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Alabis: O nascimento de uma legião

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Mensagem por Luke Alabis Dom Nov 01, 2009 7:35 pm

Capítulo 1 – O Caminho

Este diário é apenas uma lembrança das minhas aventuras. A princípio faço-o apenas para encorajar jovens aventureiros a não desistir nunca, apesar de no fundo ter uma mensagem muito mais poderosa por enquanto serve muito bem para esse propósito.

Parte 1 – A Doença da Terra

“Por enquanto meu nome não interessa. Nasci numa província pobre, entre as grandes cidades de Prontera e Morroc. No intercesso do fim da vida e o início da corrupção da terra. Apesar de muitos adorarem as paisagens brilhantes e brancas da areia que circunda Morroc, eu nunca vi nada de atraente naquela terra infrutífera e cheia de perigos. Desde pequeno demonstrava minha aptidão e paixão. Amava a vida, amava a natureza e não hesitava em ajudar viajantes e aventureiros que passassem pelas terras de meu pai demonstrando os caminhos mais rápidos e seguros desde tenra infância. Como já falei não gostava do deserto, e por certo tempo, antes de me iluminar com a bênção dos Deuses, cheguei a odiar aquelas dunas. Meu pai herdou aquela terra de seu pai, que por sua vez herdou do pai de seu pai, que recebeu as terras do rei Tristan III por ter retornado vivo de Nilfhein, um grande presente a um camponês que demonstrou coragem extrema de ter encontrado a morte e zombado dela. As terras entre o deserto e as férteis terras ao redor de prontera já foram maravilhosas, e renderam muito nas gerações antes da minha. Porém estranhamente o deserto vinha crescendo e acompanhando sua expansão, as economias da minha família diminuiam.
Apesar da demonstração de bravura e força de meu tataravô minha família se concentrou em arar a terra e fazê-la lucrar, chegou a conseguir uma boa quantia em algum tempo, mas a cada ano era mais difícil trazer o fruto à terra. A força dos ombros de meu avô e meu pai mal conseguia trazer sustento á família, e nos vimos obrigados a cobrar dos aventureiros que pediam abrigo nas nossas terras. Não era algo que nos orgulhávamos em fazer, pois éramos herdeiros do Grande Algusto Alabis, o camponês que derrotou o mal e retornou para contar a história. Era o nosso orgulho contar a história repetida nas recentes gerações, e nos sentíamos um pouco heróis ao dar abrigo aos aventureiros sem cobrar nada, demonstrando a riqueza que nosso ancestral nos trouxe. Mas os tempos estavam difíceis, e o deserto nos empurrava para a pobreza e o desespero.
Com a aproximação do deserto seus perigos também se aproximaram e a cada dia mais e mais homens apareciam se apoiando na cerca de nossa casa, feridos e cansados, cheios de pó depois de enfrentar lobos selvagens e os terrores da areia. Eu sempre me apressava em atendê-los, sentindo sua necessidade como um conforto, uma missão que suplantava a crença de meus pais, de que aquela era uma terra maldita. A via mais do que o acaso. Via que eu estava ali com um propósito e acabei ficando hábil na tarefa de fechar ferimentos, passar unguentos e poções para que os homens pudessem se recompuser e continuar sua viagem. Mas ao mesmo tempo em que havia nessa tarefa prazer, também me preocupava, pois a cada dia o inferno escaldante estava mais próximo e com eles todos seus pesadelos.
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Mensagem por Luke Alabis Seg Nov 02, 2009 2:42 pm

