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Em busca da loucura

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Mensagem por Space Ghost Sex Mar 05, 2010 4:14 pm

Beeeem, essa fic eu vou postar em partes, como eu vejo muitas pessoas faznedo aqui. As primeiras parte serão publicadas mais rapidamente (eu ja escrevi né XD), mas depois de alguns capítulos eu comecarei a postar semanalmente. Espero que dê certo =/
Lembrando que os acontecimentos dessa fic são recentes, as datas se referem a esse ano ainda.

Capítulo I

Data 24/01
“Hoje eu saí da Organização. Se eu ficasse lá estaria apenas me enganando, aquele não é meu lugar. São boas pessoas, lutam por coisas que eu apoio, mas os meios não são os corretos. E além do mais, preciso me concentrar em encontrar Asuka.”

Na manhã seguinte, Ghost sai da estalagem, a procura do seu grande amigo. Encontra-o próximo ao portão de entrada, já esperando por ele. “Essa será a parte mais difícil. Mas é necessário.”
-Ghost! Como vai parceiro?
-Vou bem amigo.
-Porque me chamou aqui de repente?
Ghost hesita por um instante.
-Bem, sinto dizer isso amigo, mas eu preciso partir. Saí da Organização ontem, meu lugar não é lá.
-Vai à procura dela?
-Sim. E isso é algo que precisarei fazer sozinho. Você foi um grande amigo, foi uma honra lutar ao seu lado. Não me esquecerei de você. E se algum dia eu voltar a aparecer, será o primeiro que vou procurar.
-Entendo. Desejo-lhe boa sorte Sir Ghost.
-Não me chame de Sir. – Ghost sorriu. – Mas eu desejo-lhe o mesmo.
Ghost parte para o sul, em direção ao deserto.
-Adeus Ghost. – Diz o jovem monge, olhando Ghost enquanto ele se afasta. – Que sua alma possa encontrar quem procura.

“Agora não estou mais preso a ninguém.” Pensa Ghost, enquanto caminha em direção a Morroc. “Ainda não sei como vou encontrar Asuka, mas sei que o farei, não importa quanto tempo passe.”
Ele caminha por dois dias. Chega a Morroc pelo amanhecer, e vai direto para a taberna. O barman o observa com um pouco de interesse.
-Então meu amigo, o que quer?
-Me dê algo forte.
-Certo. Acho que vai gostar disso. – Ele joga um copo borbulhante para o cavaleiro. – Sabe, sua face me é familiar. Creio que já te vi por aqui mais de uma vez.
-É bem possível.
O barman deveria ter percebido que era hora de parar com a conversa, mas ele continuou com o diálogo.
-E o que faz da vida, amigo?
-Vendo minha espada por dinheiro.
-Um mercenário? Ou caçador de recompensas então?
-Prefiro escolher a segunda opção. Não sou muito adepto de andar em grupos, prefiro fazer meu trabalho sozinho.
-Entendo... Sabe, alguns homens na cidade estão a procura de gente como você. Algum tipo de monstro vem assolando as redondezas. Estaria interessado no serviço?
-No momento estou a resolver meus próprios assuntos.
-Bem, boa sorte então. – O barman finalmente percebeu que era hora de parar.
Ghost bebe se drinque preguiçosamente por alguns minutos, quando 3 homens entram no bar. Eles trajam vestes negras, com uma estrela de cinco pontas em seus ombros. O maior deles, que aparenta ser o líder, ao ver Ghost, começa a rir debochadamente. Fala em voz alta:
-Ora ora ora. Então o famoso Ghost finalmente voltou à ativa. Finalmente saiu daquela tal de Organização?
-Isso não é da sua conta. Não me lembro sequer de te conhecer.
-Sua reputação o precede Sr Ghost. Já foi citado como um dos melhores caçadores de Rune Midgard, mas dois meses atrás simplesmente parou. Sem dúvidas tem relação com aquela gatuna.
Um barulho de vidro se quebrando pôde ser ouvido, quando Ghost apertou sua caneca. Ele vira-se para os soldados, finalmente encarando-os diretamente.
-Ohh, este é um assunto delicado? Desculpe-me.
O cavaleiro levanta-se e anda em direção ao soldado. Segura-o pela gola, diante os ruídos de protesto dos outros dois.
-O que sabe sobre a gatuna?
-Acalme-se cavaleiro. Não vou contar tudo simplesmente por que assim deseja.
Ghost desembainhou a espada. Os outros dois soldados preparam suas lanças.
-Não vou perguntar novamente. E não pense que vou hesitar em te ferir.
-Não terá tempo para isso. – Ele chutou o peito do cavaleiro, que recuou alguns passos. Os outros dois soldados tentam atingir Ghost com as lanças, mas ele simplesmente chuta as hastes, lançando as armas para longe. Brande sua espada contra um dos soldados, ferindo seu peito, mas não mortalmente. O outro o agarra pelas costas, enquanto o chefe pega uma das lanças no chão.
-Sem brigas no meu bar! – O barman estava visivelmente amedrontado.
-Pagará caro por isso. – Diz o chefe, sem se importar com as palavras do barman. Ele tenta ferir o coração de Ghost com a lança, mas o cavaleiro desvencilha-se do soldado que o prendia, e a lança atinge o soldado no ombro.
-Um contra um. Sua última chance de falar por bem.
O chefe arremessa a lança contra Ghost, e abaixa-se para pegar a outra no chão. O cavaleiro desvia-se facilmente, e agarra o chefe pelos cabelos. Imobiliza-o colocando suas mãos nas costas.
-Agora terá de falar. O que sabe sobre a gatuna?
-Não te direi, seu verme.
Ghost retira um pequeno alicate do bolso. Ele posiciona-o próximo à mão do chefe.
-O que vai fazer?
-Não queira saber. Pode evitar se me contar o que sabe.
-Certo, certo! Eu não sei muito, só o que todos sabem. Ela fugiu em uma noite, e desde então você parou de procurar trabalhos nos bares e tavernas. Ninguém sabe para onde ela foi.
Ghost encaixou o alicate em uma das unhas do chefe.
-Espere! Eu não sei de mais nada!
O cavaleiro puxa a unha do chefe com o alicate. Um terrível grito de dor preenche a taverna. Ghost pega a unha ensangüentada e coloca-a na frente do rosto do chefe.
-Temos mais 9 dessas. Ou 19, se contarmos os pés.
O chefe chora de dor. Uma frase começa a se formar em seus lábios.
-Ela foi para Rachel. Um bruxo encontrou-a lá, e depois disso sumiu por completo. Juro que não sei de mais nada, por favor, não me machuque!
O cavaleiro fica estático. “Por qual motivo Asuka teria ido para Rachel?”. Ele olha para o soldado e golpeia-o na cabeça com o alicate. O soldado cai no chão, inerte.
-Ele está... morto? – O barman atreve-se a perguntar.
-Não, apenas desmaiado. – Ghost encara o barman - Para você, nunca passei por aqui.
Ghost sai do bar e parte em direção à estalagem. Não chegaria a Rachel naquela tarde, e não via motivo para não descansar um pouco depois da longa viagem de Prontera.


Última edição por Space Ghost em Dom maio 09, 2010 4:39 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ilium Sex Mar 05, 2010 9:08 pm

é...legal mas o titulo me enganou ein! pensei q ia ter exorcismo...mas fico legal,quero ver a continuação ein ^^.(ta parecendo capitulo de xena/hercules '-')
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Mensagem por Lord Victor Sex Mar 05, 2010 10:28 pm

Muito legal! Mas vc saiu da VII então?
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Mensagem por Space Ghost Sáb Mar 06, 2010 11:11 am

Saí sim, o hiei foi o único q foi lá se despedir T.T
E não vai ter exoricismo não, o demônio é por outro motivo...
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Mensagem por Space Ghost Sáb Mar 06, 2010 11:46 am

Capítulo II

Acorda na manhã seguinte, e parte para o mercado, no campo de refugiados. Não procura nada em especial, precisa apenas andar pela cidade para pensar um pouco. “Rachel. Em toda minha vida nunca fui até lá. Acho que ouvi em algum lugar que são seguidores da Deusa Freya. Ultimamente não estou tão feliz com Deuses.”
Ele aproxima-se de uma tenda, com algumas pedras preciosas à mostra. A vendedora mostra-o alguns diamantes, mas Ghost não está interessado. Afasta-se e entra em uma tenda com os dizeres “Marla, a Cigana”. “Porque entrei aqui?” Pensa, confuso. “Não acredito nessas coisas.” Vira-se para sair, mas uma mão feminina agarra seu ombro, sem muita força.
-O que traz um cavaleiro a minha humilde tenda?
-Nada, já estava de saída.
-Tem certeza que não foi nada?
-Sim, não sei por que entrei aqui, estava apenas caminhando.
-Então, se estava apenas caminhando, porque não tentar a sorte? O preço é ridículo para um cavaleiro, sem dúvidas.
Ghost observa a cigana. Ela usa roupas um tanto provocantes, mas não parece ser muito jovem. Ele pensa um pouco sobre o assunto. “Bem, mal não vai fazer.”
-Certo, eu topo.
-Então... Acompanhe-me.
Ela guia-o até uma pequena mesa circular. Senta-se em um dos bancos e aponta outro para o cavaleiro acomodar-se.
-Dê-me sua mão.
Ghost estende o braço para a mulher.
-Retire as luvas.
Ele retira-as, e mais uma vez estende o braço. A mulher pega sua mão e fecha os olhos.
Diz então, após um tempo.
-Aquela que procura não deve ser procurada. Deve esperar que ela te encontre.
A mulher abre os olhos, e diz o preço. Ghost paga e caminha em direção à saída.
Antes que pudesse sair, uma mão o segura pelo ombro. Ele vira-se para trás. A cigana está de pé novamente.
-Cavaleiro, seu futuro é definitivamente muito turbulento. Algumas vezes, parecerá que tudo está perdido, e se sentirá impotente. Sinto muito que tenha que passar por tudo isso, e o melhor conselho que posso te dar é nunca desistir. Apenas os mortos vêem o fim da guerra. Mas nem sempre a morte é o fim dos problemas.
Ghost estava atônito. “O que diabos isso pode significar?” A cigana observa-o com curiosidade. Ele levanta-se e retira-se da tenda. Caminha em direção a uma árvore e senta-se sobre sua sombra. Põe as mãos sobre as têmporas e respira fundo. Precisava pensar. “Possivelmente a vidente era apenas mais uma charlatona que se aproveita dos viajantes crédulos. Mas nunca ouvi nada mais verdadeiro que aquilo.” Ele coloca as mãos atrás da cabeça e deita-se na areia do deserto. Ainda de olhos fechados, continua a refletir. “Apenas os mortos vêem o fim da guerra.” Era sem dúvida uma frase correta, mas ainda muito vaga. “Por isso que não acredito nessas coisas, são frases tão vagas. Mas ainda assim vou à procura de Asuka. Ela sem dúvidas não vai me achar se eu estiver atulhado em uma cidade.” Abre os olhos e levanta-se. Caminha para a saída leste da cidade, em direção à Payon. Poderia ir para Alberta depois, e de lá pegar um barco para Hugel [eu sei que não dá, mas finge que é possível]. Sai da cidade e caminha por um tempo. Lembra-se então do seu Peco-Peco, e pensa que poderia passar em Izlude no caminho para pegar-lo.

Um pouco depois do pôr-do-sol, Ghost monta um acampamento improvisado. Nenhuma barraca, apenas um cobertor e uma fogueira. Melhor do que nada, pelo menos. Ele janta um pão seco com um pouco de geléia. Depois disso ele deita-se e olha um pouco para as estrelas. Asuka estava em seus pensamentos, como sempre, mas agora ele pensava não em sua localização, mas em seus motivos. Não conseguia culpá-la por fugir, ela sabia de coisas sobre ele que ninguém mais sabia, e qualquer pessoa normal teria uma repugnância imediata. Mas ainda assim, não conseguia evitar a tristeza. Fecha os olhos enfim, e adormece.

