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[Conto] Contos do Bardo Gingli – Thanatos e Morroc

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Mensagem por Marjyh Seg Abr 25, 2011 11:43 am

Olá! Sou nova aqui no forum, mas já planejava esse conto já há algum tempinho xP Espero que gostem ^^" Eu ainda não terminei de escrever, mas calculei que tera cerca de três partes =3

Glossário:

Jotun (Singular); Jotnar (Plural) – Gigantes no Nórdico Antigo. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jotun

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Contos do Bardo Gingli – Thanatos e Morroc
[Conto] Contos do Bardo Gingli – Thanatos e Morroc Thaxmor
Parte 1 – A guerra titânica.

Subjugado aos pés de Odin estava Morroc, que urrava furioso. Jotnar e Aesirs haviam parado sua guerra quando Odin e Morroc haviam se embolado numa luta furiosa e poderosa, cujo os urros de Morroc estremeceram até as terras baixas e os poderosos golpes de Odin fizeram o céu tremer.

Morroc, um poderoso Jotun e, como muitos outros, tinha raiva contra os Aesir, principalmente contra Odin. Coordenou um ataque contra Valhalla. Jotnar e Aesirs travaram uma guerra sanguinária que duraram incontáveis dias humanos, mas todos pararam quando Morroc se embolou numa luta contra Odin, assistindo o Jotun e o Aesir se golpearem como animais.

Odin cavalgou em Sleipnir para cima de Morroc, com Gungnir erguida sobre o ombro, preparada para um golpe mortal, Morroc percebeu a movimentação do corcel de oito patas, se virando para Odin, soltando um urro de desafio, ele correu contra o Aesir, seus olhos brilhavam de desejo de sangue e de destruição. A lança Gungnir encontrou a couraça dura de Morroc, e os braços fortes de Morroc encontraram Sleipnir, o corcel relinchou e caiu com a movimentação do Jotun, derrubando Odin. O golpe da Gungnir ferira, mas não fora tão fundo quanto em outros Jotnar, graças à couraça do Jotun, porém, sangue vertia do ferimento.

Odin rolou no chão, segurando firme Gungnir para que não perdesse a lança, arrancando a ponta do ombro de Morroc. Fitou o Jotun furioso e destrutivo urrando de raiva, mas com satisfação viu o sangue vertendo do ferimento provocado ela lança que nunca erra. De pé, Sleipnir correu para fora do duelo que começaria.

- Tolo jotun, acha mesmo que tem o poder para derrotar um Aesir? – Odin disse sério, deixando a ponta da lança Gungnir apontada para cima enquanto via o Jotun se levantar ainda mais revoltado, mas nada abalava a serenidade do Aesir.

- Aesir maldito! Farei arrepender-se de suas palavras! - Morroc avançou, erguendo seu poderoso punho contra o Aesir, causando um impacto poderoso ao socar o chão, criando até mesmo um tremor que de tempos em tempos acontecia em Midgard, um terremoto. Odin mostrou raiva ao ver a morada dos deuses sofrer tal dano, correndo contra o Jotun. O esir investiu procurando atingir o coração do Jotun com Gungnir, Morroc colocou o braço na frente do trajeto, tendo a lança fincada dolorosamente nele, com um único movimento do poderoso braço, ele jogou Odin contra uma das casas dos Deuses, causando maior ira nos Aesir.

A batalha seguiu equilibrada por vários dias e noites, num tempo tão remoto e tão longo que se tal fosse escrito nesse meu conto - provavelmente um dos mais longos que eu já escrevi -, este nunca seria acabado, pois mesmo a mente de um bardo não consegue conceber as cenas que se decorrem de batalha tão grandiosa. Pois bem, deixarei tais cenas para as mentes mais jovens e mais criativas do que a minha, velha e cansada que escreve o seu último conto.

Por fim, Morroc caiu exausto, com o sangue vertendo de incontáveis ferimentos e passando como nascentes fracas pela sua couraça semelhante às rochas. Odin tinha um olhar cansado, porém satisfeito com a vitória da guerra, já que o líder dos Jotnar havia sido derrotado. Ele respirou fundo e apoiou Gungnir no ombro, fitando sério o Jotun aos seus pés.

- Morroc, como punição pela sua audácia de invadir Valhalla e atacar os Aesir, será condenado ao Musplheim.

Musplheim, o Reino de Fogo, moradia dos ogros de fogo e seu mestre é Surtr, encontrando-se ao sul de Niflheim, o Reino de Gelo.

Morroc ergueu seu rosto em fúria para Odin, quis pular no pescoço do Aesir, quis estrangulá-lo, mas antes que pudesse fazê-lo, Surtr apareceu com seus ogros de fogo, carregando o Jotun revoltado para o fogo de Musplheim. Em jura de vingança contra Odin e todos os Aesir, Morroc mergulhou no fogo.
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Mensagem por Willen Seg Abr 25, 2011 12:10 pm

É um começo, mas está interessante, vamos ver como isso vai se desenvolver ^^
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Mensagem por Samuel Seg Abr 25, 2011 12:44 pm

Nossa, ficou bom xD Bom saber que ainda se interressam pela mitologia aqui ò.ó
Anyways, gostay x3 Estarei esperando pelo resto!
Aliás... Você ainda não se apresentou.... Então eu já digo logo:
Seja wellcomida ao NAWS! :D
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Mensagem por Marjyh Seg Abr 25, 2011 8:33 pm

Ahahah, curioso é que eu não sei onde se encontra o tópico de apresentação o.o Sou realmente newbie por aqui e to me sentindo levemente perdida xD
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Mensagem por Akahai Shora Seg Abr 25, 2011 10:16 pm

É curioso ver uma fic assim. E ainda mais pois aprendi o plural de Jotun. Se quiser, Marjyh, podemos sentar um dia e conversarmos a respeito de nossas visões^^. O que me diz?

