Mercúrio - Mestre Indra

Esta é uma fic que começou como um diário. Depois eu mudei para narração em terceira pessoa.
É sobre um ex-membro da Ordem do Trovão. Um Mestre Taekwon natural de Ayothaya.

Foi a primeira fic que escrevi .

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12/5 - Dia solar
"Indra, você virou um cachorrinho"
Foi o que disse o mestre yang, amigo de longa data. Não entendi,até que ele continuou:
- Olhe para você. perdeu o brilho nos olhos, a fúria que se pode ver nos olhos do lutador.
- Mestre yang, eu não entendi. Eu não perdi o desejo de lutar!
Estávamos na biblioteca de Juno, onde tínhamos acabado de nos revermos, quando ele disparou isso.
-Veja bem - ele continuou - você entrou para uma "ordem" , fez amigos , e agora vocês unidos vão salvar o mundo? Comovente, mas está errado. Um lutador deve ficar sozinho, meditar.A solidão nos deixa mais fortes Indra. Você agora parece um aprendiz!
-Mestre, aprendi muita coisa estando na Ordem. Muita coisa que VOCÊ também deveria aprender. As coisas não são asssim como você diz!- eu retruquei já com certo rancor.
- Indra, você está mais fraco do que quando te vi. Você perdeu o foco.
- Yang, você , com todo o respeito, está louco.
O mestre Yang me olhou bem nos olhos e disse:
- lembra que nós viramos Mestres quase ao mesmo tempo?
-sim - respondi.
-Tínhamos a mesma força lembra?
- AINDA temos a mesma força- eu disse
-Então me desculpe por ter que te mostrar que não é assim
Numa fração de segundo Yang me acertou um chute tão violento que fui projetado metros depois. Como estávamos numa ala abandonada da biblioteca, niguém ouviu. Mas fiquei impressionado com a rapidez dele.
Mal me levantei, ele estava atrás de mim.
-EI, OLHE PRA TRÁS! - ele gritou, e antes que eu pudesse me virar, eleme acertou de novo. Desta vez pelas costas. O novo golpe foi mais forte que o outro. mas consegui aparar a queda. Me virei novamente e ele entrou na postura do contrachute, enquanto dizia:
-Como eu disse, você virou um cachorrinho. E vou ter que te provar que isso é verdade.
Eu logo fiz a postura defensiva do tornado, e rebati, sentindo um gsoto amargo de sangue:
- Pode vir , mas desta vez você não me derrubar tão fácil...

"Explosão muscular Indra. já esqueceu o que é isso?"
Talvez eu tivesse. Ou pelo menos não conhecesse "aquela" explosão do mestre yang. Além disso, ele mudava de postura o tempo todo. Ele alternava entre 5 posturas diferentes!! Não havia como prever .. ou se defender dos ataques.
...
...
Meu corpo inteiro estava me traindo. E meu oponente parecia um demõnio. Estavamos deixando um rastro da luta pela biblioteca inteira. Estantes caídas, livros pelo chão, cadeiras...As cadeiras aliás estavam sendo usadas pelo meu amigo para me atacar. Ele as chutava pra cima de mim e quando eu as bloquea-vas eu perdia - o de vista, para descobrir fraçções de segundo depois que ele estava na minha frente e se preparava para encaixar mais um golpe. E eu não conseguia responder á altura.
Mas eu não podia deixa- lo me acertar daquele jeito. Então fiz algo que meu avô em ensinara. "Esquecer a dor, porque é ela que faz alguém perder uma luta meu querido", ele dizia. Me concentrei e perdi simplesmente a dor desaparecer da minha mente. Senti minha velocidade aumentar. E fui com a fúria de um tigre pra cima do Mestre Yang. E eu o venceria fazendo o contrário do que meu oponente disse: lembrando dos meus amigos.

Mesmo o mestre yang ficou perplexo com aquela repentina mudança de velocidade. E eu consegui encaixar diversos golpes nele. Mas depois eu senti como se a dor toda estivesse voltado. e tombei no chão.
- O estado alterado da mente- ele disse.- Não pensei que você conhecesse essa técnica Mestre Indra. mas se você a usou para tentar me vencer é porquê você ainda está muita fraco amigo.
Eu não conseguia falar nada tamanha era a dor. Ele veio em minha direção e disse, eu deitado :
-Como eu disse, você virou um cachorrinho. Me procure quando estiver mais forte. Até lá, para mim, você mancha o nome do taekwondo.
E foi embora me deixando numa ala da biblioteca vazia e semi - destruída.
Eu, só, com meus pensamentos. Enquanto perdia a consciência e caía no escuro abismo da derrota.