Abre os olhos, e a primeira coisa que percebe é uma claridade absurda. Não conseguia enxergar absolutamente nada. Tenta fechar os olhos, mas de nada adianta. Por fim, acaba acostumando-se com a luz, e percebe que está em uma sala quadrangular. As paredes são perfeitamente brancas, nenhum tipo de sujeira é visível. Nada de portas ou janelas, apenas aquele branco cegante. Nenhuma fonte de claridade era visível também, e Ghost pergunta-se como a sala estava tão clara sem nada para iluminar. Ele levanta-se, e olha em volta. Ninguém o acompanhava naquele lugar, que era pequeno demais para possuir qualquer tipo de esconderijo. “Como cheguei aqui?”. Como que respondendo ao seu pensamento, ele ouve uma voz atrás de si.
-Você não chegou aqui. Sempre esteve aqui.
Ghost desembainha a espada, que por milagre está ali, e vira-se para a fonte da voz. Ao encontrar a fonte, sua espada cai da sua mão.
-Quem é você?
Ali estava uma imagem perfeita dele mesmo olhando-o nos olhos.
-Quem sou eu Ghost? Você decide.
É claro que o cavaleiro não entende nada. Ele apenas encara seu clone, sem nenhuma expressão no rosto.
-Não tenho o que dizer.
-Então não diga nada. Vou responder a sua pergunta. Você não chegou aqui. Está em outro lugar, distante daquele onde adormeceu na noite de ontem. Mas ainda assim muito próximo de lá.
Ghost estava cansado de ouvir essas besteiras. Ele á um passo à frente, para aproximar-se, mas no momento que olhou novamente, não havia mais ninguém a sua frente.
-Ainda não sabe quem sou eu Ghost? – Diz a voz, atrás dele. Ele vira-se, e vê a vidente que visitou na tarde anterior. Ela começa a falar, mas com a mesma voz de Ghost:
-Posso ser muitas pessoas. Posso ser seu passado – A entidade desaparece novamente, rematerializando-se ao lado do cavaleiro na forma de um menino pequeno. – Ou então, quem sabe seu presente? – Ela se transforma na figura do cavaleiro novamente. – Posso ser seu desejo, – Ele vê a figura de Asuka caminhando em sua direção. Não consegue suprimir um suspiro. – seu ódio, - Um homem careca materializa-se em sua frente. – sua dor, - Um cavaleiro loiro caminha ao seu lado. – ou então, – A entidade pára de caminhar e olha diretamente nos olhos de Ghost. – seu futuro. – E uma sombra de olhos vermelhos encara Ghost. Um calafrio percorre sua espinha. Aquela imagem sem dúvida lhe amedrontava mais do que qualquer outra coisa, até mais do que a morte, e não sabia bem o motivo. Mas sabia que, de alguma maneira, já havia visto aquela forma antes.
-O que quer dizer com isso?
-Não sei o que quero dizer. Quem decide isso não sou eu. Aliás, você que deve me dizer o que quer, quem me procurou foi você.
-Não te procurei.
-Claro que procurou. Estamos aqui, não estamos? Somente você mesmo pode se colocar nesse lugar, eu não posso tirar-te ou te trazer aqui. Diga-me então, por que me procurou?
Ghost não sabe muito bem o que pensar. “Por Odin, estou em uma cela com um maluco que pode se transformar.”. Porém, ele sabe que o que a entidade diz é verdade. Ele estava ali por algum motivo, e poderia imaginar qual era.
-Vá com calma Ghost. Você pode pensar que me procurou por esse motivo, mas na verdade a história é muito diferente. Mas vá em frente, diga o que acha que quer.
-Pode me ajudar a encontrar Asuka?
A entidade tomou a forma da gatuna antes de responder.
-Ghost, entenda uma coisa. Eu sou parte de você. Não posso saber de coisas que você mesmo não poderia saber. Eu sou apenas a parte de você que interpreta as informações de um jeito diferente, que você não conseguiria pensar. Não sou um vidente.
-Ta ta, só responda a pergunta.
A entidade pareceu se irritar por um momento.
-Bem Ghost, eu não posso dizer onde ela está. Posso especular os motivos que a levaram a desaparecer. Diga-me, consegue pensar em algum motivo para ela sumir?
Ghost ri. Claro que poderia pensar em motivos. Milhões deles.
-Serve eu ser um assassino, fugitivo, condenado à morte, desertor, suicida em potencial e sabe-se lá o que mais?
-Tolo, isso não é um motivo. Se Asuka se importasse com qualquer uma dessas coisas, acha que ela teria ficado esse tempo todo com você?
O cavaleiro não diz nada.
-Ghost, já passou pela sua cabeça alguma vez que o motivo pode não ser você? Já pensou que Asuka também pode possuir um passado ruim? Já passou pela sua cabeça que pode não ser a única pessoa que importa para ela?
-... Não... – Confessa.
-Você é muito egoísta às vezes, Elegast.
Mal disse estas palavras, um tremor pôde ser ouvido na pequena sala branca. A entidade assume novamente a forma da sombra com os olhos vermelhos, mas não se mexe um centímetro.
-Você não está pronto para encontrá-la, Elegast. Essa é a verdade. Suas paredes caíram e ainda não foram reerguidas.
A sombra dá as costas ao cavaleiro e caminha em direção a parede, desaparecendo pouco depois.
As paredes brancas começam a ruir. Um grande pedaço do teto cai muito próximo ao cavaleiro, que mal tem tempo de se esquivar. Seu último pensamento foi: “As paredes estão caindo. Ajude-me.”
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Mensagem por Space Ghost Dom Mar 07, 2010 7:55 am

Olha, esse capítulo é TENSO.

Capítulo III
Ghost levanta-se sobressaltado. Sua testa está encharcada de suor. Ele fita o horizonte por alguns momentos, então começa a pensar. Ele olha ara o céu. A Lua estava quase chegando ao horizonte. Pela posição dela, poderia julgar que a hora estava entre 4 e 5 da manhã, talvez até mais cedo. “Não conseguirei dormir mais nessa noite, é melhor continuar a viagem.” Pensa. Começa a guardar seus poucos pertences em uma pequena mochila, quando ouve um ruído. Vira-se para trás, fitando um pequeno arbusto. Pequeno demais para abrigar qualquer pessoa. Retorna sua atenção para a mochila novamente, mas para quase imediatamente, pois há uma adaga em seu pescoço. Nada de movimentos bruscos agora. Reunindo toda sua força, ele dá uma cabeçada para trás, esperando atingir o atacante. Acerta-o em cheio, e o inimigo desmaia. Outro assassino aparece em sua gente, mas Ghost desembainha sua espada e corta o assassino no tórax. Vira-se e finca a espada em outro inimigo que se aproximava pelas costas.

Agora Ghost está totalmente cercado. Cerca de 5 mercenários estão a sua volta impedindo-o de escapar. Mas nenhum deles atreve-se a se aproximar. “Não posso enfrentá-los todos sozinho, preciso arranjar um jeito de eliminar um por vez.” Pensa. Sua atenção é atraída para um pequeno grupo de árvores próximas. “Pode dar certo.” Pensa, antes de fincar sua espada no chão.
-Impacto Explosivo!
Uma pequena explosão parte do solo, atingindo todos os inimigos, mas sem ferir nenhum seriamente. Mas não era essa a intenção de Ghost. Antes que os assassinos pudessem reagir novamente, ele pula em direção às árvores, e veste sua capa mágica.

Foi o suficiente. Imóvel e invisível, não há nenhum meio de os assassinos o descobrirem. No entanto, um deles pronuncia-se:
-Conheço essa magia. Ele não pode se mover em campo aberto enquanto está incógnito, ele ainda deve estar próximo! Vasculhem a área!
O cavaleiro percebe que seu esconderijo logo seria descoberto. “Preciso atacar primeiro.” E era verdade. Sua única chance seria se conseguisse pegar os assassinos de surpresa. Um deles aproxima-se de seu esconderijo, e Ghost percebe uma chance de virar o jogo. Ele lança-se sobre o mercenário, fincando sua espada no coração do inimigo, que morre instantaneamente. Apenas 3 mercenários restavam, e ele já havia enfrentado esse número de inimigos sozinho mais de uma vez. Um dos inimigos desaparece na areia, e o outro o imita. O mercenário restante parte para cima do cavaleiro, sacando duas adagas vermelhas. Ghost desvia-se da investida, e uma adaga envenenada passa rente ao seu nariz, por um triz não o arrancando. Ele abaixa-se a tempo de evitar outra adaga arremessada contra suas costas, ao mesmo tempo em que evita uma nova investida do mercenário.

Ghost chuta o chão, espalhando uma grande nuvem de areia pelo campo. A areia encontra uma forma escondida, e Ghost rapidamente brande sua espada contra a forma. Um mercenário cai no chão, morto. O cavaleiro pára mais um ataque das adagas do assassino, gira sobre si mesmo e acerta um chute no abdômen do inimigo, que cai no chão, contorcendo-se de dor. O outro assassino surge por trás, com suas katares em punho. O jovem cavaleiro mal tem tempo de se esquivar, e o ataque atinge seu braço de raspão. Aproveitando a abertura, Ghost golpeia a cabeça do mercenário com o cabo da espada. Ele cai no chão, somente para ter seu corpo trespassado pelo aço da Katzbalger logo em seguida. A batalha estava terminada.

O cavaleiro dirige-se para o assassino caído. Ele se contorce de dor, o chute de Ghost com certeza tinha quebrado uma costela ou duas. “E pela segunda vez em 3 dias, eu terei de usar minha capacidade de interrogatório.” Pensa, receoso. Agarra o mercenário e coloca-o de joelhos. Ele encara o cavaleiro, impassível.
-Você sem dúvida conhece o jogo. O que vai me dizer?
O rosto do inimigo continua impassível. Ghost pega uma das adagas do seu refém, e posiciona-a próxima ao olho esquerdo do dono.
-É sua última chance.
O mercenário engole em seco, mas não diz nada. Ghost puxa a pálpebra dele e corta-a com a adaga. Se o mercenário sentiu algum tipo de dor, sem dúvidas disfarçou isso muito bem.
-Quer que eu continue?
Nenhuma resposta. O cavaleiro repete o procedimento com a outra pálpebra. E dessa vez a vítima não conseguiu disfarçar um grito de dor. Ele encarava Ghost com seus olhos expostos, totalmente cobertos de sangue. Mas sua boca continuava fechada.
-Você foi bem treinado, admito. Terei de ser um pouco mais enérgico.
Ele joga a adaga no chão, e pega sua espada. Posiciona-a próxima a axila direita do mercenário, que olha para a lâmina com uma expressão terrivelmente apavorada. Ele finalmente se pronuncia:
-Não teria coragem.
-Pode apostar que teria.
Eles se encaram mutuamente por alguns minutos, até que Ghost fala:
-Vou contar até três. Um, dois...
-Se eu contar a você, meu mestre sem dúvidas me fará sentir um sofrimento ainda pior. Mate-me logo, não conseguirá nenhuma informação saída de minha boca.
Ghost suspira e fecha os olhos.
-Isso vai doer.
Ele puxa a espada com força, amputando o braço do mercenário. Um terrível grito de dor parte da garganta do refém. Com certeza pode ser ouvido a quilômetros de distância.
-Essa foi sua última chance de falar alguma coisa. A próxima será a morte.
O mercenário sangra muito. Mesmo que Ghost parasse agora, ele não sobreviveria. Mas ele continua impassível. O cavaleiro pega a adaga novamente, e coloca-a em cima da cabeça do mercenário.
-Admiro sua devoção. Vá em paz.
Ele finca a adaga na cabeça do assassino. Ele tomba para a esquerda, morto enfim. Ghost limpa sua espada na capa de um dos inimigos, e embainha-a novamente. Ele vira-se para o céu, os primeiros raios de luz surgindo no horizonte, e parte em direção à Alberta.
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Mensagem por Space Ghost Seg Mar 08, 2010 7:17 pm

Ahh, próximo capítulo só domingo u.u
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Mensagem por Haseo Ter Mar 09, 2010 12:39 am

To curtindo, continua \o/


Só minha fic que fica curta D=
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Mensagem por Space Ghost Dom Mar 14, 2010 12:08 pm

Desculpa gente, to atulhado de coisas da escola, essa semana eu vou ter q ficar devendo T.T
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Mensagem por Space Ghost Dom Mar 21, 2010 11:53 am

Hoje a tarde tem mais um capítulo, ou no máximo amanhã se eu não terminar a tempo.
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Mensagem por Space Ghost Seg Mar 22, 2010 7:37 pm

Significativamente menor, mas enfim aqui esta o:

Capítulo IV
Algumas horas depois, o sol já quase no auge da sua viagem diária pelo céu, Ghost olha para o horizonte, e a floresta de Payon já é visível. Alguns momentos depois ele chega à ponte que divide o deserto da floresta. Ele olha para o caminho, desconfiado. Mesmo já havendo atravessado aquela ponte diversas vezes, sua intuição o dizia que havia algo errado. Ele começa a travessia, cauteloso. Atinge a pequena elevação existente entra as duas massas de terra, e olha para trás. Nada de diferente. Ele volta-se para a próxima ponte, e começa a sua travessia, quando um rugido pré-histórico chega aos seus ouvidos. Ele vira-se para trás novamente, sua espada já pronta para o possível combate. Um gigantesco monstro encontra-se parado na elevação próxima. Tem um corpo coberto por uma armadura roxa, e um capacete localiza-se acima de seu corpo. Mas não há cabeça. Apenas o elmo flutuante. Carrega uma espada também roxa, com um único fio, e um escudo gigantesco, que poderia facilmente cobrir-lhe todo o corpo. Algo semelhante a um crânio humano está encravado no meio do escudo. É uma visão apavorante.

