Morte da Cerejeira.

-Fiuuuuhh.. Nada como um bom descanso em Amatsu, clima agradável, noite estrelada, e ainda um show de fogos para o festival. - Apoiei a saca com frutas escarlates em um galho próximo, e começo a descascar uma delas com minha adaga.

Eu realmente precisava disso, longe das batalhas, dos problemas, de um tipo de vida ao qual eu havia me acostumado, mas não deveria. Agora, no silêncio da noite, posso colocar as coisas em ordem na minha cabeça.
Terminado o trabalho com a primeira fruta, mordo um pequeno pedaço perto do caule. Delícia, quanto tempo fazia desde que eu consigui saborear uma dessas assim? Semanas? Não, devem ter sido alguns meses. Engulo o primeiro pedaço, e faço uma única sequencia de insíração e expiração longa, antes de voltar ao ritmo normal de respiração.

- Quando foi que eu parei de aproveitar cada momento como agora....?

Lembranças invadem a minha mente: O castelo de Moskovia, pessoas chorando.O esgoto de Prontera, minha adaga encostada no pescoço de um arquimago, e de um mercenário ruivo. As mesmas cerejeiras de agora de dia, uma monja dormindo profundamente, uma velha louca, uma confusão em uma casa local.Estalagem de Geffen, uma briga, amigos, um cavaleiro com chifres, um companheiro desacordado. Um sacerdote de cabelo laranja, um monge, e o mesmo arquimago de antes, todos vasculhando um lixão, uma garota aparentemente morta. Uma odalisca, uma sacerdotisa, a vergonha que passei. Prontera, um homem assassinado, brigas, pra que tantas brigas... Ash Vacuum, os novos horizontes, as brisas dos dois continentes tocando a minha face, parte fria, parte amena. Payon, a casa nova, meu pai, ''vovó''. E por último, as visões, os crepúsculos no ar, as montanhas à noite, um lago sem fundo, o abismo, o fogo.

Levanto bruscamente , sentando-me nos galhos, cobrindo meu rosto com a mão livre,massageando as minhas tempôras, tentando acalmar o turbilhão de memórias que assolavam minha mente. O que o velho dizia? "O passado é história, o futuro é um mistério, aproveite o presente, o nome não foi dado sem levar em consideração o sentido da palavra."

Mais uma mordida na fruta, o caule agora se encontrava em um pequeno pico da fruta, sozinho... Porque a essa palavra sempre ecoa na minha cabeça? Droga, acho que estou pensando demais...

Mais respirações profundas, desta vez, são 4.

Olho para o céu, as estrelas são uma companhia bem-vinda, ao avistar a quantidade nesta noite, sorrio involuntariamente. Volto a deitar nos galhos, virando a cabeça para a esquerda, posso ver os habitantes festejando. Muitas barracas, kimonos, viajantes, sorrisos... Porque não largar tudo? Comprar uma casa aqui, viver calmamente.

Não, não agora, não com o que sei, não com o que aprendi, não o que presenciei, agora não tem mais volta.

-Mas que merda!

Bato a parte de trás da cabeça algumas vezes no tronco da sakura, não xinguei pela vida que tomei agora, a decisão de continuar é minha, não vou me arrepender de escolhas passadas. Xingo porque percebi que eu realmente não consigo, pelo menos ainda, seguir o conselho de meu pai.

Quando ia voltar a encarar o céu da noite, percebo que duas pessoas começam a andar em minha direção. A primeira reação é enconstar a palma da mão na bainha da adaga. Os dois se aproximam, não me avistam na cerejeira, e sentam numa alguns metros da minha. Quando finalmente entendi que a movimentação para sacar a faca tinha sido involuntária, começo a pensar se não estou ficando paranóico. Uma voz na minha cabeça diz, em tom risonho: Você já é paranóico, só esta ficando pior.

Tento me concetrar em outra coisa, a dupla. Mesmo sendo denoite, a luz do festival ainda iluminava fracamente os dois, e meu treinamento nas sombras ajuram a indentificar perfeitamente os dois.

Não era uma dupla, era um casal, parecem ter uns 20 anos, como eu. Esse último pensamento me faz sentir um pouco mal, não sei o por quê. Os dois olhavam para o chão, espiando um ao outro com os cantos dos olhos. Porque estou observando eles? O rapaz começa a aproximar sua mão da moça arrastando-a pela grama, a garota parece perceber, mas não se move. Não deveria ficar espiando. As mãos se encontram, o casal se encara, e a garota começa a aproximar seu rosto ao dele, ele também se move devagar, e os dois encostam devagar os lábios. Os dois retraem na mesma hora, depois de alguns segundos , e sorriem um para o outro, palavras não são ditas, os dois se levantam, e voltam para o festival.

