[Fan-Novel] Memória das Runas.

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.......No meio um grande círculo com riscos de luz desenhando um pentagrama, em volta representantes que vieram de todos os cantos do mundo, eles apenas estendem as mãos ao círculo que gera imagens de um mundo em ruínas como um retroprojetor, mães que correm com seus filhos nos braços passando fome e pranto, corpos e restos mortais que abundam pelas ruas das cidades, anjos e demônios que sobrevoam pelo mundo a procura de sobreviventes, heróis sendo enterrados, monstros tomando conta das ruas, em uma era em que até os guardiões de Midgard, conhecidos como “GMs” se escondem em oração pelos deuses, para que haja uma salvação milagrosa. É tudo isso o que surge aos olhos dos representantes das três nações de Midgard, que precisam se manter frios e calculistas, tentando encontrar uma forma de mudar esse mal, o futuro, apenas uma representante de Midgard chora, escondendo sua tristeza perante os demais e um deles arrisca iniciar um comentário sobre a previsão:

.... - Isso não pode ser, é um cataclismo, então...é isso o Ragnarok? – Diz um sábio com um monóculo, pasmo com a previsão.

.... - Não, isso está longe de ser o Ragnarok, digamos, que são as primeiras trombetas do juízo final. – Uma mulher loira com roupa de pele de nove-caudas não encara os demais enquanto responde.

.... - Espero que tenham visto o suficiente, isso tudo me cansou. – Diz o Bruxo com um capuz e com suor na testa, provavelmente foi ele quem fez as imagens surgirem.

.... - Mas por Freya, o que podemos fazer para evitar que tantas pessoas morram? – Responde também assustado um homem alto e de cor escura com alguns panos na cabeça e pescoço.

.... - É por isso que os chamei até aqui, para essa décima terceira reunião da tríplice aliança, Ash Vacuum, meus caros, já estamos quase certos que lá é praticamente outra realidade, pode ser que o futuro tecido pelas nornas não alcance por aquelas terras. – Responde um homem loiro e com roupas vermelhas.

.... - Ash Vacuum não é outra realidade, é a mesma realidade que a nossa, mas eram terras que ainda não tínhamos acesso, estou cansado de dizer isso e ninguém me ouve!

.... - Bernard, eu peço que não se exalte, não é hora de demonstrar tamanha tolice em discutir este tipo de coisa agora.

.... - Acontece que se usarmos Ash Vacuum para fugirmos do problema, seremos dizimados da mesma forma, não sobrará terra sobre terra!

.... - Cale-se Bernard, não tem nenhum ser inexperiente aqui, nos poupe de seus conselhos fajutos, nós já estamos tomando nossas providências, o motivo da reunião era apenas para reportar que um dos nossos já está chegando com o último relatório. – Diz um pequeno cientista de óculos fundo de garrafa.

.... - Apolodoro! Como ousa tomar essas providências sem nos consultar? Você não pode manipular as coisas, isso é um...

.... - Mantenha a calma, a pessoa que eu disse é das mais experientes que temos, e ele é neutro nas três nações. – Responde o velho.

.... - O que? Senhor, você enviou ele? - A morena, representante de Midgard, enxuga as lágrimas para indagar.

.... - Sim, não há ninguém melhor do que ele para terminar o trabalho.

......Em cima do teto do enorme prédio da Rekenber se encontra um Paladino loiro que se levanta após estar sentado e polindo sua espada, sua capa azul se move com o forte vento que ali faz, ele então apóia sua espada no ombro.

.... - Confiem nele, ele é nossa última esperança.
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....... Era uma noite emergida na luz prateada da lua, onde um algoz cujas vestes negras arranhadas e sujas com placas de prata danificadas olhava para os céus, maravilhado com esta luz. E naquele campo desértico a luz da lua pintava o algoz de prata, deixando uma sombra pela areia.

.... - Então eu finalmente consegui, eu...eu sou um algoz, eu sou uma última peça na hierarquia dos assassinos, mesmo assim...aquilo realmente me fez muito mal, irônico, pois já posso retornar ao mundo dos mortos a qualquer momento... - Diz o jovem algoz de longos cabelos negros que brilhavam naquela luz, os olhos castanhos deste algoz demonstraram uma certa melancolia, ele então fecha os olhos, e abaixa a fronte, tendo em mente que, a partir de hoje sua responsabilidade como um guerreiro de elite aumenta, mesmo que muitas preocupações insistam a dominar sua mente, sua ideologia diz: “Enquanto eu estiver vivo, meus sonhos e meus deveres também estão vivos, por isso jamais pensarei na morte, mesmo que ela esteja perto”.