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Mensagem por Takashi Seg Abr 25, 2011 10:29 pm

Para mim foi quase uma aula (mas bem mais interessante que a maioria das que assisto), pois conheço pouquíssimo da mitologia. Muito legal aprender assim.

A parte de "Apresentações" fica no "Campo de Aprendizes". É o primeiro ítem no Índice.
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Mensagem por Marjyh Ter Abr 26, 2011 2:29 pm

@Akahai
Uhm, tudo bem por mim sentar e conversar sobre nossas visões xD Mas confesso que sou mais afeiçoada aos deuses principais =P

@Takashi
Ééé, aulas são chatas na maioria das vezes qqq Os Contos do Gingli em geral são bastante "nórdicos", pelo menos é o que eu imagino fazer ^^ Indo fazer minha apresentação \o\~
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Mensagem por Marjyh Ter Abr 26, 2011 10:14 pm

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Parte 2 – Alerta em Payon: Thanatos aparece!

Uma árvore gigantesca parecia fazer o céu desaparecer quando estava por baixo de seus frondosos galhos, essa árvore parecia ser semelhante a um freixo, mas sua altura estrondosa negava qualquer fato de que essa árvore será um freixo comum. Os frutos amarelos em forma de sino estavam aos montes pendurados nos galhos daquela majestosa árvore, espalhando um cheiro adocicado e derramando um suco vermelho sobre o solo, que crescia verde, vivo, se estendendo por um campo que parecia ser infinito, cessando apenas ao chegar num lago profundo e cristalino, cujo parecia ser um espelho, o Lago de Urd.

Apenas um único homem era visto caminhando por ali, em direção a três mulheres que estavam sentadas sob a sombra da grande árvore, próximas do lago. Uma delas usava uma capa cinza escura, com suas mãos esqueléticas e de pele enrugada segurando um cajado velho, com madeixas de cabelo grisalho fugindo pelo capuz, essa estava sentada numa pedra lisa, com as costas curvadas, fitava o chão de um jeito distante e pensativo.

A seguinte era uma mulher alta, de longos cabelos castanhos, seu corpo era belo e o vestido marrom escuro cobria o corpo belo e torneado da mulher. Seu olhar era maduro e inteligente, sempre para frente, para o horizonte. Era mais jovem que a primeira mulher, mas as primeiras rugas da idade que estava já estavam ficando aparentes na sua pele, denunciando que – considerada a idade humana - deveria ser uma mãe.

E por fim, a última mulher era a mais jovem entre as três, tinha um sorriso doce nos lábios, seu corpo delicado era coberto por um tecido de finos fios azuis celestes, os cabelos longos, loucos e cacheados, que cobriam quase todas as suas finas costas. Seus olhos de azul tão soberbo quanto à cor do seu vestido fitavam o céu azul, sonhando com um futuro que ainda era distante. Segurava entre os delicados dedos um pergaminho.

O homem parou frente às mulheres, apenas a que tinha a aparência madura virou-se para ele, sorrindo-lhe calmamente, pois a mais nova estava perdida em seus sonhos e a mais velha estava perdida em suas memórias.

- Lorde Odin, é uma honra vê-lo nessa manhã privilegiada. Não acha que é um bom dia? – Disse a mulher de cabelos castanhos, permanecendo a sorrir de maneira amável.

- Sábia que viria Senhor Odin! – Riu a mulher loira, mas ainda sem desviar o olhar do céu.

- É claro que sabia Skuld. – Odin suspirou, mas sua face serena ou sua voz controlada não foram o suficiente para atrair a atenção de Skuld, a mulher loira.

- Seus medos têm fundamento senhor Odin. – Retomou a mulher de cabelos castanhos, mas agora sua face sorridente era substituída por uma seriedade serena. – O tempo se aproxima.

- E as ações do seu passado serão a culpa da desgraça que assolara Midgard. – Finalmente a voz cansada e rouca da velha, chamada Urd, apareceu, mas ela não se mexera de seu lugar. – Sábias desde daquela época que o mal que aprisionara iria se libertar.

- O demônio caído que se erguera das chamas do Musplheim que fugira dos grilhões de Surtr, assolara Midgard com destruição e terror. Mas há a esperança de poupar os humanos de tal sofrimento. – Disse novamente a mulher de cabelos castanhos, chamada Verdandi. – Ei de mandar o mais poderoso guerreiro para que possa derrotar um Jotun.

Por fim Skuld se levantou, erguendo as mãos para o céu enquanto parecia saudar um futuro glorioso, sorrindo ainda e fechava seus olhos.

- Não tema, Midgard! – Disse Skuld para os céus.

- Do passado sangrento... - Começou a falar Urd, com sua voz lenta, rouca e cansada, quase impossível de ser escutada.

-... Para o presente flamejante... – Continuou Verdandi, fechando os olhos e cruzando os braços, mas sem perder a calma e a serenidade.

-... E enfim, o glorioso futuro! – Completou Skuld, dando um giro na ponta do pé em volta de si mesma, rindo a toa.