Parte 2 – A Indicação do Caminho

Um dia, quando estava deixando a infância, meu pai me levou á cidade de Prontera, na verdade estávamos a caminho de Izlude, pois todos na minha família (apesar de serem agricultores) tinham o treinamento de batalha, para não enfraquecer o sangue, mas antes ele me levou lá para conhecer mais de perto a cidade dos esplendores. Fiquei maravilhado com as construções, fascinado com as pessoas, o barulho, as barracas de venda espalhadas para todo o canto, homens de armadura reluzente comprando e vendendo, os senhores de batalhas que nós imaginávamos das histórias que os viajantes nos traziam. Aquilo tudo ali na frente dos meus olhos. Porém no meio daquela balbúrdia de vozes e cores e brilhos uma coisa me chamou a atenção. Vi sentado em um canto um homem completamente destruído. Ele retornou de um posto avançado e estava ferido á beira de um caminho, e atrás dele havia vários outros. De repente um homem com um manto muito bem acabado, se aproximou dele, e me pareceu que todos ali estavam esperando por ele. Então vi, que por apenas um movimento de suas mãos o homem, que parecia acabado, em um segundo se levantou rindo e saiu agradecendo. Eu bebi aquela imagem como se fosse água pura, como se eu estivesse sedento por isso há muito tempo, e agora havia encontrado uma fonte límpida. Separei-me do meu pai sem perceber, e me aproximei daquele homem de manto. Ele percebeu minha aproximação e se virou, me espiando com olhos cheios de compaixão, me perguntou se eu estava ferido. Ainda encantado com aquela figura sinalizei que não, ele sorriu e se virou para o próximo que lhe pedia socorro. Novamente com o mesmo gesto aquele homem foi curado. Eu então tomei coragem e dei um passo á frente dizendo: - Como o senhor faz isso? – Ele então em olhou com olhos incrédulos se perguntando como alguém poderia não reconhecer um sacerdote. Mas olhando nos meus olhos viu a sinceridade da minha pergunta. Eu havia crescido longe da cidade, e nenhum sacerdote ou noviço tinha passado nas minhas terras, que eu tivesse percebido. Ele então respondeu que era um sacerdote, que havia aprendido aquela habilidade á muito tempo, quando ainda era um noviço. Fiquei cheio de curiosidade e excitação com aquelas explicações, enquanto me falava curava as pessoas e aquilo me maravilhava mais ainda. Deu uma pausa para descansar e nesse momento meu pai chegou como um furacão me pegando pelo braço, brigando comigo e dizendo que estava muito preocupado me procurando pela cidade inteira. O sacerdote riu e disse que estivera comigo o tempo todo, que ele não deveria se preocupar. Antes que meu pai me levasse para lnge consegui perguntar como eu poderia me tornar um noviço, e ele me disse que deveria ir ao templo ali mesmo na cidade e perguntasse pelo Bispo Tomas Cerbantes, e que foi Bartolomeu que o indicou. Agradeci, e depois disso fiz uma longa viagem de ida á Izlude para convencer meu pai a me levar no templo, e depois a viagem de volta consolando-o de que não teria um valente espadachim cuidando de suas terras, mas sim um habilidoso noviço, e, segundo minha própria ambição, talvez um sacerdote.
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Mensagem por Luke Alabis Qui Nov 05, 2009 8:13 am

Parte 3 – Os primeiros desafios

Meus primeiros anos como Noviço não foi fácil, tive que me ausentar por muitos dias, era requisitado por vários grupos de aventureiros que sabiam da importância de uma pessoa pra tratar das feridas e fortalecer ante os desafios. Foram anos maravilhosos que me senti útil e vivo como jamais havia me sentido. No início acompanhava grupos para limpar uma infestação nos esgotos de prontera, mas depois de um tempo ouvi dizer que umas cavernas ao norte de Payon, na vila dos arqueiros, necessitavam do poder divino que estava aprendendo. Gastei meses e meses naquelas cavernas o que me endureceu e me preparou para um desafio maior. Um dia, quando mal havia saído das cavernas para descansar um grupo me abordou, sabendo da minha prestesa de acabar com o mal e defender as pessoas. Eles me convidaram para uma expedição a uma cidade antiga, que um dia já havia sido a capital do reino, mas que hoje jazia na desgraça, cercada de mortos vivos e demônios. Sem hesitar aceitei o desafio, mas antes que fosse era necessário realizar um sonho. A essa altura já tinha experiência e poder necessário para virar sacerdote, de modo que antes de qualquer outra coisa fui á Catedral de Prontera aprender. Pouco tempo depois com o sonho realizado o novo sacerdote se encontrou com o grupo e correu para as ruínas de Glastheim. Com esse novo grupo novas amizades cresceram, conheci alguém por quem tenho o amor de um irmão, apesar dele mesmo ter muitos de sangue, nós nos aproximamos como almas gêmeas, seu nome é Exodus Silverblade, como eu ele é um destruidor da mácula deste mundo, mas ao contrário de mim ele usa a espada ao invés do puro poder divino, ele é um templário, e nossa aliança era poderosa, juntos pudemos ver nos olhos das criaturas malditas o terror da morte.
Passei em Glastheim muito tempo, tempo demais. Quando dei por mim já estava há anos sem visitar meus pais, e meu coração doeu de saudade e tristeza quando me lembrei da necessidade que meus pais passavam antes da minha saída. Claro que quanto estive fora enviava quantias das minhas economias, uma parte do espólio das minhas aventuras era enviada a eles, outra parte ficava com a igreja, e um pouco eu usava para me sustentar. Mas eu havia me ocupado tanto combatendo o mal de fora, que me esqueci de visitar os que mais amava. Parei acampanha em Glastheim, pois sabia que aquilo não teria fim. E fui de volta aos arredores de prontera, onde quando criança corria e me alegrava.
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Mensagem por Luke Alabis Qui Nov 05, 2009 11:32 pm