.....Ele abre os olhos e vira rapidamente em posição, com um olhar maligno de um caçador prestes a dar o bote, atrás dele há pegadas na areia e frente a estas pegadas uma menina de cabelos ruivos, um vermelho forte, intenso que chegava a brilhar naquela noite, vestida cerimonialmente, de branco, ela provavelmente fugiu de seu casamento.

.....O Algoz corre em direção a ela e a pega em seus braços, ainda deitada sobre a areia e com as costas e cabeça nos braços do assassino, ela parece estar desmaiada e exausta, seus lábios estão entreabertos deixando vagamente seus dentes à mostra, ela não está usando um véu, e nem se encontra com um buquê nas mãos, a cauda do vestido está realmente sujo, como se estivesse correndo por um pântano até chegar ali, ela realmente queria fugir para bem longe e o mais rápido possível. O Algoz a levanta em seu colo, uma brisa serena passa, movendo o vestido e cabelos da menina, junto os cabelos e sobretudo do algoz, que se limita a não dizer nada.

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...........Ato I – Anjo de Branco, Fios Escarlate.


....... Deitada e coberta por lençóis sobre uma cama em um quarto arrumado, a menina de cabelos ruivos abre os olhos lentamente, tendo uma visão borrada do teto, sua visão se limpa a cada piscar de olhos, um ventilador de teto refresca a menina naquela manhã ensolarada cujos raios entram pela janela ao lado da cama. A noiva fugitiva se senta, olhos entreabertos tentando se acostumar com a luz, poe a mão na testa e olha para vários cantos do quarto, e no criado-mudo ao lado da cama há um bilhete com o papel dobrado e uma faca encravada em sua ponta, de forma de que os ventos não a afastasse dali, a menina pega o bilhete, rasgando de leve sua ponta pela faca, ela abre e lê o recado:

"Eu volto ainda pela manhã, as despesas estão pagas, coma alguma coisa e me espere – Algoz Isanagi."



....... Em uma igreja ainda na cidade, se encontra um homem de batina (padre) conversando com um algoz de braços cruzados (Isanagi):

.... - Sua missão é simples. Mais alguma pergunta, filho? - Diz o padre com uma voz puritana e cansada, ele é calvo e tem cabelos brancos, seu olhar também é cansado.

.... - Provavelmente. Então quer dizer que ela veio a minha procura através de um conselho vindo de sua própria deusa? Como um humano consegue falar diretamente com os deuses, padre?

.... - É um caso diferente, mas, os deuses falam conosco. Precisamos interpretar suas palavras, nada que acontece neste mundo é por acaso, se ocorre porque os deuses estão nos trazendo uma mensagem, filho. E a missão dela como serva das nornas é levar o colar que ela carrega até o templo da deusa e você será muito bem pago pela igreja para protegê-la.

O Algoz caminha um pouco ainda com os braços cruzados, olha para o padre e indaga:

.... - E porque ela se veste como uma mulher prestes a se casar? Ela por acaso é louca, ou faz parte da religião do culto as nornas? O que acaba dando no mesmo...?

.... - Porque ela estava prestes a se casar de fato. Mas teve uma revelação de suas guias na última hora, antes de entrar na igreja. E essa revelação foi algo que mudou tudo, e que fez ela correr até você, seu guarda-costas, desesperadamente.

.... - Arriscando sua própria vida?

.... - De fato, e eu também tive essa mesma revelação, mas sinto muito, fui proibido de contar o que vi.



....... Por Prontera, há uma rua calma, onde não passam muitas pessoas, onde mercadores não vendem seus tesouros, onde aventureiros e civis passam, mas que ignoram o fato de ter uma noiva suja e abandonada, sentada em um banco próximo, como se o mundo contemporâneo não se desse o luxo de se surpreender por qualquer coisa.

.....A garota com o mesmo vestido olha para as mãos apoiadas de costas em seu colo, um pássaro azul se encontra pousado nas palmas das mãos, outro em seu ombro, outros pulam pelo encosto do banco, a menina sorri, mas de repente os pássaros que haviam aceitado sua presença voam rapidamente, movendo seus cabelos ruivos, ela se assusta, e uma sombra toma lugar daquela luz solar, ela levanta a fronte lentamente com os olhos assustados.

.... - Já acordou? Temos um trabalho a fazer. - O Algoz, com o sol bem acima de sua cabeça, estende sua mão.

.....A ruiva continua a olhar assustada a fundo nos olhos castanhos do Algoz, que devolve o olhar de uma forma fria os olhos verdes da menina. Isanagi se senta ao lado dela e vigia os pássaros que voam de lá para cá, e arrisca algumas palavras na tentativa de despertar confiança.