Ghost sabe que em cima daquela ponte era um alvo fácil, um único golpe do monstro na ponte poderia parti-la em pedaços e lançá-lo para o abismo abaixo. Ele corre desesperadamente até o fim da ponte. O monstro começa a persegui-lo. Ele chega ao fim e crava sua espada no mastro que sustenta a ponte, deixando-a suspensa por apenas uma única corda. O monstro escorrega, mas consegue agarrar a corda antes de cair, ficando suspenso sobre o ar. Antes que Ghost possa cortar o outro mastro, o monstro coloca seu escudo a frente de si mesmo, e um raio de luz parte do crânio central, não atingindo o cavaleiro por milímetros. O monstro puxa-se para cima da corda, e salta em direção ao continente, cravando sua espada no lugar que Ghost estivera milésimos de segundo antes. O cavaleiro põe-se de pé, mas tem que se abaixar para evitar um novo ataque do inimigo. Ele arremessa seu corpo contra o escudo do monstro, que recua alguns passos. Aproveitando a abertura, ele desfere sua espada contra o lado desprotegido do inimigo, e acerta-o. Mas o impacto não é como Ghost esperava, sua espada atravessa a armadura do inimigo, como se ela não existisse. O cavaleiro descabeçado pula para trás, e ergue sua espada. Uma aura azul envolve a arma, e o monstro balança-a na direção de Ghost. Uma rajada mágica projeta-se da espada, indo na direção do cavaleiro, que se desvia facilmente.

“Esse é dos bons.” Pensa Ghost. Há tempos que não enfrentava algo tão grande. Sentia-se bem, apesar do perigo. Uma da poucas coisas que ainda o deixavam alegre nesses tempos era uma boa batalha. Pula por cima do monstro, caindo graciosamente atrás desse. Desfere mais um golpe contra as costas do inimigo, mas novamente sua espada não encontra nenhuma resistência, e atravessa a armadura roxa, como se fosse apenas uma ilusão. “O crânio no escudo é onde deve atacar Ghost.” Diz uma voz dentro de sua cabeça. Ela parece familiar, mas não era hora de pensar nisso. “Bem, não tenho nada a perder, a não ser minha vida.” Uma das “virtudes” de Ghost era seu humor questionável em situações críticas, mesmo quando lutava sozinho. Ele pára logo à frente do monstro, e fita-o na viseira do elmo, onde supunha que estariam os olhos. Uma distância de 10 passos separa os dois combatentes, e nenhum movimento mínimo acontece. Um passante poderia tomá-los como estátuas, não fossem as cores. Ficam nessa posição, imóveis, por dois longos minutos. Até que por fim os dois partem para o encontro, com um urro primordial. Um breve sorriso passa pelas feições de Ghost quando ele levanta sua espada ao lado da cabeça. Antes do conflito, o monstro rapidamente põe seu maciço escudo à frente do corpo. “Era o que eu esperava.” Pensa o cavaleiro, enquanto finca sua arma exatamente na testa do crânio do escudo.

Uma luz intensa começa a irradiar do local da “ferida”, e quando o solitário viajante retira sua espada do corpo do monstro, ele cai de joelhos. Mais luz surge por outros pedaços da armadura, e após um intenso show de cores, a armadura roxa do monstro desintegra-se em milhões de pedaços mínimos, que cobrem o chão. “Muito bem.” Diz a mesma voz que lhe deu o conselho, satisfeita. Ghost não consegue encontrar a fonte da voz, ela parece vir diretamente de dentro da sua cabeça. Ele simplesmente pensa então: “Obrigado estranho, onde quer que esteja.”

Uma pequena pedra azul torna-se notável quando a poeira baixa, e Ghost agarra-a para examinar. Ela é perfeitamente lisa, mais lisa que o mais polido dos diamantes. Nenhuma tecnologia humana seria capaz de fazer algo assim. O cavaleiro coloca-a dentro da pequena bolsa, no mesmo bolso onde guarda seu diário. Ele vira-se uma última vez para o lugar onde antes estivera o monstro, e não vê nenhum movimento. Ele embainha sua espada e parte em direção a Payon novamente.


Última edição por Space Ghost em Ter Mar 30, 2010 7:29 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Space Ghost Dom Mar 28, 2010 11:28 am

Sinto que o capítulo de hoje está ligeiramente maior. Mas eu não acabei ainda.
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Mensagem por Space Ghost Dom Mar 28, 2010 9:49 pm

Capítulo V

Chega a pequena ponte que dá acesso a cidade com a noite já avançada. A guarda da cidade impede-o de entrar na cidade propriamente dita, mas permite que repouse no vão entre a ponte e as muralhas. Ele caminha a esmo por um tempo, procurando um lugar propício para seu descanso. Após alguns minutos de caminhada, encontra uma pequena casa, que supunha ser do vigia. Este o convida a passar a noite nos arredores de sua residência. O cavaleiro aceita prontamente, e pendura suas coisas em um galho, numa parte iluminada da muralha. Ele deita-se e fita as estrelas por um tempo. Fecha os olhos, mas o sono não o atinge, então ele põe-se de joelhos e fica um tempo a pensar. Pega a pequena pedra azul que obtivera do monstro, e examina-a com cuidado. Nunca vira nada tão perfeito, a pedra era totalmente azul, sem nenhum tom mais claro ou escuro, o mesmo tom de azul na pedra inteira. “Será algo mágico?” Pensa, e fica ligeiramente excitado, assuntos mágicos sempre despertaram uma curiosidade em seus pensamentos. Fica a observar a pedra por alguns minutos ainda, quando lembra-se da viagem, e que teria de estar descansado para continuá-la. Deita-se sobre a relva e adormece enfim.

Mais uma vez, Ghost acorda na estranha sala branca. Desta vez, porém, há uma janela em uma das paredes. Curioso, o cavaleiro levanta-se e caminha em direção ao vidro, quando uma voz interrompe-o.
-Espere Ghost, não o aconselho a olhar por esta janela ainda.
Desta vez Ghost não desembainha a espada. Ele lembra-se então da voz que o aconselhou na luta contra o monstro mais cedo, e percebe que havia sido esse estranho ser em sua mente. Ele vira-se para encarar o estranho emissor da voz, e encontra a mesma sombra da última vez. Mesmo assim, não consegue evitar um calafrio.
-Você.
-Fala como se me conhecesse. Afinal, quem sou eu? Já descobriu?
-Tenho um chute. Você é meu alter-ego?
-Bem, colocando dessa maneira... pode me considerar assim se quiser, mas creio que a verdade seja ligeiramente diferente. Mas isso é um assunto para outra hora. Já consegue formular sua pergunta melhor do que da última vez?
-Creio que não aquela pergunta especificamente. Mas tenho outras coisas para perguntar.
-Pronuncie-se então.
-Porque me ajudou hoje na luta contra aquele monstro? E como sabia o ponto fraco dele? Lembro-me vagamente de ter dito que não pode saber de coisas que eu não sei, e tenho certeza de nunca ter enfrentado nada como aquilo antes.
-Bem, o motivo de ajudá-lo é um tanto óbvio, não é? Sou parte do seu pensamento, nada mais natural que o ajude a enfrentar seus problemas.
-Mas como sabia?
-Posso não ter sido totalmente sincero com você na última vez. Eu possuo, de fato, um conhecimento que sua mente não pode acessar, pelo menos não conscientemente. Existem algumas coisas que para mim são naturais. Se para você é natural saber que os animais morrem se dilacerar-lhes o coração, é natural para minha mente saber que um... – O espírito hesita por um segundo, como se tivesse se segurado para não pronunciar o nome do monstro. – Daqueles pode ser subjugado com uma estocada no crânio em seu escudo. É simplesmente senso comum. Mas mesmo assim, não poderia possivelmente saber de tudo. Não posso, por exemplo, dizer-lhe onde está sua amiga, pois não tenho acesso a essas informações.
-Entendo...
-Algo mais a dizer Ghost?
O cavaleiro hesita por um instante. Por fim, fala:
-Sim. Lembro-me de que em nosso último encontro me falou que eu o havia procurado, e não o contrário. Eu acredito nessas palavras, porém, não consigo imaginar um motivo real. O motivo que eu tenho em mente parece não lhe agradar, então eu indago: Pode me ajudar a encontrar meu motivo?
-Essa, meu amigo, é a resposta certa. Na verdade, não posso te ajudar a responder essa pergunta, pois acaba de responder sua própria pergunta. O que você procurava quando veio aqui é um motivo. Algo que o mantivesse lúcido e lhe desse uma razão para continuar a respirar. Porém, você acha que essa razão é procurar pela sua amiga, quando na verdade nem você sabe ao certo o que te mantém em pé e impede-o de morrer em algum vale esquecido. A resposta para seu questionamento ainda não existe, é preciso que você a construa.
Ghost fita a sombra, pensativo. Ela estava certa, não sabia qual o motivo de continuar a vagar por Midgard a esmo, apenas fazia isso sem indagações. Mas sentia-se no dever de procurar pela gatuna. Se o que o soldado no bar dissera fosse verdade, Asuka deveria estar atulhada em problemas.
-Então, será que podemos começar?
-Sim.
-Quando sua resposta estiver pronta, poderá olhar por aquela janela, e ela irá te revelar isso. Repito minhas palavras de antes, não o aconselho a olhá-la agora, pois o que verá poderia te deixar maluco.
Um barulho ensurdecedor preenche a pequena sala branca, seguido de um tremor.
-Bem Ghost, parece que nosso tempo está acabando. Teremos de deixar isso para outra noite.
-Espere, uma última pergunta!
-Fale.
-Qual... o seu nome?
A sombra sorri, e fala:
-Mephisto.

Ghost acorda com os primeiros raios da manhã. Não se levanta logo em seguida, fica um tempo olhando para as nuvens que aparecem entre as árvores. Após alguns minutos, levanta-se enfim e arruma seus poucos pertences. Agradece ao vigia e parte para dentro da cidade. Dirige-se primeiro para o mercado, onde reabastece suas provisões. Depois vai para a loja de armas, mais especificamente para a forja. Encontra um ferreiro e pergunta-lhe se pode informar algo sobre a estranha pedra azul que encontrara no dia anterior. O ferreiro examina a pedra por dois longos minutos, até que por fim admite, um pouco envergonhado, que nunca vira nada igual antes. Acrescenta também que não conhecia nenhum meio para polir pedras daquela maneira, a não ser talvez em Einbroch, na mina de carvão. Ghost agradece, e vai embora. Caminha a esmo por alguns minutos, apenas pensando sobre seu sonho da noite anterior.