13/5 - Dia lunar
HOje eu acordei pensando sobre a luta de ontem. Quase sonhei com isso. Acho que estou ficando obcecado, mas quem não estaria? Fui totalmente derrotado naquilo que faço de melhor. Comecei a repensar a minha entrada para a ordem, e se eu podia ser de alguma ajuda. Alguém que é derotado tão facilmente só pode ser um inútil! Estava ficando cada vez mais deprimido, quando me lembrei de algo que podia ser uma luz naquele momento de trevas. Algo em que eu podia depositar minhas esperanças, embora fosse algo difícil de se conseguir. Mas eu teria que tentar...
Saí para andar pela cidade e espairecer. Juno realmente é muito bonita, e muito interessante. O conhecimento nela contido é considerável. E as praças servem de belos pontos de encontros. Mas, a verdade é que eu não poderia ficar em Juno por muito tempo. Eu tinha muito o que fazer em prontera, e precisava fazer tudo logo. Tomei um aeroplano para izlude, e qual não é minha surpresa quando vejo a sacerdtisa que me ajudou no dia passado!
-Olá- eu disse acenando para ela, que se virou e sorriu.
-Oi moço, já terminou o que tinha pra fazer?
Conversamos longamente até o aeroplano chegar no destino final, que era Izlude. Coincidentemente, ela ia pra prontera também.
Nos despedimos nos portões da cidade: ela foi para acatedral de Prontera, e eu fui procurar alguma estalagem com quartos sobrando, o que é quase impossível na capital do império. Mas com alguma insistência encontrei. Depois de 3 horas de procura!!!
Arrumei meus pertences no meu quarto, que não é muito grande mas pode acomodar uma pessoa só, e saí pela cidade. Mercadores gritavam preços de um lado para outro, pessoas tentavam se fazer ouvir numa babel de vozes.
Ali defintivamente eu não conseguiria meditar direito, então me lembrei de um lugar onde o silêncio é respeitado mais do que outra coisa: A catedral.
Fui até lá e comecei a meditar ajoelhado sob a luz dos vitrais. tentei limpar minha mente, mas não consegui. Na verdade senti uma solidão que não havia sentido antes. É muito dura ser sozinho. Não ter alguém com quem dividir suas experiências, seus medos , nada...O mestre Yang Tinha que estar errado. Eu não me sentia mais forte ficando só. Cada um retira força de lugares diferentes. Minha força vem da lembrença das pessoas próximas de mim. Amigos, família, mas estou longe de todos eles. Vagando de lado em lado, como poderia ter alguém? A sacerdotisa foi a única pessoa com quem conversei por mais de meia hora em semanas!! Percebi que acatedral seria minha nova companheira por muito e muito tempo. Pelo menos enquanto a luz das rosáceas e dos vitrais ainda pudesse dar uma certa paz á minha mente cheia de dúvidas.

14/5 Dia solar
Hoje, logo ao acordar fui ao meio da ciddade para coprar algumas coisas. Lá encontro um mercador que era meu amigo de infância, Roberto. Já fazia um tempo que ele tinha saído de ayothaya sem um saco de arroz pra vender, e agora estava com seu próprio negócio. Quando cheguei, vi um Roberto preocupado e meio sisudo, que logo me revelou o motivo disso: dragões estavam atacando os fornecedores. caravanas inteiras estavam sendo destruídas por monstros "alados" como ele disse.Tudo, até as poções de concentração, havia subido de preço. e eu senti a crise na pele porque compro muitas delas em dias de treino. Felizmente comecei a dar aulas domiciliares de taekwon. Isso vai me ajudar por uns tempos.

Pouco tenho falado com os membros da ordem esses dias. falei mais com o sundance, um arruaceiro que acabou de recuperar a visão, e dois espadachins promissores: Detto e Destrel. Eu não me meteria no meio da lâmina deles e de um monstro. Parecem manusea-las muito bem. há também outros, que não citarei ainda ou este diário vai virar um livro. No momento são meus unicos companheiros, além da sacerdotisa, que vejo todo dia por estar indo á catedral frequentemente.

Hoje fui treinar enfrentando gran orcs com a ajuda de outros sacerdotes, pois lá é uma área perigosa. No entanto não me concentrei direito e acabei nocauteado 2 vezes. Aquela luta na biblioteca me deixou transtornado. preciso limpar a mente o quanto antes, acalmar os demônios que me aflijem. Preciso de alguém que faça isso por mim.

