se sentando ao lado de Lucas. Este, por sua vez, inspirou profundamente, e disse:
- Esperaremos mais cinco minutos. Então, partiremos para Juno.
Dito e Feito, Joe se levantou e começou a marchar para a Kafra Leste de Prontera, trazendo Lucas em seu lombo e puxando toda a procissão de pessoas atrás. Três teleportes seguidos e eles estavam em Juno, a magnífica cidade voadora da República.
No momento que Lucas surgiu ali com a magia das Kafras, sentiu-se sufocado. Uma quantidade absurda de gente havia se juntado ali, respondendo ao chamado dos doutores.
- Chamas, fiquem unidos! – Gritou Lucas, mas era tarde. Sua voz foi abafada pela multidão, e seus amigos já não estavam mais à vista. Com um suspiro, o Lorde começou a se mover, acotovelando-se pela multidão até chegar perto o bastante dos doutores – que, mesmo com poderosos Megafones, não conseguiam se fazer ser ouvidos.
https://www.youtube.com/watch?v=lIO1sajyx_o
- Amigos, companheiros e irmãos da IMP, por favor, façam silêncio e me escutem! – Gritava uma criadora, a Doutora Melaine. Lucas achou-a atraente até, tinha longos cabelos rosados – tão rosados quanto o rosto estava naquele momento, no esforço para tentar sobrepor-se à multidão.
- Compatriotas da SIROMA, juntem-se aqui, me deixem falar! – Gritava o outro. Era o Doutor Alvin, um criador de cabelos marrons e rebeldes.
Lentamente, conseguiram acalmar a massa de aventureiros o bastante para serem ouvidos. Lucas olhou ao redor e, lentamente, localizava membros do Exército da Chama aqui e ali. Lothar parou ao seu lado.
- Caros aventureiros, vocês foram convocados aqui para uma missão importante! – Começou a doutora Melaine – Nós, da IMP, acreditamos que as Valquírias são seres banignos que pretendem nos ajudar!
- É uma pena... – Cortou Alvin – que algumas pessoas sejam tão bonitas, mas tão ingênuas.
Melaine ficou visivelmente irritada, mas seguiu como se nada tivesse acontecido.
- Enfim, lendas sobre o “Olho de Odin”, um místico artefato, surgiram recentemente. Dizem que quem o possuir poderá realizar qualquer desejo!
- Exato, irmãos da SIROMA! E, assim que tivermos o Olho, poderemos nos livrar das Valquírias.
A declaração causou polêmica. Lucas segurou a Pilares com ambas as mãos e se preparou caso um conflito começasse mas, por sorte, ninguém se atacou. Mesmo assim, ele gritou para os membros do Exército da Chama reunirem-se. Melaine prosseguiu.
- Já descobrimos que uma das Valquírias tem o Olho de Odin, mas não sabemos qual. Elas estão adormecidas. Precisamos encontra-las e rápido! Irmãos da IMP, juntem-se!
A correria começou, foi intensa e generalizada. Os aventureiros da IMP e os da SIROMA rapidamente se dividiram, juntando-se perto de cada doutor. Lucas e o Exército da Chama ficaram exatamente no meio, temendo um conflito.
Um conflito que não ocorreu.
- O que fazemos agora? Não podemos ficar plantados aqui – Disso Lothar. Lucas acenou com a cabeça.
- Vamos com a Imp. – Proferiu o Lorde – Tem mais gente ali, mais gente inocente que pode se machucar. Nossa ÚNICA prioridade é proteger os inocentes e ver se conseguimos fazer esses bastardos entenderem a verdade da Profecia. Pode ser?
Os membros do Exército da Chama acenaram, positivamente.
- Então, Chamas, Em Frente!
O Exército se moveu até os IMPs, que pretendiam ir até Geffen, onde estava a Valquíria Skuld. Com um sinal de Lucas, o Exército pegou a Kafra direto para Geffen, indo na frente dos membros da IMP. O Lorde sabia onde estava a Valquíria – assim como muitos dos membros do Exército.
Geffen estava com um clima ameno, mas com estranhas nuvens negras no céu. Sem demora, eles marcharam, esmagando a grama fofa enquanto andavam rumo ao Feudo. Uma grande massa de pessoas já estava lá, e logo a Valquíria foi encontrada. Ela estava adormecida em um sono profundo, incapaz de ser acordada. Melaine se prostrou à frente dos Heróis.