Uma pequena pedra passa a centímetros do seu rosto, e o cavaleiro vira-se para a direção de onde veio a pedra, com a mão já na espada. Não encontra nada além de uma parede, então vira-se para examinar a pedra. É um tanto grande, poderia fazer um estrago se o tivesse atingido. Mas uma pequena carta está amarrada ao objeto, e Ghost mostra-se surpreso. Pega a carta do chão e a desenrola.

Caro Sir Ghost

Parece-me que o subestimei. Admito que seu êxito em derrotar meus lacaios está começando a virar uma irritação. Não se contentando com isso, ainda está de posse de uma de minhas pedras. Infelizmente para você, também tenho posse de algo que deseja, e creio que é dedutível de que eu estou falando. Visto as circunstâncias, eu proponho uma troca: A minha pedra pela sua amiga. Para você, pode não parecer lógico, trocar uma menina saudável e atlética por uma mera rocha azul. Mas eu conheço a utilidade dessa pedra, e sei que vale muito a pena.
Caso esteja interessado na minha proposta, peço que vá alguns quilômetros ao nordeste de Prontera. Encontrará algumas ruínas, estaremos a te esperar lá. Não especificarei nenhuma data, mas acrescento que considerarei uma recusa se não se apresentar lá em 10 dias. Redundante dizer, peço-lhe que vá sozinho, embora eu realmente não espere que alguém te acompanhe.

Correndo o risco de parecer mal-educado, não revelarei meu nome ainda. Desejo-lhe boa sorte.


Ghost amassa o papel com toda sua força, quase rasgando suas luvas. “É óbvio que é uma cilada Ghost.” Diz a voz de Mephisto. Sim, era dedutível que era uma armadilha. Ir até lá poderia ser uma derrota, com o risco de se tornar mais um prisioneiro deste ser, ou até mesmo uma morte certa. “Ele pode estar blefando. Posso chegar lá e não encontrar nenhum sinal de Asuka. Mas pode ser também que ele esteja falando a verdade. Será que vale a pena arriscar?”. A dúvida invadia sua mente. “Bem, eu ainda tenho posse de algo que ele deseja, posso me utilizar dessa vantagem de alguma maneira. Só é preciso saber negociar. Espere, acho que tenho um plano...”. Sentiu-se um pouco mais confiante. Mas para a execução do plano precisaria de um Peco-Peco, e talvez ele não sobrevivesse à ação. Precisaria arriscar. Guardou o papel amassado dentro da capa, e saiu da cidade. Não se dirigiria mais a Alberta, mas sim a Prontera. Poderia chegar lá em dois dias, se tivesse sorte. Com o prazo de uma semana, 5 dias era mais do que suficiente para organizar seu plano e colocá-lo em ação. Esperava.
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Mensagem por Space Ghost Sáb Abr 03, 2010 11:22 am

Bem, feriado, terminei esse mais cedo. Mais um capítulo bem grande.

Capítulo VI

Algumas horas mais tarde, já anoitecendo, Ghost deixa a área desértica e encontra uma área florestada. Prontera estaria visível no dia seguinte. Não parou de caminhar, porém, continuou por algumas horas ainda. Não era de todo estranho, costumara andar muito à noite em épocas passadas, o que diferia eram os pensamentos em sua cabeça. Dois anos antes, naquele mesmo lugar, estivera pensando em formas de chegar ao seu objetivo sem ser detectado; Hoje pensava em formas de sair de seu objetivo intacto, ou com o mínimo de injúrias possível. Nunca conduzira ou presenciara uma negociação com reféns, seria sua primeira vez. E que primeira vez, não admitia falha alguma.

“Bem, posso tentar falsificar a pedra azul, colocando algum tipo de distração no Peco e entregando-a para o raptor. Algo que me dê tempo suficiente para escapar. Tenho certeza absoluta que ele não planeja me deixar ir embora facilmente, mesmo que eu lhe entregue a pedra. Asuka sua idiota, como conseguiu ser capturada por esse cara?” Ainda caminhava. E não transparecia sinais de cansaço algum. “Certo... Distração... Algum tipo de explosivo? Não sei, acho que não criaria tempo suficiente... Talvez algo que encubra o campo de visão... Algo como...”

“Uma bomba de fumaça?” Diz a voz de Mephisto, com um tom satisfeito.

“Sim, pode dar certo, mas não me lembro onde posso conseguir uma dessas aqui por perto. Em Prontera há o maior mercado de Rune Midgard, mas sair por aí procurando por um explosivo seria suspeito. Creio que precisarei de ajuda. Ninjas não conseguem fazer bombas improvisadas?”
“Hanzo Fireblade. Lembra-se dele?”
“Mas ele não é um ninja. Ele é um super-aprendiz.”
“Está se esquecendo da pessoa que conseguia fazer uma espada mais afiada do que cerâmica com MADEIRA? Se Hanzo não consegue fazer, então é impossível ou muito caro.”
“Bem, tem razão. Onde ele mora mesmo?”
“Izlude, no telhado da loja de utilidades. Lembre-se de tirar os sapatos.”

Ghost continua caminhando por quase 3 horas, quando nota Izlude ao fim do horizonte. Percebe que havia ficado a noite inteira caminhando e não havia dormido. Mas não estava cansado. Meia hora depois o Sol começa a aparecer a Leste, e 10 minutos depois Ghost adentra a pequena cidade portuária. Antes de dirigir-se para a loja de utilidades, o cavaleiro passa pela Guilda dos espadachins. Precisava conversar com uma pessoa. Ele entra na pequena instalação, diante dos olhares curiosos dos espadachins e aspirantes. O senhor que parecia estar no comando levanta os olhos dos papéis que examinava, e encara o cavaleiro. Pergunta, um tanto surpreso:
-Bem, o que poderia trazer um veterano das batalhas à humilde Guilda dos espadachins?
-Procuro por alguém chamado Mark. Ele costumava trabalhar aqui há alguns anos.
-Sim, sim, Mark. Ele costuma ficar na sala à direita.
-Obrigado.
Ghost dirige-se para o cômodo, onde se localiza uma grande quantidade de cadeiras. Sentado em uma delas, no fundo da sala, está um homem de meia-idade. Cabelos brancos, uma pequena bengala repousava ao seu lado. Examinava algum tipo de manual, quando percebe a presença do cavaleiro, que se aproxima.
-Julgava-te morto há tempos, filho. Poderia dizer que estou feliz em vê-lo, mas não seria totalmente sincero.
-Eu digo o mesmo, mestre.
-Bem Elegast, não perguntarei por onde andou, pois sei que não responderia. Vejo que conseguiu se tornar cavaleiro. Meus parabéns. Mas, o que te trouxe aqui? Não é o tipo de cara que voltaria para uma reunião feliz.
-Sempre indo direto ao ponto... Tentarei resumir a história o máximo possível.

“Como deve se lembrar, após o assassinato do meu pai, eu fugi. Fiquei alguns anos caçando os presentes no julgamento, e de algum modo consegui encontrá-los e matá-los todos. Creio que devo agradecer-lhe, me ensinou quase tudo que eu sei, e acho que sem seus ensinamentos eu não teria passado do dia do julgamento. Em uma dessas caçadas, conheci uma garota, e acho que foi ela que me manteve vivo depois que completei minha missão. Alguns meses depois, porém, ela sumiu, e eu fiquei sozinho novamente. Procurei por ela, tentei conseguir ajuda de um clã, mas nenhum resultado. Tive então um sinal. Recebi essa carta. Não venho pedir ajuda para a operação em si, venho apenas perguntar se consegue identificar o autor pela letra.”

Ele estende a carta para o homem, que a examina por alguns minutos. Coloca a carta sobre a mesa e fecha os olhos, massageando as têmporas.
-Sim, eu já vi essa caligrafia antes. Apenas uma vez. Eu poderia dizer que pertence a algum integrante da família Bathory, pois, pelo que me disseram, todos os seus membros possuem uma caligrafia exatamente igual. Filho, eu realmente não o aconselho a enfrentar essas pessoas. Essa menina tem que ser muito importante para valer o risco.
-O que eles têm de tão perigoso?
-São vampiros. Não aqueles vampiros comuns, que todos associam com morcegos, mas os primeiros tipos de vampiro que encontraram essa dimensão, e não são parentes de morcegos, e sim dos lobos. Não me recordo agora da história, mas garanto-lhe que são muito mais perigosos que os vampiros normais.
-Bem, preciso arriscar. Obrigado mestre.
-Não sou seu mestre há tempos Elegast, e creio que já conseguiu me superar em termos de habilidades com a espada. Mas desejo-lhe sorte em sua aventura, e espero que não perca a vida bancando o herói.
Ghost retira-se da Guilda e parte em direção a loja de utilidades.

Quando chega ao seu destino, dirige-se para o balcão, e pergunta ao responsável se poderia falar com Hanzo, que lhe informa que ele não recebia visitas.
-Não recebe visitas? Conseguiu um alojamento em cima de uma loja e começa a ter delírios de grandeza. Bem, vou tentar novamente. Quero falar com Hanzo.
-Desculpe senhor, mas ele é um homem ocupado, não recebe visitas com raras exceções.
-Não foi uma pergunta. Bem, estou subindo.
-Por favor, senhor, não! Eu posso perder meu emprego!
-Hanzo! Preciso falar com você, desça aqui!
Um barulho de engrenagens se movendo pôde ser ouvido, enquanto um pequeno pedaço da parede abre-se, revelando uma pequena escada. Um pequeno homem de cabelos vermelhos, aparentando pouco mais de 30 anos, desce a escada, reclamando. Seu rosto está coberto de fuligem, e há diversas manchas de óleo em suas roupas.
-Já falei para não me perturbarem enquanto eu estiver concentra... – O super-aprendiz para bruscamente de falar quando percebe quem é o visitante. – Ora pois, mas se não é Ghost! Não se incomode, Karl, é um antigo amigo meu!
-Bem Hanzo, não sei se pode me chamar de amigo, a última vez que nos vimos eu estava lutando contra um besouro enorme, enquanto você fugia com a minha pilhagem.
-É... He... Bem, não quer subir para discutirmos isso em particular?
-Claro.
Os dois sobem a escadaria, chegando a um pequeno escritório, atulhado de pequenos inventos mecânicos e armas improvisadas.
-Parece que tem feito muitas coisas desde a última vez. Ainda bem.
-Sabe, consegui o melhor alojamento que existe. Logo no andar de baixo há inúmeros pedaços de motores, engrenagens e todo tipo de bugiganga. Pude finalmente completar meu sonho de fazer um pássaro artificial! Veja!
Ele pega uma placa de madeira com um cabo, conectado a outra coisa que o cavaleiro não conseguiu identificar. Apertou uma espécie de interruptor na placa, e a coisa começou a se mexer. Assemelhava-se a um pássaro, mas feito de madeira e metal. Com outro toque na placa, as asas do invento começaram a mover-se em uma velocidade absurda, fazendo o pássaro flutuar no ar alguns centímetros.
-Vê? Ele voa!
-Impressionante.
-Sim, sim, muito bom. O que te traz aqui, meu caro? Não me diga que veio finalmente cobrar por aquela pilhagem!
-Não Hanzo, eu já me esqueci daquele episódio. Além do mais, muito dinheiro nunca foi um grande atrativo para mim. Venho aqui te pedir um favor.
-Diga então.
-Consegui arrumar uma grande encrenca com uma família de vampiros, pelo que parece. Eles estão de posse de minha amiga, e estão propondo uma troca dela pela pequena pedra que eu encontrei. Não sou muito experiente em trocas de reféns, mas tenho certeza que não me deixarão sair de lá ileso.
-Tem razão, sem dúvidas é uma armadilha. Então está me dizendo que precisa de um plano para sair de lá inteiro?
-Na verdade eu já tenho um plano. Vou criar algum tipo de distração, para ganhar tempo enquanto eu fujo. A princípio pensei em um explosivo ou algo assim, mas não creio que vá dar certo. Depois pensei em uma bomba de fumaça, e você foi a primeira pessoa que veio à minha mente. Acha que consegue fazer algo do tipo?
-Bem Ghost, posso te ajudar de fato. Tenho algumas coisas que podem se assemelhar com essa que quer, mas os materiais são um tanto caros. Se estiver disposto a pagar por eles, o serviço para montar sai de graça.
-De quanto estamos falando?
-Algo em torno de 300 mil zenys.
Ghost sentiu um pequeno formigamento na perna, perto do bolso, mas sabia que era necessário.
-Certo, eu aceito. De que precisa para fazer isso?
-Preciso de uma tintura preta, algumas felpas, algumas cascas de inseto e um antígeno.
-Um antígeno? Só esse ingrediente já passa de 300 mil, como espera que eu consiga isso com este orçamento?
-Na verdade, existe um meio simples de conseguir um antígeno, que pode lhe poupar bastante dinheiro. Eu consigo fazer uma coisa com efeitos similares ao do antígeno, pelo menos para o efeito que deseja. Para isso precisarei de um Drops, um...
-Um Drops?! Como assim?
-O monstro. Preciso que capture um e traga-o vivo. Bem, continuando, um Drops, um pouco de resina, um pouco de pó de borboleta e algumas caudas de escorpião.
-Certo, não são muito difíceis de arranjar, creio. Com exceção do Drops, é claro.
-Certo, amigo, volte quando tiver tudo de que preciso, e com sorte, em duas horas terá sua bomba.
Ghost desce as escadas, e parte para caçar os ingredientes. “A tintura posso conseguir facilmente no mercado de Prontera. As felpas posso conseguir com alguns coelhos. Os cascos... bem, aqueles besouros servirão. A resina... droga, precisarei ir até a floresta novamente. Pó de borboleta é um tanto óbvio. Posso encontrar muitos escorpiões no deserto. Capturar o Drops... Vou deixar por último. Certo, primeiro, a tintura.” Ele caminha para Prontera.