Parte 4 – Maior perda, o gênese.


Era tanto tempo que mal conseguia reconhecer o caminho. - Como havia mudado tanto aquele lugar? - Eu me perguntava. Na compania de meu irmão em missão Exodus andei com passos lentos o caminho que fazia quando criança. E a cada passo meu peito pesava mais. A cicatriz que o deserto fazia nas terras hoje já era um tumor. E eu me espantei quando vi o fim da floresta e ainda não tinha chegado a casa! - Pelos Deuses! -exclamei- e não falei mais nada, apenas apressei o passo o mais rápido que pude, lançando mão de toda a força divina que poderia me auxiliar para apressar meus pés. Na minha cabeça cenas imaginárias dos temíveis lobos do deserto dilacerando minha família me castigavam, pra mim hoje eles já não apresentavam tanto perigo, mas meu pai e seus empregados não teriam sequer uma chance. Como eu não sabia de nada? Se tivesse a notícia que o deserto já havia avançado tão longe voltaria correndo para defender minhas terras, as terras de meu pai, que nos pertenciam havia gerações. Mal pude conter as lágrimas que desciam do meu rosto, meu amigo estigou seu grande peco para me acompanhar, eu corria como o vento, com a cabeça longe, nas minhas preocupações. Ele sentiu e entendeu meu sentimento, e me acompanhou mais preocupado com o perigo de alguma criatura do que eu. Éramos fortes para os lobos, mas ele sabia que por ali outras criaturas poderiam ter se estabelecido, e mesmo os lobos em grande quantidade poderiam nos machucar se estivéssemos despercebidos.
Na minha mente apenas chegar em casa era o importante, minha mente redemoinhava com pensamentos e arrependimento, sentia dor em algum lugar que não podia explicar. Rapidamente um muro cresceu em minha frente. Meu lar estava diferente de quanto eu havia saído. Antes era uma casa estilo colonial, com fumaça do forno saindo da chaminé. Hoje parecia uma pequena fortaleza, com uma vala cheia de espinhos ao redor, uma grande paliçada que não deixava nenhum vislumbre do que já fora. Parei á porta e gritei após certo tempo um senhor de cabelo grisalho de expressão carramcuda e uma grande cicatriz na bochecha direita me atendeu. Depois de algum tempo o reconheci...era meu pai.
As lágrimas já começavam a brotar em meus olhos enquanto aquele homem endurecido avaliava a figura que se apresentava com o rosto vermelho de emoção e um manto de sacerdote á sua frente. Poucos segundos se passaram, mas pra mim era como uma eternidade, pouco a pouco seu rosto foi se retorcendo, se iluminando enquanto a forma se encaixava com sua memória. No final estávamos os dois chorando um encarando o outro, registrando as mudanças que cada um havia sofrido, e eram muitas. Meu pai sempre foi jovial, mas agora seu cabelo grisalho deu lugar a uma vasta cabeleira branca, tão branca quanto a neve, sua pele estava mais morena do que me recordava, e seu rosto estava marcado por muito mais do que cicatrizes, como também por dureza, que esses anos no deserto haviam trazido a ele. De repente fomos trazidos de novo á realidade por um aranhão de garganta que meu amigo, Exodus, que estava plantado ao meu lado esperando que a porta fosse aberta. Como se tivesse saindo de um transe meu pai percebeu que deveria abrir a porta, apenas uma pequena escotilha havia sido aberta e estávamos nos entreolhando por ela.