- Obrigada, Nornas. – Odin se curvou e então, se retirou da região onde estavam as Nornas.



Era um final de tarde tranqüilo em Payon, o vento afagava as copas das árvores, que com suas folhas tremulantes, abriam de segundo em segundo um novo caminho para a luz gentilmente tocar a grama verde e fresca. Naquela época, Payon ainda era a antiga Payon, pois o ataque da Ruína de Midgard ainda não havia ocorrido. A única via principal da cidade estava com poucos mercadores, já que estes – naquela época - se acumulavam em Prontera, a nova capital.

Na única taverna de Payon, um homem em questão – muito especial como ele gostava de deixar claro -, estava com as pernas em cima da mesa e os braços cruzados, a franja do cabelo azul curto dele escondia os seus olhos por ele estar de cabeça baixa. Por que este homem em questão era tão especial? Sua armadura respondia por si só essa pergunta: sua armadura nunca antes fora vista em Rune-Midgard. As pessoas tinham medo do forasteiro de olhos vermelhos que possuía uma serenidade fria, ainda mais de seu montante que possuía uma estranha lâmina negra, que ele usava agora como se fosse um brinquedo, com a ponta no chão e ele girando a espada pelo cabo.

Em frente aos pés do homem havia três garrafas de hidromel vazias, o que deixava claro que o homem estava embriagado. E bem, um homem desconhecido, embriagado e com uma arma daquele tamanho, era o suficiente para manter muitos homens inseguros. Apenas idiotas bêbados é que se atreveriam ao tal. O que se tornou o caso quando um cavaleiro bêbado chutou a lâmina da montante. O homem de cabelos azuis parou de girar a arma e olhou pelo canto do olho o bebum.

- Não ache que com essa pose de machão vai me assustar. – Riu o cavaleiro bêbado, tonto e mal conseguindo parar em pé, ele estava com a espada desembainhada, fazendo algumas mulheres abafarem gritos de terror e se afastarem da dupla, os homens também se afastaram por precaução, mas estavam ficando excitados com a expectativa de uma luta. Atrás do balcão, a mulher do gerente da taverna saiu de mansinho para fora, indo chamar os guardas.

O homem de cabelos azuis suspirou cansado, segurou à montante, colocou a arma sobre os ombros da armadura, como se esta não pesasse absolutamente nada e virou o rosto para o bebum, analisou-o dos pés a cabeça, seu corpo estava nos padrões exigidos pela guilda dos cavaleiros: era saudável, forte, alto e ombros largos, mas estava mais do que claro que ele não estava em condições de lutar. O homem de cabelos azuis fitou o desafiante nos olhos, fazendo-o estremecer ao ver aquela frieza nos olhos vermelhos do desafiado.

- Você é forte? – Perguntou a voz forte e baixa do homem de cabelos azuis.

O cavaleiro avermelhou, pois se recuasse agora, seria um covarde fraco, se avançasse com o desafio, provavelmente seria um homem morto. A embriaguez o impedia de pensar com clareza, mas ele estava decidido a honrar seu nome, seja em vida ou em morte.

- Sou sim, senhor. – Seu sotaque caipira ficou ainda mais forte agora, o homem de cabelos azuis suspirou decepcionado ao notar que ele não passava de outro recém-cavaleiro caipira que sonhava com aventuras, mulheres e dinheiro.

O cavaleiro ficou revoltado com o desprezo do homem e levantou a espada contra o forasteiro, mulheres gritaram de terror ao ver o movimento, mas o cavaleiro sentiu o braço tremer com o impacto, pois ele não acertada o pescoço do forasteiro, e sim a armadura que recobria seus braços, até agora escondido pela capa vermelha que ele usava, e o formato semelhante a ossos fez o cavaleiro pensar que aqueles ossos eram os ossos de todos os outros que o forasteiro matara.

- Uhm? Que cheiro é esse? – O homem de cabelos azuis fez uma cara enojada, tirando os pés da mesa, ele ainda segurava o montante, só que agora a lamina estava em apenas um dos ombros, já que teve que mover o braço para se proteger do ataque. – Por Odin, homem, não sabe o que é um banheiro?

O cavaleiro soltou a espada e caiu no chão, não sabendo se fora sua embriaguez que o deixou lento ou se aquele homem a sua frente era realmente humano para conseguir se proteger de um ataque usando apenas o braço, sem tomar dano algum! Toda a taverna estava num silêncio atônito, num misto de horror e medo, um medo que congelava as pernas de todos ali no chão. O homem suspirou e se curvou em direção da espada que estava na frente do homem, torcendo o nariz ao sentir o cheiro do “acidente” do homem com mais intensidade, ele pegou a espada e a colocou contra a luz da lamparina, analisando a lamina que possuía vários sulcos e que já não deveria cortar nem mesmo uma banana, a única parte útil daquela arma era a ponta.

- Pretendia me espetar com esse palito de dentes até eu suplicar que parasse com as cócegas? – O homem de cabelos azuis riu, deixando a espada dentada sobre a mesa e com um suspiro, se levantou, mexendo dentro da capa e depositou uma sacola de zenys na mesa, se virou para o balcão, sorrindo divertido. – Tente guardar um pouco para esse cara aí comprar uma arma decente.

O homem de cabelos azuis apenas encaixou o montante na bainha das costas, suspirando e olhou em volta, vendo todas as pessoas com faces pálidas e amedrontadas, deu de ombros. O que podia fazer se era realmente um galã? Riu do próprio pensamento, quando ia andar para saída, foi surpreendido pela ponta da uma lança tremula, olhou para o portador da lança, identificando-o como um dos guardas da cidade.