----------
Pessoas, digam se estão gostando T.T Se tiver muito ruim eu n continuo não, mas comentem plz.


Última edição por Space Ghost em Ter Dez 14, 2010 11:32 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Space Ghost Dom Abr 11, 2010 2:48 pm

Adiando o prox capítulo pra semana q vem...
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Mensagem por Lord Victor Seg Abr 12, 2010 3:35 pm

Muito boa a fic cara o/

Se for a sua primeira, sugiro que manere um pouquinho nos combates off doon que vc se meteu, matar cinco mercenários sozinho e sair ileso não é coisa para qualquer um, cuidado com os absurdos. No mais a fic está boa.
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Mensagem por Lacey - David Garou Seg Abr 12, 2010 6:29 pm

Sua fic é boa... mais só uma dica, dê espaços entre paragrafos e as falas, isso deixa o texto melhor de ser ler.
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Mensagem por Space Ghost Seg Abr 12, 2010 6:37 pm

Na verdade é a terceira xD
Na primeira e na segunda tinham batalhas moderadamente complicadas, mas eu estava acompanhado, essa é a primeira q eu faço sozinho. Bem, vou manerar então.
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Mensagem por Lord Victor Seg Abr 12, 2010 9:44 pm

Queria dizer, adorei sua fic cara...

O jeito que vc descreve as atitudes do "guerreiro solitário" é muito legal, tudo bem que eu sou suspeito pra falar pq adoro quase tudo relacionado a cavaleiros. O "alter-ego" também é muito legal, sugiro que dê uma pitadinha de humor (humor fino porfavor, sem perder a classe)
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Mensagem por Space Ghost Dom Abr 18, 2010 12:17 pm

Não, a batalha ainda não será nesse capítulo xD
Talvez no próximo. AMs eu meio que colquei uma outra fic dentro desse capítulo, que vcs podem utilizar em algum RP ae.
Capítulo VII

Dois dias depois, Ghost já conseguira reunir quase todos os ingredientes, faltando apenas o Drops. Sabia que precisaria de alguma isca, e ouvira em algum lugar que Drops gostavam de suco de laranja, o que sem dúvidas fazia sentido. Após um dia inteiro procurando pelo maldito suco, ele finalmente pensou em fazer seu próprio suco, já que laranjas e uma garrafa eram muito mais fáceis de achar do que o suco em si. Conseguira reunir laranjas suficientes para dois sucos, e esperava que fossem suficientes.

-Bem, aqui vamos nós. Só preciso achar um Drops agora.

Dirigiu-se à entrada do deserto, próximo de Prontera, e sentou-se sob uma árvore para esperar. Duas longas horas se passaram, até que por fim um Drops apareceu, saltitando. O cavaleiro prontamente retirou o frasco de suco da mochila e colocou-o à vista do monstro, que aproximou-se de Ghost sem suspeitar de nada. O Drops bebeu todo o suco rapidamente, e Ghost quase conseguiu capturá-lo, mas no último momento um pensamento o impediu. “Será que vale a pena sacrificar esse pequeno monstro apenas para concretizar o meu plano?”
“Bem Ghost, agora você já está enfiado até o pescoço nessa situação, não é hora de lamentar a sorte desse pequeno ser. Devia ter pensado nisso um pouco mais cedo, não acha?”. “Sim... Certo, vamos tentar novamente.” Ele posiciona o frasco com o suco exatamente como da última vez, e desta vez consegue capturar o monstro, colocando-o dentro de sua mochila.

De posse de todos os ingredientes, Ghost parte de volta para Izlude, para conseguir sua bomba. Hanzo o espera fora da loja de utilidades, o que, segundo a atendente, era algo extremamente raro.
-Imagino que tenha conseguido o que pedi, ou então não teria voltado. Estou certo?
-Sim, está. Aqui estão – Ele estende a mochila para o Super-Aprendiz, que examina seu conteúdo com curiosidade.
-Bem, parece que está tudo em ordem. Volte aqui amanhã pela tarde para receber sua bomba. E aconselho-o a não se afastar muito da cidade, ouvi alguns boatos ontem a noite de estranhos seres que parecem cavaleiros perambulando pelas redondezas.
Ghost mostra-se muito interessado na história.
-Cavaleiros? Como descreveram esses monstros?
-Eram roxos, utilizavam um elmo e um escudo, porém não havia cabeça dentro do elmo, e um crânio ficava no centro do escudo. Parece que atacaram alguns mercadores na viagem daqui para Payon.
O cavaleiro estava visivelmente surpreso, mas preferiu não revelar sua batalha com um desses monstros para Hanzo.

Tendo um dia inteiro pela frente, tratou de conseguir algumas informações sobre essa tal de “Família Bathory”, e para isso dirigiu-se para Prontera. A biblioteca de Juno sem dúvidas seria mais útil, mas como Juno estava fora de cogitação no momento, a biblioteca de Prontera teria que bastar.

Quando chega finalmente à biblioteca, pergunta à atendente se possuía algum livro sobre vampiros, e esta leva-o a uma pequena sala escura. Pede que o cavaleiro espere um pouco, e desaparece entre as estantes. Alguns minutos depois, volta com um grande livro vermelho. O título não é legível, e o livro aparenta ser extremamente velho.
-Aqui. Tudo que precisa saber sobre criaturas milenares pode ser encontrado nesse livro. Só existem 5 exemplares dessa relíquia, um em Juno, um possuído por algum nobre de Juno, outro de posse da família real e um aqui. O outro está perdido, e acho que muitas pessoas dariam muito dinheiro por aquele exemplar.
-Certo, obrigado.

Ghost abre o livro, e fascina-se momentaneamente com a ilustração da contra capa. Um enorme dragão negro encontra-se aninhado sob algo que pareciam gigantescas raízes de uma árvore. Seus olhos eram tão reais que pareciam acompanhar o movimento do cavaleiro. Abaixo da ilustração, uma nota: “Nidhogg, o Devorador de Cadáveres.”. Após longos minutos observando a figura, Ghost vira a página, encontrando algo que assemelha-se a um índice. Procura pelo vocábulo vampiros, e encontra um capítulo inteiro destinado a estas criaturas. Após duas páginas de introdução, que o cavaleiro apenas passa os olhos, Ghost encontra algo que sem dúvidas era o que procurava.

A origem dos vampiros: Os Vrikolakas

Uma história até hoje pouco esclarecida é a da criação dos vampiros. Muitas versões existem, mas sem dúvidas a menção mais antiga à essas criatura é sem dúvidas a trágica história de Licaon.

Existira, outrora, uma província chamada Licania, governada por um soberano conhecido por Licaon, que possuía diversas esposas e cinqüenta filhos e filhas. Suas terras estavam entre as maiores e mais prósperas do continente, até que certa vez Odin e Frigg disfarçaram-se de humanos e pediram abrigo na fortaleza de Licaon. Rei bondoso e justo, ele concedeu abrigo aos deuses.

Mas seus filhos duvidaram da palavra de Odin. Arrogantes, acharam que Odin não era verdadeiramente um deus, e pretendiam desmascará-lo na frente do pai. Os filhos mais velhos perambularam pelas ruas da cidade e encontraram uma criança, que mataram e cozinharam sua carne, servindo-a no banquete aos dois deuses. Segundo a lenda, essa criança era Árcade, filha de Odin com uma ninfa.

Odin percebeu imediatamente o que estava acontecendo e ficou furioso com a família de Licaon. Durante o banquete, os deuses transformaram todos os cinqüenta filhos de Licaon em lobos e os amaldiçoou, banindo a região inteira da Licania da face da terra.

Dezessete dos filhos de Licaon eram filhos dele com ninfas e semi-deusas, e portantto imortais. Esses dezessete foram os primeiros vampiros da raça Vrikolaka, nomeados atrás do primogênito de Liacon, Vrikol. Os outros filhos espalharam-se pela terra e deram origem aos lobisomens.

O espírito de Árcade conseguiu reunir a essência vital do reino de Licania e juntá-la a sua própria, transformando o antigo reino próspero num plano alternativo chamado Arcádia, lar de muitas das criaturas místicas que vagam pelo nosso mundo. Licaon permaneceu nesse plano como soberano desse novo reino espiritual.

Os vampiros Vrikolakas sobrevivem até hoje. Formaram um clã milenar, chamado de Gut, e cada um dos dezessete originais deu continuidade a sua própria família, sendo a mais famosa delas a família Bathory. Alguns dos membros mais notáveis desse clã foram o conde Miklós Nikola Gutkeled, e claro, a Condessa Elizabeth Bathory. Pouco se sabe sobre a situação atual dos membros dessas famílias.


[Créditos ao livro do Arkanun]
Era uma informação bem interessante. Não era bem o que o cavaleiro esperava descobrir, não estava muito interessado na história do seu inimigo, mas sim em suas características. “Bem, terei de me virar sem essas informações.” Retirou-se da biblioteca, e percebeu que a noite já estava avançada. Dirigiu-se para a estalagem, para descansar. Amanhã seria um longo dia.
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Mensagem por Lord Victor Dom Abr 18, 2010 1:57 pm

Muito bom, curto mas muito bom! Só queria fazer uma correção mínima; vc mencionou Odin e Frigg, que eu conheça só existe Odin e Frigga.

No mais continua muito bom o/
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Mensagem por Space Ghost Dom Abr 18, 2010 2:32 pm

Cara, eu ja vi tantas versões do nome deles, Frigg, Frigga, Fricka, Friga, Odin, Oddhin, Oðinn. Wotan, Wode, Oden... Segundo o site aqui do Asatrú Vanatru, pode escrever Frigg ou Frigga.

http://www.fornsed-brasil.org/rrs.html
(ta nos meus favoritos xD)
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Mensagem por Space Ghost Dom Abr 25, 2010 7:42 pm

Capítulo IIX

“É hoje.” Pensa Ghost, ao calçar suas grevas de batalha. Sabia que a chance de não acordar novamente amanhã era grande, ou pelo menos acordar livre. Levanta-se da cama da estalagem, pega sua capa dependurada sobre a cadeira, sua espada recostada sobre a parede, e parte em direção à cavalaria, para pegar seu Peco. Essa era uma parte um pouco perigosa, se visse alguém conhecido na cavalaria poderia estar encrencado, e não queria ter de usar a força para escapar por enquanto.