Sons de explosão pode ser ouvidos, e a noite é iluminada pela luz dos fogos de artifício.

Eu ainda encarava a cerejeira onde o casal havia sentado, senti algo na mão, verifiquei que havia esmagado o que tinha sobrado da fruta com a mão. O que era isso que me angustiava, me fazia me sentir tão mal? Será que era inveja? Mesmo achando ser uma besteira, não conseguia parar de me sentir... desconfortável.

Enquanto assistia aos fogos, a mesma palavra de antes ecoava na minha cabeça, solidão...




O que eu desejo à você.

'' Aos que vivem, ainda solitários, ainda procurando, uma homenagem.
Aos que já encontraram, e estão vivendo, meus parabéns.
Aos que desistiram, ou já não podem mais continuar, meus pêsames.
Às pessoas que correm ao meu lado, meus sinceros agradecimentos.
À pessoa que me espera, em algum lugar nessa imensidão, meu amor."

Hiei Blackfrost, o Guardião Marcado.

O texto me veio em uma tarde, eu precisa escrever, assim como o poema.

Espero que gostem da leitura,comentem, se quiserem, todo comentário é bem-vindo.

E sim, o Hiei pensa demais, um pouco autista, até. Mas ele vai começar umas mudanças, assim como uma drástica que ocorrerá em breve.

Abraço a todos,

Rafa.

Uia ficou legal!
Eu apareci nela \o/

Tks Sam, sim, voce aparece. Com uma faca na garganta, mas ainda assim... xD

Ja li u.u

cool

Mudança de planos, vou continuar essa fic como um período que o Hiei passou em Amatsu. Atenção, vai ter algumas cenas fortes, muita ação e mistério pela frente.

Até o próximo capítulo.

Cenas fortes é? Aiaiaiuiui

Estou precisando de mais um personagem para aparecer na FIC, seria pessoas que ajudariam o Hiei, seja por ser amigo, ou pela ocasiao, ou até interesse prorpio (dinheiro).


Quem quiser, poste aqui, vou tentar me contactar com voces InGame via PM.

Eu ja até disse in game, pode por eol aewlz

Haseo, isso eu já sei, to precisando de mais um xD

EU! EU! EU! \o/
*Abraça o Hiei*
Adorei a fic *____*

*Coloca Acer no Script*

Pronto, valeu Acer o7

bom...se alguém mais quiser, posta que eu tento achar um lugar pra você ^_^.

EU EU!
COLOCA EU PLX TIO *_*

*cai do céu*
Olha só, uma fic!
*lê a fic*
É o Hiei, não tem como ele esquecer daquilo que teve no castelo de Moscóvia, né Hiei? ;D
*tem uma figura do que aconteceu que pode ser usada como avatar*
UHAUHAUHAUAHUAHUAHAUHAUAHUAHUAHAUHAUAH
Uia, a monja eu sei quem é! *levanta a mão*
Uma confusão em uma casa local? Owmaygode, eu estive nisso! :9

Nossa, e eu achei que descrevia bem o que fazia 'o'
This is descrever!!!!!
*chutada num abismo*
*cai num pula-pula e volta*

Aaaaaaaw Hiei tá se sentindo sozinho T-T
Arranja um lugar pra eu segurar vela pro encontro de você e algum menino ^-^
Não, sério, se você quiser acrescentar a coisinha estúpida que a Carmen é...
Mas mesmo que você não queira, eu ainda seguro a vela pro seu encontro :3

E enquanto isso, até mais!
*pula num espelho mágico que a teletransporta para outro lugar*

Nice Hiei xD~Muito boa essa fic.

Acho que alguem anda apaixonado...!Mwahahahaha

Anyway, eu to ae tambem o/

cara, ta otimo, a fic por completo esta maravilhosa, não sei a opnião geral mais não gosto muito de textos em primeira pessoa no presente, mesmo que a ação tenha acontecido agora geralmente prefiro descrever no passado(umma vez que foi um segundo atras) fica mais bonito, mais mesmo esse desagradavel fato(na minha opnião apenas, pode ser que ninguem mais concorde comigo) não interfere na qualidade do seu texto, é como minha vó sempre diz, cada um é um pouquinho de tudo, mesmo quenão perceba.