- Parado aí! – A voz do guarda estava tremula, afinal, não era todo o dia que se encontrava um homem com um metro e noventa de altura e que conseguia manejar aquele tipo de arma gigantesca.

- Ou, ou, ou! Calma aí com o espeto, seu guarda, eu sou apenas um viajante, eu já estava de saída. – O guarda deslizou o olhar para as garrafas de hidromel na mesa, e parecia que o homem não estava acompanhado, não entendeu como ele não estava bêbado depois de esvaziar três garrafas de hidromel sozinho, depois olhou para a espada dentada, ficando surpreso por ver uma arma tão inútil.

O guarda sentiu uma pressão na perna e viu um cavaleiro abraçando-a, choroso e possuía um cheiro horrível, fez uma cara enojada, tentando entender o que ele falava por entre soluços. Algo como que “esse monstro vai me matar, me ajude”, mas não sabia se dava para confiar nas palavras do cavaleiro, pois logo em seguida o guarda sentiu cheiro de hidromel vindo dele. Suspirou, amaldiçoando os bêbados mentalmente. Fez sinal para os outros guardas abaixarem as armas e se virou para o forasteiro.

- Nunca o vi antes por Payon, poderia se identificar?

- Pois se não, sou Thanatos.

Após a menção do seu nome, a terra tremeu. Até mesmo Thanatos teve de se apoiar para não cair. Todos se olharam atônitos. Aquilo significava um terremoto? Mas parecia cada vez mais intenso, Thanatos começou a ajudar o guarda a guiar as pessoas para fora do recinto, antes que esta desabasse sobre suas cabeças.

Do lado de fora, as pessoas gritavam histéricas, Thanatos não compreendia o que acontecia ali, ele deixou os civis aos cuidados dos guardas de Payon. Escutou o guarda gritar algo como “espere, ainda não terminei com você” ou talvez “é perigoso demais!”, mas deu de ombros e continuou na sua corrida desenfreada, passando por entre os civis até chegar à origem do terremoto, onde havia um enorme portal por onde escapavam chamas e gritos agoniados, novamente Thanatos se apoiou para não cair com o terremoto, sentindo a cabeça latejar com aqueles gritos, até que por fim viu uma mão mutante e rochosa sair de dentro do portal.

Hipnotizado, observou a saída da enorme e grotesca criatura, que com urros de raiva pulava para fora, com o portal flamejante fechando atrás de si. Após a saída da enorme criatura, o terremoto parou, Morroc urrou novamente.

- Odiiiiiiiiin! – Urrou o Jotun com uma fúria selvagem embebida pela sede da vingança.

Ele olhou em volta, farejando o ar como um animal e reconheceu onde estava. Midgard, o reino dos humanos. Sabia que, como aquele portal que usara, havia em Midgard portais que o levariam à Odin, mas antes, iria causar a destruição naquela terra. Foi então que notou a presença de um homem com uma enorme espada de lâmina negra. Morroc o olhou admirado, afinal, ele possuía coragem o suficiente para se aproximar do Jotun, ou era idiota.

- Hey, grandão, como tu se chama? – Perguntou Thanatos num tom de riso, causando ira em Morroc, mas o Jotun se segurou, talvez pudesse usar aquele humano imbecil para seus propósitos, pois sentia que ele era poderoso.

- Morroc!

- Morroc, uhm? Sou Thanatos... – Thanatos sorria, deixando o montante nos ombros, sentindo o sangue bombeando pelo seu corpo muito rápido graças à adrenalina. – Você parece ser forte.
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[Conto] Contos do Bardo Gingli – Thanatos e Morroc Empty Re: [Conto] Contos do Bardo Gingli – Thanatos e Morroc

Mensagem por Marjyh Sáb maio 07, 2011 12:25 am

Contos do Bardo Gingli - Thanatos e Morroc

[Conto] Contos do Bardo Gingli – Thanatos e Morroc Thaxmor

Parte 3 – A Caçada

O montante de Thanatos caia pesadamente no chão, levantando o pó da terra seca após o impacto. Morroc havia dado um pulo para trás para escapar do golpe do humano, impressionado com a velocidade deste e sua força.

Thanatos praguejou ao notar que errara seu alvo, tirando a espada do chão. Mesmo fingindo toda aquela descontração, ele agora sabia de quem Morroc se tratava: o Jotun que fora condenado ao Musplheim após a guerra que ele promoveu contra os deuses. Dava para notar que atualmente Morroc estava fraco, e Thanatos tinha que se aproveitar disso.

- Tsc, humano insolente! – Morroc ficou ereto, sua voz parecia um trovão que cruzava os céus e parecia fazer até a terra tremer, sua aura era sinistra, Thanatos não deu chance para Morroc terminar de falar, avançando novamente para cima do Jotun, brandindo o montante com as duas mãos enquanto corria em direção do Jotun, o montante fez um corte em diagonal da esquerda pra direita, mas novamente Morroc escapou com um pulo para trás, mas a ponta do montante conseguiu produzir um corte superficial no peito do Jotun.

Surpreso com aquilo, Morroc sentiu uma ira descomunal por ter sido ferido por um humano, mesmo que soubesse que sua proteção estava enfraquecida graças ao tempo que passou em Musplheim. Ele precisava de sua força novamente, mas seria impossível agora, mesmo que odiasse aquilo, precisava recuar. As asas nas costas de Morroc se expandiram, derrubando penas podres sobre o solo e cobrindo o ar com um cheiro de podridão queimada. Thanatos fez uma cara de nojo.