Na cavalaria as coisas estavam bem calmas. Apenas dois guardas no estábulo, um deles quase adormecido, seria simples passar por eles.
-Quem é você?
-Sou um cavaleiro que procura sua montaria. Poderia me informar onde ela se encontra?
-Acho que sim. – O guarda semi-acordado geme, mas não se levanta. – Qual o nome do animal?
-Svadilfari.
-Oh sim, é aquele peco que está aqui há mais de 6 meses?
-Provavelmente, não o utilizo muito.
-Bem, aqui está. – O guarda conduz Ghost para um Peco de tamanho médio. Antes de abrir a tranca, porém, ele percebe que havia algo errado. – Espere. Não me disse o seu nome.
-Me chame de Ghost.
-Certo. O nome confere, creio.
Ele abre a porta do estábulo. Então ele lembra-se o que estava errado. Há muito tempo, ouvira que o dono daquele Peco era um desertor, e que estava foragido. Finalmente, era sua chance de passar de um simples guarda de estábulos para um real cavaleiro! Não podia deixar o criminoso escapar. Pega sua lança nas costas e aponta-a para Ghost.
-Senhor, me desculpe, mas está preso.
Ghost revira os olhos.
-Eu realmente estava esperando que pudesse sair daqui sem usar violência, mas sabia que era apenas uma ilusão. Amigo, eu realmente não posso ser preso hoje, e não quero te machucar. Podemos fingir que esse encontro nunca aconteceu, e que o Peco foi roubado, mas eu não posso admitir atrasos hoje. Não hoje.
-Cale a boca, seu marginal! Agora me acompanhe até a sala da cavalaria, para que possam te levar para sua cela.
“Bem, eu tentei evitar.” O cavaleiro agarra a lança do soldado e arranca-a das mãos dele. Este parece finalmente ter entendido que não era páreo para um cavaleiro, então corre para fazer soar o sino de alarme, como devia ter feito logo que descobriu a identidade do criminoso. Ghost, porém, golpeia os pés do soldado com o cabo da lança, fazendo-o cair no chão, e corre para cortar as cordas que prendem sua montaria. O outro soldado, do lado de fora finalmente acorda, e corre em direção à cavalaria, em busca de ajuda. “Agora já era. É hora de fugir.” O cavaleiro monta o Peco, e parte em direção à saída. Passa rente a um surpreso grupo de cavaleiros, já armados, e continua a correr por Prontera. Agora um grupo de três cavaleiros estava em sua cola. “Ótimo, mais uma coisa para me preocupar.” Ele conduz o Peco para uma casa com o telhado quebrado, rente ao chão, e pula sobre ele. Estava acima da casa, e começa a pular para as outras. O Peco parecia extremamente feliz de finalmente poder correr livre. A perseguição continua, com Ghost fugindo acima dos telhados e os soldados perseguindo-o por baixo. Se ele alcançasse a saída sul da cidade, estaria livre, mas para seu azar, percebe que esta está bloqueada por alguns cavaleiros. “E agora?”.

“Passe por eles oras. Use seu peso e sua velocidade.” Diz Mephisto. Sim, ele estava certo. Se conseguisse alcançar velocidade suficiente, passar por aqueles guardas seria simples. Ele faz com que o Peco salte para o chão. Agora era um momento crítico. Com soldados perseguindo-o por trás e um bloqueio a frente, qualquer erro poderia levá-lo para uma cela. Sair dela não seria tão difícil, mas tinha um prazo a cumprir, e não poderia se atrasar. Não hoje. “Vamos lá garoto, mostre-me sua velocidade.” Ele finca seus calcanhares no Peco, que dispara a toda velocidade. Os guardas a frente preparavam-se para recebê-lo, crentes de que Ghost desviaria a rota antes da colisão. Tolos. Agora apenas alguns passos separavam o cavaleiro dos guardas. Ele fecha os olhos antes da colisão, e o Peco abaixa a cabeça para evitar danos aos olhos. Por fim, ela ocorre, e ele passa pelo bloqueio, deixando os guardas caídos atrás de si. Demora algum tempo para recuperar o equilíbrio, mas agora estava livre. Olha para trás e enxerga os guardas, parados olhando para ele. Sabiam que não poderiam mais alcançá-lo. Com um gesto de adeus, Ghost parte para Izlude, para conseguir suas bombas com Hanzo.

Chega na Loja em Izlude com Hanzo esperando-o do lado de fora.
-Está atrasado Ghost.
-Tive alguns problemas.
O Aprendiz parecia curioso, mas decidiu não perguntar nada.
-Bem, aqui estão as bombas. 3 delas. Para detoná-las, apenas jogue no chão, ou então coloque fogo. Tomei a liberdade de colocar um pavio em uma delas, pois presumo que precisará de algum tempo.
-Sim, exato. Obrigado Hanzo, não creio que nos veremos novamente tão cedo.
-Sei disso. Sinta-se bem vindo para voltar aqui e tomar um chá, sempre que quiser, e saiba que sempre ficarei feliz em construir qualquer coisa que queira.
-Certo. Adeus, amigo.
E o cavaleiro parte para o ponto de encontro.

Próximo ao local indicado, já de noite, Ghost esconde-se atrás de uma árvore, examinando a área. A carta falava algo sobre ruínas ao nordeste de Prontera. Lembrava-se vagamente de ter visto alguns blocos de pedra quando passeava por ali alngus anos atrás, mas parece que sua memória não estava ajudando-o a lembrar-se do local exato. Ele observa atentamente a paisagem, até que, por fim, percebe algumas formações rochosas peculiares, que não pareciam ser naturais. “Certo Ghost, calma agora. Atenção para não cair em nenhuma armadilha.”. “Do que está falando? Vir a este lugar já é uma tremenda armadilha.” Mephisto conseguia ser irritante ás vezes. Finalmente, o cavaleiro chega ao ponto de encontro. No alto de uma pedra, quatro figuras encaravam o cavaleiro, sendo que uma delas estava adormecida. Por fim é apresentado ao autor da carta.
-Bem Sir Ghost, fico feliz que tenha aceitado a troca. Sou Agorian Bathory, fico feliz que tenhamos finalmente nos conhecido.
O cavaleiro não conseguiu suprimir um riso ao ver de quem se tratava o dono da voz. Um menino, não mais de 1 metro e meio, com uma pequena capa vermelha e óculos e cabelos brancos encarava Ghost com os olhos extremamente abertos. Seu sorriso era um tanto arrogante. Quando percebeu a risada de Ghost, ficou um pouco irritado.
-O que foi?
-Ahh cara, está me dizendo que foi você que conseguiu capturar Asuka e mandou aqueles soldados contra mim?
Agora seus olhos pareciam flamejar, de tanto ódio. Um de seus lacaios sussurrou algo em seu ouvido, o que fez que o sorriso arrogante se formasse mais uma vez no rosto do raptor.
-Não me subestime humano, tenho mais idade que seu tataravô. Agora, não é assim que deveria me tratar, lembre-se que tenho posse de sua amiga.
Ghost já estava recomposto.
-Trouxe a pedra?
O cavaleiro coloca a mão em um dos bolsos e retira um embrulho. Retira a pedra de dentro deste.
-Bom, bom. Agora, se puder me dar aqui, ficarei grato em devolvê-lo sua amiga.
-Tenho cara de que? Não é assim que será feita a troca. Primeiro você me dá Asuka, depois eu te dou a pedra. – Ele desmonta o Peco. – Coloque a em cima desse Peco. Depois eu coloco a pedra e te entrego com o animal.
-Parece razoável. Aceito. Dê-me aqui a sua montaria.
Ghost estava um tanto surpreso, esperava um pouco mais de resistência antes que chegassem a um acordo. Mas deixa seu Peco ir de encontro ao pequeno bruxo. Este, por sua vez, coloca Asuka sobre a sela, e manda-o de volta para o cavaleiro. Quando ela chega, ele retira-a e pára por um momento, não acreditando na própria sorte. A gatuna estava adormecida, um cheiro de clorofórmio podia ser sentido. “Bem Asuka, finalmente achei você.” Mas ainda não havia terminado. Agora era o momento crítico. Ele coloca a pedra dentro de um dos bolsos da sela, com a bomba de fumaça já previamente instalada. Com um gesto casual, ele acende o pavio, e manda o Peco para o bruxo novamente. Agora tinha cerca de 30 segundos antes que a bomba explodisse. O Peco chega ao destino, e Agorian pega a pedra de dentro da sela. Ele examina-a com um pequeno monóculo, antes de finalmente escondê-la sob sua capa. Ghost vira-se para partir, mas Agorian nota uma pequena fumaça proveniente do bolso na sela.
-Espere...
Antes que ele pudesse completar a frase, uma grande nuvem de fumaça encobre sua visão. Ghost, com Asuka nas costas, começa a correr como nunca correu antes. Um lobo aparece a sua frente, antes de transformar-se em um ser humanóide. O cavaleiro estava vulnerável com Asuka nas costas, então ele joga uma das bombas no chão e corre para outra direção. Mais um dos estranhos lobos bloqueia seu caminho após um tempo, e ele utiliza-se da última das bombas para despistar o inimigo. Agora ele corre a uma velocidade incrível, mesmo com uma menina nas costas. Corre por quase dois quilômetros, até que o cansaço vence-o. Certo de que havia despistado o bruxo e seus comparsas, ele coloca Asuka no chão, delicadamente, e fita seu rosto.
-Bem, parece que escapamos. – Ele recosta-se sob uma árvore, e fita as estrelas. Finalmente havia encontrado a gatuna. Não sabia se estava feliz ou triste, estava simplesmente muito cansado para pensar sobre isso. “Parabéns Ghost, conseguiu encontrar o que procurava.” Mephisto parecia satisfeito. Ele fecha os olhos, quase adormecendo, quando ouve um uivo, não muito longe. Levanta-se com um salto e agarra sua espada. Não estava em condições de lutar propriamente, mas não seria capturado sem levar alguém junto. Caminha vagarosamente em direção a fonte do uivo, quando sente uma forte pancada na nuca, que o deixa tonto. Ele vira-se a tempo de ver a gatuna, empunhando um galho.
-Asuka? – Consegue dizer, antes de receber um novo golpe, que o nocauteia e lança-o ao chão.
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Mensagem por Space Ghost Sáb maio 01, 2010 10:36 pm

Capítulo IX

Ao recobrar a consciência, Ghost percebe que está em um campo de batalhas. Em algum instante passado, aquilo deveria ter sido uma clareira comum, com algumas árvores não muito altas em volta, e um pequeno córrego cortando-a ao meio. Agora era um terreno estéril, sem relva, sem árvores, sem córrego. Apenas duas árvores, flamejantes, ainda de pé. O que mais impressionava, porém, era a absurda quantidade de corpos estirados sobre o chão. Nem um único deles se mexia.

“O que?”

-Então – Diz uma voz sibilante, pelas costas. – Parece que você é a última deles que sobreviveu.
O cavaleiro vira-se para encontrar a fonte do ruído, e percebe 3 figuras no meio do terreno. Um menino, um Orc e uma menina. Nenhuma delas pareceu tomar conhecimento da existência do cavaleiro. O Orc estava ao lado do menino, empunhando um grande machado, olhando para a garota à frente, que segurava um dos braços, ferida. O garoto apenas observava a menina, com um grande sorriso nos lábios.
-Não me entregarei. – Disse a garota, retirando uma pequena adaga do cinto, e posicionando-a próxima a própria garganta.
-Acho que se entregará sim. Pegue-a, Grishnackh.
O Orc corre em direção à menina, com um rugido gutural.