- Eu vou começar o ritual de Liberação. Fiquem todos para trás, obrigado... – a massa obedeceu, ela fechou os olhos e começou. Seus cabelos se agitavam conforme o poder começava a ser liberado.
https://www.youtube.com/watch?v=r50bTK49Gzc
Contudo, um vento gélido soprou. Algumas pessoas tremeram, e o gelo começou a se formar e tomar forma. Logo, surgindo do nada, vários Titãs de Gelo cercavam o grupo.
- De onde eles vieram?! – Exclamou Samuel, tirando seu Cajado de meio as suas roupas.
- Não sei, mas decididamente não vieram tomar chá. – Disse Cal Rasen, um Cavaleiro companheiro de Lucas e membro da Chama Prateada.
- Cal tem razão. Chamas, EM POSIÇÃO! – Ordenou o Lorde, e surpreendeu-se consigo mesmo. O Exército da Chama não tinha um líder, mas vários, contudo, de repente, Lucas se via naquele papel. Os membros o olhavam e aguardavam o próximo comando. O peso da responsabilidade caiu sobre os ombros de Lucas. – Rock, comande os Guardiões, que são a maior força aqui. O resto, se preparem, e lembrem-se, nossa prioridade são os inocentes. NINGUÉM MORRERÁ HOJE, entendidos?
- SIM! – Gritaram em uníssono.
- Aventureiros, me protejam para que eu possa completar o ritual! – Disse Melaine, que estava presa no próprio ritual, sem poder se mexer. Com um urro, a massa de aventureiros se mecheu. Flechas e tiros voaram pelo ar, salpicando os Titãs com precisão, sem acertar os aventureiros aliados. Cavaleiros e Templários tomaram posição e encararam as bestas frente-a-frente, enquanto os Magos, protegidos por estes, fulminavam os Titãs de Gelo com suas magias. Mercenários e Arruaceiros atacavam, furtivos.
Com o canto do olho, Lucas viu Kemaryus comandando a Ordem das Valquírias ao longe. Haviam feito um cerco à Doutora Melaine, um círculo impenetrável. Lucas sorriu. Melaine era uma tola, mas não merecia morrer – e a Ordem não permitiria isso. Assim, ficava livre para concentrar-se nos inocentes.
Com um gesto de sua Vlam Beatrix, sua Pilares, o Exército da Chama avançou contra os monstros. A batalha tornou-se um caos conforme as duas massas se fundiam e aventureiros iam caindo, vítimas dos poderosíssimos punhos dos Titãs.
Lucas estava frente a frente com uma das criaturas. Aparava seu golpe com dificuldade, a Pilares tremia a cada impacto aparado. Lucas urrou de frustração – era muito lerdo. Precisaria de poucos golpes para derrubar o Titã, mas não conseguia uma abertura devida. Um golpe mais forte fez seu joelho vacilar. E, à direita, outro Titã vinha contra ele. Os Chamas ao seu redor estavam em dificuldades semelhantes.
“Droga... Não pode ser...” Pensou o Lorde, aparando mais um golpe. Não podia tombar ali...
https://www.youtube.com/watch?v=FPoZiHuWPAY&feature=related
Então, muitas coisas ocorreram ao mesmo tempo. Uma poderosa espada de Duas Mãos entrou no caminho do segundo punho, aparando-o. Ao mesmo tempo, o Titã recebeu uma poderosíssima descarga elétrica que o fez recuar. Lucas olhou.
Rockstar sorria para ele, empunhando a espada e posicionando-se ao seu lado. Mais longe, Cal preparava outra de sua técnica – a Lâmina Trovão. Contudo, teve que interromper para se esquivar de um soco do titã. Rockstar estendeu a mão a Lucas, ajudando-o a se levantar.
- Deixa esse pra nós, Cal! – Disse Lucas, avançando. Rockstar foi ao seu lado. O Titã ficou confuso, não sabia contra quem reagir. Foi sua falha. A espada e a Pilares acertaram-no, uma de cada lado. O Titã cambaleou com a dor conforme o punho direito de Rockstar e esquerdo de Lucas brilharam. Juntos, ambos desferiram um Golpe Fulminante no peito do monstro, que tombou, derretendo. Morto.
Se viraram para o segundo Titã – que já estava finalizado, com Cal à sua frente e Lothar às suas costas. Os dois se aproximaram de Lucas e ficaram prontos, conforme um terceiro Titã se aproximava para desafia-los. Pobre coitado. Nada podia parar aquele time.
Um pouco mais longe, Samuel estava cantarolando, alegre. Deu um giro, de olhos fechados, e abriu-os, apontando o cajado para uma direção qualquer. Disparou um Trovão de Júpiter, que acertou um Titã de Gelo prestes a matar uma Arruaceira indefesa. Ela suspirou aliviada, quanto Samuel girava novamente e disparava outro Trovão de Júpiter a esmo, que acertou a própria arruaceira. No terceiro giro, esquivou, sem perceber, do soco de um Titã de Gelo, e o Cajado, com o Trovão na ponta, resvalou no monstro, fritando-o.