Mais que rapidamente a grande porta foi aberta, revelando um homem magro e alto, com a gordura seca pelo calor do deserto e músculos firmes nascidos em seu lugar, meu pai usava uma armadura simples, mas resistente de espadachim, posteriormente ele me diria que já tinha força suficiente para se tornar cavaleiro, apesar da idade, mas não queria se ausentar da casa. A casa por sua vez se mostrava muito mais modificada do que meu pai. Nada, nenhum traço da doce casa onde havia crescido existia ali. Agora um prédio de três andares se mostrava, com vários quartos para abrigar viajantes e aventureiros. Surpreendi-me quando vi um ferreiro martelando repetidamente o ferro para transformar em aço, numa pequena forja improvisada no porão. O que mais me atraiu a atenção era o metal dourado reluzente que ele usava como sustendo á suas mateladas. Havia gente andando pra cima e pra baixo por todos os lados que eu olhasse, muito diferente do lado de fora completamente vazio e sem vida, ali dentro parecia um organismo único.
Depois de andar através de alguns corredores e portas chegamos a uma sala bonita, que de leve se lembrava a minha antiga casa. Lá ele assentiu para que nos sentássemos em um sofá confortável e aconchegante. Enquanto fazia isso, ele se virou para puxar uma chaleira aquecida em um fogão a lenha ao lado de uma mesa. Despejou o conteúdo da chaleira em duas delicadas chícaras pondo na nossa frente, em cima de uma pequena mesa de centro. Pegamos e constatamos ser um chá de frutas silvestres, um pouco forte, mas o tempero quente se misturou facilmente ao humor ao redor de nós.
Meu pai estava exultante, começou a falar se atropelando ás vezes. Falava com empolgação dizendo as coisas que aconteciam naquele lugar. Disse que o deserto chegou sem medida, avançando e tirando a esperança de meu pai e as pessoas que moravam com a gente. Foram alguns meses malditos, onde a fome levou alguns e deixou o resto desesperado. O perigo rondava a todo o momento e o número de feridos que chegavam aumentava, aumentando mais ainda o desespero das pessoas, e principalmente meu pai, que não sabia como alimentar e abrigar a todos que se amontoavam em sua porta, mesmo cobrando pelo serviço. Havia moedas, mas não havia comida, e poucos passavam por ali trazendo alguma que quisessem vender. Ele não podia sair da casa pra comprar e poucas caravanas passavam por ali, e menos ainda estariam dispostas a fazer a rota para fornecimento de alimento, as que faziam cobravam muito caro, e o dinheiro que poderia ser gasto com comida era gasto com a escolta da comida. A cada dia o desespero aumentava e nesse momento ele parou a narrativa, emocionado. Exodus percebeu o momento e se ausentou, sentindo que havia alguma coisa ali que não lhe competia. Aí então como adivinhando eu perguntei. – E minha mãe, pai? Como ela está? – Nesse momento meu pai cedeu, seu rosto demonstrou uma tristeza imensa e as lágrimas começaram a correr em seu rosto. Em resposta eu comecei a chorar também, entre soluçou ele começou a dizer:
- O tempo que nós passamos aqui foi terrível, meu filho, depois que o deserto chegou nós tínhamos pouca esperança que iríamos sobreviver. Nós não tínhamos dinheiro e logo a comida ficou escassa, sem a horta muitos de nós começaram a ficar doentes, e sua mãe foi uma das primeiras a nos deixar.