Ghost então se lembra que ainda existe e corre para tentar salvar a menina. Posiciona-se a frente do Orc e espera o encontro. O Orc, porém, atravessa o corpo do cavaleiro como se ele não existisse. A garota tenta dar um fim a própria vida com a adaga, mas o Orc dá-lhe uma pancada com o cabo do machado, fazendo-a desmaiar.
-Deixe-a aí por enquanto. Precisarei estar em outro lugar para terminar o serviço. Vamos procurar mais sobreviventes. – O Orc responde com um rugido indecifrável. Esse era um ponto estranho. Mesmo sendo criaturas um tanto bárbaras, os Orcs possuíam a capacidade da fala, muito bem desenvolvida. Não eram criaturas burras, como todos pensam, apenas voltavam seus esforços mais para a guerra, e não muito para o desenvolvimento intelectual, como os humanos. Esse Orc, porém, era simplesmente uma máquina de matar. Qualquer racionalidade que poderia possuir estava escondida atrás daquela expressão de fúria permanente.

Quando os dois se afastaram, Ghost corre para socorrer a menina. Por um momento receou que não conseguisse tocá-la, assim como aconteceu com o Orc, mas sua preocupação se mostrou em vão, quando levantou a menina. Não estava muito ferida, a única coisa um pouco preocupante era o ferimento em sua cabeça, que sangrava um pouco. O cavaleiro rasga um pedaço de suas vestes em um tira, enrolando-a em torno do ferimento num curativo improvisado. O ferimento no braço era superficial, nem sangrava mais, mas Ghost coloca um curativo nele, mesmo assim. Ele prepara-se para colocar a menina nas costas e levá-la para longe dali, quando ela começa a acordar.
-O que? Onde estou?
-Não se mexa muito, senhorita. Foi atacada por um Orc está um pouco ferida. Deixe-me levá-la para longe daqui e conseguir ajuda.
-Espere, ajuda? Não quero ajuda. Eu já estou morta.
O cavaleiro fica um pouco confuso com as palavras, mas ele supõe que a pancada na cabeça possa ter deixado a menina um pouco grogue.
-Já estou morta. – Repete a garota. Os olhos dela pareciam vazios, fitando o horizonte.
-Não diga bobagens, conseguiremos ajuda para você.
-Eu já estou morta. – Responde ela, sem prestar atenção ao cavaleiro.

“Eu já estou morta.”
Dessa vez, não havia sido a garota a dona da voz. Pareia ecoar de todas as direções ao mesmo tempo.

“Eu já estou morta.”

-Quem está aí? – Diz Ghost, colocando a menina suavemente de volta ao chão, levantando-se em seguida.

“Eu já estou morta.”
-Apareça!
-Bem, talvez – Ghost vira-se e encontra o menino encarando-o, ainda com aquele sorriso no rosto. – seria melhor se começássemos do começo.

A voz cessa. Ao olhar novamente para frente, percebe que não está mais no campo de batalhas. Está em um pequeno jardim. A sua frente, um homem e uma mulher discutem. O homem lembra um pouco o próprio Ghost, com exceção dos cabelos, que são vermelhos. A mulher não é familiar.
-Algo de errado? – Diz a mulher, fitando a nuca do senhor, que olha para seus pés, com uma mão entre os olhos.
-Bem, claro que tem. – Ele responde, sem levantar a cabeça.
-Você ainda está vivo.
-Ahh, e será que eu mereço estar? – O homem vira-se para encarar a mulher.
-É essa a pergunta?
-E se for...? Quem me responde?

“Quem me responde?”
Novamente a voz parecia ecoar de todos os lugares.

-Bem, talvez – Novamente, Ghost encontra o menino do outro sonho a encara-lhe, com o mesmo sorriso de antes. – seria melhor se começássemos do começo.

Agora Ghost percebe que está em uma praça. Parecia estar em frente ao castelo de Prontera, próximo a escultura de mãos. Havia, porém, uma grande construção de madeira nem um local, alguns homens enfileirados, acorrentados, e uma grande multidão a observar a cena. Um dos homens, novamente, lembrava a Ghost de si mesmo. Desta vez, porém, seu cabelo era branco. Parecia ser o próximo da fila para subir ás escadas, e seu rosto já não esbanjava nenhum tipo de esperança. Um bardo cantava uma canção.

“Carrasco, ei carrasco
Será que pode esperar um pouquinho?
Ainda não é tempo de ir para A Forca
E meus amigos estão a caminho!

Carrasco, ei carrasco
Será que pode esperar um pouquinho?
Acho que vi meus amigos aqui perto
Vieram me salvar d’A Forca”


O homem da um passo a frente, e para na frente da corda. Sobe em um dos bancos, e o carrasco coloca a corda em volta de seu pescoço. Um guarda desenrola um pedaço de papel e começa a recitar os crimes que o homem cometeu. Ao terminar, a multidão entra em silêncio, esperando o carrasco chutar o banco e dar um fim ao homem.

-Bem, talvez – A mesma voz da outra visão chega aos ouvidos de Ghost. E é o mesmo menino que profere as palavras. – seria melhor se começássemos do começo.

De repente, tudo fica escuro. Totalmente escuro. Não havia diferença alguma em fechar os olhos ou deixá-los abertos.

“Ghost?” Diz uma voz, familiar ao cavaleiro. Ele, porém, não a reconhece logo de início.
-Quem é você?

“Não sabe quem eu sou Ghost?”
Ele hesita um pouco antes de responder.
-Mephisto?
“Bingo.”
-Ahh, pelo menos agora sei que estou sonhando. O que houve? Lembro-me de ter salvado Asuka, de ouvir um uivo, e nada mais.
“Ainda não tenho certeza do que houve. Pelo que entendi, parece-me que Asuka golpeou-lhe com um galho, e você desmaiou na hora. Duas figuras, um menino e um Orc, apareceram logo após, e te trouxeram para esta torre estranha, onde te colocaram em uma cela. Você acordou somente dois dias depois, e logo conseguiram que dormisse novamente. Não sei ao certo como, mas acho que colocaram algum tipo de entorpecente na sua comida. Não sei onde estamos, não consigo sentir a presença de mais ninguém próximo, e acho que já fazem pelo menos dois dias que aquele Orc não vêm nos visitar. No momento está dormindo, e estou me esforçando para manter sua mente lúcida e não deixá-la entrar na influência do entorpecente.”
O cavaleiro demorou um pouco para assimilar a notícia.
-Mas que beleza cara. Estou um uma torre, preso, prisioneiro de um pivete megalomaníaco.
“Fico feliz que ainda esteja lúcido. Não faz idéia dos tipos de sonhos que impedi que te assolassem. Tem sorte de não ter ficado maluco. Agradeça a mim.”
-Bem, obrigado... – Não sabia muito bem o que dizer. – Ahh sim, será que poderia acender as luzes?
“Ohh sim, me desculpe.”

O ambiente, antes totalmente escuro, transformou-se na sala branca, já familiar ao cavaleiro. Desta vez, uma porta também estava presente, além da janela da ultima vez.
-Ohh, é ótimo poder ver meu corpo novamente.
-Sim, deve ser muito bom. – Mephisto materializa-se a frente de Ghost.
-Certo. Bem, e agora? Como saímos daqui?
-Não consigo pensar em meios para sairmos. Você está drogado, acorrentado, dentro de uma cela, e sem comer a dois dias. Mesmo que acordasse agora, não teria muito o quê fazer.
-Como é a cela?
-É uma cela comum. Acho que está no terceiro ou quarto andar da torre, tem uma janela com grades, uma porta de madeira com um pequeno visor também gradeado, e um pouco de feno em um canto, onde você está dormindo. Não vejo nada que pudesse ajudá-lo em uma fuga.
Ghost caminha para um dos cantos da sala, e encosta-se na parede. Isso não era bom, estava totalmente enrascado. Aliás, nunca estivera em uma situação tão desesperadora antes, e provavelmente demoraria algum tempo até que algo desse tipo voltasse a acontecer.
-Bem, não consigo pensar em nenhum plano. – Diz, por fim. – E quanto a você?
Mephisto caminha e senta-se ao lado de Ghost.
-Não pensei em nada realizável. O máximo que consegui pensar foi em conseguir destruir as barras da janela e pular. Você não se machucaria muito. Mas demoraria pelo menos uma semana até que eu conseguisse entender como funciona esse entorpecente e inibir seus efeitos. E não acho que tenhamos tanto tempo assim, pelo que ouvi da conversa do mago com outra pessoa. Parece que querem fazer algum tipo de ritual com você, para que se torne um escravo, ou algo assim. Admito ter rido ao pensamento de você sendo um escravo bruto, como aquele Orc.
-Cara, eu odeio você.
-Odeia nada. Não faz a menor idéia do que faria sem mim, admita. Sem mim não teria derrotado nem aquele cavaleiro roxo.
-Eu sobrevivi 18 anos sem você para me ajudar. Derrotei muitos inimigos piores. Não vejo porque seria diferente agora.
-Será que foi mesmo sem a minha ajuda?
-O que quer dizer com isso?
-Você sabe do que estou falando. – Disse isso seguido de uma piscadela. Deu a entender que não tocaria mais no assunto.
Ghost olha para o teto, pensativo.
-Disse algo sobre um ritual, e acho que entendi algo sobre escravizar?
-Sim, entendeu certo. Falavam sobre você, quando se referiram a um ritual estranho, que eu não consigo me lembrar do nome agora. Na verdade eu estava ocupado demais rindo.
Ghost ignora a piada.
-Bem, será possível que tenham feito esse ritual com Asuka? É uma boa explicação para ela ter me atacado.
-Creio que é bem possível.
Sem nenhum assunto para discutir, eles simplesmente olham para frente, tentando pensar em uma solução para essa situação.
-Mephisto, não tem realmente nenhum plano?
Ele hesita um pouco antes de responder.
-Na verdade, existe uma maneira de conseguirmos sair daqui. Mas receio que você não vá concordar. Eu mesmo não a considero segura, e creio que só devamos utilizá-la se realmente não houver alternativa.
-Fale logo.
-Se continuar assim, não vou falar nada. E ainda te deixarei sentir todos esses sonhos. E vou rir. Muito. Haha.
Ghost simplesmente olha para a sombra, e levanta as sobrancelhas.
-Certo. O plano seria você me deixar controlar seu corpo. Só até sairmos daqui.
-O quê?! – Ghost põe-se de pé com um salto. – O que quer dizer com isso?
-Achava que eu era somente um pensamento cara? Que ingênuo. Mas sabia que não iria concordar.
-Ahh, que seja! Mas me explique porque eu mesmo não posso sair daqui sozinho, e você seria bem sucedido.
-Bem, por que será? Eu sou poderoso. Hahaha.
-Então, assumindo por um instante hipotético que eu deixasse você assumir o controle do meu corpo, qual seria o seu plano?
-Algo simples. Arrebentar a porta, recuperar seus pertences e fugir. Creio que tenho mais que capacidade para lidar com um punhado de guardas ludibriados e uma criança-vampiro megalomaníaca, mesmo com esse corpo frágil.
-Fala como se eu fosse algum tipo de aberração com o corpo de uma donzela.
-Não é nada pessoal amigo, é apenas um fato. O corpo humano está entre os mais frágeis dos seres humanóides. E sou ligeiramente mais acostumado a lutar com um corpo mais resistente.
-Está me dizendo que não é humano?
-Não. Estou te dizendo que sou mais acostumado a lutar com corpos não-humanos. É possível inferir partindo disso que eu não sou humano, mas não foi isso que eu te disse.
-Cara, às vezes eu tenho vontade de te esgoelar, sabia?
-Eu sei sim. Bem, aceita a proposta ou não?
Ghost pensa por alguns instantes.
-Não tenho muito a perder, creio. Na verdade, eu iria aceitar mais cedo ou mais tarde, não há outros meio para sairmos daqui, e quanto mais cedo sairmos, melhor.
-Então que assim seja. Quer pelo menos um lugar para sentar e assistir enquanto eu tento nos tirar daqui?
-Sim, claro.
Outra porta materializou-se em uma das paredes, na posição oposta à outra.
-Bem, está é a sala que eu normalmente fico quando estou esperando. Poderia comparar ao meu “quarto”, se entender melhor assim.
-E a outra porta?
-Ahh, essa porta é o meu destino.
-Boa sorte Mephisto. Não me mate, por favor. – Ghost abre a porta, ao mesmo tempo em que Mephisto abre a outra.
-Não se preocupe – Diz ele com uma piscadela, desaparecendo em seguida pela outra porta.
--------
Há uma remota possibilidade de que eu poste o próximo capítulo amanhã mesmo, ja que ele está totalmente materializado em minha cabeça. Só preciso passar para o concreto.
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Em busca da loucura Empty Re: Em busca da loucura

Mensagem por Space Ghost Dom maio 02, 2010 9:31 pm

Consegui, uhul.