- Ué, falhou... - Disse o Arquimago, olhando para o cajado, onde era para a magia estar. Deu de ombros e continuou a girar.
Mais recuado, um Cavaleiro havia tombado ao receber um soco muito poderoso de um Titã de Gelo. Sua espada jazia inútil ao lado,e a gélida criatura preparava um soco para esmagar seu crânio. O Cavaleiro fechou os olhos, mas o impacto nunca veio – foi aparado por um Algoz, Garbas, com as Katares cruzadas, recebera o soco mas o suportara. Com um movimento rápido, as Katares cortaram o resistente braço de gelo, fazendo a mão cair. Enquanto isso, um Mestre – Engabelorus – preparava seu punho. Garbas esquivou do contra-atraque e, subindo pelo braço do monstro, cravou sua Katar em seu pescoço, e saltou, enquanto o monstro recebia um Punho Supremo de Asura de Engabelorus, e se desfazia.
Os outros Guardiões de Freya faziam um círculo compacto, onde se defendiam dos Titãs enquanto seu líder estava lutando ao lado de Lucas. Uma das criaturas tentou passar, mas foi rechaçada por José.
Enquanto isso, Melaine continuava sua invocação. A Ordem das Valquírias estava em volta dela, em cerco. Louis Golden, o bardo, tocava, inspirando seus companheiros. Nelliw e Roen lidavam com três Titãs ao mesmo tempo, enquanto Kemaryus e Clérigo, dois professores, os fulminavam com suas magias. Os outros membros lutavam como podiam.
https://www.youtube.com/watch?v=KSY4Yi2ypno
Lentamente, o número de Titãs foi sendo reduzido. Quando Lucas esmagou o seu décimo com um poderoso Perfurar em Espiral, não veio outro para tomar seu lugar. Finalmente, os Titãs foram vencidos.
- Excelente, irmãos da IMP! Me permitam, estou quase... terminando... Pronto! A Valquíria deverá acordar agora! - Exclamou Melaine, em forte concentração.
Lentamente, a dama celestial abriu os olhos. Era uma visão esplendorosa, pensou Lucas, a pálida valquíria flutuando a alguns centímetros do chão em toda sua glória. Ela olhou ao redor, confusa e surpresa de estar cercada de tanta gente.
- Ó, amiga Valquíria! – Disse Melaine, sorrindo e se aproximando – A senhora guardaria, por um acaso, o Olho de Odin? Precisamos dele com urgência.
- Não... mas eu trago um recado importante. Ouçam com atenção, humanos.
Todos se calaram e a olharam, surpresos. E, quando a Valquíria falou, a notícia era terrível.
- Balder está morto. O Ragnarok começou.
Os olhos de Lucas saíram de foco enquanto ele absorvia essa notícia. Isso não podia estar certo, a Baba-Yaga disse que o Ragnarok não iria acontecer!!
Lucas sentiu a mão de Lothar repousar sob seu ombro, enquanto todo o Exército da Chama olhava para a Valquíria, estupefatos. Ao longe, os uivos do Hatii ecoavam, pois ele sabia que, finalmente, iria triunfar. Iria devorar o Sol e a Lua.
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Desculpem a demora milenar 8D. Tava meio se inspiração, mas com leve pressão do Sam, o cap saiu =P.
Espero que gostem ^^
E COMENTEM '-'
Última edição por Lucas_palmeirense em Sáb Abr 02, 2011 12:15 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Um Conto de Bravura - O Exército da Chama
Leve pressão? *estala chicote* ò_ó
anyways, você demorou demais...Pra um capitulo tão pequeno....Meio que fiquei decepcionado e_e Tava esperando algumas páginas de leitura, e você me apareçe....Com só isso? u_U *fomefomefomefome*
Anyways, como todos os outros, capitulo legal ;3 E eu adoray a parte do sam -Q Mais você esqueçeu de colocar o pessoal da cr seu gordo, obeso, balofo! D:
Ps:7 linhas :3
anyways, você demorou demais...Pra um capitulo tão pequeno....Meio que fiquei decepcionado e_e Tava esperando algumas páginas de leitura, e você me apareçe....Com só isso? u_U *fomefomefomefome*
Anyways, como todos os outros, capitulo legal ;3 E eu adoray a parte do sam -Q Mais você esqueçeu de colocar o pessoal da cr seu gordo, obeso, balofo! D:
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