- Venceste agora, humano, mas não conte com a mesma sorte quando nos encontrarmos novamente! – Morroc deu um pulo para cima, fazendo o chão estremecer de leve, Thanatos correu com o montante preparado para atingir o jotun, mas não chegou a tempo, vendo apenas o borrão de Thanatos desaparecer no céu.

Thanatos praguejou novamente, encaixando o montante nas costas. Sons de passos vieram atrás de si, acompanhado de uma voz melódica e calma de uma mulher.

- Então, é um grande guerreiro. – A dona da voz era uma bruxa de cabelos castanhos e olhos verdes, Thanatos se virou para ela, vendo-a de braços cruzados, dando um sorriso calmo, os olhos do guerreiro desceram para o corpo dela, seios fartos, uma cintura fina, coxas grossas, uma fina baba corria pelo canto da boca de Thanatos, mais rápido do que pode acompanhar, sentiu o rosto arder com o tapa tomado pela bruxa, Thanatos acariciou a pele avermelhada, olhando para a bruxa com um sorriso irônico no canto dos lábios.

- Se sou, “madama”. – Thanatos riu, respirando fundo e voltou a uma postura séria, apesar de o sorriso irônico continuar nos lábios, a bruxa estava vermelha e claramente revoltada. – Posso saber o nome da “formosura”? – Thanatos continuou a brincar e fingir sotaque de caipira.

- Kathy Fallenstar. – Os habitantes da cidade finalmente saiam dos seus pequenos barracos, ainda amedrontados e perturbados com a aparição do jotun, a bruxa suspirou, observando as crianças chorosas e voltou o olhar serio para Thanatos. – E você?

- Sou Thanatos... – Notando que Kathy parecia esperar que ele completasse a apresentação, com um suspiro resignado, Thanatos voltou a falar. - Apenas Thanatos. – O rosto de Kathy pareceu mostrar compreensão e Thanatos e virou para onde Morroc voara, imaginava para onde aquele morcego-gigante-de-meia-tigela tinha ido. – Faz idéia de onde aquele maldito foi?

Kathy parou ao lado de Thanatos, olhando na mesma direção que o guerreiro olhava, cruzando os braços abaixo dos seios, fazendo-os ressaltar um pouco, os olhos de Thanatos deslizaram para os seios da bruxa, soltando um assovio baixo. Kathy ignorou o jeito de Thanatos.

- Está falando de Morroc?

- Não, da minha mãe. – Thanatos retrucou de um jeito meio sarcástico, mas percebendo que fora rude, deu uma tossida sem graça, desviando o olhar para o céu e cruzou os braços também. – Desculpe. Sim, estou falando do Morroc.

- Ele está fraco, deve estar indo procurar vítimas... – Thanatos suspirou, descruzando os braços e começou a rumar para a saída de Payon, Kathy pousou a mão no braço do guerreiro, que a olhou surpresa, levantando o olhar para o rosto da bruxa que ajeitava uma mexa do cabelo curto atrás da orelha. – O que é?

- Eu vou com você. – A decisão de Kathy foi recebida com um bufado irritado do guerreiro, que se livrou da mão dela com um movimento do braço, sentiu-se ofendida, pois simplesmente não podia aceitar uma rejeição como aquela, principalmente por causa da sua beleza. – O que foi? – Sua voz saiu um pouco mais séria e autoritária do que pretendia.

- Eu não quero estorvos pra viagem, obrigado. – Ser referida como estorvo atingiu em cheio o orgulho da bruxa, que apertou os punhos e se aproximou de Thanatos, que já havia se afastado alguns passos, se apressou para ficar a frente dele, colocando o dedo no peito dele enquanto o olhava nos olhos, furiosa.

- Eu NÃO sou um estorvo! - Kathy respirou fundo, recuperando a calma e abaixou o dedo, voltando a olhá-lo firme nos olhos. – Eu vou com você, pois eu quero ir, e também, tenho amigos por Rune-Midgard que podem vir a ser úteis quando encontrarmos Morroc.

Kathy cruzou os braços novamente abaixo dos seios, com um jeito sério e decidido, Thanatos percebeu – irritado - que nada faria a mulher voltar atrás da sua decisão.

- Tsc, apenas não fiquem no meio do meu caminho quando eu for destruir as asinhas daquele metido à demônio-morcego. – Thanatos voltou a andar para a saída de Payon, Kathy fez uma careta irritada com o jeito do guerreiro, se perguntando se era realmente aquele mesmo homem que lutara contra Morroc instantes atrás.


A luz prateada da lua já banhava Geffen, que apesar da época, era um lugar tranqüilo e bem organizado, poucas pessoas perambulavam pelas ruas, ninguém erguia a voz demasiadamente em respeito ao estudo dos sábios e bruxos. Mas, na taverna havia uma confusão que se formava. Em meio aos berros e a fumaça do cozido acumulado no teto, dois bêbados estavam rindo a toa, batendo as canecas de hidromel e derramando o liquido no chão enquanto dançavam em cima da mesa, ao ritmo da música de um grupo de bardos.

“Ahoy, bebei em saúde dos companheiros!
Ahoy, bebei em saúde dos amigos!
Ahoy, bebei e bebei a noite inteira!