Capítulo X

Ghost percebe que está acordado quando seus olhos se abrem. Por um momento ele fica desnorteado, sem se lembrar dos acontecimentos de pouco tempo atrás. Na verdade, se o dissessem que havia acontecido há uma semana, ele acreditaria, assim como acreditaria se dissessem que ocorreram há 5 minutos. “Ahh sim, agora vamos colocar o plano em prática.” Tentou se levantar do chão onde estava dormindo e caminhar até a porta, mas, para seu desespero, percebeu que não conseguia se mexer. Tentou olhar para baixo para ver se estava acorrentado, mas seus olhos não o obedeciam. Tentou gritar “O que aconteceu comigo?”, mas sua boca não se mexeu. Então, finalmente, conseguiu se levantar, e seus olhos fitaram a porta. Mas não era ele que estava controlando seu corpo.

-Então Ghost, agora sabe como é que me sinto a maior parte do tempo. É bom não conseguir se mexer, não acha? – Mephisto se levantou e começou a testar seus membros. –Bem, seu corpo não é tão mal quanto eu imaginei. Possui muito mais resistência que muitos orcs que eu já enfrentei.
“Cale a boca Mephisto, e faça logo o que tem que fazer. Ficar nessa posição não é nada agradável.”
-Pra que a pressa Ghost? Só para você saber, você pode se mexer sim. Tente retirar sua mente do corpo, e veja o resultado. Não conseguirá ir muito além de 5 metros de mim, porém, então nem tente. Além do mais, não poderá interagir com as outras coisas.
“Obrigado pela dica.”
-Certo, então, acho que é hora de mostrar a esse pirralho com quem ele está lidando.
Os olhos de Mephisto ficam vermelhos, exatamente como os da sombra que permeava os sonhos de Ghost. Ele caminha em direção a porta, e agarra uma das barras. Com um puxão rápido, ele arranca a porta dos ferrolhos, e sai da cela.
“Você e forte.” Diz Ghost, impressionado.
-Na verdade, não sou eu que sou forte. Estou limitado pela capacidade do Seu corpo. Então, você que é forte, apenas não sabe como utilizar toda sua força.
“Certo...”
O cavaleiro caminha em direção às escadas, mas não desce a princípio. Primeiro, ele pega as escadas para subir.
-Seus pertences estão no último andar. Agora, preciso de um favor. Lembra-se do que eu falei sobre flutuar para longe do corpo? Preciso que faça isso e veja se não há nenhum guarda lá em cima.
“Certo.”
Ghost tentou se desprender do seu corpo, tentando se desapegar aos sentidos e utilizar apenas a mente. Foi mais fácil do que pensava, em pouco tempo estava vendo o andar de cima. Era uma sensação estranha, era como se não possuísse braços nem pernas, nem ao menos um corpo. Parecia que a única coisa que possuía eram seus olhos e ouvidos, mas mesmo assim não era algo que pudesse ser considerado como ver ou ouvir, pois estava vendo todas as direções ao mesmo tempo, sem se focar em nenhum lugar, e sentindo todos os sons ao mesmo tempo, podendo identificar cada um deles. Era como se apenas a sua mente estivesse naquela sala.

“Certo Mephisto, há um orc dormindo aqui. Não é aquele orc que vimos antes, esse é um pouco menor, e parece menos feroz.”
-Muito bem, vou tentar pegá-lo de surpresa.
Mephisto sobe as escadas com uma agilidade impressionante, e sem fazer um único ruído. Poderia ser confundido com uma sombra por um observador casual. O orc estava recostado em um dos cantos, logo a frente da escada, e roncava um pouco. O cavaleiro aproxima-se silenciosamente e torce o pescoço do orc, numa velocidade incrível e quase sobre-humana. O orc despenca no chão, com a cabeça virada para trás, como uma coruja.

-Não acho que este aqui vá levantar-se novamente. Isso é o que dá dormir em serviço.

Ele procura por algum tipo de arma nas pilhas ao redor. Encontra uma cota de malhas enferrujada, que joga fora, um pequeno capacete de orc e algumas adagas de arremesso. Há muito mais coisas na pilha, mas nenhuma delas está inteira, nem boa o suficiente para serem úteis.

“Aqui!”
Mephisto olha para trás e percebe um pequeno armário. Ao abrir o armário, encontra o tesouro que procurava. A armadura de Ghost completa, com a capa mágica, além de sua Katzbalger e um pequeno punhal que escondia na bota. Agorian havia deixado-o com seu anel e seu par de brincos. Veste o conjunto e coloca a espada no cinto. Antes de partir, percebe que há algo mais dentro do armário.

“Uma chave?”
-Sim, uma chave. – Ele retira-a do armário para examiná-la.
“Mas que coisa enorme.”
-É uma chave bem antiga, a julgar pelo seu estado. Poderia abrir algum tipo de portão, não acho que uma porta comum teria uma fechadura proporcional. Mas cuidaremos disso depois.
Ele coloca a chave em um dos bolsos e desce as escadas. Antes de descer a próxima, pede a Ghost que espione os andares novamente. O orc maior estava sentado próximo a uma mesa, examinando um mapa da região e comendo um grande pedaço de carne. Dois dos guerreiros que se transformavam em lobos guardavam a saída, e outro orc vigiava uma porta, que Ghost presumiu ser onde Agorian estava. Não conseguiu entrar nesse quarto, e nem queria, embora tivesse ficado curioso sobre o que o bruxo estaria fazendo lá dentro.
“Mephisto, não havia outras celas lá em cima?”
-Sim, mais duas ou três celas. Mas estavam todas vazias. – Ele não parecia ter sido sincero ao falar isso – Agora vamos, não podemos perder mais tempo aqui.
Mephisto desce as escadas silenciosamente, e pára antes de chegar ao campo de visão do orc maior. Poderia facilmente subjugar os dois orcs sozinho, mas os dois lobisomens na porta estavam além da capacidade do corpo de Ghost.
“Ghost, você gosta muito desse punhal?”
“Acho que não foi muito caro, devo ter comprado em Morroc ou Geffen há alguns anos. Por que pergunta?”
“Acho que terá de comprar outro.”
Logo após dizer isso ele arremessa a pequena faca contra a cabeça de um dos homens, acertando seu olho esquerdo com uma precisão inigualável. Antes que os outros pudessem reagir, ele já havia saído de seu esconderijo e pegado uma cadeira de madeira. Joga o móvel contra o outro homem, que é pego de surpresa e desmaia. Tudo isso acontece num intervalo de tempo ridiculamente pequeno.

O Orc maior já estava de pé, com um porrete nas mãos, e o outro corria para a parede para pegar um machado. Mephisto desembainha a espada e parte para cima do orc mais próximo, com o porrete. Tenta acertar a cabeça do inimigo com sua espada, mas ele barra a investida com o pesado porrete. Mesmo assim, a força do ataque é suficiente ara partir a arma do monstro em dois pedaços, deixando-o desarmado. O orc agarra Mephisto pelo pescoço e começa a tentar sufocá-lo. O cavaleiro joga seu corpo para trás, colocando um de seus pés na barriga do inimigo. Quando suas costas tocam o chão, ele empurra o orc com seu pé, lançando-o alguns metros para trás, de encontro à parede. O cavaleiro dá uma cambalhota para trás, colocando-se de pé com um salto. O outro orc aproximava-se pelo lado, então o cavaleiro gira sobre seu prórpio corpo e dá um chute em uma das orelhas do orc, fazendo-o recuar. O chute é impressionantemente forte, e somado ao fato de que Mephisto estava calçando as grevas de batalha de Ghost, faz o orc ficar totalmente desnorteado e cair na parede. Um ser humano normal teria partido a cabeça. Infelizmente, essa era a parede da sala onde Agorian estava, o que faz com que o bruxo finalmente perceba a fuga.
-O que está acontecendo aí fora? – Diz o bruxo, enquanto abre a porta vagarosamente e retira seus óculos. Percebe uma cena um tanto perturbadora. Um cavaleiro de pé escapando pela porta e todos os seus capangas caídos, um deles morto e os outros severamente injuriados. Isso deixa Agorian extremamente irritado.

Mephisto acabara de escapar da torre, e percebeu que estava em uma pradaria enorme. Algumas montanhas podiam ser vistas no horizonte, mas era impossível estimar a distância até elas. A apreciação da paisagem foi bruscamente interrompida por uma explosão na torre que deixara há menos de 10 segundos. Ao olhar para trás, o cavaleiro enxerga um pequeno lobo cinza correndo em sua direção. Mas não parecia muito com um lobo. Suas patas da frente possuíam algo semelhante a polegares, e ele era demasiado comprido para ser um lobo comum. Mephisto começou a correr com toda a velocidade que conseguia alcançar usando o corpo de Ghost.
“Minha nossa, eu posso correr nesta velocidade?”
“Pode sim, meu caro. Algum dia eu talvez te ensine como.”
Era impressionante. Mephisto se locomovia mais rápido que um elfo. “Se ele pode fazer isso com o meu corpo, fico imaginando o que poderia fazer com o de um elfo ou orc...”

Logo o lobo é deixado para trás, e mais alguns minutos depois Mephisto para em uma árvore para descansar.
-Bem Ghost, o que achou?
“Ahh... obrigado...”
-Não precisa me agradecer. Se você morrer, eu morro, não fiz mais que minha obrigação.
“Certo, posso voltar para o meu corpo agora?”
-Espere até chegarmos a alguma cidade. Ainda não estamos fora de perigo. A julgar pela posição das estrelas, creio estarmos próximos de Juno.
“Isso é bom. Posso aproveitar e checar aquela informação na biblioteca.”
-Sim, isso é bom.
“Mephisto, não me lembro de ter visto Asuka naquele lugar.”
-Eu também não. Deixemos isso para outra vez.
“Como assim para outra vez? Eu finalmente achei que havia encontrado Asuka, e quando acho que minha busca acabou, ela me dá uma porrada e me leva como prisioneiro! Se eu não for procurar Asuka, o que quer que eu faça agora?”
Mephisto suspira e abaixa os olhos.
-Ghost... Havia sim alguém naquelas outras celas. Asuka estava lá.
“O quê?! Por que não me avisou?! Podíamos ter salvado ela!”
-Porquê – Mephisto olha para cima – se eu te dissesse que ela estava lá, você tentaria salvá-la, e novamente ela teria feito você prisioneiro, exatamente como da última vez.
“Acha que ela faria isso?”
-Ghost, enquanto você estava dormindo, eu ouvi algumas coisas intrigantes e preocupantes. Era sobre aquele ritual que iriam fazer com você. Eu conheço esse ritual. É uma prática muito antiga, fiquei muito surpreso ao descobrir que alguém ainda tinha conhecimento de como realizá-la. Basicamente faz com que sua alma se torne uma escrava da pessoa que realizou o ritual. Uma vez que a magia está feita, os únicos meios de libertar a vítima são com a sua morte ou a do mestre.
“Está dizendo que Asuka foi escravizada nessa droga de magia e não pode escapar? Claro que ela pode escapar, tem uma mente forte.”
-Não é tão simples. O encanto não é realizado para fazer a alma de Asuka obedecer a Agorian, ela é uma união parcial da essência de sua amiga com a do menino. É como se Asuka fosse uma parte do pensamento de Agorian agora, e ele pode fazer com ela o que bem entender. Seu livre arbítrio foi totalmente destruído, não há meios de retirá-la além daqueles que eu mencionei.
“Então parece que teremos de matar aquele bruxo.” Ele parecia totalmente convicto que era capaz de realizar essa façanha.
-Sua coragem me impressiona às vezes, Ghost. Quase me faz acreditar que é possível. Agora é hora de descansarmos um pouco. Boa noite.
“Boa noite.”
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