Nesse momento eu baixei minha cabeça e parecia que morreria naquele instante, soterrado pela culpa de ter saído por tanto tempo. As lágrimas rolavam pelo meu rosto como uma linha, a tristeza que me preenchia me fazia soluçar.
Meu pai percebeu meu sofrimento e se apressou em levantar meu rosto para que pudesse encará-lo. Sorrindo para tentar me confortar e em seguida disse:
- Não meu filho. Não se sinta culpado pela morte de sua mãe, você estava fazendo o certo, e ninguém poderia imaginar toda essa desgraça, eu mesmo se soubesse o que aconteceria já teria saído daqui á muito tempo, mas o progresso do deserto foi muito mais rápido que em qualquer outro momento e pegou a todos de surpresa. Quando vimos já estávamos cercados pela areia.
- Mas pai, eu deveria de estar aqui! Ajudando a defender minha família, ajudando á defender aqueles a quem eu mais amo! Eu não posso suportar a idéia de que minha mãe morreu enquanto com apenas um movimento das minhas mãos eu poderia ter salvado a vida dela, assim como salvei tantos pelas ruas!
Eu relutei em aceitar o consolo que me era oferecido, ainda martelando a culpa em minha cabeça. Não podia sustentar o olhar do meu pai, e achava que nunca mais conseguiria. Ele então se levantou num jorro de energia súbita me forçando a se levantar, fraco. Meu pai segurou meus ombros com força e me sacudiu falando palavra por palavra.
-Nunca se culpe por ter feito o bem a outra pessoa, o destino aos deuses pertencem rapaz. Sua mãe teve uma morte serene, pois o único consolo que ela tinha era que seu filho era um homem bom, e que não importasse onde ele estava naquele momento, ela tinha a certeza de que ele estava fazendo a coisa certa!
Com o fim daquelas palavras meu coração se aquietou, eu levantei meus olhos até encontrar os do meu pai. – Me leve até o túmulo dela pai, por favor. – Finalmente disse. Ele me guiou pelo ombro e através dos corredores, até um momento estávamos do lado de fora, na parte de trás, e um pequeno jazigo continha as inscrições: “Amanda Alabis, mulher amada, mãe zelosa.”. Desabei junto ás inscrições, com minha mãe pousando na pedra, quente ao toque, e chorei amargamente por longo tempo. Depois de muito tempo achava que não tinha mais forças e as lágrimas secaram, não fazia idéia de quanto tempo que havia parado ali de baixo do sol, olhando aquelas palavras. Mas me pareceu que estava ali á séculos. Esforcei-me para levantar, mas dentro de mim havia um sentimento de levesa que não posso nem descrever. Meu peito se enchia de ar como se fosse a primeira vez que fazia aquilo, e o sol que já ia se pondo pintou o céu de uma cor vermelho-laranja vivo, e eu senti que aquilo era um sinal, como se fosse minha mãe me dando as boas vindas. Enchi os pulmões novamente soltando o ar lentamente, ao me virar vi meu pai ali, parado ao lado da porta, como se não tivesse se movido nem um centímetro desde que havia me levado ali. Um sorriso brotou em meu rosto, e ele me devolveu com a alegria se derramando no gesto.
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Mensagem por Luke Alabis Qui Nov 05, 2009 11:34 pm