Vamos festejar, agora já é noite
Vamos virar a noite em festa
Vamos virar a noite em farra
Ahoy, meus amigos, vamos festejar!

O gajo fica em casa, a mulher festeja,
O gato foge, o pássaro avoa,
Corre, corre pra cá,
E não se esqueça de cantar!
Ahoy, amigos, ahoy!”


Os bêbados em questão eram um caçador de cabelos verdes e um cavaleiro de cabelos loiros. Ambos pulavam e ficavam dançando em cima da mesa, o restante do grupo que acompanhava os dois aventureiros entusiasmavam e instigavam ainda mais a dança, cantando e batendo palmas ao ritmo da música cantada e tocada. Até que uma hora os dois bêbados pararam de dançar e desceram da mesa, sentando em seus respectivos lugares. O grupo inteiro bateu as canecas e virou com tudo o hidromel para dentro das bocas, os mais embriagados derramaram aquele liquido sobre a roupa e o rosto, batendo as canecas vazias na mesa e soltando um brado uníssono.

Uma senhorita de cabelos castanhos e olhos castanhos se aproximou da mesa, meio temerosa por causa do estado alcoólico de alguns dos clientes. Alguns do grupo, os que estavam virados na direção que ela vinha, se calaram enquanto observavam a garota se aproximar, enquanto os que não notaram continuaram a rir de alguma bobeira, até serem calados pelo toque dos companheiros. O cavaleiro e o caçador custaram a conseguir manter a cabeça parada para poder observar a donzela, tendo que apoiar a cabeça para poder fita-la.

- Boa noite, dama! – Começou o cavaleiro, que apesar do esforço de tentar ser cordial, estava com a voz incapaz de manter um único tom. – Em que lhe podemos ser útil?

- Por favor, peço que diminuam o barulho. Sei que estão se divertindo aqui, mas isso está incomodando os outros clientes. – A moça fora direta com seu objetivo, virando o rosto para os restantes dos clientes da taverna, alguns até saiam por causa do incomodo com aquela barulheira e bebedeira.

O caçador ergueu a caneca bem alto, se levantando, quase caiu para frente, sendo segurado pelos companheiros e colocando a mão na mesa, e mesmo assim ele balançava para um lado e para o outro.

- Escuta bem, taverneira filha duma potranha! – Todos ficaram surpresos com o jeito do companheiro, que costumava ser sempre o mais calmo e gentil dentre eles, principalmente com mulher, a moça também pareceu ficar surpresa com aquilo. – Nois vamo fica por que nois tá pagando! Essa bebida daqui num vale nem um mil do que pagamos pelas camas!

O cavaleiro se levantou, segurando a mão do companheiro, pareceu que ia perder o equilíbrio, sendo segurado também pelos companheiros e se segurando na mão do companheiro, os dois quase caíram os dois, mas puderam se olhar. O cavaleiro conseguia usar suas faculdades melhor do que seu amigo.

- Pô, Louriano, para com isso, cara... Tá constrangendo a minina, num tá vendo num?

- Ah, cala a boca, Petri! Eu to bêbado, mas num to cego num!

Os dois ficaram se encarando, tentando ver quem iria desistir primeiro, até que ambos se abraçaram, fazendo uma cara enjoada.

- Puta merda, cara... Eu num to me sentindo bem! – Louriano se virou prum lado, vomitando no chão, todos os companheiros riram e outros soltaram um grito surpreso, quase imediatamente Petri se virou para um lado também, mas o vomito dele pegou em cima de um dos companheiros antes de chegar ao chão, os brados recomeçaram enquanto a moça fazia uma cara enojada, sabendo que teria que limpar aquilo mais tarde.

Um homem de ombros largos, braços e pernas fortes e cerca de dois metros e dez se aproximou do grupo, ele usava um avental sujo por cima da roupa simples de algodão, e um chapéu de mestre cuca cobria a careca do homem, a moça se virou para ele, com uma expressão irritada.

- Papai, olha o que eles fizeram! – A moça apontou para os vômitos dos homens, que já estavam quase inconscientes devido à quantidade de álcool ingerido.

- Ah, droga! – O homem pegou os dois bêbados pelas golas das roupas, todo o grupo havia se calado e olhavam assustados para o taverneiro, o homem se virou para a filha, dizendo num tom sério. – Limpe essa bagunça, volto num instante!

Apesar do muxoxo que a garota fez, ela acatou a ordem enquanto o pai arrastava os dois beberrões semi conscientes para a saída dos fundos da taverna, atravessando a cozinha e abriu a porta, jogando-os num beco onde ele jogava o lixo fora. Os beberrões soltaram um murmúrio revoltado, mas nem tinham mais forças para se levantar, desmaiaram em meio ao lixo e com gosto de vomito da boca.

E ali mesmo acordaram.

Agora, de volta na taverna, Petri havia acabado de sair do banho, secando os cabelos loiros enquanto o companheiro já vestia o uniforme. Na verdade fora muita gentileza do taverneiro permitir a entrada dos dois ali novamente. Louriano não se virou até ter certeza que o companheiro havia se vestido, e enfim se virou para ele, com um sorriso no canto da boca, envergonhava-se dos seus atos da noite passada, se lembrava que teve até um desejo de bater no amigo de infância.

- Que noite, eim? – Disse Louriano, arrumando a aljava e o arco, Petri riu, colocando a armadura de cavaleiro.