Hoje á tarde tive uma grande surpresa: Encontrei um conhecido de lá de ayothaya na catedral de prontera. Era o sacerdote Deva, alguém que já encheu minha cidade de orgulho, e que agora resolveu seguir o caminho do celibato. após os cumprimentos iniciais e a surpresa de revermo-nos, fomos caminhar ao redor dos jardins da igreja.
-Indra, você não me parece bem. algo aconteceu?- Disse o sacerdote, que sempre teve uma facilidade pra descobrir o que os outros sentiam.
-Sim amigo, não estou bem.- eu respondi, e contei a história da batalha na biblioteca. ele ouviu com seu ar calmo e tranquilo de sempre, e disse
-O que pretende fazer a respeito disso?
-Pretendo derrota-lo, mas não sei como.
-Mestre Indra - o sacerdote começou - você tem que ver isso como uma lição da vida. Esse caminho que você seguiu levou a isso. Sempre haverá alguém melhor do que você, e alguém pior que você. Mas no final, o que importa? Vencer ou perder só prova que você é melhor ou pior que outra pessoa.
-Não é assim- interrompi- não se trata de apenas ganhar ou perder. Se trata de seguir um ideal e defendê-lo até a morte. O mestre Yang disee que eu somente seria mais forte se me isolasse, e isso é ocontrário do que meu avô me ensinou. Eu luto pra honrar a memória dele, e trair os príncípios que ele me ensinou seria anular a mim mesmo.
-Indra...
-Eu só quero saber se o que o mestre yang é verdade. Se eu tiver de abandonar tudo que prezo para sermais forte, vou ter dde aceitar isso. Mas se houver outrojeito eu gostaria de tentar.
-...
- E sei que você pode me ajudar nisso.
Nessa Deva parou e me olhou bem sério. E continuei o encarando
- Meu passado já não existe pra mim. Fiz coisas de que me arrependo e não irei voltar a faze -las!-Ele disse.
-Você se arrepende de ter sido um mito para Ayothaya? Acorde! Você foi o maior mestre que aquela cidade já viu! Você derrotou os 5 mestres da Montanha amarela, e ao mesmo tempo. Deva, você foi incomparável como lutador..
- E acabei matando um homem por isso!!! - o sacerdote interrompeu quase gritando. Eu tinha tocado no ponto fraco de Deva, mas agora tinha que continuar
-Não foi culpa sua, eu sei
-Você NÃO SABE DE NADA!!!-ele vociferou. -Você vem aqui perturbar minha paz pedindo que eu volte a ser uma coisa contra a qual tenho lutado há anos! E agora acha que sabe de alguma coisa?? pessoas sofreram por minha causa Indra!!!
-Não estou pedindo que você volte a ser o que era. Apenas que me ajude!!
Nesse momento apareceu uma noviça chamando o sacerdote, que foi atender o chamado.
Voltei pra estalagem com uma sensação de ter magoado alguém que tinha demônios piores que os meus para conter. Mas eu precisava fazer isso. E o Deva era a única pessoa que poderia me ajudar.

Até lá, mais uma noite sozinho com meus pensamentos. Até que os raios da manhã anunciassem a vinda de mais um dia... e de mais uma batalha.