.... - Você se chama Loreta Amaterasu, certo? Enquanto esteve descansando na hospedaria, estive conversando com o padre Biscuss, eu ainda não entendi tudo o que deveria, mas estou disposto a protegê-la até o templo das dríades, não farei nenhum mal a você.

.....Um movimento no banco onde estavam sentados chama a atenção do algoz Isanagi, a menina de nome Loreta se levanta e poe a mão em sua testa, atenciosa como se estivesse fazendo algo de muita delicadeza.

.... - Eu não estou com febre se é o que acha... – Isanagi franze a testa, obtendo um pouco de dúvida sobre o que há na cabeça de sua protegida.

.....Loreta abre um sorriso sereno, enquanto o vento move seus cabelos, ela em seguida vira sua atenção ao peito do homem, tocando com a ponta dos dedos nele. Ela então deixa sua mão estendida, como se convidasse Isanagi a iniciar a jornada, e neste momento, é ela quem está de pé, sugerindo para que começassem, Isanagi continua sem entender, mas já é o suficiente convence-la a seguirem viagem o quanto antes.



....... Enquanto isso, bem distante dali, sob um grande trono dourado se encontra um dragão dourado talhado no topo, um trono de assento acolchoado vermelho aonde se senta um homem de cabelos longos prateados e olhos com a mesma coloração, veste uma camisa social branca e totalmente desabotoada, com o símbolo de um dragão negro em sua estampa, no lado direito do peito, uma calça jeans com correntes, e sapatos, o rapaz se encontra de pernas cruzadas e mistura o vinho de sua taça, demonstrando suas unhas negras como se de fato as pintasse, além disso no mesmo ato mostra seu anel de caveira, como se também de fato tivesse um péssimo mal gosto.

.....Uma voz estranha se aproxima do salão tomado pela escuridão, aonde grandes janelas com suas cortinas abertas quase não conseguem passar a iluminação do luar escarlate.

.... - Senhor, tenho notícias e elas podem não ser de seu agrado.

.....O homem sentado ao trono não demonstra uma mínima atenção ao informante, apóia o rosto em seu punho e toma um gole de seu vinho.

.... - ...Se trata de Tessandra Mystear, ela convocou uma nova reunião que acontecerá no antigo lar dos elfos, aonde o jovem príncipe Sollarys estará presente.

.... - Eu sei disto, Aniquieri.

.....Ainda apoiando seu rosto no punho, o homem de cabelos prateados mantém seus olhos desviados de seu servo, mas desta vez, com um semblante preocupado.

.... - Já não faz tanto tempo que a profecia de Amaterasu se concretizou, eu...queria ter confiado mais em suas palavras, eu fui um péssimo noivo...

.... - Não diga uma coisa dessas, lorde Ignatyus, você é um homem muito ocupado e também muito estudado, agora o que o senhor precisa é reverter essa situação.

.... - Sollarys é meu irmão, eu não posso simplesmente convida-lo para uma dança de sangue familiar, não podemos nos matar, nossas armas e nossa magia simplesmente se negam a surtirem efeito, mesmo que ele morra de ódio pela minha pessoa, e ele tem total razão para ter.

.... - Lorde Ignatyus...

Ignatyus finalmente vira a atenção ao seu servo com um sorriso sereno.

.... - Todavia, não podemos nos afogar nos rios do caos emocional no momento, temos uma grande festa a celebrar esta noite, gostaria de falar sobre min e sobre meu irmão mais tarde, Aniquieri, abra as comportas.

.....O servo Aniquieri corre até as comportas do salão, um pequeno Deviruchi que bate com seu tridente no chão, fazendo com que as comportas se abram, lentamente, e revelando outro salão, com um monte de roupas negras jogadas pelo chão, ternos, vestidos, calçados, todos vazios, e auras fantasmagóricas alvas que sobem destas roupas, auras que formam imagens de crânios que se desfacelam no ar, um Mestre-Ferreiro de curtos cabelos azuis e um tapa-olho, ele se apóia na parede divisória dos dois salões com um enorme machado no ombro, um quepe preto na mão livre e um sorriso impetuoso. Ignatyus ainda apóia a cabeça em seu punho, mas seus olhos se arregalam demonstrando sua surpresa.

.... - E aí, chefia? Como ta indo as coisas por aí? Ta comendo direitinho? Pois é, porque agora ta na hora de queimar essas calorias.
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Precisa melhorar na pontuação.

Outra coisa que ficou meio estyranha é o tom gótico que em determinadas partes fica forçado.