- Nem me fale... – Assim que Petri estava pronto depois de um curto espaço de tempo, já com a espada de duas mãos amarrada a cintura, bocejou, passando a mão na cabeça. – Droga de ressaca...

- Nem me fale... – Riu Louriano, repetindo a frase que o amigo disse há pouco. – Bem, o que tínhamos que fazer aqui mesmo?

Petri se calou um pouco, sentando-se na cama enquanto pensava sobre o que tinham que fazer, ma será horrível pensar com aquela ressaca maldita. Passou a mão nos cabelos curtos, bagunçando-os, o cabelo de Louriano era um pouco longo e liso, tendo um pequeno rabo de cavalo juntando os cabelos.

- Acho que tínhamos que ver um negócio sobre um ritual que ia liberar algum tipo de monstro... – Petri gesticulou com a mão enquanto falava de olhos fechados. – Teve umas denúncias de um grupo estranho agindo perto daqui que tava tendo sacrifício humano... Essas coisas loucas aí...

- Uhm... – Louriano se repreendeu mentalmente, se não tivesse bebido demasiadamente na noite passada, poderia já ter finalizado aquela busca e agora estaria em sua casa, em Prontera. Deu um sonoro suspiro. – Bem, vamos lá.

- É, se não a Kathy vai pegar no nosso pé se não tivermos um relatório... – Petri se levantou num pulo, indo para a porta do quarto.
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Mensagem por Akahai Shora Sex maio 13, 2011 10:09 pm

Bem, se quiser, eu tb não sou afeiçoado aos Jotun. Sugiro mais conversarmos sobre Thanatos e Morroc mesmo. Se quiser, eu tb tenho uma fic sobre eles, que terminei tem pouco.

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Mensagem por Marjyh Sex maio 20, 2011 4:09 pm

@Akahai

Sim, sim vamos conversar xD E adoraria ver a fic =3 Qual é o titulo?

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Parte 4 – Bellatos.

Numa parte isolada dos campos, próxima da vila dos orcs, um grande círculo de magia feito com sangue estava feito num canto separado por árvores e pedras. Era um daqueles típicos cantos que existem em todos os campos, mas aquele era um pouco maior, bem, suficientemente grande para um ritual ser feito.

Petri fez uma careta ao sentir o cheiro do lugar. Louriano estava sério, diferente do amigo bruto, ele tinha o dom de poder sentir as energias dos lugares, e aquela em particular era extremamente pesada.

- É, parece que foi aqui que aconteceu... – Louriano caminhou em volta do círculo notando varias falhas de sangue no círculo, havia marcas de sangue para fora do círculo, assim como pegadas enormes.

- Ah vá, é mesmo? Nem notei. – Apesar do tom irônico de Petri, esse era o jeito dele de lidar com situações estressantes e tensas.

- Cale a boca, eu vou me concentrar agora. – Petri girou os olhos, se sentando numa pedra enquanto deixava Louriano fazer seu trabalho.

Louriano estendeu a mão sobre o círculo e fechou os olhos. Aos poucos, em sua cabeça, as energias se movimentavam e recriavam a cena: corpos de crianças sendo sacrificados, uma canção era entoada morbidamente, mas de repente, dois orcs saíram de seus esconderijos, manejando os machados e matando os cultistas. Vários bateram em retirada desesperadamente, um orc fora morto, cairia bem onde Louriano estava de pé agora. O outro ficou com uma cicatriz no olho direito e grunhiu vingança pela morte do irmão. Arrastou o corpo do orc para fora dali e... Fim.

- Bem, eles tinham começado o ritual, mas foi interrompido... – Disse Louriano após um breve momento de reflexão, enxugando gotas de suor, sempre que usava aquele dom se cansava demais.

- Por quem? – Petri já se levantou, cruzando os braços e encarando o caçador que ficou irritado por ter sido interrompido.

- Orcs. – Não ficou surpreso ao ver Petri ficar boquiaberto com a menção de quem teria interrompido o ritual, Louriano deu de ombros, suspirando. – Fazer o que. Provavelmente o ritual deve ter dado algum problema, pois ele foi interrompido bem no meio... Não sei que tipo de problema pode ter sido, não conheço esse ritual.

Os dois ficaram quietos um tempo, raciocinando sobre o que deveriam fazer em seguida e o por que dos orcs terem interrompido aquele assunto de humano. A curiosidade dos dois ficou forte, então, decidiram ir para a vila procurar por um orc que tivesse uma cicatriz no olho.

Mal vaguearam pela vila quando escutaram o rugir de um orc vindo por trás. Os dois pularam para lados opostos, vendo um machado afundar no chão e fazer o chão estremecer de leve. Eles engoliram seco e olharam para o rosto do orc.

- Petri, olhe! – Louriano havia notado a cicatriz no olho do orc e apontou, mas Petri nem prestou atenção naquilo.

- É, como é feio... – Sim, foi um comentário muito infeliz.

O orc olhou furioso para Petri, soltando um urro enquanto avançava para cima do cavaleiro, Petri soltou um xingamento, pegando a espada as pressas para poder conter o machado que descia para cima da sua cabeça.

- Louriano, seu maldito, me ajuda! – Uma flecha cruzou o ar e caiu bem no pescoço do orc, o orc parou de fazer força no mesmo instante, mas caiu sobre o humano, arrancando outro xingamento da boca dele depois de ver a flecha sonífera. – Maldito!

Louriano suspirou, guardando o arco. Petri era muito imprudente, e isso era muito estressante. Se aproximou do amigo e do orc, tirando-o de cima dele. Estendeu a mão para ajudar o companheiro a se levantar.