15/5- Dia estelar
"Hoje o sacerdote Deva veio até a estalagem onde eu estou. Fiquei surpreso com isso. Ele disse que eu estava certo e resolveu me ajudar.
-Indra, o que irei dar a você será um ponto de partida
-PPonto de partida??-eu respondi sem entender.
-Isso. Se você quer derrotar o mestre yang, você precisará de um ponto de partida. Deixe -me explicar melhor: Você não precisa de treino para vencê-lo. Nem de uma técnica nova, você precisa de meditação.
-Não entendo onde você quer chegar.
O sacerdote se ajeitou numa cadeira e pediu que eu também sentasse.
-Indra, você conhece a técnica do calor solar , lunar e estelar. Não conhece?- Após eu acenar com a cabeça que sim ele continuou- Mas você não a compreende. Isso é normal. poucos compreendem essas técnicas que unem o conhecimento dos astros ao estilo taekwon de luta. Os maiores mestres da história usavam-na para derrotar inimigos poderosíssimos. Mas o que você não sabe é que eles tinham condições especiais para usá-la.
Eu continuava ouvindo e tentando prestar atenção ao máximo pois estava complicado.
-Indra, para se usar o calor SLE você precisa ter um motivo.
-Hum??? Além de vencer que motivo eu iria ter.-Respondi
-Hum... Eu pesquisei a história dos grandes mestres e vi que quase todos tinham uma coisa em comum: Uma história de vida trágica. O mestre Yuei, por exemplo, teve toda sua família assasinada por um MVP chamado Valkirie RAndgris. Posteriromente ele derrotou esse monstro sozinho.
Eu fiquei impressionado com aquilo. O MVP Valkirie era um mito. Eu nem acreditava que ele existisse. Saber que alguém pudesse derrotá-lo sozinho era ainda mais incrível
-Deva, isso não pode ser verdade.
-Então creio que você não vai acreditar quando eu disser que o mestre Lee Pay Long era filho de arqueólogos que morreram em uma escavação numa tumba e que foram mortos pelo Amón-Rá. E que posteriromente ele fez o Amon-Rá virar lenda com o calor lunar.
-...-Eu não conseguia falar. O que ele estava dizendo não era epossível
-E vários outros que também passaram por traumas quando jovens ou depois de adultos conseguiram usar essa técnica. Pode parecer impo´ssivel e inverossímil Indra, mas quem usa o poder do calor e da fúria SLE* adquire por alguns segundos a força de um semi-deus.
Então o sacerdote continuou, depois de leventar e olhar pela janela por alguns instantes.
-O uso desse poder é teoricamente esse: Você reune todas as lembranças ruins, ou as piores, Transforma-as em ódio, fúria. Mas não estou falando de uma fúria qualquer. Estou falando de uma fúria que cegue o usuário totalmente e faça dele uma besta humana! Ao reunir essa fúria, utilize a disciplina e o controle corporal aprendidos pela prática do taekwondo e as concentre nos seus pés e punhos. E agora vem a parte difícil: Dentro desse turbilhão de poder incomesnúravel e ódio direcione seus ataques para o oponente em questão. Por alguns segundos, se conseguir usa-la, você terá o poder de um avatar por alguns instante. E aqui vem a diferença entre um grande mestre e um despreparado. Se você for um grande mestre você destruirá seu inimigo. Se não, você se destruirá. Apenas os grandes mestres conseguem controlar essa habilidade.
Ao terminar, nós ficamos calados por alguns minutos. Eu tentava digerir tudo aquilo. O religioso olhava pela janela por entre a cortina. Até que ele quebrou o silêncio
-Olha todas essas pessoas Indra- ele dizia olhando a cidade -Se elas soubessem metade das verdades desse mundo ficariam apavoradas. Por isso o conhecimento é legado a quem sabe usá-lo. Certas coisas nunca deviam ser reveladas para aqueles que são apenas curiosos, mas sim para aqueles que fazem por merecer.
-Espere. -eu o interrimpi. - Se TODOS os mestres que usaram essas habilidaes tiveram histórias muito tristes, então como poderei usá-la? Porque eu não tenho o que vingar ou...
-Eu não disse que TODOS os mestres tiveram histórias tristes. Houve um que usou outro meio para utilizar essa técnica. Ele não se utilizou de ódio ou rancor , mas de compaixão.
-E quem foi esse?
-O mestre Rajesh Lakshmy mittal- Ele respondeu.
Naquela hora, se eu não estivesse sentado cairia no chão.
-Meu...
-Isso. Seu avô. O mestre rajesh foi o único que usou sentimentos bons para ativar os calor SLE. Aparentemente ele não revelou como, e levou isso para o túmulo.-Completou o sacerdote
.Era incrível. A cada hora que passava eu ficava mais impressionado.
-Eu sei que ele nunca te disse que podia utilizar essa técnica. Mas há várias coisas que ele não te falou também. Mas agora existe uma coisa mais importante para discutir-mos. Como Você vai vencer o mestre yang.
Só que isso você vai ter que descobrir sozinho. Eu apenas irei explicar-lhe o que essa luta vai representar.
-Estou ouvindo
-Você e o Mestre Yang seguem correntes opostas do Taekwondo. Voc~e segue a corrente criada pelo seu avô: Um lutador deve proteger aqueles que gosta, e seus companheiros são uma grande fonte de força. O isolamento, segundo essa corrente, só traz prejuízos ao lutador. Infelizmente essa corrente tem menos adeptos que a outra, que é a corrente seguida pelo mestre Yang.
O meio-dia se aproximava. Da catedral de Prontera já se podia ouvir o sino batendo o Angelus, enquanto as pessoas convergiam para os restarantes e tavernas. O sol atingia seu ápice. E Deva continuava.
-A corrente seguida pelo mestre Yang é a do isolamento. Para os adeptos dessa corrente o lutador precisa se desligar dos amigos , família, e se ganhar poder a qulaquer custo. Essa é a posição do Dhutt também.
Depois o religioso terminou e saiu. Eu fui almoçar, tentando organizar as idéias na cabeça.
E eu ficava cada vez vez mais cheio de dúvidas.

OFF: Postarei o resto posteriormente.
xD
Por ser inicialmente um diário pode haver coisas que vocês não tenham entendido e a fic não tenha explicado bem. Então sintam-se livres pra me perguntar por PM.