Num sei n...mas eu acho q to postando a toa......ÇÇ
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Mensagem por Cabrial Sex Nov 06, 2009 9:52 am

Num sei n...mas eu acho q to postando a toa......ÇÇ

Não está eu chegui para tuas chagas curar /hero


xD


Bem ta legalzinha...É esse diário que explica sobre a criação da Legião de Prata num é?

E bem que vc pdoeria retivar as pixações dakele seu Super Aprendiz andarilho *-*


DIca: Não poste mais de um capitulo por vez, muitos tem uma medonha preguiça de ler.
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Mensagem por Luke Alabis Sex Nov 06, 2009 10:44 am

to ligado...é q na verdade eu jah postei boa parte dessa fic no forum da lug...e to transcrevendo aqui...vo dar uma reduzida na velocidade.
vo recolocar a do SA andarilho sim...só tenho q achar ond eu coloquei isso....o.O....
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Mensagem por Cabrial Sex Nov 06, 2009 10:58 am

=O
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Mensagem por Kiara Sáb Nov 14, 2009 9:34 pm

Muito legal ^^ Se ele descobre que esse avanço do deserto é por morroc e descobre dos cultistas ele vem atras de mim o.o?
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Mensagem por Convidad Sáb Nov 14, 2009 9:43 pm

otema dedução ↑

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Mensagem por Luke Alabis Qui Dez 17, 2009 5:56 pm

Provavelmente vai acabar chegando em vc (ressurgindo do nada), aliás Kiara, se vc quiser fazer parte dessa fic é só falar! (acho q jah tem um espaço pra vc...)
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Mensagem por Luke Alabis Qui Dez 17, 2009 5:58 pm

Parte 5 – A energia do recomeço

Depois de visitar o jazigo de minha mãe, ouvi mais atentamente e quis saber o que aconteceu para que aquela casa virasse um pequeno forte. Meu pai explicou que alguns aventureiros de todos os cantos de Rune-midgard migraram pra lá, atrás de aventura no deserto desconhecido, além disso, vários pesquisadores e cientistas de Juno e de reinos distantes vieram pra estudar a manifestação. Alguns diziam que aquilo era decorrente da poluição enviada por Einbroch com suas fábricas e fornalhas, outros diziam outras coisas, mas os mais misteriosos diziam que era mais um sinal de um grande mal que se aproximavam, mas falavam pouco e permaneciam pouco também, de modo que apenas meu pai tinha condições de conseguir alguma informação deles. Foram esses cientistas que trouxeram o dinheiro e a estrutura necessária pra transformar minha casa num quartel. Meu pai começou a empregar mercenários de vários tipos, para auxiliar nas trilhar pelo deserto, para acompanhar aventureiros ou carregar os equipamentos dos cientistas. Oferecia todo o tipo de serviço para auxiliar a qualquer um que quisesse desbravar aquelas terras, ele achava que aquilo ajudaria a desvendar o mistério, mas eu sabia que toda aquela atividade o ajudava a esquecer um pouco minha mamãe, ao pensar nisso me encolhi com um resquício de culpa, mechendo a cabeça pra espantar o sentimento. De todas as pesquisas que se fazem naquela casa uma coisa é certa, o deserto parou de se expandir, como se tivesse decidido que estava suficientemente grande. Mas nenhuma outra palavra, ou descoberta era ouvida entre os pesquisadores.
Realmente aqui que já havia sido minha casa era algo muito maior. Pessoas andando rapidamente, agitadas com papéis caindo das mãos, pilhas de pergaminhos pingando tinta fresca passavam para lá e para cá, eventualmente acidentes aconteciam, com os homens muito nervosos juntando suas coisas, mas raramente acontecia qualquer tipo de briga, mas pra isso meu pai havia contratado experientes cavaleiros aposentados, que mais estavam ali para não deixarem de ver ação e pela amizade de meu pai do que pelo dinheiro em sí.
Em pouco tempo vi minha utilidade, sempre em lugares cheios como esse aparecem pessoas feridas ou precisando de algum cuidado espiritual, usei todo meu conhecimento e habilidade tanto como curandeiro como para abençoar os viajantes com as bênçãos da igreja. Até ajudei o ferreiro do forte para fabricar aquelas armas, até mesmo porque algumas delas ficavam com os homens do meu pai, como pagamento. Ele me explicou que a bênção e a glória que eu podia conjurar o ajudava a fabricar as armas, dando mais agilidade e precisão, diminuindo o custo por quebra. Seu nome é Henrique Salmodar, mas gostava de ser chamado pela sua identidade como ferreiro: Famigerado, para ele soava forte e chamava a atenção da clientela.
Vivia dias felizes, me sentindo útil, e vendo o orgulho de meu pai quando me olhava. Mas no fundo sentia que aquele não era meu caminho, era ótimo estar ali, mas sentia que fazia parte de algo maior. E o tempo se encarregou de me responder. Mas cada história tem seu tempo de ser contada.
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