- Foi mal, Petri--... – Um soco acertou o rosto de Louriano, que deu alguns passos para trás para poder manter o equilíbrio.

- Isso é por ter feito o balofo ali cair em cima de mim! – Louriano se recuperou rapidamente do soco, e com força pouco maior que a de Petri, acertou um soco na cara do cavaleiro.

- E isso é por ter me dado um soco!

Petri segurou a gola do amigo e fechou o punho para retribuir o “favor”, mas uma voz gutural interrompeu os dois.

- Vocês dois se parecem comigo e o meu irmão. – O orc já havia se recuperado do efeito do sonífero e já tinha tirado a flecha do pescoço, estranhou os dois humanos terem se abraçado devido ao susto, e ambos ao notarem aquela situação, se afastaram rapidamente, virando a cara para cada lado. – É, ainda bem que são só parecidos.

- Ok, feioso! – Louriano desferiu um tapa na parte de trás da cabeça de Petri, que o olhou irritado, o orc bufou ainda mais irritado.

- Escuta aqui ô depenado enlatado: tu que é feio! – Antes que os dois companheiros começassem a se esmurrar novamente, o orc se levantou, colocando o machado gigante no ombro, era muito maior que os outros dois, ultrapassando os dois metros de altura. – Sou o príncipe dos orcs, Belattos. Digam-me seus nomes, humanos!

- “Príncipe”? – Sussurrava Petri para Louriano, ambos de costas para o orc. – Será que ele não notou que é um orc?

- Deixa o orc curtir... – Respondeu o Louriano.

- Humanos ignorantes! – Bellatos já havia se irritado com eles, ainda mais por terem lhe virado as costas e sussurrando. – Não ignorem um príncipe!

- Tá, ele pode ser um orc, mas é metido que nem um príncipe. – Finalizou Petri, Louriano segurou o riso e se virou para o orc, respirando fundo.

- Perdão, sir Bellatos. – Aquilo foi o suficiente para fazer o orc finalmente se sentir satisfeito, colocando a mão livre na cintura enquanto observava os humanos falarem. – Meu nome é Louriano e esse é meu amigo Petri.

- Humpf! Está certo, humanos. – Mesmo apresentados, Bellatos ainda não queria chamá-los pelos nomes. – O que fazem na vila?

- Estamos investigando sobre um culto. – Bellatos ficou visivelmente confuso com o que Louriano disse, o caçador suspirou. – Você tem notado algum movimento estranho de homens encapuzados e cheiro de sangue?

O rosto do Bellatos se iluminou em compreensão, e logo ele ficou sério, ficando quase tão assustador quanto ele ficava quando estava em fúria.

- Sim, ontem mesmo eu e o meu irmão, Dellatos... – Petri foi soltar algum comentário sobre eles, mas Louriano tampou a boca dele antes que ele falasse, aproveitando que o orc estava de olhos fechados enquanto se lembrava o ocorrido. – Fomos até um canto perto da vila para investigar e acabamos nos deparando com uma cena horrível mesmo para nós, e decidimos interromper. Havia uma energia bastante maligna sendo acumulada ali.

Os dois aventureiros trocaram olhares surpresos sobre aquilo. Com certeza era um culto. Mas estavam curiosos sobre o que seria aquele culto, sendo que não tinham visto aquele selo antes. Viraram-se para Bellatos novamente, dessa vez foi Petri quem começou.

- Há quanto tempo sentiram essa energia?

- Cerca de uma semana. – Os dois homens ficaram perplexos e pensativos sobre aquilo, mas logo Louriano se pós a pensar. – Eles estavam desde o começo da noite ali, e eu e o meu irmão resolvermos checar o que acontecia.

Louriano ficou visivelmente pensativo e frustrado, agradeceu as informações, o orc desceu o machado quando Louriano passou por si, quase acertando Petri, que ficou embasbacado. O orc o olhou de canto.

- Nós vamos terminar isso outra hora... – Um sorriso surgiu nos lábios do humano, junto com um brilho forte nos olhos.

- Mal posso esperar.

Bellatos apoiou o machado de volta no ombro e saiu dali, Louriano ficou visivelmente tenso, mas estranhamente Petri parecia satisfeito com o ocorrido. Os companheiros trocaram olhares, ficando preocupados e se concentrando na questão do culto.

- Deu tempo para eles invocarem. – Começou Louriano, colocando os seus temores para fora. – Mas, o que quer que estivessem invocando, não apareceu no local.

- Talvez eles não tivessem pegado o portal certo. – Arriscou Petri, Louriano deu de ombros, poderia ser, não se sabia onde que ficava a localização de todos os portais que levavam para os outros mundos.

- Talvez possam ter libertado-o em algum outro lugar. Mas, apenas idiotas fazem isso.

Os dois ficaram em um silêncio tenso durante longos minutos, quando um som de trovão poderoso, estremecendo de leve a terra, os dois olharam para cima, surpresos.

- Eita, parece que vai cair o céu! – Disse Louriano, Petri riu.

- Acho que o que quer que eles tenham invocado, talvez possa fazer isso. – Louriano censurou-o com o olhar, Petri deu de ombros, o que poderia fazer, era seu humor.

- Vamos voltar para Geffen e preparar o relatório.
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Mensagem por Akahai Shora Sáb maio 21, 2011 7:08 am

O Título é Thanatos: A Origem.

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